O quadro de desigualdade social registrado pelo levantamento tem raízes históricas. “A falta de políticas para a incorporação dos ex-escravos ao mercado de trabalho assalariado e a dificuldade de acesso aos serviços de educação e saúde colocaram essa população à margem dos progressos da sociedade brasileira, contribuindo para as origens da pobreza e da desigualdade enfrentadas pelos negros. Sendo assim a educação o meio de ruptura dos paradigmas da dominação, ela permite também a reflexão do indivíduos na sua condição humanas,e o desenvolvimento das relações de forças e dos mecanismos invisíveis que se estabelecem no corpo social.Na origem das extremas desigualdades raciais observadas no Brasil está o fato óbvio de que os africanos e muitos dos seus descendentes foram incorporados à sociedade brasileira na condição de escravos. A chamada “escravidão moderna” foi uma das formas mais radicais de exclusão econômica e social já inventada pelo homem.As desigualdades entre as raças observadas no Brasil de hoje nada mais são, portanto, que o resultado cumulativo das desvantagens iniciais transmitidas através das gerações. As políticas de “ação afirmativa” ou “discriminação positiva” são instrumentos de que a sociedade dispõe para compensar essas desvantagens impostas às vítimas da escravidão e seus descendentes, com o objetivo de colocá-los na mesma condição competitiva que os outros segmentos da sociedade. Numa linguagem bem direta, pode-se dizer que se trata apenas de “pagar os atrasados” ou de “recuperar o tempo perdido”. “Tratar desigualmente os desiguais para promover a igualdade"
e muitos critica as politicas reparatória, seguindo o pensamento da classe dominante ou seja a elite não quer um povo pensante,e o que não temos hoje e fruto de um passado de exploração da força de trabalho sem remuneração de um formato escravagista desacerbado.
Assistente Social Osvaldo Teles