Não faz isso comigo

Não faz isso comigo, nem por caridade 

Fica aqui mais um pouco 

Padecer de saudade 

Nem pensei em lhe dar o troco 

Nunca tive esta certeza 

Não está em meus planos 

Não me faz padecer de tristeza

Tive alguns pensamentos insanos

Contrariei, contrariando o meu destino 

Chorei sentindo o meu peito doer 

Não me faz perder o sonho de menino 

Só queria nos seus braços aconchego 

Pedindo passagem para a felicidade 

Encontrando no seu colo o chamego 

Osvaldo Teles

Vem

Vem na pontinha dos pés vem, vem

Requebra, coloca o bumbum para mexer

Sai de ladinho requebrando

Coloca o corpo para dançar

Vem nas pontas dos pés mexendo

Deixa as batidas dos tambores

Dominar os seus movimentos

As vibrações da melodia vão dominar 

Vem, vem, vem, que vou dançando

Ao encontro do seu corpo 

Para juntos sairmos bailando

Quebro e requebro no seu ritmo

Sentindo os repiques do seu coração

Vamos, botar o bumbum pra remexer

Deixa a alegria tomar conta da gente

A avenida será o nosso palco 

Vem, vem, vem sentir as minhas emoções 

Osvaldo Teles

Tirastes o meu sono

Tirastes o meu sono meu amor 

Passei a noite toda acordado 

Via a hora de sentir o seu calor 

Podendo acordar ao seu lado 

Te amar foi a melhor coisa 

Que me aconteceu, amor meu 

Sentir as nassas ideias coesas 

Alinhei o pensamento com o teu 

Sem querer te amar mas te amei 

Tentei no amor não me envolver

Em um novo ser me transformei 

Quantas vezes fiz plano para te ter

Não queria contigo apenas prazer 

Tracei uma vida inteira com você 

Viveria contigo essa minha paixão 

Em um amor puritano e sincero

Pude ver a pureza do seu coração 

Osvaldo Teles

Deixa Deus

Deixa Deus guiar os seus passos 

Segurando em seus mãos, seguir 

Seus caminhos sem nenhum temor 

Nada acontece por obra do acaso 

Ele tem um plano para a sua vida 

Seu destino está pré estabelecido 

Desde que você fostes concebido 

Espera, espera o tempo de Deus 

Confia, pode confiar, nos planos Dele 

Que ao final tudo vai dar certo 

Os seus sonhos se tornaram reais 

Sabes que Deus te conheci e te sonda 

Mesmo antes de você ter nascido 

Acredita em sua força e deixa ele agir 

Se for necessário ele te carrega no colo 

Osvaldo Teles 

Pluma

 Como uma pluma flutua pelos ares 

Dando rodopios livres pelo espaço 

A sincronia darás ritmos aos pares 

Soltando das suas pernas os laços 

Suavemente dois  corpos se tocam 

Vem se aconchega em meus braços 

Deixas a melodia assumir os passos 

Juntos vamos assumindo o controle 

Desfilando na avenida do belo viver 

Em nossos movimentos corporais 

Buscando na dança o encontro do ser 

Solta seu corpo a música nos envolve 

Com suavidade vamos sair bailando 

Seguindo o compasso da marcação 

Osvaldo Teles

Quanto tempo

Quanto tempo estou esperando a resposta 

Ansioso as minhas  palpitações aumentam 

Nessa cronologia esperar é o que me resta 

Porém esses questionamentos me apertam 

Os olhos não saem da porta, lhe esperando 

Preparando o meu coração para te receber 

O suave perfume exalava por todo ambiente 

Traz para mim o brilho da estrela, se achega 

Os braços estão preparados para te receber 

Meus lábios não ver a hora, para te dar beijo 

Da sua doce e excitante bebida vou beber 

É quando o amor vai tomando conta de mim 

Desnudando o meu corpo para lhe possuir 

Deixando o fogo da paixão assume meus atos 

Osvaldo Teles

Deixando Deus guiar

A mente voa desenfreada pelo espaço 

Buscando os seus alentos pelo o além 

O corpo desequilibrado perdi o compasso 

Os tropeços nem sempre me convém 

Por onde eu andar vou semear o bem 

Esperançoso de colher as belas flores 

Para que os caminhos sejam coloridos 

Não irei me incomodar com seu desdém 

Vou deixar a benevolência assumir os atos 

Preparando o coração para receber  Deus 

O tempo trará para a vida os ensinamentos 

Deixando Deus guiar as minhas passadas 

Conduzindo-me pelas veredas e o abismo 

Para que eu possa descansar em seu colo 

Osvaldo Teles

Tudo vai passando

Tudo vai passando muito rápido 

A mente voa pelo mundo da saudade 

Vou pensando pelos tempos idos 

Regresso aos áureos momentos 

Sobre a cabeça dançam as lembranças

Como um flashback elas vão e voltam 

Deixando nos olhos os seus traços 

Ficando a certeza, o que se foi não volta 

Choro, choro, choro de saudade 

Dos belíssimos tempos vividos 

Trazendo de volta a sentida felicidade 

Viajei por caminhos desconhecidos 

No lombo da burrinha da esperança 

Pegarei carona para regressar, aos bons tempos 

Osvaldo Teles

Chorei

Chorei copiosamente a sua partida, lágrimas 

Um dia saberás o sentido da frase eu te amor 

As suas indiferenças me causaram desilusão 

Sem saber fui levado a uma tristeza profunda 

De gole em gole fui anestesiando as tristezas 

Fui por estradas que não me levou a lugar algum 

Afogar as minhas mágoas era que me restava 

De bar em bar tentei destilar as minhas dores 

As noites era um martírio insistiam não passar

Nas madrugadas gélidas lhe procurei na cama 

Solitário passei a andar por caminhos tortuosos 

As damas da noite exalavam os seus perfumes 

Embriagado com os seus suaves aromas ficava 

Na medida que os dias iam se aproximando 

Osvaldo Teles 

Lá vem ela

Lá vem ela dançando ao som do tambor

Pum! Pum! Pum! Pum! Pum! Pum

Seu remelexo vai me envolvendo, danço

O corpo recebe os comandos ritmados

O chão da praça e o palco encantado

Onde os seus passos são dados, rebola

Coloco os dedos para cima e vamos rebolar

A bela vai passando, com seu rebolado

Deixa a música tomar a mente

Liberta, liberta, liberta o corpo, liberta, liberta

Solta a imaginação, libertando os movimentos

Nos quadris está toda ginga

Os pés vão na cadência

Botando dança para todo lado

Seguindo som do trio eletrico pum! Pum! Pum! pum!

