quarta-feira, 31 de agosto de 2016

Acomodo-me

Acomodo-me atormentando
Percorro todos lados a sua procura
Encontro o vazio no meu leito
Só em pensar em te perder
Já fico muito triste
Em prantos me encolho no canto
Emudecido fico no meu refúgio
Como não consumir o sono
Por aonde tu antastes meu bem
Se a sua falta me perturba
Vendo os vestígios de sua estadia
Fostes o lírio que embelezava os meus dias
Levantei e agarrei-me na linha do tempo
Segue a aquela que me concedeu
Os mais belos momentos
Gravei a sua fotografia em meu ser
Na boca guardo o sabor dos beijos seus
Sua graciosidade arrebentou-me
Perdi o controle das minhas passadas
Das noites de amor que me concebeu
Vinde a mim meu minha querida
Acaba as dores contidas em meu ser
Carinhosamente vem amenizar
Toda as frustrações, venha comigo
Levarei-te a colina dos prazeres
Não fica presa o que já passou
Viveremos o presente
Deixando o amor invadir os corações
Desfaleço aos poucos em teus seios
Minha amada dona do meu pensar
Vamos ficar atônito com a nossa
Capacidade de se entregar
O nosso ninho de amor ainda está pronto
A espera daquele que minha alma escolheu

Osvaldo Teles

terça-feira, 30 de agosto de 2016

O matuto

O matuto fica olhando para o céu
Com os olhos compridos
E cheios de lamentos
Viajando nas nuvens esperando chuva
Com suas lágrimas ele rega a terra
Arando-a com o sol a pino
Para ser semeada, querendo ver a sua florada
Vendo as danças das abelhas
Indo de flor em flor colhendo o pólen
Com a esperança te colher o seus frutos
Tudo são vistos em preto e branco
Na rede aperreado via o sol castigar
Queimando na roça as plantações
No seu violão tirava a cantiga de lamentos
Louvores entoava pedindo a Deus chuva
Os rios represados irrigando
As fazendas dos ricos
O pobre lavrador ver queimar a esperança
Os animais dão o último suspiro de vida
O danado da duro no campo
Trabalha com o  sol queimando-lhe o lombo
Saindo das fronteiras do inconsciente
As forças para enfrentar as adversidades
Encurralado o êxodo será inevitável
Terra alheia visitará,um novo recomeço terá

Osvaldo Teles

domingo, 28 de agosto de 2016

Anelos do amor

Estava  preso aos meus medos
Enrolado em uma mortalha
Mortificada a alma deixa a matéria
Estática olhando para o nada
Um ponto solto no espaço
De repente te achei no além
Preenchendo o vazio existente
Algo me acorda do meu leito
Despertando dos meus pesadelos
Indicando-me o caminho dos sonhos
Brindamos a ressurreição das fantasias
Conduzindo-me  a lugares distantes
As paragens surgindo ao nosso alcance
Ramos de louros ornamentando um ser
Cuase divinal, um colar de pérolas negras
Coloquei em seu lindo pescoço
Tirei a minha túnica me despi diante de ti
Adrenalina correndo em nossas veias
Os teus contornos em minhas mãos
Vou tocando lentamente buscando
Os pontos sensível até chegar ao êxtase
Anelos de amor nos levando a união

Osvaldo Teles

Quantas noites

Quantas noites vi clarear
Fiquei de joelhos orando
Pedindo clemência ao Divino
Fiz uma introspecção
Tentando colar o elo partido
Seguir a minha via sacra
Em muitas passagens
A cruz ficará pesada
Tentei abandonar várias vezes
A margem da estrada, cansado
Porém é muitas cenas ela ficará leve
Achei ajuda para carrega-la
Deixando suave as passadas
Era a força de Deus agindo
Ele estava ouvindo as minhas preces
Botando uma divindade humana
Uma deusa em forma de mulher
Para que possamos andar lado a lado
Com o olhar no mesmo horizonte
Trazendo o brilho dos astros até a mim
Renovando os motivos para prosseguir
Adeus eu dei a insônia, no seus braços
Encontrei sussego e no aconchego repouso
Toda a inquietação que agitava o coração
Em um sopro inesperado fechou-se a porta
Ficando ausente aqui dentro o sofrimento
Só se ouve o son dos suspiros dos corpos
Adormecidos, depois de toques e carícias
Em uma mistura do profano e o divino sentir
A química nos atraí, combinação perfeita
Entre amar e possuir, quão bela criatura
O quarto tornou-se o templo sagrado
Do belíssimo e divino sentimento”o amor”
Variações comportamental acontecerão
Vindo pureza a invés de desregramentos
Aspereza não existiam em nossos atos
Passamos a viver em perfeita comunhão

