Viver o momento

O futuro está longe do olhar

Não dá para enxergar o final

O amanhã está bem distante

Contento só com o presente

Não me causando desespero 

Deixa ele quietinho no canto

Com calma tudo se ajeitava

O hoje é o que mais importa

Nem dá para ver as primícias

De um homem que se entrega

Os projetos devem ser feitos

Sem me esquecer o momento

Que foi vivido na complexidade

Que está aqui na minha frente

A reminiscência é despertado

Esqueço os planos vindouros

Vivo os minutos que foi me dado

Aproveitando cada na intensidade

Não perco meu tempo por nada

Faço tudo para aproveitar a vida

Osvaldo Teles

Seus primores

Adoro versejar sobre seus primores 

Falar da simplicidade do meu povo

Gosto dos seus aromas e sabores

Que fazem recordar a doce infância

Admiro suas lindíssimas paisagens

São daquelas que enchem os olhos

Com seus coloridos e encantos mil

Perambulo guiado pela luz estelar

Parecendo-me um tapete prateado

A lua emoldurada em seu lindo céu

Revelando o seu belíssimo cenário

Mergulhar nas águas do Paraguaçu

Em suas águas límpidas me refrescar

Minha alma se encontra enternecida

Sentir energia que vem da sua terra

Revigorando todas as minhas forças

Pisar em seu solo sagrado e lembrar

Daquela vida simplória que vivi por lá

Lembro-me das suas noites enluarada

No encerramento que a vida me dava

A imaginação livre levantava seu vôo

Criava as mais puritanas das fantasias

As ideias chegavam nas constelações

Com a veracidade que os dias trazia

Osvaldo Teles

Abre-se um portal

A cada nota musical abre-se um portal

Por onde vão entrando as lembranças

Sinto lágrimas caindo dos meus olhos

Como gota de chuva que molha a face

A saudade vai aumentando a cada tom

Nas dedilhadas se liberta a imaginação

Retorna ao seu ponto de convergência

Saudoso regresso aos momentos bons

Que ficaram gravados na minha mente

Dançam frenéticos meus pensamentos

Querendo o contraponto das emoções

No contraponto da harmônica melodia

Transportando para um tempo distante

Embora não esteja tão distante assim

Em meu peito fica uma grande lacuna

Pretendo preenchê-lo com o teu amor

Pego-me vagando neste espaço vazio

Perco o contato com este mundo irreal

Passando a viver neste mundo lunático

Compondo o belo quadro de aquarelas

Osvaldo Teles

Minha saga

Contínuo a minha saga sagrada

Hora vou brigando com o acaso

Hora vou me dar como vencido

Não dou ouvidos para o destino

Irei contrariar os seus desígnios

Não vou aceitar minhas derrotas

Sentado e com braços cruzados

Pagarei as rédeas com as mãos

Dando direção a minha jornada

Pretendo ser o dono da história

Vão ser escritas com as vitórias

As decepções irão ficar de fora

Quebrando os seus paradigmas

Onde só o seu querer prevalece

Não me entrego a sina colocada

Sei que será uma batalha severa

Quero mudar as suas imposições

Imputado a mim a minha decisão

Consciente de que as frustrações

Fazem parte de todo aprendizado

Osvaldo Teles

Seu olhar avassalador

Seu olhar avassalador penetrou

Ultrapassando as minhas retinas

Encontrando a minha alma nua

Provocando em mim os desejos

Não foi um desejo momentâneo

De te possuir uma noite apenas

Foi sim o amor puro que nasceu

Quero este amor na intensidade

Que perdure por toda uma vida

Aquela que vai me leva a flutuar

Queria repousar minhas tensões

No colo buscar o afeto das mãos

Para deixar os pelos arrepiados

Sentir a pulsação do teu coração

E seu gemido ao pé dos ouvidos

Emitindo suas suaves vibrações

Vou absorvendo as suas ondas

Sinto os seus toques plangente

Ganho a leveza dos passarinhos

O abstrato vai ganhando corpo

Osvaldo teles

És o meu sonho

És o meu sonho que se tornou real

Sua imagem está se materializando

Diante de mim a miragem se apaga

Um corpo real a mim se apresentou

Em curvas sinuosos fez-me perder

O sonhador pode tocar o seu sonho

Na conjunção dos meus devaneios

As mais loucas fantasias realizadas 

A perfeita composição do meu amar

Consigo traz a sua simetria corporal

As linhas faciais beirando a perfeição

Compõem a congratulação do carnal

Vai despertando os desejos latentes

Alterando o meu equilíbrio espiritual

Vou perder o contato com a realidade

Estou chegando ao estudo da paixão

O onírico assumindo as minhas ações

Deixando os impulsos ser o meu guia