Osvaldo Teles 

Tenho saudades

Tenho saudades do tempo de infância 

Onde as traquinagens  corriam soltas

Os meus tropeços não tem relevância 

Mesmo que as marés fossem revoltas 

Encontro nas fantasias a dose perfeita 

Aliviando as dores do amadurecimento 

Meus dias encontrariam o seu percurso 

Não tinha como encarar de vez a ilusão 

Desenvolve o antídoto para o sofrimento

Das feridas ficariam apenas as cicatrizes 

Para solidificar  as fases do crescimento

Os acontecimentos não parecia horrendo 

O importante era não perder meus sonhos 

Preservando a essência de um ser criança 

Osvaldo Teles

Sua harmonia

Embalsamava os ares! O seu suave aroma 

Inebriando os seres que ficam ao seu redor 

Aquela sensação de plena loucura me toma 

Fazendo-me levantar vôo igual a um condor

Os pirilampos vão clareando a estrada turva 

O compasso das passadas comanda o ritmo 

Dentro da madrugada fria busco seus toques 

As batidas do coração  parecem  a orquestra 

Sua harmonia vai tocando  no fundo do peito 

Desalienando os  pensamentos livres viajam 

Vamos encontrando no âmago o ser perfeito 

Exalando do fundo d’alma sua doce essência 

Embriagado me deixarás diante tanta paixão 

Enlouquecido me deixa de muitas felicidades 

Osvaldo Teles

Ergo a cabeça

Não tenho saudades dos dias que passaram 

Ergo a cabeça pedindo ao Deus o livramento 

Outros mesmo que enfadonhos despertaram 

Trazendo para o dia a dia seu contentamento 

Sem dúvidas que ficaram algumas  cicatrizes 

Os questionamentos  se acumulam na mente 

O amadurecimento  se fará necessário ao ser 

Queria não absorver as dores do crescimento 

Só pretendia que tudo  passasse rapidamente 

Como um ciclone dando rodopios sobre o eixo 

Aliviando as tensões que chegavam da mente 

Voarás como um pássaro a minha imaginação 

A procura  do elo que fora perdido em meu eu 

Relembro com tristezas os  tempos de outrora 

Osvaldo Teles

Juramentos

Quantos juramentos  me fizeram em vão

Cortando o meu coração em pedacinhos

Muitas lágrimas  escorreram do coração 

Perfurou minha alma com seus espinhos 

Cada vez o meu mundinho  desmoronou 

Provocando-me um  sofrimento profundo 

Perdi as contas do tempo que foi perdido 

Tentei esperei paciente pela sua chegada 

Para devolver a veracidade do puro amor 

Na carencia  o corpo buscava a cadência 

O universo tende conspirar ao nosso favor 

Todas decepções  trouxeram aprendizado 

Trazendo para o peito um amor verdadeiro 

Fecho os olhos para sentir a tua presença

Osvaldo Teles

A razão do meu viver

Vinha das ondas  um canto harmonioso 

Vagueia em busca da linha do horizonte 

Dos meus lábios sai o sorriso fantasioso 

Demonstrando uma felicidade constante 

Sendo o amor a razão do meu lindo viver 

Vou ser para ti as respostas dos porquês 

Encontrando nas entrelinhas as fantasias 

Cada lacuna seria preenchida de carinho 

Olho para o infinito e sinto  sua presença 

Cintilam  as estrelas a luz dos seus olhos 

Incandescendo no âmago a minha crença 

Em seus braços busco minha recompensa

Compartilho com a amada a paixão suprema 

Surpreendente será o riso que sairá da gente 

Osvaldo Teles

Embalde o pensamento

Que vontade de extravasar, essa dor num grito,

quebrando dentro de mim,  o perverso silêncio,

juntarei os meus  fragmentos, tirando o conflito,

chegarás à minha cabeça, como um prenúncio.

Cambaleei seguro nas,  suas mãos fiquei de pé,

preencherá as lacunas, vazias da minha mente, 

silenciosa a solidão vai adentrar,  meu coração,

resiliente a minha alma, tende a se reencontrar,

Embalde o pensamento, hora viaja desnorteado,

tentei desesperado  encontrar, a laranja metade,

vem aquecer a pele desnuda, e exposta ao lado.

Retirando de minha cabeça, este grande conflito,

contrapondo os meus, difíceis questionamentos,

contrito sigo os caminhos, traçados pelo coração.

