domingo, 29 de dezembro de 2013

Rasga-me o peito

Quando flui por mim a divina melancolia de viver

Rasga-me o peito a vontade de sofrer em teu lugar

Os sinos que ecoam o som de tua ausência

Afastam o sacro silêncio que sempre guardara em meu peito

Tu fostes minha alma e meu refúgio

Tu fostes o meu amor e minha graça

Meu suspiro e minha vida

Hoje teu silêncio me domina a existência

Gritando alto à saudade que me mate

Me rasgue o peito

Estraçalhe a alma

A entrega engendrou a solidão

Porque!?

Porque tanta dor se abate em meu peito?

Já não sei viver sem ti

Já não sei ser

Já não sei

Não sou

Mas a ti prometi a eternidade

E serei eterno - mesmo findo - em minha promessa:

Tu serás o meu amor, o único que minha alma anseia.

Alexandre Teles

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