quarta-feira, 31 de janeiro de 2018

Nos olhos o prelúdio

O bom é encarar o caminho e continuar
Os atalhos podem levar a lugar nenhum
Só quero que leve aos aconchegantes seios
Nos olhos o prelúdio de um encontro casual
Não respondo pelos os meus atos
Você chega com  toda a sua sensualidade
Despertadora dos desejos adormecidos
Puseram a ideia fixa de ti possuir
Seduzido deixastes com tão belo sorriso
Sedento quis saciar em teus lábios
Cheguei ao finalmente satisfeito
Foi assim que avistei o seu ser maravilhoso
Envolvido fiquei com a doçura do teu riso
Ruindo a fortaleza que havia no coração
A pedra amoleceu quando fizestes morada
Transformando o meu peito em seu santuário
Contemplativo minha dor será expulsa
A solidão já não canta mais dentro de mim
Deixando nos olhos a paz que trouxestes
Trazendo o equilíbrio uma criatura inquieta
Aliando os meus passos com os seus
Cativante era a beleza do seu semblante

Osvaldo Teles

terça-feira, 30 de janeiro de 2018

Vi o espetáculo

Vi o espetáculo do sol ao nascer do dia
E a beleza da noite no brilho das estrelas
Andei em solo prateado encantado
O encantamento desenhado na face

Em seus olhos vi sair a centelha da vida
Nos seus braços desfaleceu o meu corpo
Onde fazes descansar um ser cansado
O cansaço é sanado com os seus afagos

Nua ficou a minha alma perante ao amor
Te amar é sentir a sensação de viver
Lindíssimo sonhos fizeram despertar
Os mais lindos desejos contidos

Derramando chuva de felicidade
Prazeroso é estar envolvido em seu beijo
Fazendo-nos  chegar ao mundo da lua
A via láctea é só começo da nossa viagem

Acoplados dos seres aterrissam satisfeito
De se unirem perfeitamente um ao outro
Neste bailar vão realizando suavemente
O encontro carnal das almas apaixonadas

Osvaldo Teles

segunda-feira, 29 de janeiro de 2018

Enjaulei os meus medos

Enjaulei os meus medos
Tranquei-o a sete chaves
Para eles não amedrontar
Fixei não olhei para trás
Para não ver a sua sombra
Tudo conspira contra a minha pessoa
Ficando alusivo ao passado
Os traumas insistiam me perseguir
Encurralados deixei os meus fantasmas
Encarei um a um de frente sem temer
Temeridade só do que estar por vim
Tentei decifrar o que me aguardava
Na próxima esquina para ficar esperto
Para não vacilar e deixar o destino
Armar as suas emboscadas contra mim
Fui espreitando os meus medos
Para não ser vencido por eles
Neles foi encontrando as forças
Entretanto não me entreguei
Mesmo com medo continuei
Nas estradas tortuosos da vida
Sei que a qualquer momento
A coragem tomaria conta de mim
E medroso se tornaria corajoso

Osvaldo Teles

domingo, 28 de janeiro de 2018

Saí em busca de mim

Saí em busca de mim atrás da essência
Fui criança sonhadora perdido em fantasias
Não sei em que beco da vida eu a esqueci
Tudo foi muito rápido que nem percebi

Quando dei por conta já não era o mesmo
Quebrei a mesmice que me perseguia
Procurei o silêncio profundo para refletir
Querendo encontrar a referência perdida

Sei que pelo caminho ficaram os fragmentos
De um eu que tentei juntar os cacos
Prosseguir a jornada aceitando as mudanças
Pensamentos viajam soltos pelo espaço

Ambicionando a liberdade dos pássaros
Para achar a direção que o coração tomou
A razão assume as rédeas das emoções
 Vou contabilizando as  minhas decepções

Para transformar-la em grandes lições
O amor devolve-me a minha parte divina
Preenchendo o canto vazio do meu peito
Trazendo-me a fórmula incerta da felicidade

Deixei no canto do mundo as maledicências
Reabilitando a minha consciência esquecida
A inconstância do tempo deixa-me aflito
Que vai esculpindo as suas linhas na testa