Osvaldo Teles

Devaneando

Passarinho que bate  asas em direção do infinito 

Lá na linha do horizonte sua imagem desaparece 

Ao chegar o fim do dia  vai aumentando o conflito 

Vou sentir  que durante a noite o sonho desfalece

O ser harmônico aos poucos perderá seu controle 

No peito o coração vai intensificando a palpitação 

Em algum momento sei que as lágrimas vão rolar 

Ficando aparentes  todas as minhas insatisfações 

Meu olhar fica perdido  e brilhante nesta vastidão 

Devaneando saíram loucamente os pensamentos 

Alienado ao que me prende aqui nessa dimensão 

Como um pássaro minhas ideias vão sair voando 

Comungando sua liberdade  com os seres alados 

Alçando voos silenciosos na busca do elo perdido 

Osvaldo Teles 

Pedia a Deus

Parto levando comigo a doida saudade  

A solidão serás a companhia constante 

O viajante vai em frente sem  sanidade 

Planejava apenas a chegada triunfante 

Por alguns momentos se sentia carente 

Prosseguir deixando uma vida para trás 

O rosário estava permanente nas preces 

Pedia a Deus para caminhar do seu lado 

Para que o seu encontro fosse belíssimo 

A fé fostes sua doce alimentícia cotidiana

Suas forças seguia buscando no altíssimo 

Comungaremos de uma paz tão desejada 

A tranquilidade tomarás conta do coração 

A quietude substituirá minhas turbulências 

Osvaldo Teles

Contrito

Vejo-me enrolado nos problemas do dia a dia 

Pedia a Deus para continuar firme nessa vida 

Pouco a pouco uma luz no fim do túnel surgia

Uma ponte entre os  dois mundo será erguida 

Ligando a consciência e minha inconsistência 

Desconstruindo as muralhas da minha solidão 

Contrito com o meu Deus vou em busca do eu

Verei o script do filme da minha vida passando 

Contudo com alguns trechos meio melancólico 

Parecia  que seria um divórcio comigo mesmo 

Conduzindo-me para os caminhos mirabolicos

Olho para trás vejo a distância que nos separa 

Poeira da estrada espalhada pelo corpo inteiro 

Posso medir quantos passos que ainda restam 

Osvaldo Teles

Amor! Chegastes

Amor! chegastes de um amor mais perfeito 

Fizestes o ser encher com muita felicidade 

Preenchendo o espaço  vazio do meu peito 

Passarei a viver em uma plena fraternidade 

Uma grande quietude tomará meu  coração 

Quanto contentamento ganhou minha alma 

Vais entregando sem nenhuma compostura 

Nossos pudores ficaram  da porta para fora 

A paixão avassaladora controla nossos atos 

Conduzindo-nos pelos labirintos de emoções 

Consumindo com a suavidade de seus tatos 

Desencadeando uma corrente de sensações 

As indescritíveis reações o espírito absorverá

Paixão! Fizera o eu  entrar em estado loucura 

Osvaldo Teles

Fugazes

Os ponteiros do tempo avançam fugazes 

As badaladas tinem  doendo nos ouvidos 

Às preocupações me consomem vorazes 

Vieram a cabeça os acontecimentos idos 

Bailando sobre mim as doces lembranças 

Copiosas as lágrimas molham minha face 

Uma janela para o passado vai se abrindo 

Nos lábios uns sorrisos tímidos vão saindo 

Não tive como não demonstrar a satisfação 

Encantado fiquei com o seu belo semblante 

O coração foi  aumentando a sua palpitação 

As ilusões substituíram minha dura realidade 

Sonhei como criança perdidamente de amor 

Muitas vezes me vi em seu belíssimo paraíso 

Osvaldo Teles 

Vago

Vago alheio aos acontecimentos que me cercam

Despeço desse mundinho  que insiste me alienar

Descubram em mim a faceta de um novo homem 

As dores que afligiam o seu amor veio para sanar 