Osvaldo Teles

sábado, 27 de agosto de 2016

Vida minha

Vou tocando-te em frente vida minha
Não pude fugir do que estava escrito
No decorrer fiz os meus planos
Porém não posso esquecer
O tempo de Deus e de sua sabedoria
Fui buscando nos seus ensinamentos
Lições que pudessem mudar a minha saga
Visualizei-me por completo fiz um raio x
Pelo meu retrovisor interno fui mudando
A direção e as vezes botando o pé no freio
Para não entrar em cheque com o  destino
Para trás deixei tudo que me fez mal
Não deixarei nada atrapalhar-me
Quando estiver na linha de chegada
Os pés calejados da longa maratona
Latejam que sinto no último fio de cabelo
Descrevo em forma de poesias
As passagens da minha vida
Foi a forma que encontrei para curar a dor
Que me consumia conforme seguiam os dias
Andei mesmo cansado não vacilei
Não guardo rancor dos males acometido
Extraí a negatividade que habitava em mim
A persistência impulsionou as vitórias
Muitos contratempos encontrei no decorrer
Mas não alimentei as tristezas no peito
Cuidei de cada conquista como única
Quando cruzei com a minha amada
Foi se apagando todos os traumas
Quando a poeira baixar
Tudo cairá no esquecimento
Só ficaram as doçuras das lembranças

Osvaldo Teles

Joga-se

Joga-se sobre mim quero te ter
Quero sentir o seu peso
E a sua temperatura me incendiando
Entrando em erupção amaciando o ego
Fazendo-me levitar no espaço
Beijos quentes queimando os neurônios
Enlouquecendo o sentidos
Perturbando a minha consciência
A sua transpiração escorrendo
Ficamos molhados e esgotados
Cessou todo o cansaço
Restaurando as nossas forças
Com a nossa troca perfeita de carinho
Amoroso  lhe pego cheio de denguice
Preparei para nós um grande banquete
Uma bebida para quebrar o gelo
Dançamos coladinho, vibração
Correndo pelas correntes sanguíneas
Afetando as ondas cerebrais
É amor correndo pelas veias
Pronto  para expandir chegando ao exterior
Saindo das fronteiras do inconsciente
Nos olhamos com um olhar de ternura
Suplicando a nossa aceitação
Nas andanças encontrei o amor
Que minha alma almejou
Ajudando carregar o fardo pesado
As áreas periféricas ganharam adornos
Enfeite para os semblantes
Endurecido pelo sofrimento
Nunca quis um amar para recordar
E sim para viver intensamente

Osvaldo Teles

quinta-feira, 25 de agosto de 2016

Primeiro beijo

Rastreei os quatro cantos da terra
Fui seguindo o seu cheiro
Que deixastes por onde passou
Primeiro fui ao lugar que nos conhecemos
Passamos o dia todo conversando
Parecia que há muito tempo
Que a gente se conhecia
Ali nascia o grande amor da minha vida
O nosso primeiro beijo foi inesperado
Uma viagem de regresso
Com a felicidade estampa no rosto
Com a minha nova conquista
Fazendo-me despertar para um novo mistério
Que o divino me proporcionou o amor
As recordações que trago deste dia
São as transformações que ocorreram
Na minha vida que perduram até hoje
Um magnetismo nos atraía
A sua formosura me deixava desnorteado
Quando ficávamos juntos parecia
Que nada nos prendia livre andávamos
Com o corpo esguio desfila em meus braços
Perdia-me nas tuas linhas perfeita
E pernas longas e bem torneadas
Levaram-me ao encontro das fantasias
Arrebatando-me para o seu mundo
Quebrando a resistência levastes
A minha existência para a tua
Já não conseguíamos viver separados
O destino nos laçou deixando-nos presos
Pelas as amarras do amor
Achei a equação da soma e da partilha
Compensando a sua ausência
Como é doce  e meiga as suas  palavras
Que saem de ti calando os meus lamentos
As incertezas que trazia comigo deu lugar
A certeza de dias maravilhosos contigo