Osvaldo Teles

sábado, 27 de janeiro de 2018

Na minha terra tinham três palmeiras

Na minha terra tinham três palmeiras
Imponentes sobre elas cantavam os sabiás
Em minhas andanças não ouvir tão belo cantar
Elas morreram eles já não cantam mais por lá
Em frente a  matriz os pardais se reuniam
Aproveitando a paz que reinava no lugar
As gameleiras com os seus troncos fartos
E os seus cipós forte serviam de balanços
A criançada feliz com tantas brincadeiras
A praça Castro Alves literalmente era do povo
Onde juntavam-se para ver o tempo passar
Não sabes terra amada a saudade que sinto
Dos tempo áureo que eu vivi em tuas ruas
Entre teus enfeites estão suas lindas flores
As damas da noite a deixavam perfumada
Seus pomares impregnavam um cheiro doce
Trago o riso como alegoria ficando fixo na memória
Alimentando as saudosas lembranças
De onde passei os melhores anos da minha vida
Desfrutando do viver com muitas alegrias

Osvaldo Teles

Depois de toda tempestade

Depois de toda tempestade vem a calmaria
Como nenhuma escuridão é para sempre
Nem uma dor dura uma vida toda
Quando recebemos o amor que devotamos
Vem! Vamos nos amar pela manhã te darei
Lindas flores e café da manhã na cama
Melhor seria te possuir todos os dias
No porto solidão eu deixe a tristeza
Ancorando em meu coração o nobre sentir
Meu pensamento transveste-se de fantasia
Preparei o meu peito para te receber
Os devaneios tomam conta da minha cabeça
Lindíssimos sonhos fazem-me navegar
Emergindo no teu mar de felicidade
Arrancar de mim os mais belos sorrisos
Nas planícies florida colher o lírio
Para lhe dar como prova do meu amor
Adornando o seu corpo com a fina seda
Ao mesmo tempo desnuda-la delicadamente
Sentirás a sutileza de um ser pronto a te amar
Busco o fôlego perdido com os teus beijos
Em estado alucinatório eu me encontro
É a tensão do prazer correndo em minhas veias
Na Querência que perdure por uma vida
Preenchendo carência que eu tinha de amor

Osvaldo Teles

quinta-feira, 25 de janeiro de 2018

A cada pôr do sol

A cada pôr do sol uma nova esperança
De um novo lindo despertar para vida
Na certeza que o homem lá de cima
Já nos concedeu o melhor que há
Acordar abrindo os olhos e está respirando
Espero o cair da tarde para em seus braços
Novamente buscar o  aconchego
No entrelaçamento do amor me entregar
Sei que sou um simples mortal
Querendo o dengo de uma semi deusa
O arrebol adornava o belo cenário
Sobre o criado dois taças e uma rosa
Na cama a me espera uma obra de arte
Peguei-a como se pega uma louça
Embebidos degustamos o gostoso prazer
Tua pele roçando na minha é a porta
Abrindo-se para o estado de louca
Amar incondicionalmente eu queria
Sem pensar no que me aconteceria
Condicionado-me a pensar só no momento
O manto é colocado aumentando o mistério
Que nos liga entre o céu e a terra

Osvaldo Teles

quarta-feira, 24 de janeiro de 2018

Pronto para a partida

O pau de arara está pronto para a partida
Desfaço no peito a oração da fé
Até mesmo as rezas para São José
Não surtiram nenhum efeito a chuva não caiu

Literalmente vendo o tempo passar
Sem vislumbrar nenhuma melhoria
O sertão amado vai ficando para trás
O destino perverso não muda a sina

A seca castiga sem dó e nem piedade
Deixando o solo todo rachado
Os pés de feijão secando no roçado
Minha boneca de milho já morreu no pé

Açucena que era flor resistente
Não aguentou o calor se entregou
No topo das árvores já não canta o sabiá
O riacho que corria está seco

Matando de sede os animais no curral
O funeral do João retrata a vida no sertão
Cada enxadada dada no solo ela trincava
A esperança era sepultada com o João

Os urubus sobrevoam os bichos 
Prestes a morrer de fome
Só estavam em pele e osso
A sombra do umbuzeiro o sol a devorou

A cabra que dava leite também morreu
Agora tristonho vou deixar a minha terra
Vendi o resto que me sobrou
Como asa branca fui embora

Com uma vontade danada de voltar
Mas o sertão é fértil quando a chuva cai
Tudo naquelas paragens florescem
Fazendo o sertanejo renascer das cinzas