O meu coração tomar conta da razão

Um mundo ilusório vai se estabelecer

Osvaldo teles

Meus próprios medos

Aprisionado aos meus próprios medos

Tento desvencilhar porém fazem parte

Convive comigo como o ar que respiro

Estarão intrinsecamente ligado a mim

Dentro de um contexto sem explicação

Amarrando igualmente a um nó cego

A coragem às vezes me deixa sozinho

Entregando-me a minha própria sorte 

Paro para encontrar minhas soluções

Os monstros estão presos no armário

Com uma porta secreta para me levar

Diretamente para seu mundo secreto

Sendo perseguido pelo meu fantasma

O pavor deixando os nervos aflorados

Como queria seguir a trilhar sem temer 

Colocando-me entre a cruz e à espada

Dentro do silêncio escuto meu gemido

Em lágrimas se esvai minhas tristezas

Sem querer vou chorar a sua ausência 

Sou conduzido a um soluço profundo 

Osvaldo Teles

Teu amor

As pernas ficaram trêmulas

A voz saindo meio enrolada

O coração bateu acelerado

Parecia um tambor no peito

Busquei o ritmo da melodia

Em um harmônico concerto

No mesmo ritmo da pulsação 

A palpitação vai aumentando

Perdia o contato com o chão

Flutuei cheguei rápido ao céu

Quando os olhos lhe avistou

Como um imã fomos atraídos

Duas forças opostas se uniu

Fui tomado por uma emoção

A minha palpitação disparou

A respiração ficando ofegante

Teu amor se apossou de mim 

Fazendo do peito sua morada

Compraz em contentamento

Uma nova criatura ressuscitou

Osvaldo Teles

Estou só

Estou só e meus pensamentos

Disperso com meu corpo inerte

Tentando juntar os fragmentos

A solidão me apertando o peito

Machado fica o meu pobre ser

O coração vai sentindo sua dor

Para todo o canto que os olhos

Direcionam você está presente

Com os seus mínimos detalhes

A fisionomia está viva na mente

Até seu perfume ficou fixo no ar

O aroma deixou fixado no lençol

Fio de cabelo preso no roupão

A saudade consome por dentro

Adiciona um pouco de tristeza

Na forma de lágrimas ela esvai

A conta gotas caem uma a uma

Fico alheio a tudo que me cerca

Busco no vazio a sua presença

Para preencher o espaço vazio

Osvaldo Teles

Sinto os efeitos do tempo

Meu espelho vai deixando a mostra 

Os cabelos brancos sobre a cabeça

As rugas estão desenhadas na face

Com seus traços de envelhecimento

Está ficando por todo o meu corpo

Os movimentos já são muito lentos

As passadas perderam velocidade

Sinto os efeitos do tempo no corpo

O meu raciocínio já é não o mesmo

Em lapso de memória ele vai e vem

Vai ficando claro as transformações

Até a minha visão vai ficando curta

Mudei não sou o mesmo de ontem

O que penso já ocorreu mudanças

Ciente que este dia um dia chegaria

Como uma metamorfose constante

E assim encaro o amadurecimento

Tudo que eu vivi guardado comigo

Para não esquecer o ensinamento

Que vou conduzir por toda a vida

Osvaldo Teles

Os olhos se perdem

Um horizonte bem a minha frente

Os olhos se perdem na imensidão

Debruçado em  linhas imaginárias

Aguçando as minhas expectativas

O céu e o horizonte se confundem

Parecem um fazer parte do outro

As possibilidades se descortinam

Meu imaginário se tornando alado

Um mundo fantástico me aguarda

Sobre um céu azul estou deitado

Devaneando vou com as estrelas

Solto a imaginação ela ultrapassa

A linha imaginária do meu sonhar

Loucos sonhos dominam as ideias

Nem limitam ficarem aprisionados

Dentro dos meus loucos pesadelos

Reluzindo na alma a sua mansidão 

Levita o corpo preso às suas linhas

Ao anoitecer pingos avermelhados

Vão lhe cobrindo com o seu manto 

Osvaldo Teles

Sigo o meu caminho

Em silêncio sigo o meu caminho

Emudecida fica a minha palavra

Presa igual a um nó na garganta

Conseguindo calar a minha voz

Contrito com meu mundo interior

Meditativo prosseguir fascinado 

Fascinante são as coisas exteriores

As belezas estão a cada esquina

Como os lindos canteiros floridos

Causando fascínio sua imensidão

Um mar aberto a ser desvendado

Fotógrafo os mais belos cenários

Hipnotizado fico com o esplendor

Da beleza que os meus olhos vê

A paisagem multicolorida à vista

Posso sentir a presença de Deus

Vou na paz que o espírito almeja

Encontrando minha tranquilidade

Contrastam com o barulho do ser

Que busca o equilíbrio da mente

Osvaldo Teles

Ninguém é dona de ninguém

 Este poema foi inspirado nas histórias de feminicídios.