Osvaldo Teles

quarta-feira, 24 de agosto de 2016

Brigamos

Brigamos não sei porque
Juntei os fragmentos de nós dois
Procurei-te durante as noites
E você não estava lá
O coração ficou entristecido
Ofuscando o brilho do olhar
Abrindo um vaco entre dois corações
Que se ama e se veneram
Vencemos batalhas para ficarmos juntos
Não consigo olhar-te sem poder beijar-te
Minha menina fogosa, reaviva esta brasa
Que está se apagando
Só precisa do seu assopro para virar chama
 Flamejante queimando as veias do coração
Solta a rosa dos ventos para abrandar
Este fogo que corre por minhas entranhas
Sinto falta de sua boca me cobrindo de beijos
E de seus seios passando no meu peito
Como um sedativo para a minha dor
És o  amor que me alegrou em júbilo
Como és bela meu bem querer
Colírios para a minha visão
Alento para a minha sofreguidão
Minha coluna de sustentação
Não posso peder-te minha querida
Minha aliança com mundano e o divino
No bosque brotam frondosas gardênias
A sua pele é macia como as pétalas
Leva as mãos ao encontro das minhas
Vamos seguir com elas interlaçadas
Como a nossa união era cheio de carinho
Em ti não encontrava defeito algum
Perfeição em traços de menina
Da sua boca só saíam palavras harmoniosa
Conduzindo-me ao monte dos bálsamo
Deleite para a minha alma
Nascente da fonte que mata a minha sede
Meu manancial que me limpa
Só eu sei o que sinto por ti minha amada
Ultrapassa o meu entendimento e compreensão
Este sentimento chama-se amor
E não vou deixar ele morrer tão fácil
Mesmo dormindo a minha paixão te velava
Se desarma e entrega o seu corpo
Em minhas mãos, o meu íntimo deseja-te
Quero te ter por toda a minha vida
Volta-te para o passado glorioso que vivemos
Faz o rancor virar brisa amena tocando-te
Abrandando a irá que te persegue
Tornando cheio de graça o forte sentir

Osvaldo Teles

terça-feira, 23 de agosto de 2016

Venha mulher

Venha mulher amada
Consigo traz as gostosuras
Que você pode me proporcionar
Estou carente dos cheiros seu
Adormecer com a sua cabeça no meu peito
Acordar acariciando a sua face
A nossa cama torna-se o nosso éden
Adornada com a mais bela orquídea
Permeando todas as necessidades afetivas
Enchendo-nos de uma suavidade profunda
Nos completando na sua totalidade
Convergindo todo o nosso caminhar
Fazendo-me te amar com fervor de um ser
Aliviando toda pressão de um coração
Aconchegante é te apertar e sentir
A emanação volátil do seu aroma
Aromatizado o nosso aposento
Produzindo o clímax para a nossa entrega
Não sei falar de amor sem me reportar a ti
Não tenho mais desvencilhar
Já sou completamente seu
Só quero os seus ombros para relaxar
Depois do nosso amar

Osvaldo Teles

segunda-feira, 22 de agosto de 2016

Teus olhos

Os teus olhos são cintilantes
Tem o brilho das estrelas
Uma porta aberta para o universo
De sensações e fantasias
Desvendando os mistérios de sua cabeça
Os teus cabelos tem a cor da noite
Clareados pela luz da lua
Trazendo claridade para as noites minhas
És tudo que sempre quis para mim
Passeamos de mãos dadas enamorados
Somos amantes com a luxúria
Perdidos na madrugada fria vadiamos
Quando os lábios se encontram
Sopra o teu ar quente
Aquece os corpos gélidos
Como albatrozes começamos a voar
Não sabemos aonde vamos parar
Só quero levar-te para aonde eu for
Já gravou a sua marca na minha mente
Vamos vivendo momentos únicos
Sentimento regado pela via láctea
Florada da minha primavera
Formosura em formato de mulher
Voz da minha canção de amor
Trilha sonora da minha história de vida