Osvaldo Teles

terça-feira, 23 de janeiro de 2018

O maior dom de Deus

O maior dom Deus já me concedeu: a vida.
Cada amanhecer é mais um sopro recebido.
É maravilhoso poder acordar, abrir os olhos
Olhar para o céu e agradecer por estar vivo,
Apreciando as belezas de cada dia.
Quando o sol desponta radiante lá no céu
Tudo aqui na terra fica  mais brilhante
A festa do renascimento começou.
É um  despertar para um novo viver
As plantas balançam fugazes ao vento,
As flores vão exalando o seu doce perfume,
A passarada canta em júbilo agradecida
Pelo belo alvorecer orquestrando uma melodia.
O cachorro piada uiva maravilhado
Em forma de agradecimento ao Criador
Hoje na correria não paro para apreciar
O esplendor do alvorecer de um novo dia.
Tudo segue uma cronologia, uma rotina.
Quem dera voltar no tempo, quem dera!
E recuperar o precioso tempo perdido.
Os ponteiros só voltam ao ponto de origem
Depois que eles tenham terminam seu ciclo.
No rosto vai ficando os traços do avanço
Que vai sendo desenhado  na pele.
Continuo jovem ou deixei a mente envelhecer?

Osvaldo Teles

segunda-feira, 22 de janeiro de 2018

Lindas juras de amor

Vi o mar deslumbrante morrendo na praia
A sua canção invade os meus ouvidos
Quanta harmonia trouxestes ao  meu ser
Fixo na sua imensidão de suas águas azuis
Perdido fico no infinito me confundindo
No ponto que mar e céu se confundem
Não preciso vê o céu para ver o firmamento
Sobre a areia dois corpos enamorados
Hipnotizam-se com o brilho das estrelas
Sentem a brisa tocar as suas peles
A lua emoldurada lá no alto faz jogo de luz
Iluminando o mais belo cenário
Lindas juras de amor foram feitas ao luar
Perco-me na linha imaginária do amanhecer
Os primeiros raios vem nos contemplar
Com toda  a sua formosura extasiante
Neste momento não localizo o meu espaço
Pôs estou envolvido em seus braços
Os astros ficam lá em cima a enfeitar cena
O cenário vocaciona-me ao amor intenso
Amortecimento natural da tensões diárias
Vindo a calmaria que a alma tanto almeja
Fumegante fica o sangue correndo nas veias
Prazeroso é o vento tocando nos pêlos
Sei lá o que me aguarda no outro lado da linha
Só sei que a mente viaja sem o corpo
Sair do nosso eixo segue a rotação do tempo
Jorrando as sensações como água cristalina

Osvaldo Teles

sábado, 20 de janeiro de 2018

Nossa! Quanto esplendor

Nossa! Quanto esplendor contém o teu ser
Como ramalhete os teus cabelos negros
Caem sobre os seus ombros com enfeite
Tornando-a uma imagem estonteante
Tens no olhar a fonte inesgotável do amor
Até parece magnético atraindo-me para ti
Fascinado deixa-me levar pela fascinação
Que a sua deslumbrante imagem me causa
Corpos suados corpos colados pelo amor
Fui laçado e lançado ao paraíso ilusório
Uma miragem levando-me a um oásis
Os seus lábios é a fonte dos devaneios
Onde o sonho e a realidade se confundem
O escuro vira claridade vejo a transparência
A alma entra êxtase com a beleza do olhar
Apagando do meu as linhas de tristeza
Nasceu ali meu grande amor por Li
Muitas alergias passei a desfrutar
Ao cruzar com tamanha formosura
Confortai-me em seus braços macios
Em seus beijos achei a doçura do mel
Que adocicou as amarguras da vida
Uma chuva de felicidade caiu sobre mim

Osvaldo Teles

sexta-feira, 19 de janeiro de 2018

Caminhos desbravei

Andar sem destino levou-me ao inesperado
Caminhei sozinho estrada a dentro
Caminhos desbravei sem medo de nada
Levo as lembranças do que ficou para trás
Só levava comigo a certeza da chegada
Sem cautelas e medidas nada me importava
Só a fé me acompanhava sendo eu
O dono das minhas próprias escolhas
Almejei cruzar o final da linha 
Com os meus objetivos compridos
Olhar para mim e dizer és um vencedor
Mas não me contentei com o que me coube
Persegue os planos traçados desde o inicio
Pulei alguns genuínos com certeza
Com garra lutei pelas as minhas conquistas
O bom mesmo foi ter encontrado a essência
De caminhar feliz pelas estradas da vida
Por onde andei das rosas tirei os espinhos
Porém não pude evitar as suas espetadas
Que serviram-me como  de lição vida
Mais forte fiquei com experiência adquirida
Transitei livre entre os dois mundos
Fiquei focado nos acontecimentos
Para não ficar ferido com o ocorrido
Fiz uma aliança com o divino
Para ele me guiar pelo o abismo
E eu o faria o protetor dos meus dias