Para que me iludir se tudo acabou

Sabe que vamos chorar um pouco 

No princípio vai ser muito dolorido

As lágrimas vão caírem torrenciais

Mas cada um seguirá seu caminho

Leva na lembrança o que vivemos

Mesmo que ficamos em frangalhos

Colando os fragmentos que quebrou

Restaurando o que sobrou entre nós

Afinal ninguém é dono de ninguém

Porque maltratar se já é muito doido

Ficaram os dois seres estilhaçados

Vamos nos lembrar apenas do amor 

Que vivemos com a sua intensidade

O que morreu em nós pode renascer

Mais fortalecido em nossos corações

Dando a chance de ser feliz outra vez

Se for possível restaurar o que sobrou

Deixamos nosso passado no passado

Começamos novamente se for preciso

Osvaldo Teles

Quero ver o seu riso

Vou na janela para vê-la passar

Verei minha princesa passando

O andar cheio de sensualidade

Deixando exalar a sua essência

Parecia uma bailarina a dançar

Em transe ficam minhas ideias

Quero ver o seu riso a cada dia

Carregado com muitas energias

Desencadeando o meu sorrisão

Extravasa o que sente o coração

Adornando a sua belíssima face

Chapiscando em me a felicidade

Que flui do seu maravilhoso ser

Fazendo a alma entrar em regozijo

De tanta luz de vem do seu olhar

Atordoado fico com seus reflexos

Como uma áurea incandescentes

Os meus olhares te dizia sem falar

A pronúncia vinha nas entrelinhas

Dizia quero te amar para sempre

Osvaldo Teles

Extasiado

As damas da noite exalavam

Os seus inebriantes perfumes

Mistura com gotas de orvalho

Performando todo o ambiente

Agi em mim como o calmante

Extasiado vai ficando o corpo

Os músculos ficam relaxados

Ébrio fiquei com seus aromas

Ficando perdidos os sentidos

Envolvido em seu ar bucólico

Interiormente me encontrarei

Com a quietude tão desejada

O paradoxo se torna reinante

Silenciosa madrugada passa

A mente vai fazer sua viagem

Um clima de paz me envolve

Sentei-me no banco da praça

Para literalmente ver o tempo

Passar com a cadência lenta

Na harmonia do suave canto 

Osvaldo Teles

O casulo

É assim que estou me sentindo

O casulo aprisionado no tronco

Preso sem poder levantar o vôo

Um dia o casulo vira a borboleta

Em voos chegando no horizonte

Louca para ganhar a asa e alçar

A grande metamorfose acontece 

Em bela borboleta se transforma

Deixando a mostra a sua beleza

Dando o colorido para a natureza

Com as suas cores fotocromática

Brilham como a luz fosforescente

Transformada em plena liberdade

Livres vôos em direção ao infinito

Livremente sai a voar pelo mundo

Em um bailado bem sincronizado

Mesma que a sua vida seja curta

Não tendo medo de se aventurar

Sem pensar nas consequências

O importante é viver a liberdade

Osvaldo Teles

Não consigo esquecer

Tudo que vivo não consigo esquecer

Estão gravados na minha lembrança

Vão me acompanhar pela vida toda

Para não deixar esquecer as origens

Aprendi com cada queda que eu tive

A imagem lembrada de um passado

Passando na tela da minha memória

Faz-me lembrar cada uma das cenas

Meu saudosismo vem sempre à tona

Completando minhas histórias vividas

As minhas desventuras me ensinaram

Que nem todos os caminhos é o certo

Levo as lições que foram aprendidas

As muitas aventuras tive que encarar

Nem vou ligar para os dias vindouros

Não dá para pensar nem no  amanhã

Estou focado no vivenciar o momento

Fixo apenas o que está por acontecer

Com passar do tempo as lembranças

Ficam como uma vaga reminiscência

Osvaldo Teles

Gemendo uma alma

Gemendo uma alma as suas dores

Gritando bem alto  seus clamores

Pelas feridas que foram reabertas

Uma chaga aberta no seu coração

Dentro da complexidade da mente

Redirecionada a lucidez constante

Não sei dispersar o meu equilíbrio

Vem para o seu lugar a insensatez

De sobressalto a vertigem me toma

Vou ficando próximo da insanidade

Aproximando dos meus devaneios 

Causando instabilidade ao cérebro

Mudando conforme sopro do vento 

Norteando a estrada a ser seguida

Sendo levado pelas ondas da maré

Aleatório vai saindo o pensamento

Tresloucado vai perdendo o sentido

Vai ficando há um passo da loucura

Mostra o quanto é fraca a memória

Capaz de deixar o ser desequilibrado

Teles

Olhando as estrelas

Pego-me olhando as estrelas

Penso em você e eu perdidos

Cortando céu em voo rasante

Bailando na alvura da nuvem

Nos corpos e astros celestes

Não dando limites ao decolar

Entre constelações brilhantes

Viajantes do mundo de ilusão

Salvaguardando a mente pura

Vamos abrindo espaço na lua

Duas almas se tornando alada

Viajando na cauda do sonhar