Osvaldo Teles

domingo, 21 de agosto de 2016

Frenesi

Houve uma explosão no meu ser
Faísca de emoções saíram pelos olhos
Dois corpos em ebulição se encontraram
Em um frenesi se completam
Se acoplando em uma junção perfeita
Vou montando um belo cenário a meia luz
Para receber a bela em forma de mulher
Não me preocupei com os planos futuros
Rasguei as normas para para ficar contigo
Não posso definir o que seria de mim
A princípio ficastes arredia
Demorastes a entender que era sério
O que estava por acontecer
Que a sua entrega era inevitável
Fomos seduzidos pelos deuses do olimpo
Incorporastes a deusa Vênus
Persuadindo um simples mortal
Fazendo nascer um sentimento divino
Encontrei a eficiência do sangue
O corpo ardência latente
Dilatando a corrente sanguínea
Deixando sair o fluido do amor
O deus Dionísio ficaria impressionado
Com os festejos de nossas almas
Entre um trago e outro como fumaça
As ideais se condensam
Com o calor dos nossos beijos
Descompensado os batimentos cardíacos

Osvaldo Teles

sábado, 20 de agosto de 2016

Fica em silêncio

Fica em silêncio por favor minha alma
Para que venha a concentração
Quero ir em busca da minha origem
Regressando aos tempos áureos que vive
Desapegado das coisas materiais
Só queria aproveitar a utopia do menino
Que sonhava de olhos abertos para o mundo
Que me circuncidava com toda a sua beleza
As dificuldades eram infinitas
Mas tirei todas de letra
Tudo parecia uma grande aventura
Comendo jaca me criei
Para não deixar a fome morrer na carne
A desnutrição comia o corpo
Vivia o momento, nunca tive medo de jogar-me
Não me esqueci do meu passado
Ele foi o contra ponto para os planos futuro
Se eu tivesse medo do sofrer eu não vivia
Eu pensava que o mundo estava acertado
Para todos menos para mim, muito difícil
Muitas vezes fiquei preso ao que passou
Que deixei de viver o que estava por vir
Com o pensamento fixo nas metas
Passei pela benditas muralhas
Que me impediam de prosseguir
Aprendi a conviver com os espinhos
Que encontrei nas minhas caminhadas

Osvaldo Teles

quinta-feira, 18 de agosto de 2016

Trago

Trago na pele os vínculos
Das lapiadas que levei
Lágrimas sofridas derramei
Na memória as lembranças
Que insistem me perseguirem
Lapidei os pedregulhos que me castigavam
Usei-o para fazer a base de sustentação
Da minha fortaleza
Fui destilando toda as amarguras
Que me acometiam
Transformei-as em uma bebida adocicada
A minha resiliência foi colocada a prova
Moldei-me a todas situações, saindo ileso
Mas com alguns arranhões
Não sou o dono da verdade
Sempre tive as minhas convicções
Trafeguei em auta velocidade
Não tinha medo do perigo só queria viver
Quiseras o destino me passar uma rasteira
Nunca me preocupei com as quedas
Sair fortalecido de cada tropeço
Tentei ser diferente levando um sorriso
Aberto nos lábios, os contra tempos
Fortaleceram os ensinamentos constantes
Tornando-me um ser multifacetado
Sentei-me no banco das recordações
Recordei-me de toda trilha do filme
Da minha difícil história de vida
No decorrer fui mudando as cenas
Adequando-me as minhas transformações

