domingo, 8 de dezembro de 2024

Frente a frente

No canto do quarto, repousa as lembranças, 

sobre a cabeça dançam, doídas saudades,

levanto os olhos pressinto, a sua presença, 

estou saindo a procura, da minha sanidade. 


Os lapsos de memória, vem como flashback.

vão atordoando assim, os meus sentimentos 

olho através da vidraça, não vejo a imagem,

o espelho me mostra, que o tempo avançou.


Cambaleio diante da certeza, que já me vou, 

as passadas  ganharam, passos vagarosos, 

percebo que o movimento, do relógio parou.


O paradoxo vai tomando, conta do ambiente,

estão estampadas no  rosto, as suas marcas, 

coloca-me frente a frente, com a vida e morte.


Osvaldo Teles



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