Como dois seres desenfreados

Libertando nossa imaginação

Que viajam em alta voltagem

Liberando as nossas fantasias

A cadência está comungando

Translúcidos os olhos brilham

Encantado com o brilho da luz

Belíssimo o universo se revela

Osvaldo Teles

Imagem Angelical

Contemplo sua imagem angelical

Sua silhueta tinha linhas perfeitas

Carregada de muita sensibilidade

Em seu sorriso pura simplicidade

Carregado de muita sensualidade

Provocava-me o grande fascínio

Levando-me a loucura sem igual

Transmitia tranquilidade no olhar

Sinto minha alma entrar em festa

O espírito entra em contentamento 

Enamorados vamos nos amar

Com congratulação do seu corpo

Vai aceitando nossa cumplicidade

No conluio de um encontro carnal

Condicionando-nos ao movimento

O corpo entrando em êxtase total

Tinha na mente ideias libidinosas

O meu corpo pretendia te possuir

Para lhe levar ao prazer extremo

E depois descansar ao meu lado

Osvaldo Teles

Angústia

Tristeza estas acabar comigo

Estampa na face seus efeitos

Deixastes ócio e desocupado

A solidão ocupa espaço vazio

Vou assistindo este filme triste

Tendo meu cérebro como tela

Onde passam todas as cenas

Reproduzi o que a alma sente

Vou botar a angústia para fora

As mágoas também vão juntas

Na forma de lágrimas copiosas

Sei lá se vão aliviar as tensões

Vai demonstrar como me sinto

Dai-me seu colo como consolo

Peço que me dê teu aconchego

Coloca a cabeça sobre seu peito

Sentirei a batida do seu coração

Se ainda tem entre nós sintonia

Mesmo assim vou insistir contigo

Para que aceite os meus pedidos

Osvaldo Teles

Seu adeus

Não quero ouvir a sua despedida

Já estou sentindo a saudade sua

O seu adeus vai me fazer chorar

O coração está muito machucado

As lágrimas molham a minha face

Por favor não solte minhas mãos

Não quero sentir você escapando

Pelas pontinhas dos dedos meus 

Os erros foram querendo acertar

Não vá não abri a ferida no peito

Ouve as súplicas fica aqui comigo

Vai ser muito doloroso te ver partir

O amor por ti ainda continua vivo

És para mim o ar que eu respiro

O que mais quero é estar contigo

Amando-te como sempre te amei

Desde o primeiro beijo que te dei

Guardo até hoje o seu doce sabor

Aquele selinho no canto dos lábios

Despertou em mim grande paixão

Osvaldo Teles

Um corpo perdido

Um corpo perdido no relento da noite

Sentindo a frieza da gélida madrugada

A resfriadade adentra-me pelos poros

Deixando todos os cabelos arrepiados

Os músculos ficam todos enriquecidos

Só quero encontrar um corpo ardente

Para o meu pobre esqueleto aquecer 

Solitário deitado pelo banco da praça 

A sofreguidão habitando meu coração

O alento é poder ver a luz das estrelas

Sou eu que estou vagueando sozinho

Na calada na busca do elo esquecido

A densa escuridão noturna toma a rua

A única coisa que pretendo era achar

Dentro da densa noite a alma gêmea

A pretendida pelas curvas da estrada

Deixando o amor guiar nossos passos

Pela escalada de um viver com alegria

Dois corações batem no mesmo ritmo

Vão seguindo os rastos dos raios lunar

Osvaldo Teles

Mudei

Mudei! Já não sou mesmo de outrora

O pensar já não é o mesmo de ontem

Não foi fácil mas tive que amadurecer

O amadurecimento se fez necessário

Foi muito doído mas tive que superar

Suplantando as feridas que trouxeram

Todas dores que a minha alma sofreu

O menino se transformou em homem

A ruptura entre fases foi muito grande

Contos de fadas se torna mundo real

A fantasia ficou perdida com o tempo

Até os sonhos perderam seu encanto

Os traços fisionômicos tiveram mudanças

Com o tempo as rugas marcaram a face

O meu cérebro já está um pouco lento

As cicatrizes fixaram para toda a vida

Vendo hoje as coisas de outro ângulo

Mudando o jeito de ver os problemas

Viver o momento é o que mais importa

Aceitando o que a vida tem a oferecer

Osvaldo Teles

Fiz meu juramentado

Diante do altar fiz meu juramentado

De te amar com toda a intensidade

Transformar um corpo num só corpo

Transformando sonhos em realidade

Prometo-te a minha eterna fidelidade

Para sermos abençoado pelo divino

Enchendo o peito de contentamento

Fazendo as almas cantarem em festa

Na sua presença quero sempre está

Meu coração transbordando de amor

Cintilam os olhos com tantas alegrias

Estava de branco de véu e grinaldas

Mais parecia a minha bela divindade 

Envolvendo-nos no misto da paixão

Fiquei encantando com a sua magia

Que tu trouxestes para os meus dias

Um ar de magia assume o momento

Rogo a Deus que dure por toda vida