Osvaldo Teles

quinta-feira, 18 de janeiro de 2018

O amor é forjado

O amor é forjado no fogo ardente dos corações
Queimando no peito a chama da paixão
No calor enlouquecedor dos nossos braços
Os corpos absorveu a temperatura do sol

E no aconchego nos entregaremos
Vindo a nós as fantasias perdidas
Sentindo a ardência dos lábios
Os sentidos perdem a cadência

Os atos libidinosos ganham status de puros
Só penso em possuir-lhe de dia e a noite
Satisfazendo todos os desejos reprimidos
Como a flor ao luar abrindo as suas pétalas

O anjo libertino bate as suas asas
Em busca do êxtase do luar
Amantes compulsivos nos tornamos
Condicionando a mente aos prazeres carnais

Plenificando os sentimentos sentidos
Vou buscar o êxtase no seu olhar
Para acender a chama das nossas emoções
Para que o amor não venha morrer em nós

Osvaldo Teles

quarta-feira, 17 de janeiro de 2018

Um amor sincero

Um amor sincero lhe devoto
Forte, quente e avassalador
Fazendo-o a alegria do meu viver
Tornando a essência da vida
Trilhamos juntos a presença de Deus
Para que Ele abençoasse a nossa união
Um amor deste só se encontra uma vez
Perdurando por toda uma vida
Amei sem medo de me entregar ao amor
Querendo a sua atenção conquistar
E dos seus carinhos desfrutar
Observo a sutileza das suas linhas faciais
A beleza do seu olhar deixa-me embevecido
Querendo absolver de ti o amor verdadeiro
E a nossa linda história descreveria
Como obra do cupido que nos acertou
Desencadeando em nós a satisfação
Fazendo os nossos dias mais doces
Trazendo brilho as noites mais escuras
Casamento perfeito entre duas almas
Que encontraram-se e entregaram-se a paixão
Passamos a conhecer o significado do amar
Uma euforia tomou conta do deleite do corpo
Quando se deparou com o verdadeiro amor

Osvaldo Teles

terça-feira, 16 de janeiro de 2018

Um forte aroma

Um forte aroma me invade
Assemelhando-se ao nardo
Denunciando a sua chegada
Em vestes transparentes adentra
Fechei a cortina e a luz se apagou
Para vê-la lindíssima se revelar
Toda nudez a mim é  revelada
Desnudando a minha pureza
Preparei-me para receber
Um botão a desabrochar       
Em minhas suaves mãos
Cativaste-me com seu esplendor
Esplêndido é seu corpo junto ao meu
Passamos a dançar o ritmo do coração
Os toques suaves viram som
Saindo em forma de gemidos
Liberando os desejos reprimidos
Os corpos tornam se alados
Calados viajam pelo imaginário
Guiados pelos deuses do amor
Levando-nos por prazeres inimagináveis
Dizei-me tu em que caminho me encontro
Pois fizestes-me perder o meu sentido
Com o seu aroma inconfundível
Não sei quem era mais cheirosa
Você ou as rosas

Osvaldo Teles

segunda-feira, 15 de janeiro de 2018

Abro os olhos

Despertei com a cama enfeitada
Abro os olhos e deparo-me
Com a mais bela das mulheres
Vejo a mais bela expressão do amor
Deitada lado a lado comigo
Perguntei para mim mesmo
O que eu quero mais da vida
Se acordei juntinho de uma rainha
Não olhei mais para nada
Ali estava tudo que precisava
Minha alma estava em estado de graça
Onde  fazes regozijar de contentamento
 Milagrosamente quebrastes a mesmice
Quarto parecia um pedaço do céu
O terreno fundia-se com o celestial
Se pudesse faria o momento inesquecível
Ligando a consciência para não ser esquecido
Uma deusa despertou em meu peitoral
Amei estar contigo nesta noite linda
Podendo  ver as primeiras luz dias
Ouvindo a musa sussurra eu te amo

