sábado, 16 de novembro de 2024

Acendo o cigarro

Acendo o cigarro na escuridão da noite 

A cada trago as lembranças vão chegar 

Como tivesse tomando o dolorido açoite 

A perversa insônia não deixava cochilar 


Na tentativa de afogar  minhas mágoas 

Entre o gole de pinga e um trago chorei 

Entristecido no silêncio  sozinho estava 

Tendo a solidão como eterna companhia 


Só queria o contato do seu  toque macio 

Ecoavam no espaço vazio meus soluços

Foram tantas horas olhando o leito vazio 


Dava-me por diversas  vezes até calafrio 

Nesses momentos o meu coração sangra 

É muito amor que pelos olhos transborda


Osvaldo Teles



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