A partir da ir compartilhar felicidades

Num amar com muitas sinceridades

Osvaldo Teles

Quebrei as correntes

Quebrei as correntes que me atam

Distantes estão meus pensamentos

Vão cruzar sem amarras o universo

Viagem literal ao mundo do lunático

Loucas emoções o espírito vai sentir

Em voos rasantes chego ao infinito

Estático ficou o meu corpo alienado

Ao além vai chegar o meu espectro 

Enquanto isto a massa ficou inerte

Com a mente fixa em sonhos irreais

Como um venda ofusca a realidade

Num momento se tornam transitório

Sou tomado pelos loucos devaneios

Torno-me passageiro interplanetário

A nave estrelar é a minha condução

Transportado entre as constelações

Vou apreciando a beleza lá de cima

Lá do alto vejo a beleza do planeta

Com o vento acariciando as franjas

Dando asas às minhas imaginações

Osvaldo Teles

Sou sobrevivente

Os desafios nunca me meteram medo

Desde a concepção que venho lutando

Apesar das pancadas sou sobrevivente

Agradeço por cada uma etapa vencida

Os empecilhos impulsionava a batalha

Do cotidiano para não ser consumbido

Preparei-me para encará-los de frente

O meu ser contém muitas esperanças

O alimento que minha alma necessita

A fé sempre foi a mola impulsionadora

A confiança inundando o meu coração

Fazia prosseguir confiante no caminho

Sigo focado em meus planos traçados

Era a força que me faz continuar firme

Também tinha um Deus me orientando

A cada passada dada Ele acompanha

Nos tropeços suas mãos me seguram

Evitando que a queda venha machucar

Onde quer que ande está junto comigo

Muitas ocasiões me pegou pelas mãos

Osvaldo Teles

Estava preparado

Estava preparado para receber

Aquela que o coração escolheu

Darei o melhor que há em mim

Dedicarei a ti minhas atenções

Para devotar todo o meu querer

Levarei-te aos meus aposentos

Com toda a minha sensibilidade

Ficando completamente aflorada

Deixa o meu sangue fervilhando

Queima-me igual sarça ardente 

Não vejo a hora de tê-la no colo

Vou te conduzindo bem devagar

A delicadeza vai acompanhando

Todos os atos sagrados do amor

Coloquei no quarto muitas flores

A mais bela estava sobre a cama

Despida de todo os seus pudores

Lavanda espalhada pelos cantos

Deixando o ambiente aromatizado

Aliviando as minhas alucinações

Osvaldo Teles

Deslumbrante beleza

Estava diante de uma semideusa

Na imagem de uma linda criatura

Parece-me uma belíssima pintura

Foi traçada pelas mãos do divino

Trazendo consigo a sua simetria 

Na forma que beirou a perfeição

A sua figura mais parecia Vênus

Com a sua deslumbrante beleza

As ideias ficaram meia atordoada

Faz os meus olhos ver a princesa

Monalisa perdia para sua lindeza

Muitas vezes me sentir no paraíso

O seu gingado sensual me seduz

Transmitia para mim o puro amor

Capaz de me conduzir à loucura

Um botão prestes a desabrochar

A mais linda flor do meu canteiro

Exalando o embriagante perfume

Deixava-me totalmente inebriado

Quando adentrava o suave aroma

Osvaldo Teles

Penúria

Vivemos em um mundo desumano 

Humano mesmo?  São os animais

A sua desigualdade é muito gritante

Uns afortunados outros desgraçados

Não parece que é cria do mesmo Deus

Como não fizesse parte desta massa

Parecendo mais um farrapo humano

Abrindo um abismo entre as classes

A grande guerra cotidiana é travada

Transforma muitas pessoas invisíveis 

De um sistema excludente e perverso

A ganância faz o ser humano escravo

A penúria continua executando vidas

Muitos morreram de fome a cada dia

Vão andando igual a um morto vivo

Levando muitos anjinhos para o céu

A lei da sobrevivência é o que impera

Cada um briga com a arma que tem

Sobreviver já era uma grande vitória

O grande sobrevivente acima de tudo

Osvaldo Teles

Bate uma nostalgia

De vez em quando bate uma nostalgia

Saudoso vou ficando um pouco meloso

A saudade abri a porta das lembranças

Regresso aos lindos momentos que vivi

As recordações estão sempre presente

Quando dou por mim já estou chorando

As lágrimas estão caindo copiosamente

Irrigando a felicidade que trago comigo

Persistente ela está me acompanhando

Ficou como lembrete que vale persistir

As minhas mágoas tive que expulsá-la

Para não maltratar a minha sonhadora

O filme está passando na minha cabeça

Fazendo-me retornar no túnel do tempo

Passando pelas fases que foram vividas

Que deixaram as suas marcas gravadas

Vivo no presente mas preso ao passado 

Para não esquecer no futuro quem eu fui

As peripécias que fiz quando era menino

Retirou as dores do meu amadurecimento

Osvaldo Teles

Amo-te