Osvaldo Teles

domingo, 14 de janeiro de 2018

Súplica de um coração

Súplica de um coração solitário
Suplicou a sua doce presença
Para acabar com a sua carência
Vem para mim com toda doçura
Para exterminar as minhas amarguras
Preciso de ti aqui coladinha no peito
Sentindo o soluço de um ser que chora
Tentei estancar as lágrimas copiosas
Que molhavam a minha face
As pestanas se fecham buscando
A sua imagem que está ausente
Despojado fico ali desolado
És o meu complemento meu modo de vida
O seu sopro quente aquecendo o corpo
Meu grito ecoam a procura da seus ouvidos
Chamando-lhe para ficar bem perto de mim
Dando guarida a um pensamento voador
Lindas noites desejei passar contigo
Vivenciando os momentos mais lindos
Sussurrei o seu nome no silêncio do quarto
Um eco perturbou a minha cabeça
Tirando-me a capacidade de raciocínio
Loucuras eu foi capaz de fazer por você
Sedimentei as paredes do meu peito
Deixando em frangalhos meu coração

Osvaldo Teles

sábado, 13 de janeiro de 2018

Hoje eu pensei no amanhã

Hoje eu pensei no amanhã
Repensando as minhas escolhas
Preocupado com que me espera
Confuso fiquei com as indecisões
As paragens passavam corriqueiras
A manhã chega não estou preso ao ontem
Se o futuro não me pertence
Para que vou me preocupar
O melhor mesmo é deixar acontecer
Via a chuva cessar vendo o brilho do sol
Fazendo-me desviar o olhar para o espaço
Procurando o fragmento que me faltava
As dúvidas consumiam-me os traços jovial
A derme da face iam se enrugando
Entusiasma da jovialidade me faltava
Vejo na evolução a minha transformação
Ferir-me com os espinhos pontiagudos
Que encontrei no decorrer da longa jornada
Fui cantarolando a balada da saudade
Com a melancolia me corroendo por dentro
Contaminei a esperança com o pessimismo
Não dava mais para voltar à atrás
Mesmo que já tinha caído várias vezes
Só me restava  chegar ao final da estrada
Mudei muito desde do início da partida
Visualizava a distância que me restava

Osvaldo Teles

Sonhos abortados

Quanto sonhos foram abortados no ventre
Arrancado sem mesmo ter germinado
Sem ter a chance de vê-lo brotar
Gritei desesperadamente para desperta-lo
Para que não fosse sepultado no seu leito
Degladiei com o carrasco o tempo perverso
Segue a minha intuição atrás de realizações
Deparei-me com o lado oculto dos sonhos
Tentei decifrá-los porém os enigmas
Eram invisíveis aos meus olhos
Como bolhas de sabão eles flutuam livres
Bamboleando ao sopro do vento leste
Para no sideral encontrar o seu abrigo
Como o feto que foi abortado e virou anjo
Feito borboletas ele some não imensidão
Voando pelo infinito deixando a ilusão
Para que um dia tudo se torne tudo real
Despertando garbosamente da sepultura
Secando as lágrimas que escorriam copiosas
Viajei entre as estrelas vivendo o realismo
De sonhos que foram aos poucos reacendidos
Ganhando forças e fortalecendo o indivíduo
Dando nova alma para prosseguir sonhando

Osvaldo Teles

sexta-feira, 12 de janeiro de 2018

Lembro-me com ternura

Lembro-me com ternura da tua face
Enfeitada com o seu belo sorriso
A magia e os feitiços  das deusas
Em seu olhar que me hipnotizava
Até então não tinha vista nada igual
Traços fisionômico com linhas perfeitas
Com corpo de mulher em alma angelical
Aproximando-me donde o éden se forma
Onde coisas terrenas funde-se com celestial
Bamboleia sobre mim o seu manto sagrado
Consagrando os meus atos libidinosos
Que em ti fiz a minha sagrada morada
Tem que ser assim cheio de ternura
Em uma cumplicidade entre corpo e alma
Apropriei do seu maravilhoso ser
Sendo eu um simples mortal
Vivo uma linda história de amor
Assemelhando a um lindo conto
É o amor mudando um saga de um solitário
Que vivia vagando neste bendito mundo
Reconduzindo-me as belas aventuras
Consumindo os instantes solitário que passei
Caminhamos na junção dos corações