Osvaldo Teles

quarta-feira, 17 de agosto de 2016

O sentimento chamado amor

O sentimento chamado amor
Não lhe chamei mas chegou
Ele invadiu-me fiquei atordoado
Buscando um ponto de equilíbrio
Mexendo com o meu emocional
O meu horto ficou mais bonito
As rosas as margaridas e as violetas
Se curvaram diante de sua beldade
Tentação em forma de mulher
Ardendo em chamas
A sua tenacidade colondo os cacos
Como a mirra deixa fluir a sua essência
Beijei-a sentindo toda a sua ternura
Segurei-a com muita segurança
Para não sair do chão, mais cabeça flutuou
Rapidamente tocou as estrelas
A fantasia assumiu a nossa realidade
Sintetizando duas mentes em um só pensar
Estando juntos mal algum nos afetam
Estaremos imunes contra o maléfico
Ficando a mostra o melhor de cada um
Tendenciado o compartilhamento de sí
Em uma entrega sem medo e compostura
Deixando o amor tomar conta dos seus atos
A serenidade estampada no sorriso
Amor, amor, amor quero que me domine
Fica em mim com todo bem que me faz

Osvaldo Teles

terça-feira, 16 de agosto de 2016

Primavera em flores

Na primavera em flores a embelezar
Nas madrugadas as brumas as envolvem
O ar fresco a tocar a minha pele
Trêmulo vou ao seu encontro
Seguindo as suas marcas minha senhora
Na densa escuridão, vago perdido
A ursa maior vai me orientando
Na certeza de achar a minha musa
E no seu castelo dos sonhos o repousar
Deixando o meu vício por ti mais interessante
As gotículas de água vão molhando
As folhas de outono sobre a terra
Nas Leirias fui jogando as sementes
Aos poucos cada um foi brotando
As flores já frutificaram
Os seus frutos vou colher
Vou absorvendo seu delicioso néctar
Deixando escorrer dos seus lábios o mel
Adocicando os meus
Já não me acompanham as amarguras
O teu doce líquido temperou o amargor
Sou fruto da árvore que cultivei
O fertilizante que usei foi muito amor
Arado pelos toques dos meus dedos
Regado com muito dengo e afagos
Trazendo até a mim o paraíso
Arranjos foram feitos
Colocando no pedestal
Colorindo os dias de dois seres
Aproveitando as estações com júbilo
Como as árvores que dançam
Com a sinfonia  dos ventos

Osvaldo Teles

domingo, 14 de agosto de 2016

Esperei-te

Esperei-te muito, muito tempo
Cancei da espera angustiante
Olhava para o relógio, o seu badalar
Deixava-me desnorteado
Fixava no espaço vazio
Nem o seu vulto eu avistava
Esvaziando o conteúdo do recipiente
Da paciência, extravaso toda irá
Deixei o coração limpo
Está tudo preparado
Esperando a sua chegada
Sentado à beira do caminho
Fico persuadido quanto te avisto
Atoa ficaram os olhos, solto ao leu
Sobre a sombra refrescante te aguardo
Os pingos de chuva caindo no chão
O cheiro da terra molhada
Vai me acalmando até a sua parada
Vislumbro no final da curva sua presença
Sei lá quando vás se achegar
Quero  ter o seu chamego
Tornando o abstrato em concreto
Ouvindo os cantares dos pássaros
Vai me levando a lugares distantes
No rodopio do vento a poeira fica no rosto
Os pedregulhos machucam os calcanhares
Não sei falar de amor sem me retratar a ti
Louco de primores por ti, traz-me alento
Tranqüilizando-me da  minha aflição
Vou lhe dá boas vindas sem rancor
A única coisa que eu quero
É os seus beijos no ponto de chegada

Osvaldo Teles

Cair no seu laço

Cair no seu laço como um cordeiro
A armadilha foi bem preparada
Tentei desvencilhar da maldita
Cada vez que me debatia
Atordoado como um lobo
Que se perde da matilha
Ficava mais apertado o nó
Que nos atavam, quando dei por mim
Já estava totalmente dominado
Não esboçava nenhum esforço
Completamente seu
Os impulsos me conduziram
Tentei não me machucar
Só sei que sair amadurecido
A razão me foi tirada
Despertando o instinto de sobrevivência
Inconscientemente fui levado para floresta
Dos encantos, aonde não podia vacilar
Neste designo fui aprendendo os enigmas
E os sinais que nos é dado
Para encontrarmos o equilíbrio
Entre os homens e a mãe natureza
O som das aves me dá o norte
Pesso ao vento leste para me levar ao oeste
Para encontrar o meu sensor natural
Para que possamos voar lado a lado
Sem medo das ciladas que possam ser armadas