Dentro dos seus abraços o que me resta é sonhar 

Vindo juntos os pensamentos eróticos e as ilusões 

Desencadeando no nosso coração muita felicidade 

Fazendo dois  seres viverem em plena comunhão 

A cada toque vai me provocando várias sensações 

Nossa troca de amor será na mais plena harmonia 

Alucinantes serão os beijos trocados com emoções 

Anestesiados os corpos ficaram sobre nossa cama 

Com os olhos perdidos no  vazio do espaço sideral 

Na expectativa de regressar às próprias realidades 

Osvaldo Teles

Sombras do passado

Encostado nas sombras do passado 

Vou revirando as minhas saudades

Nem tudo na roda do vento é parado 

Com o tempo irei perder as paridades

Pelas vidraças olho para fora de mim 

Tentando encontrar o meu elo perdido 

Os ponteiros avançaram rapidamente 

Deixando na minha face suas marcas 

O espelho se torna o inimigo perverso 

Destruindo o ego completamente ferido 

Estou dentro desse mundo controverso 

Percebo que sou apenas o passageiro 

Nas entrelinhas quero extrair os versos 

Levando-me para o mergulho profundo 

Osvaldo Teles

Acolhe-me

Oh mulher acolhe-me em seu colo

Encosta sua cabeça em meu peito 

Enxuga da minha face o meu choro 

Conduzindo-me ao seu quente leito 

Fazei o amor reinar neste momento 

Elevando a mente a outra dimensão 

Deixando um mistura de sensações 

Sentindo na alma toda tranquilidade 

Estampando no olhar contentamento 

Fostes para mim um presente Divino 

Uma paz toma conta do pensamento 

Serei guiado pelos seus movimentos 

Todos meus sonhos serão realizados 

Quando estiver entre os teus abraços 

Osvaldo Teles

Perdendo o pudor

Pouco a pouco fui perdendo o pudor 

Para me entregar a paixão que arde 

Na tentativa de conhecer o seu amor 

Uma fogueira nas entranhas acende

Acenderá no peito o fogão da paixão 

Nos seus enlaces o corpo vai tremer 

Provocando uma mistura de fantasias

Desperta o mais forte dos sentimentos 

Os desejos aumentam minha pulsação 

Fazei do seu ombro meu porto seguro 

Pontuando as feridas do meu coração 

Dentro de um paraíso passarei a viver 

Em uma comunhão de alma e espírito 

Canalizando as emoções para o rosto 

Osvaldo Teles

Parei para meditar

Parei para meditar  foi em busca do meu eu

Aleatórios os pensamentos solitários vagam

Nos momentos que fico só deixo tudo ao léu 

Igualmente um passarinho livremente viajam 

Num mergulho profundo a alma se completa 

Com a leveza  das andorinhas o corpo levita 

Na junção harmoniosa o espírito se encontra 

Meditativo voo ao encontro do espaço sideral 

As nuvens alvas vão ser para sempre o palco 

Do grandioso espetáculo da renascer da vida 

Depois do reencontro vamos juntar cada caco

Preparado fico para as voltas que o destino dá 

O ser homem se entregará às coisas celestiais 

Buscando o equilíbrio do seu corpo e o espírito 

Osvaldo Teles

Dá-me ainda um beijo

Dá-me ainda um beijo na hora da despedida 

Para alimentar o sonho do breve reencontro 

Não retira de minha  lembrança sua acolhida 

Melhor seria que tornasse a vida em um canto 

Fico a me perguntar por onde andas a amada 

Deixarei para trás todos meus projetos de vida 

Só para lhe ter em meus braços minha querida 

Recomeçaremos quantas vezes forem precisos 

Quero que nossos corações batam em sintonia 

Sabes o que foi juntado pelo amor nada separa 

Buscaremos nos contratempos nossa harmonia 

As brigas com a compreensão serão superadas 

Todas as feridas algum dia vão ser cicatrizadas 