Osvaldo Teles

Nada está perdido

Nada está perdido há sempre outra chance
Deixo o vento soprar as mágoas doídas
Para onde quiser desde cicatrize as feridas
Só peço a ele para deixar as ilusões comigo
Para não perder a capacidade de  imaginar
O sonho é a semente da realidade
Que Deus plantou em meu coração
Para dar colorido a meu viver
Enquanto foi se formando as rugas
Não tenho medo de me olhar no espelho
Ele só reflete aquilo que me tornei
Fruto das minhas escolhas
Fui punido pelos excessos que comete
Dilui em doses homeopáticas a tristeza
Serviram-me como ensinamentos
Encontrei o remédio para minha autoestima
Adquiri o meu amor próprio
Não deixei a felicidade em mãos alheias
Porque elas só seguram
Até quando for conveniente para elas
É a mais pura verdade perdemos utilidade
Não está nada perdido é só mudar o foco
E continuar a peregrinação pela vida
Não foi fácil parecia que não era filho de Deus
Mais muitas vezes ele caminhou lado a lado
Não me abandonou nenhum momento

Osvaldo Teles

quinta-feira, 11 de janeiro de 2018

Não quero perder


Não quero perder o contato com o conteúdo
Que trago comigo desde a minha origem
Só viso achar a essência perdida
Recolho-me ao silêncio para  mergulhar
No meu mar de aflições para encontrar paz
Por mais que eu não queira o tempo voa
Amadureci mesmo contra gosto
Não vou deixá-lo desenhar na minha face
Suas marcas sem tê-lo vivido na plenitude
Bom seria ser acariciado com brisa do dia
Para não me esquecer que sou simples
Passageiro no trem  da vida
Procurando conduzi-lo com toda maestria
Para ele não se desgovernar na curva
Deixo ele ir deslizando pelos trilhos
Segurando-o pelo freio de mão
Para ele não descer em disparada
No início tive pressa pela chegada
Hoje quero apreciar a beleza dos canteiros
E colher os frutos das sementes que semeie
Festejando os triunfos que tive nas batalhas
Não acumulei fortunas mas as experiências
Fizeram suplantar as ciladas que armaram
Tentando laçar os meus sonhos
Desatei as amarras que me prendiam
Aprendi a duras penas o preço de viver
Os momentos mais lindo a cada dia
Sem pensar o que acontecerá amanhã
Sem culpa de não  aproveitar os instantes

Osvaldo Teles

quarta-feira, 10 de janeiro de 2018

Misteriosamente chegastes

Misteriosamente chegastes esquentando
No regato refrescante nos banhamos
Esperando  abrandar o nosso calor
Só pretendia matar o meu insano desejo
Ao prenúncio de uma doação sem pudor
Fui penetrando no seu mundo fantasioso
Ilustrando em mim o reflexo do seu sorriso
Como criança brincando na chuva eu me sentia
Amolecendo um coração empedernido
Devolvendo a beleza do belo viver
Com o olhar da alma vejo-lhe encantadora
Invadindo-me como um flash de luz
Deixando-me desconexo da realidade
Alheio a tudo que me circunda
Nada me incomoda se estou contigo
Dentro do seu contexto faço-me presente
Para aprofundar na sua vida contente
Compreendendo os mistérios do viver
Quando dei por mim já não era o mesmo
O seu amor já tinha feito morada em mim

Osvaldo Teles

Amor desmedido

Arrebata-me com a força do seu olhar
Beija-me tirando de mim a serenidade
Voraz o meu corpo procura o teu
Sensacional é quanto eles se encontram
O amor desmedido toma conta das reações
Fugazes tuas mãos correm pela pele
As traves são retiradas dos corações
Dando lugar a uma entrega desmedida
Pelos poros fluía a oxitocina
Capaz de nos levar a uma loucura
Êxtaseando os prazeres da carne
Não me deixa solto prende-me nos braços
Estaremos unidos pelo elo do amor
Elevando-me a condição de seu amante
Deixando os desejos insanos em nós
Onde tudo que for permitido será liberado
O brilho dos olhos sendo o farol da chegada
Livres depois de ter cruzado o espaço
É amor é quem dá a partida para viagem
Ele é o combustível que alimenta a ilusão
Ouço o som do amor vindo em sua voz
Aumentando assim as minhas fantasias

Osvaldo Teles
Foto Google

segunda-feira, 8 de janeiro de 2018

Preparei-me a vida toda

Preparei-me a vida toda para encarar a vida
Nos tropeços sempre ficava uma lição
Afundei-me no meu planeta existencial
Quando faltavam-me forças,as encontrava
Na força da oração restabeleço o elo entre
O mundo interior e o meu mundo exterior
As circunstâncias fortaleceram a minha fé
A cada queda meu Deus colocava-me de pé
Transpôs as barreiras do caminho
Trilhei rumo ao meu destino
Puseram-me vigilante a cada esquina
Triunfo eu consegui apoiado em Deus
Nada conseguirá se não fosse por Ele
As ciladas foram armadas para mim
Ele desarmou uma a uma pude prosseguir
Não olhei para trás seguir em frente
Firme no propósito de chegar ao final
Guardei nas curvas do tempo as marcas
Para não esquecer as batalhas que travei
Sentei à sombra do onipotente e repousei
Buscando Nele refresco para a minha alma.