Osvaldo Teles

sexta-feira, 12 de agosto de 2016

Meu canto

Corri para o meu canto
Buscando o silêncio da meu quarto
Querendo o aconchego da minha cama
E calor ardente do seu lindo corpo
E o carinho de teus braços
Fazendo calar o meu choro
Com longo e deliciosos beijos
Guardo no peito dores sentida
Que não te revelo
A tua língua é o aplicador do anestésico
Fazendo-me beber o líquido rejuvenescedor
Preciso de ti para sarar a minha dor
Não consigo correr deste amor
Falei aproximando os meus lábios dos teus
Sussurrando te quero para sempre
Meu grande amor da minha vida
Tudo aconteceu repentinamente
Daqueles que invade sem pedir licença
Transformando os conceitos da gente
Ficamos felizes com tanta dedicação
Todos os nossos desejos são realizados
Compraz o ser em seu contentamento
Constantemente unidos pelo elo entrelaçado
Dando regularidade aos impulsos nervosos
Acalmando a furor de dois corações

Osvaldo Teles

quinta-feira, 11 de agosto de 2016

Aventurei-me


Andei quilômetros atrás da felicidade
Adentrei em terras desconhecidos
Aventurei-me rumo ao desconhecido
Entrei em tabernas, bebi aguardente
Saí valsando com mulheres que não conhecia
As aventuras foram feitas de loucuras
Fui atropelando as verdades
As minhas escolhas deixaram-me ferido
Entreguei-me ao amor vendido
Pensei ter encontrado o amor perfeito
A entrega foi momentânea
As dores perduraram por muito tempo
As chagas demoram a cicatrizarem
A tristeza passou a ser minha companheira
Perdi minutos preciosos com coisas banais
Enterrei-me na caça de sonhos perdidos
Em vão correr atrás do que não me fez bem
Pedaços ficaram pelos caminhos
Ouro e prata tentei acumular mais e mais
Não sei onde foi parar a minha identidade
O visual era o que mais importava
A luxúria era o que me alimentava
Passei a ser o escárnio da sociedade
Menosprezo pela hipocrisia
Tornei-me arma  do meu próprio egoísmo
No sub mundo das desilusões
Perde as minhas ilusões
Só eu sei o quanto padeci com a perda
Da direção, confundindo-me fico alheio
Disperso das minhas aflições condicionarias
De homem limitado às coisas cotidiana

Osvaldo Teles

quarta-feira, 10 de agosto de 2016

Entre achados e perdidos

Escarafunchei a caixa das lembranças
Entre achados e perdidos estava eu
Estampado no mural a minha dependência
O cinzeiro cheio de tocos de cigarros
A garrafa vazia ao lado da cama
Era um cenário de desilusão
Que me circundava
A obscuridade era a minha companheira
A desordem foi arrumada
Expurguei todo o mal que ma acometia
Resgatando da sepultura um cadáver
Uma pequena semente foi plantada
Germinando ela brotou
Desde a primeira vez que te vi
Percebi que era amor para vida inteira
O olhos te levaram para correção
Foi tanto amor que entrou nas entranhas
Reorganizando todo um pensar
Restabelecendo a minha reserva de confiança
Preparando-me para dias fabulosos
Chegastes à um mundo sombrio
Com o seu primor aliviando a minha saga
A preencher o vazio existente
Procurei nos canteiros a  flor
Que se aproximava do seu delicioso cheiro
Que a natureza produziu exclusivo para ti
Fizestes-me transpirar otimismo
Juntando o que estava fragmentado
É o amor dando alma nova a um vida
Ressurgindo o menino expulsando a dor
Hoje o meu vício é te ter sempre comigo

