quinta-feira, 15 de outubro de 2020

Um corpo perdido

Um corpo perdido no relento da noite

Sentindo a frieza da gélida madrugada

A resfriadade adentra-me pelos poros

Deixando todos os cabelos arrepiados


Os músculos ficam todos enriquecidos

Só quero encontrar um corpo ardente

Para o meu pobre esqueleto aquecer 

Solitário deitado pelo banco da praça 


A sofreguidão habitando meu coração

O alento é poder ver a luz das estrelas

Sou eu que estou vagueando sozinho

Na calada na busca do elo esquecido


A densa escuridão noturna toma a rua

A única coisa que pretendo era achar

Dentro da densa noite a alma gêmea

A pretendida pelas curvas da estrada


Deixando o amor guiar nossos passos

Pela escalada de um viver com alegria

Dois corações batem no mesmo ritmo

Vão seguindo os rastos dos raios lunar


Osvaldo Teles



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