Osvaldo Teles

domingo, 7 de janeiro de 2018

O aroma do orvalho

O galo no poleiro anuncia o raiar do dia
Os raios solares invadem pela janela
O cheiro do café toma conta da casa
O aroma do orvalho se mistura com o do mato
Quando os raios do sol sobre ele nos revela
Uma explosão de cores a me hipnotizar
O bem-ti-vi estufa o peito e solta seu canto
As pombas fazem a festa no terreiro
Sentindo-se agraciado pela luz do sol
A neblina dissipa-se revelando a beleza do dia
Tudo  passa vagarosamente a minha frente
Parece que vai passando em câmera lenta
Lentamente locomovo-me ao ritmo do tempo
Que insiste em não passar rapidamente
Sei lá como ficará desenhada a minha face
Depois que passar ligeiramente
E o corpo sentido os seus efeitos
Ficarei preso a sua engrenagem
Seguindo a sua rotação  chego ao final
Não com a mesma vitalidade inicial
Lá fora  tudo passa corriqueiro
Nublando a visão ficando tudo turvo
Rotineiramente voltando ao ponto de origem
Todos os dias são especiais para mim
Acordo olho para tempo e vejo que tudo
Em torno de mim está em comunhão perfeita

Osvaldo Teles

Vou seguindo

Vou seguindo os seus contornos
Alardeado fico com sua perfeição
Traços finos em curvatura sinuosa
Meu pedaço de bom caminho

Conduz-me pelo elo perdido
O sangue entra em combustão
Um vulcão  prestes a explodir
Explosões, emoções a expelir

O amor que estava guardado no peito
Jogando todo equilíbrio para as cucuias
Fazendo-me viajar pelas nuvens
Já não sou dono dos meus atos

Visões alucinógenas contaminam
Um ser que até então era puritano
Desvirtuando a pureza d’alma
A alma é retirada do corpo por um instante

Ela transita entre o ilusionismo e o real
Sobressalto me toma a inconstância
A seiva arde nas veias querendo um escape
Para botar  os sentimentos reprimidos

Osvaldo Teles

quinta-feira, 4 de janeiro de 2018

As dificuldades impulsionava-me

Muitas vezes tive que viver no mundo
Ilusório para fugir da minha realidade
Vivia a realidade de milhões de brasileiros
Educação só era para os abastados
Tinha como instrumento para briga
Uma pá e uma enxada para arar o solo
Quando elas tocavam-o elas choravam
A batalha parecia-me invencível
Para mim os desígnios eram tão difícil
Que parecia que eu plantava flores
Mas só me cabia os seus espinhos
Por vezes a terra foi intrigada com lágrimas
Só tinha um alento era ver as plantações
Floresceram e poder colher os seus frutos
Preparei-me para vencer as batalhas
Descobre  forças que estavam escondidas
Armava-me com fé e esperança para briga
As dificuldades impulsionava-me as vitórias
Quando todos achavam improvável
Já estava de pé pronto para a próxima
Não recuei nenhum segundo dos meus sonhos
Ficava atento para nada passar despercebido
No final não sei se venci ou fui vencido

Osvaldo Teles

quarta-feira, 3 de janeiro de 2018

Amar e ser amado

Amar e ser amado é preciso
Nunca tive tendência para masoquista
Posso até derramar algumas lágrimas
Na certeza que é vida que segue
O amanhecer é um novo chamado para vida
Vou vivendo a beleza dos dia
Imaginei-me viajando nas nuvens
Para te encontra entre as estrelas
Para dançarmos juntos com os astros
Com o seu bailado a nos imitar
Encontrei nos seus passos harmônico
O equilíbrio da contra dança contigo
Trazendo a certeza que nasci para ser feliz
A vida é um presidente de Deus
Viver é um aprendizado contínuo
Levando-me tu extasiar de contentamento
O seu suave aroma deixa-me extasiado
Onde sentirei a leveza do teu lindo ser
Puseram-me cruzar com os cometas
Sem tirar os meus pés do chão
Esta é a sensação de amar e ser amado
Nos faz danças nas estrelas em rodopios
Que os seus suaves toques nos faz