Trocam as palavras ásperas por palavras ternas 

Osvaldo Teles

Quão lindo

Derrama a tardezinha sua brisa amena 

Do piano ecoa a suavidade da melodia 

Lá no céu a luminosidade da lua acena 

Acordei com a natureza dando bom dia 

Quão lindo é o amanhecer com o canto 

Com o cantar  harmônico da passarada 

Fazendo assim ressuscitar um novo ser

Um novo homem vais renascer garboso 

Na cama despertará  uma nova criatura 

Vem aqui amor  sentir comigo o carinho 

Aos poucos irei sentir toda a sua ternura 

Será um frescor a brisa  acariciar o rosto 

A tranquilidade sem  par invade o âmago 

Na face ficará esculpida minha felicidade 

Osvaldo Teles

Ao céu me elevo

Nos momentos  solitários ao céu me elevo 

Sozinho apego aos ensinamentos celestial 

Liberto as ideias para lutar contra o malevo 

A minha grandiosa  vitória vai ser magistral 

Fico lado a lado com  minha inconsistência

As incoerências tomam conta de meus atos 

Quieto em meu canto em silêncio tento ficar 

Para sentir a presença do grandioso Criador 

Por alguns instantes sinto a invadir a solidão 

No cintilar das estrelas vejo a sua face nítida 

Os olhos ficaram perdidos  nessa imensidão

No infinito encontro a clareza do pensamento

Na alvura das nuvens estou nu por completo 

Na tentativa de me religar com o meu Divino 

Osvaldo Teles

Festança da natureza

No amanhecer ouvia a sinfonia da natureza 

O cheiro do orvalho se expandia no espaço 

O galo no poleiro cantava com sua destreza 

Fostes um grande alvoroço em meu terraço 

A festança acontecia nos galhos das árvores 

Quebrando a monotonia das noites passadas 

Celebrando a vida que acabarás de renascer 

As flores exalavam  seus aromas inebriantes

Retirando por completo o foco da minha visão 

Contemplativo o agradecimento era inevitável 

Podendo admirar as maravilhas da sua criação 

O frescor do vento frio acariciava a minha face 

Perdidos os pensamentos ficam nesta vastidão 

Criatura e Criador buscam a eterna comunhão 

Osvaldo Teles

Guardei as lembranças

A lembrança faz-me recordar da infância 

Inocentes brincadeiras eram a luz da lua 

As luzes dos vagalumes  leva a distância 

Deixará  minha alma completamente nua

Como um veleiro vou navegar livremente 

Nas entrelinhas a vida deixas suas lições 

Regresso com a saudade  doída no peito 

Por onde eu andei guardei as lembranças 

Por diversas razões  tentei em não chorar 

Fiquei atento para não  perder o caminho 

Perdi as contas das vezes que tentei orar

Lutei para deixar minha essência genuína 

Seguir os instintos para orientar a estrada 

Vi pelo retrovisor tudo que deixei para trás 

Osvaldo Teles

Dizei-me o tempo

Dizei-me o tempo porque demorou tanto 

Da janela fico observando o vento soprar

Em meus ouvidos sinto apenas seu canto 

Fazendo o meu pobre coração acelerar 

A ansiedade vai tomando conta de um ser 

O relógio biológico aumentará a palpitação 

A linha atemporal ficam presas as saudades 

Os olhos perdidos ficam vidrados na estrada 

No peito sentirei o compasso das badaladas 

Fixando na face um semblante de felicidade

Deixei para trás minhas feridas cicatrizadas 

Na esperança que ele traga-me as respostas 

Estou contando os minutos pela sua chegada 

Tentei no decorrer do tempo fazer-lo de aliado 

Osvaldo Teles

Vênus

Tudo ao meu redor, a respeito de te me fala, 

tendo por diversas vezes, de ti me esquecer,

escondido em meu quarto, o choro quis calar,

nesse momento sinto, a  saudade prevalecer.

