Dessa vida não vou levando nada,
quando me for tudo ficará para trás,
não me adianta ter usado até preda,
num piscar de olhos tudo se desfaz.
Só prestarei conta do que da vida fiz,
com certeza que a carne voltará a pó,
o que construir ficará como herança,
o corpo repousará debaixo da terra,
Aos poucos ficará a doce lembrança,
por isso não posso perder meu tempo,
na rota do tempo arrumarei a bagunça.
Sem perder completamente a essência,
já não tenho motivo para tanta correria,
o que resta é viver o resto da ampulheta.
Osvaldo Teles
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