Osvaldo Teles

terça-feira, 2 de janeiro de 2018

Preenche o meu espaço vazio

Preenche o meu espaço vazio
Devolvendo os meus sonhos
Tirando o pesadelo do sono
Estou sedento para te possuir
Em uma entrega plena e ardente
Misturo as sensações do querer
Ansiei entrar contigo nas tuas emoções
Deleitando-me em cada de sua bebida
Por vezes busco refúgio no meu mundo
Para curar os males que me castiga
Querendo me afastar de sua sombra
É a forma que tenho para me encontrar
Atravessei o pântano das desilusões
Ficando alusivo as minhas frustrações
Vai não olha para trás fica atento
Foca na direção a ser seguida
A cada passada presentia o final da estrada
Persisto nos planos que fiz para a vida
Ser feliz com ti ou seguir o meu destino
Sendo devotado um ao outro isto é amor
Prometemos perante Deus nos amarmos
E sermos fiel a  promessa que fizemos
Só não abre uma chaga no meu peito
Pois não estar em meus planos sofrer de amor

Osvaldo Teles

Ludibrio a razão

Sinta a minha respiração ofegante.
Os atos libidinosos entram em cena.
A carne  fica trêmula de muita excitação
Veja-me através do espelho da minha alma
Vislumbra o belo que vem dos meus  olhos
A paixão às vezes me leva ao estado onírico
Os sentidos ficam totalmente confusos
Tudo torna-se fantasioso na manhã cabeça
As pestanas se encontram para sentir
O coração bater fora do compasso
Perco-me em seu belo corpo torneado
Ludibrio a razão, aluindo os sentimentos
Para sentir este instante de loucura
Aludindo seu nome, chamando-lhe de amor
Não sabes,ó formosura em forma de mulher
Que fizeste-me louco por ti querida
Agora tornaste carne da minha carne 
É a mágica do amor, agindo no meu ser
Vendo neste momento, o portal da felicidade
Nos levando a um caminho, sem retorno
Tudo faz parte do passado! Vou viver
O presente porque o futuro a Deus pertence
Sem medo do que  possa, vir a acontecer.

Osvaldo Teles

segunda-feira, 1 de janeiro de 2018

O novo ano que chega

Os fogos de artifícios, estouram lá no céu
As taças esperam, o champanhe para brindar
O novo ano que chega, trazendo esperança
Cada ano que termina, fazemos planos
Idealizamos um vida melhor, o ano termina
E nada acontece, só modo os números
Nos esquecemos, que as mudanças tem
Que acontecer, primeiramente conosco
E só assim teremos, uma vida próspera
Há desafios para qualquer, caminho da vida
Não olheis para o que passou, deixa para lá
Só no novo que chegou, trazendo novas
Expectativas, para os novos sonhos
É só focar nos motivos, a ser realizados
Na certeza que na vida, nada acontece 
Par acaso, tudo tem que ser bem traçado
Buscando ser feliz, durante toda a vida
Enlevaste-nos, a plenitude da felicidade
Em um romance pleno, consigo mesmo

Osvaldo Teles

Estou diante do altar

Estou diante do altar, a espera da amada
Adentrastes destilando, todo o seu charme
O seu aroma impregna, todo o ambiente
Parecendo uma violeta, a desfilar
Um plebeu vivendo, a fantasia da realeza
A princesa vem, com o seu traje de gala
Toda enfeitada, parecendo a cinderela
Fico lisonjeado diante, de tanto esplendor
Fiquei ali sentindo, toda a sua magia
Idealizei viver a dois, uma vida inteira
Compartilhando todos, os momentos
Deixando o amor, tomar conta da gente
Reproduz no rosto, que se passa no âmago
Lindíssimo era, o sorriso estampado
Desenhando os traços, de felicidade
Parecia que, o céu se abriu
E a santa se transfigura, diante de mim
Já não estava, só trilhando pelo mundo
Via em tudo, a beleza de viver a dois
Sintonia de sentimentos, em perfeita união
Transpondo-nos, a vida com muitas alegrias
Trazendo o paraíso, para o nosso convívio
Até que a morte dos sentimentos, nos separe

Osvaldo Teles