Fica correndo na memória, suas lembranças,

pedi ao deus do amor, vim depressa socorrer, 

para que minha, deusa Vênus venha me amar,

sabes que a felicidade, sem ti não faz sentido. 

Retirando do meu coração,  minha esperança ,

o amor que nasce, no meu peito lhe pertence,

será muito difícil viver, longe da sua presença. 

Sem lhe possuir, a minha alma vai seguir aflita, 

demonstrando nos  olhares, todas as tristezas, 

fico esperançoso, que o bom senso prevaleça. 

Osvaldo Teles

A mente ganha asas

A mente ganha asas, e viajará, 

por este mundo, de meu Deus

livre entre, dois mundos ficará, 

tenta encontrar o caminho seu. 

A fantasia toma conta, dos atos,

a via láctea será, a sua direção,

estrelas enfeitaram, a noite sua,

seus brilhos,  clareiam o escuro.

Os raios lunar, vem como feitiço,

provocando, alteração na mente,

na procura das ilusões, me atiço. 

Lentamente, no  espaço pousará, 

diante da melancolia, me deparo, 

chego  de sobressalto, ao sideral.

Osvaldo Teles

Sensações indescritíveis

És aquela que dança no palco de meus sonhos 

Com todo carinho lhe pegarei nos meus braços 

Vais dançando a bela música que eu componho 

Deixarás  em minha vida os seus suaves traços 

Igual a bailarina rodopia sobre as notas musicais 

Procurando os compassos das minhas emoções 

Desalienado os pensamentos livremente vagueia 

Entre as estrelas vão buscando o som harmônico 

No espaço do tempo dá harmonizada cambalhota 

Provocando na mente as sensações indescritíveis 

A nossa tendência é ganhar a leveza da borboleta 

Na união dos corpos a sutileza assume os passos 

Que vão juntos deslizando suavemente pelo salão 

Vindo a imaginação momentos que foram perdidos 

Osvaldo Teles

Hormônio da paixão

A harmonia embalava os nossos passos 

Erotismo assumia as pervertidas mentes 

Os acontecimentos eram frutos do acaso 

Vem dos olhares  os desejos fulminantes

O eu erótico estavas ligado ao seu corpo 

Alucinantes seus beijos me enlouquecem 

Eloquentes as suas mãos me convenciam

Sua pele era  condutora do seu feromônio 

O hormônio da paixão deixa-me alucinado 

Causando muitas desordens na minh’alma

O apaixonado aos poucos  ficaria alienado 

Sou aquele ser que o amor assume os atos 

Guiado na força que emana do meu âmago 

Sentir em minha alma seu terno aconchego 

Osvaldo Teles

Profundas cicatrizes

Trago comigo as minhas  profundas cicatrizes 

Os meus olhos estão  carregados de tristezas

Verifiquei por onde andavam as suas matrizes 

O destino agia com todas as suas malvadezas

De passada em passada avançava na jornada 

Não dava para eu calcular os próximos passos 

Muitas das vezes tinha que deixar a Deus dará 

O carrasco ficava esperando apenas um vacilo 

Deixando assim por um fio a danada esperança 

Por diversas razões tenho  que prender o choro 

Muitas vezes foi por completo abalada a crença 

Fora colocando a prova toda a minha existência 

Procuro as margens da caminhada uma sombra 

Farei durante o repouso contato com meu Deus 

Osvaldo Teles

Inquietações

As inquietações cotidianas afugenta o sono

Mergulho no imenso vazio do meu coração 

Na profundeza da alma encontrei o profano 

Por diversas vezes me vejo fazendo oração 

Tento retirar todos os pensamentos insanos

Nesse mundo louco a mente ficará confusa 

Os enigmas vem de  uma forma inesperada

Com a cabeça entre as mãos busco silêncio 

As reflexões levam-me ao  encontro comigo 

Procuro  saída para um amor confessionário

Por mais que queria viver sem ti não consigo 

Pelas trilhas sempre procurei a grande saída 

Só pretendo decifrar em palavras os enigmas 

Deparando com a grandeza só assim acalmo

Osvaldo Teles

Corre, corre

 No corre, corre deixamos para trás os pedaços 

O labor tira a veracidade  da própria existência 

Quebrando dentro do ser todos os nossos laços 

Desse jeito ficarás apenas nossa inconsistência