Osvaldo Teles

domingo, 7 de agosto de 2016

Vaguei

Dėu-me vontade de jogar tudo para cima
E ir em busca da liberdade
Vaguei por caminhos errantes
Cada passada parecia mais distante
Em cada margem um surpresa
Cada curva um segredo a ser descontado
O calor a me fadigar o suor esvaía
Esvaziando o reservatório das forças
Com a boca sedenta não via a hora
Para te encontrar para esta sede matar
Ao cair da tarde uma vida amena
Para refrescar esta ardência
És o  pouso seguro,amparo para o cansaço
Busquei refugiar em teus abraços
A seta a me guiar por trechos tortuosos
Mapeando as trilhas por onde passei
Até chegar ao teu colo para relaxar
E ter o repouso merecido
O seu magnetismo me conduziu a até Você
Lambuzei-me no liquido que escorre de ti
Amenizador do cansaço físico
Nunca me preocupei com o ontem
Nem com o amanhã
Hoje é o dia, é que me importa
Tracei metas para uma vida
Com as experiências adquiridas
Deixei as coisas acontecerem
Os acontecimentos fazem parte da vida
Cada um tem os seus motivos
Uns felicidades outros aprendizados
Os questionamentos os mostra o caminho
Se a vida fosse certinha não seria vida
Chamaria de monotonia

Osvaldo Teles

Versos de uma solidão

Versos de uma solidão
Escrevi com a luz de vela
A transferência claridade
Para a escuridão se aproxima
A vela dando o seu último suspiro
O corpo inquieto sobre a cama
Nas madrugadas frias te busquei
Chorando as noites perdidas
Quem sabe quando amanhecer
Ouvindo o cantar dos galos
Contemplando o alvorecer
Esta melancolia fosse embora
Deixando só as alegrias
Voltando sentir a maravilha
Dos passarinhos cantando
Devolvendo-me o sabor
De viver contigo bons momentos
Amei-te com toda devoção
Inverso foi o que sente por mim
Quando tiramos a venda do amor
E a outra pessoa em que se tornar
Tornará as incertezas a carrasca
Que deixou-me em pedaços
Bastava apenas um sim
Para expurgar está maldita solidão
Para que eu possa sair falando sobre
A experiência de ser venturoso com você
Concedendo-me uma satisfação interna
Ficando amostra todo contentamento

Osvaldo Teles

sábado, 6 de agosto de 2016

Afogar as mágoas

Nos bares tentei afogar as mágoas
Entre uma pinga e outra
Fica mais forte a sua presença
Tudo ao redor lembra você
Sentado na mesma mesa
Em que trocamos juras eterna de amor
O rádio na mesma sintonia
Quem dera se estivesses comigo
No salão dançávamos
Na mesma sincronia
Rostos e corpos colados
Depois um para lá outro para cá
Sairmos de mãos dadas
Nas esquinas das ruas
Por onde passávamos
Tudo foi muito intenso
Os beijos alucinantes
Te queria com pureza d’alma
As tensões eram aliviadas
No banco da praça
Onde fizemos loucuras
Ficaram as suas marcas
Fui guardando os lamentos
Pensativo, juguei para cima
Tudo aquilo que aprisionava
Isto que ficou em mim
Esvaindo toda dor contida em um ser
Deixando límpida e calma a alma

Osvaldo Teles

quinta-feira, 4 de agosto de 2016

Olhar penetrante

Olhar penetrante e suave
Fala-me o que sente em silêncio
Supre as minhas carências afetivas
Cadenciando as tuas palavras
Fluindo do interior da alma variados sons
Afinados conjunto de notas musicais
Para embalar o nosso namoro
Desencadeando a minha airosidade
Formando um todo estético do amar
Entro em estado onírico
O fantasioso passando a dominar os atos
Vem com a noite com os seus encantos
Para a nossa festinha particular
Lá fora chuva de prata sobre a terra
Estrelas se desprendem do céu
Raios celestiais quebram a penumbra
Permitindo-me te ver com toda nitidez
Verificando as suas expressões
Percebo o bem que me traz
Tocando o seu corpo tangente
Sentindo as ondas sonoras eminentes
Harmônico ritmo saindo dos seus gemidos
A eloquência gerindo a nossa vivência
Amanheceu nos proporcionando
Um magnífico alvorecer brilhante
Fixei o seu semblante singelo
Fiquei preso a você sem amarras
Ligado pela corda da sensualidade