Foi fenomenal nosso encontro

Fui arrebatado pela sua magia

Não consigo contém a emoção

Quando os olhares se cruzaram

O coração perdeu o compasso

Um grande amor foi despertou

Amo-te com toda a intensidade

Que tem no interior do meu ser

Sendo o meu alimento cotidiano

Impulsionando o meu louco viver

É tanto amor que brotou em mim

Joguei-me sem pensar em nada

Nem pensei nas consequências

Inconsequente quis me aventurar

Tudo gira em torno de um círculo

Onde tu és o centro das atenções

Cego fico diante de tanta belezura

Para onde eu olhe estás presente

Não consigo tirar do pensamento

Como um selo te coloquei no peito

Osvaldo Teles

Último fio de luz

A vela deu o seu último fio de luz

Os raios da lua entram pelas frestas

Deixando o quarto na penumbra

Uma figura mágica vem a cabeça

Um Paço mágico se torna o quarto

Inúmeras fantasias vão ser criadas

A meia luz a bela vai se revelando

Meu erotismo vai ficando aflorado

A compulsão me tira a realidade

Um espaço ilusório a tensão cria

Ganhando um misto de mistérios

Tornando o momento encantado

Encantada a noite vai passando

Gerando na mente loucas ilusões

Aos poucos fui ficando no escuro

Padecia de um solidão compulsiva

A cama me parecia cubo de gelo

Um frio permeava todo meu corpo

Fiquei apavorado com a escuridão

Só via um vulto estampar a parede

Osvaldo Teles

Busquei no compasso

Busquei no compasso a harmonia

Na harmônica canção vou dançar

Acompanhando-lhes as nostalgias

Retrocedo aos bailes de fantasias

Preenchendo o meu vazio existente

Como uma orquestra hormonizada

Os órgãos trabalham na comunhão

A prenda já está a minha espera

Pego a dama pela mão e bailamos

Com corpo colado sinto a pulsação

No contraponto estão às emoções

Brilhos radiantes retirando a visão

De está no enlace em seus braços

Bailando as almas se encontrando

Na congratulação cantam em júbilo

Dançam seguem o tom do coração

Impulsionado as minhas vibrações

Correndo nas veias os hormônios

Vindo junto a minha sensibilidade

Os ouvidos abstraindo as melodias

Osvaldo Teles

Por trás do véu

Surgiu por trás do véu o ser estonteante

Traz na sua fisionomia a perfeição divina

Linda igual a belíssima deusa do Olimpo

A deusa na imagem de uma bela mulher

Pasmo fiquei perante tanta beleza que vi

Parecia que o portal do paraíso se abriu

Um belíssimo cenário a mim foi revelado

E uma das suas fadas tinha se libertada

Até então não tinha visto uma cena assim

Nas suas curvaturas em formas perfeitas

Deixando-me extremamente emocionado

Era como descortinar o céu ao anoitecer

Aquela lindeza sem par ficando a mostra

Era o céu cheio de estrelas iluminando

Vi a maravilhosa diante dos meus olhos

Em transparência e com a sua formosura

Como as constelações irradiando sua luz

Com seu raio ofuscava as minhas ideias

Translocado fico com esta linda criatura

Despertando em mim o nobre sentimento

Osvaldo Teles

Queria ser um passarinho

Queria ser um passarinho para voar

Batendo minhas asas numa sincronia

Sair voando como um rápido beija flor 

Não vou cortar as asas da imaginação

Vou quebrar os meus próprios limites

Posso chegar rapidamente ao infinito

Livre pelo espaço sentindo a liberdade

Seguindo em um bailar sincronizado 

O infinito será o limite a ser alcançado

Podendo cortar o céu num vôo rasante

Sendo orientado pelo som dos ventos

Respondendo com meu canto afinado

Norteado pela a minha bússola interior

Vou perdendo aos poucos minha razão

Deixando as emoções ser minha guia

Abrindo as asas e deixando ser levado

Fazendo pairar sobre as suas correntes

Onde o céu se mistura com azul do mar

Criando dentro um caminho de estrelas

Vai refletindo a minha própria imagem

Osvaldo Teles

Estou ansioso

Estou ansioso pela a sua entrada

Fixo ficam meus olhos na estrada

Quando o seu perfume me invade

Enlouqueço com seu suave aroma

Agi em mim como um alucinógeno

Causa-me uma grande alucinação

Imagino sua imagem se formando

O sangue vai aumentando o fluxo

Queimando em minhas entranhas

O coração fica batendo acelerado

Dando para escutar as pulsações

Deixando minhas veias auteradas

Procurando as válvulas de escape

Querendo apenas seu aconchego

Sentirei o calor ardente dos beijos

Sendo o combustível das paixões

Aliviando todas as minhas tensões

Deixando a carne com sua leveza

Levitando quando está nos braços

Ofegante vai ficando a respiração

Osvaldo Teles

Observo a beleza

Sento na areia observo a beleza

Fico maravilhado com o que vejo

Um mar azul de águas cristalinas

Ao banho refrescante me convida