O que mais importa nem  sempre fica aparente 

Escondendo-se completamente dentro do peito 

A essência do bom vivant vai sendo esquecido 

Deixando para depois os  projetos de uma vida 

Aos poucos as fantasias  ficaram adormecidas

Os sonhos foram esquecidos em cada esquina

Para mim as ilusões se tornam desconhecidas 

A vontade de acumular fortunas me colocou aqui 

Fui conduzido a esquecer o propósito do Criador 

Sem saber o que trazia felicidade estava em mim 

Osvaldo Teles

Eu te amo

Não me canso, de dizer que eu te amo 

Olha meus olhos,  que eles denunciam

Enlouquecido, pelo o seu nome chamo 

Os meus dedos, na sua suave pele iam 

Abriu o portão do coração, quero entrar

É muito amor, que não caberia em mim 

Sinto a felicidade, chegar na minha face 

Deixa eu lhe envolver, nesse sentimento 

Vibrações estão chegando, no meu peito 

Sensações indescritíveis, me acometem 

Fazendo-me esquecer, do meu conceito

Levezas ganharam, as minhas passadas 

Firmes elas deslizam, na estrada da vida 

Quero repousar, nos seus fortes abraços 

Osvaldo Teles

Dança a natureza

Dança a natureza na sinfonia dos passarinhos 

O sol deslumbrante vem  clareando o novo dia

A bela passarada está saindo dos seus ninhos 

O inebriante aroma  do cheiro do mato invadia 

A frieza da neblina  em meu rosto quente batia 

Procurava sobre o leito nupcial a minha amada 

O enfeite perfeito para embelezar a minha vida 

Vou deixar a sua luz guiar as minhas passadas 

Quão grande é a paixão  que pulsa no coração 

Enamorado me deixará  perante a tanta beleza 

Maravilhado fico diante da perfeição da criação 

Entre todos os homens  serei um dos mais feliz 

Depois de presenciar o seu magnífico esplendor 

Em silêncio me deixa para sentir suas emoções 

Osvaldo Teles

Noite de trovoada

Relâmpagos rasgam o céu em noite de trovoada 

Os clarões reluzentes vem juntos com os trovões 

Deixa a minha amada completamente apavorada 

Dando para escutar a distância as suas pulsações 

Com seu corpo trêmulo buscará a minha atenção 

Em meus abraços vai buscando o seu aconchego 

Em seus olhos dá para sentir o tamanho do pavor 

No telhado as gotículas parecem granizos caindo 

Os corpos se procuram querendo movimentação 

A cada raio que rasga o céu clareia nosso quarto 

Como tambor vai acelerando a batida do coração 

Vamos esquecendo tudo o que se passam lá fora 

Pouco a pouco o silêncio toma conta do ambiente 

Os trovões aos poucos vão perdendo intensidade 

Osvaldo Teles

A chuva caiu

A chuva caiu as plantações brotam verdejantes 

A passarada canta em louvor ao nosso criador 

Um novo colorido vai surgindo  lá no horizonte

A imagem cinzenta some do olhar do agricultor 

O sertão festeja as sementes brotando no chão 

Açucena a flor mais bela despertara do seu leito 

Mostrando as resistências deste povo sertanejo 

No rosto traz traços de uma gente trabalhadora 

Mantendo a esperança  nos braços do sagrado 

Quantas lágrimas foram derramadas nesse solo 

Muitas vezes foi a forma que a terra fora regado 

As rolinhas e lavadeiras se banhando no aguado 

Os pássaros nos galhos do ingazeiro dão o tom

Uma nova vida esplendorosa na Sertânia surgia 

Osvaldo Teles

Dá-me

Dá-me os seus braços para o aconchego 

Carente estou dos teus abrasantes beijos 

Contarei as horas para ter o seu chamego 

Cada toque vai acendendo  meus desejos 

Possuído por ti o corpo ganharás a leveza

Era dois seres galgando os meus objetivos 

Desse jeito o amor toma conta das mentes 

Vai agindo no ponto central do pensamento 

Contrapondo um  querer sem compromisso 

Querendo guardar este amor para toda vida 

Nem pretendo de forma  alguma ser omisso 

Proponho-te  minha incondicional fidelidade 

Assim encontro a felicidade na sua plenitude 

Meu pedacinho de paraíso se fará presente 

Osvaldo Teles

Expectativas

Nem sei quantas noites passei sem dormir 

Via a escuridão ser trocada pela luz do dia 