Osvaldo Teles

quarta-feira, 3 de agosto de 2016

Prefácio de uma vida

Hoje pela manhã acordei com um pássaro
Cantando na janela do meu quarto
Trazendo no seu canto os acordes da vida
O defunto é despertado do seu leito
Fui agraciado com o dom preciso da vida
O meu  prefácio começou a ser escrito
Não me preocupei com o final do enrredo
Sempre soube que o fim seria a morte
Por isto procurei me entregar a bondade
Sobrevivente
Sobrevivi as muitas dificuldades
Agarrei-me com unhas e dentes
Ao fio da esperança para não perder-me
Tatiei em caminhos tortuosos
Muitas armadilhas foram-me preparadas
A sagacidade me fez transpor cada uma
Abri a caixa dos segredos, fiquei nú
Perante a ti
Passastes a me conhecer completamente
Enganos cometi nos cálculos do percurso
Em busca de direção, botei em tuas mãos
Tudo aquilo que planejei, abriguei
Em teus ombros a fadiga
Queria só uma palavra amiga
Para ninar-me na hora do repouso
Encontrar nos braços da amada
Todo carinho necessário para afagar
As frustrações
Nem tudo aconteceu da forma planejada
Andando de cabeça erguida
Quero chegar ao final
Com a certeza do dever cumprido

Osvaldo Teles

terça-feira, 2 de agosto de 2016

Com os olhos no além

Com os olhos no além, eles ficam perdidos
Entre a lua e os planetas, alheio fico
Diante da minha transcendência
Quero aquela que me faz voar
Rastreio as estrelas em sua busca de ti
Emoções me contagiam
A poeira cósmica vem me contaminar
Com os seus pontos luminosos
Contrações involuntária por todo o corpo
Em volúpia todos os sentidos
Lascivo me torno diante da bela
A fera é domada perante o libidinoso
Um misto de sentimentos a me enviar
Ao planetário dos devaneios
Sonho, acho em teu colo conforto
Para diferentes conflitos
O ilusório templo dos mistérios
Às quatro paredes, tu te revelastes
Perfeita dama, cuja primazia é doar-se
Ostenta em seu contato a partida ao ilusório
Fizemos a transferência de planos juntos
A cama é a nave fazendo-nos
Fazer a viagem interplanetária
Usamos o mapa do bom senso
Como orientação para a navegação
No espaço e no tempo, eu só quero ser feliz
Só quero aterrizar com a suavidade
De seus beijos e a querência de sua alma

Osvaldo Teles

segunda-feira, 1 de agosto de 2016

O que fazer

O que fazer diante de tantas inquietações
A idade avança porém a minha cabeça
Continua de criança, vendo passar a frente
Da minha nau todas as turbulências
Mãos sobre o rosto para não vê-la
Preso ao utópico viajo na cauda da fantasia
O plano terreno fica limitado aos meus ideais
Voraz vai consumindo a minha prudência
O meu algoz vai me açoitando pelos dias
O meu instinto de sobrevivência vai
Derrubando as muralhas dos empecilhos
Ligeiramente busco a sua luminância
Os seus raios pairam à minha frente
Sou dono de luminosidade própria
Preparei a minha própria trilha
Relatei no livro da vida a narrativa escrita
A voz usei para as cantigas de ninar
Fazendo adormecer as lamúrias
Sempre gostei do anonimato
Não se narra histórias se não tiver fatos
Os fatos corriqueiros ensinaram-me
Que a prudência e a certeza da conquista
Para tudo abri a porta que quero descer
O desejo pujante de navegar em seu mar
Não me preocupo com o ontem
Nem com o amanhã, hoje vou viver
A intensidade que ele me permite
Nunca fugir a luta, a minha armadura
Já fica posta e com a arma em punho
As condecorações ficaram
Para os sábios comandantes
A única coisa que quis uma vida simples
Regada com muito carinho e amor
Cada parada tinha um recomeço
Não tive despedidas sempre um até breve
Perseguir cada sonho de perto
Para qualquer vacilo eu chegar colado
Quando fitei o ponto de chegada
Retornei ao ponto de partida
Para concertar os erros que cometi
Vou bebendo a doce bebida da vitória
Brindando com os companheiros as glórias

Osvaldo Teles