Mergulhando na existência do ser

Meditativo estou me encontrando

Faça a minha viagem existencial

A visão fica perdida na imensidão

A maresia amena estar soprando

Mansamente a brisa me tocando

Acariciando suavemente no rosto

Sua refrescância me acalmando 

A paz vai assumindo minha alma

A suave música me envolvendo

São ondas batendo nas pedras

Transformando o som melodioso

Acalmando assim o meu espírito

Zem o brutamonte se transforma

A calma desejada é encontrada

No balanço das águas encantadas

Osvaldo Teles

Sozinho

Estava abandonado na vida

Andava sozinho no caminho

Só eu e os meus devaneios

Alheio a tudo que me cerca

Parecia que não fazia parte

Deste gigantesco planetário

Aprisionado no meu mundo 

Parece que vivo o pesadelo

Perdido nas minhas ilusões

Brigando com as desilusões

As fantasias me abandonou

Os risos não fluíam naturais

Nunca quisera compreender

As coisas que me acontecia

Encaro de frente a contenda

Vagando à procura do amor

O abismo queria me engolir

A bela meu caminho cruzou

Minha saga ela transformou

Devolvendo os meus sonhos

Osvaldo Teles

Semblante angelical

Com o semblante angelical

Seu jeito boneca me seduz

Estás deitada ao meu lado

Com a sua beleza a mostra

Embeleza um ser com amor

O seu aroma está exalando

Vou logo me apaixonando

O clima mágico me envolve

Como um feitiço me domina

Agindo como o estimulante

Ficando os nervos aflorados

O repouso sereno me toma

Serenamente vou dormindo

Ficam na cama dois seres 

Vas aconchegando em mim

Seu calor vai me queimando

Ainda dá para ouvir suspiros

Nos ouvidos ecoa o gemido

Dos prazeres que sentimos

Marcas das unhas no corpo

Osvaldo Teles

Abrir as porteiras

Abrir as porteiras para o mundão

O estradão ficou me convidando

Para desbravar o mundão lá fora

Tinha certeza que tudo ia dar certo

Só dependia das escolhas certas

Então peguei minha mala me fui

Levando comigo minha essência

Abandonei meu cantinho querido

As lágrimas caíam copiosamente

Andando por chão desconhecido

O desconhecido me causa medo

Mesmo assim encontrei as forças

Que me fazem seguir caminhando

Uma imensidão a ser percorrido

Seguindo nem olhava para trás 

Seguia sozinho olhando a frente

Para não desistir da caminhada

A saudade é minha companheira

As lembranças no tempo persiste

Deixando-me interligado a origem

Osvaldo Teles

Remove da face

Remove da face os traços de tristeza

Botei nos lábios um belíssimo sorriso

Enfeitei-me com as mais belas vestes

Lavanda espalhei por todo meu corpo

Perfumado fiquei igual o jardim florido

Deixando o cérebro novinho em folha

Não pude conter as minhas emoções

Depois dei risada dos acontecimentos

Tento deixar meu passado no passado

Dormindo o sono puritano das crianças

O que me fez sofrer fez dá gargalhada

Trazendo de volta a minha serenidade

Às vezes lágrimas caíam de felicidade

Quando me deparei com a pretendida

Extrair dela as melhores amabilidades

Tinha apenas a certeza das incertezas

Que me guiarão por caminhos tortuosos

Porém tenho o meu amor com bússola 

Que me indicará o caminho a ser seguir

Com um sorriso estampado nos lábios

Osvaldo Teles

Olhando ao longe

Fico disperso olhando ao longe

Com as minhas ideias distantes

Lado a lado com loucas ilusões

Viajando ao mundo da fantasia

O sideral se tornando pequeno

Encontro a luz no final do túnel

A visualização vai ficando clara

Perecendo que sinto a vertigem

Quando vejo o mormaço dançar

Vai ultrapassando a capacidade 

Batendo na velocidade máxima

Perdida na minha complexidade 

Fazendo a confissão na cabeça

Elas se tornam aladas e viajam

Vindo rapidamente o conflitante

Entre fantasioso e o mundo real

Corpo fica parado a mente viaja

Lado a lado com loucas ilusões

Num pestanejar vão as estrelas

Perdem-se na alvura da nuvem

Osvaldo Teles

Alma inquieta

Sempre tive minha alma muito inquieta

Não se contentava com a sua mesmice

Sonhar era o meu alimento do dia a dia

Como uma criança me propôs sonhar

Contudo devaneei por diversas vezes

Coloco-me alheio às coisas do mundo

Deixando-me a um passo da realidade

Criando armadura contra a desventura

Na luta da sobrevivência bati e apanhei

Encaro todos meus problemas de frente

Não arredo nem um centímetro da briga

As adversidades me impulsiona a seguir

Pulei cada um dos obstáculos que tinha

Guardo as sequelas na minha memória

Na pele trago comigo as suas cicatrizes

Que me serviram como um aprendizado

Para não cair nas ciladas dos verdugos

Que estão na espreita dos meus vacilos