Os meus desejos  pulsantes tentei reprimir 

Dentro desse mistério  completo me perdia 

Solitário vou adentrando na madrugada fria 

Vou adentrando madrugada gélida solitário 

Mostrando o sol o seu semicírculo dourado 

Silencioso não encontro os questionamentos 

A minha carne tremia de tantas expectativas 

Alheio a tudo que me rodeia a cabeça ficava 

Fui pesquisar dentro de mim as perspectivas 

As perguntas iam se acumulando na cachola 

Provocando alterações nas minhas emoções 

As ideias soltas vagueiam pela espaço sideral 

Osvaldo Teles

Portão do tempo

Contemplativo sentei no portão do tempo 

Um filme foi passando pela minha cabeça 

Meus olhos vislumbram um campo amplo 

Num mundo fabuloso minha mente dança 

Porém não consigo  juntar todas as peças 

Fico observando  os ponteiros avançando 

Verdadeiro enigma vou criando na cabeça 

Aquele misto de  mistério assume meu ser 

Quieto! Quieto fiquei por alguns momentos 

Sem saber o que me aguarda do outro lado 

Imóvel fico, sem esboçar algum movimento 

Um enorme paradoxo  se faz nesse instante 

Deixando-me alienado entre os dois mundos 

Sinto a cada dia meu tempo sendo encurtado 

Osvaldo Teles

Meu tenro abrigo

Fazei do teu colo o meu tenro abrigo 

Coloca as tuas mãos sobre a cabeça 

Levando as  minhas tristezas contigo 

Faça com que esse amor não pereça 

Alimentando-o com seus doces beijos 

Desejos quentes o meu ser nutri por ti

Não esqueça que tenho muito carinho 

Só queria recordar do amor que te dei 

Entre os abraços ardentes quero estar 

Até chorei de tanta  saudade que sinto 

Ficava horas olhando o colégio badalar 

Muitas vezes busquei seu ser na cama 

Em teus braços quis a cabeça repousar 

Nos seus seios procuro meu aconchego 

Osvaldo Teles

Puro

Puro era até o amor te conceber 

Um novo homem me transformei 

As fantasias  eróticas passo a ter

Lado a lado das ilusões caminhei 

Meus pensamentos eram castros

A sensibilidade nos fazem únicos 

Os olhares vem cheios de ternura 

A entrega foi questão de momento 

Enamorado da beleza me entrego 

A lindeza do  Olimpo veio até mim 

O eu homem preencheu o seu ego 

Forte é sentimento que o ser nutre 

O sentimental o bruto passou a ser 

A suavidade dominou a minha face 

Osvaldo Teles

O pequeno Príncipe

Nesta história mágica, sensível e comovente, que às vezes é triste e apenas aparentemente infantil, o autor francês Antoine de Saint-Exupéry criou, há 70 anos, um dos maiores clássicos da literatura universal.

Um piloto cai com seu avião no deserto e encontra uma criança loura e frágil. Ela diz que veio de um pequeno planeta distante. Juntos, eles pensam sobre o que é importante na vida. Muitas pessoas lembram com emoção quando leram esse livro na infância. Segundo Martin Heidegger, é a maior obra existencialista do século XX. É o livro mais traduzido do mundo, depois da Bíblia e do Alcorão. Agora, ele chega ao Brasil em uma nova edição, com a tradução de Luiz Fernando Emediato e um caderno ilustrado sobre a obra e a vida do autor.

O livro O Pequeno Príncipe é escrito pelo francês Antoine de Saint-Exupéry e foi publicado pela primeira vez em 1943, nos Estados Unidos.

O nome original em francês é “Le Petit Prince”. No Brasil, é chamado de “O Pequeno Príncipe.

Quantas sutilezas

A minha alma segue seu rastro de amor 

Ele já adentrou assumindo meu coração 

Foste eliminando totalmente a minha dor 

Demonstrou no olhar somente a emoção 

Quando os seus dedos  correm pela pele 

Vais correndo pelas veias a seiva da vida 

Só fazem aumentar no peito as vibrações 

O seu suave aroma me deixará alucinado 

Deixando-me a um passo de uma loucura 

Impulsionará minha mente para as alturas 

Lá do espaço sideral ficarei a sua procura 

Quantas sutilezas  ganharam o meu corpo 

Num encontro corporal a imaginação voará 

Livremente ultrapassa as linhas imaginárias 

Osvaldo Teles