Prontos para me dá os seus golpes final

Porém com agilidade ia me desviando

Osvaldo Teles

Diante de mim

Diante de mim estar a divindade

Na imagem de uma linda mulher

Com a sua forma bem delineada

Perplexo fico perante sua beleza

Chega translocar o pensamento

Levando-me a um estado onírico

Colocando dentro deste mistério

Percebo em ti presença do amor

Trazendo consigo sua perfeição

Seu jeito sensual me conquistou

Sutil o amor chega de mansinho

Com seu olhar sedutor me seduz

Transfigurando minha existência

Mostrando na real quem eu sou

A criatura sensível e apaixonado

Foi em que me transformei! Amei

Cada um dos seus lindos traços

Parecia um traçado bem definido

Com a pele negra e lábios rubros

Capaz de despertar as fantasias

Osvaldo Teles

Uma luz brilha

Uma luz brilha no topo da colina

Lá no cume o sol está brilhando

Brindando a vida que renasceu

As estrelas se escondem no céu

Os seus brilhos ficam ofuscados

O dia desperta todo exuberante

Trazendo consigo deleite a alma

A lua está declinando imponente

É sinal que a noite já adormeceu

Na calma que lhe proporcionou

Ficando na pele as suas marcas

A carne flutua sentindo a leveza

Energizando o corpo e o espírito

A vida vai pulsando na entranha

Sigo a vereda em busca do sinal

Um veio de água cristalina nasci

Refrescante como as águas frias

Refrescando meu corpo caliente

Depois dos seus toques quentes

É como despertar com a deusa

Osvaldo Teles

É muita saudade

É muita saudade é o que sinto

Fazendo o peito ficar apertado

Quantas vezes tateei na cama

Depois de varar a noite acesso

Sôfrego vou tentar me entregar 

Quero encontrar os fragmentos

Que ficaram jogados no canto

Buscando resquícios do aroma

Estava espalhado pela sua pele

Que serviam-me de estimulante

Que ficou impregnado no lençol

Os fios do cabelo corsa o peito

Faz me lembrar o intenso amar

Que na unidade nos entregamos

Este misto de mistério me segui

Ainda posso sentir suas carícias

Seu corpo quente sobre o meu

Uma lacuna se fecha no carpo

Tornando a união mais perfeita

Tonicidade para todos músculos

Osvaldo Teles

Olhando as paisagens

A paragem me propus ficar a observar

Fiquei a margem olhando as paisagens

Fico alheio a tudo que vai se passando

Encantado com a beleza que pude ver

Vi a imagem parecendo uma miragem

Refletindo em mim o seu nítido reflexo

Os mais belos dos cenários do planeta

Vou reproduzindo como uma filmagem

O enredo que a mente acaba de criar

Traz consigo as fragrâncias das flores

Seu doce aroma me deixava inebriado

Ia dançando como uma folha ao vento

Subindo livremente ao espaço ilusório

Dançavam as minhas ideias na cabeça

A mente fica criando as suas fantasias

A fada vai passando com a sua magia

Deixando no ar a sua fórmula do amor

Que toma conta das células do corpo

Enfeitiçando o meu coração sonhador

Desviando a saga de um ser sofredor

Osvaldo Teles

Tracei planos

Tracei planos no decorrer do percurso

Para não ter que seguir meus impulsos

Nem ser teleguiado por meus instintos

Os projetos são devidamente traçados

Não queria que meu instinto vinhesse 

Desequilibrando as minhas estruturas 

Todos cálculos feitos cuidadosamente

Que tudo fosse efetuado com sucesso

Os obstáculos séria meros empecilhos

Meu ser é o reservatório de motivação

Não deixo os percalços me desmotivar

Como gigante saiu rompendo barreiras

O que passou sigo deixando para trás

Ficando finalmente o melhor que eu vivi

O futuro que me proporciona devaneiar

Vai dando veracidade aos meus sonhos

Vislumbro só os novos acontecimentos

Pulei no lombo da esperança e cavalguei

Rumo ao louro da vitória tanto planejada

Sem temer as desventuras desta vidinha

Que o destino se encarregou de colocar

Esta longitude que tenho que atravessar

Com certeza que não chegarei o mesmo 

Mudanças ocorreram durante a trajetória

Osvaldo Teles

Um corpo inerte

Perguntei porque este empurrão

Foi muito bem dado este tropeço

Não tive tempo para me preparar

Cair meus joelhos foram ao solo

Ficando um corpo inerte no chão

Os olhos  encheram de lágrimas

Deixando a alma em fragmentos

Prostei as mãos olhei para o céu

Quis está diante da sua presença

Aproveito para fazer minha prece

Pedindo a sua sagrada proteção

Implorei ao criador as suas mãos

Com muito fervor e com devoção

Sentir o seu braço me levantando

Queria só aliviar as minhas dores

Acalmando aquelas inquietações

Dando paz a um coração inquieto

Guiando nos caminhos tortuosos

Fazendo dos seus olhos meu farol

Orientando pelo abismo e veredas

Osvaldo Teles