Pedaços dos pensamentos

Estão aderiva pedaços dos pensamentos 

Neste momento a imaginação ganha asas

Ultrapassando os limites do desconhecido

Descompassado em um mundo imaginário

A loucura vai lhe tomando completamente

Traça uma linha entre lucidez e a loucura

Sonho!  Como não fizesse parte do mundo

Acorrentado nesta realidade que lhe cerca

Aquele misto vem trazendo ar de mistérios

Histórias vão se desenrolando no decorrer

Cada um vai contar segundo a sua versão

Todas aventuras terão as suas narrativas

As personagens ganharam vidas próprias

Uma a uma vai criando seu próprio enredo

Vai depender de que ângulo se ver a vida

As cicatrizes ficaram marcadas no interior

Cravadas que nem as lágrimas vão limpar

Vão deixar a sua marca por uma vida toda

És a questão suplantar cada ferida sofrida

Preso a esta existência do real e fantasia

Osvaldo Teles

Gostoso era sonhar

Nas cumplicidades do meu viver

Comunguei muitas coisas lindas

Nas rodas de amigos a hora voa

O tempo passa e não era notado

Só se via as benesses dos dias

A vida era de muita simplicidade

Nada disto me causava incômodo

Parecia que vivia em um paraíso

Viver era uma eterna brincadeira

Ser feliz sempre foi o que eu quis

Esconde-esconde e garrafão etc

Porém mais gostoso era sonhar

Com o que estava por acontecer

Até parecia que minha realidade

Não habitava nos meus mundos

Cresci sem sentir as suas dores

As fantasias eram o alucinógeno

Faziam viajar até as constelações

O sereno das noites apaziguava

A inquietação de um ser inquieto 

Osvaldo Teles

Pode entrar

Pode entrar a porta tá entreaberta 

Voltando a visão para o horizonte

Vidrado fico olhando sua entrada

Brilham os olhos de expectativas

Na parede os ponteiros do relógio

Avançavam lentos quase parando 

Fico preso no avanço dos ponteiros

Não dava para conter a ansiedade

Via no contratempo a hora correta

Estou te aguardando a muito tempo

Vou deixar as janelas escancaradas

Só para observar você chegando

Uma festa meu coração ia fazendo

Sonhei este momento por uma vida

Para dá sentido e beleza aos dias

Tinha ciência que um dia chegaria

E a um grande amor me entregaria

Ganha a intensidade da aceitação

Vamos compartilharmos a emoção

Do encontro das almas apaixonadas

Osvaldo Teles

Leia em meus olhos

Leia em meus olhos o que está explícito

Mostram a quantidade de amor que tem

Encontra a pura essência de uma alma

Em um reservatório chamado de coração

Usa toda sua sensibilidade para decifrar

O tanto de carinho que contém meu ser

Que transbordam igual a água cristalina

Guardado para te oferecer de bom grado

Sinta quanta paixão eles carregam por ti

Ficando expresso o carinho que nutrem

Alimentando um coração de esperança

De haver lá fora um mundo fantástico

Onde vou encontrar a mágica do amar

Pela magia do belo viver sou tomado

Imagens divinais vem a minha cabeça

Repleta de figuras fluentes do imaginar

Vindo a sensação de estar nu no éden

Despido de todas as minhas máculas

Pronto para receber a mulher amada

Depois dela ter decifrado os enigmas

Osvaldo Teles

O percurso

O percurso a percorrer era comprido

Não dava para ver o término da linha

Mas mesmo assim me propus a seguir

Nem preocupei com a longa distância 

Mais importante era terminar intacto

Tinha fé que Deus estava no controle

Dando forças para longas passadas

A margem tinha uma bela paisagem

Prosseguir apreciando a sua beleza 

Para aliviar o peso dos meus passos

A brisa amena ia refrescando o corpo

Na árvore os pássaros orquestravam

A sinfonia que trazia harmonia a alma

Tornando lúdicas as minhas aventuras

É sabido que a chegada era inevitável

Tornou-se inesquecível o aprendizado

Que foi aprendido em cada paragens

Queria apenas pegar o louro da vitória

Tendo a esperança com o estandarte

Tornando a jornada leve e prazerosa

Osvaldo Teles 

Delicadeza

Toco seu queixo com delicadeza

Puxando-lhe de encontro ao meu

Sentindo a maciez da pele facial

O seu aroma vai fluindo dos poros

Bêbado fico quando ele me invade

Toda sua sensualidade vem junto

A minha sexualidade fica aflorada

Sinto o ar quente da sua respiração

Os olhos se fecham e vai absorver

Todo clímax deste doce momento

Uma loucura toma conta da mente

O amante compulsivo vem a tona

Louco! Louco para enfeitar a cena

Com o corpo da mulher bem amada

Vou amar está entretido nos braços

Buscar a boca o líquido estimulante

Vai agindo no cérebro como absinto

Saindo queimando tudo por dentro

As íris ficam brilhando como uma luz

A paixão avassaladora é despertada

Osvaldo Teles

Os meus instintos

Pelos caminhos pelos quais andei

Pensava muitas vezes em desistir

Sentia o cansaço castigar o corpo

Não reagia o comando do cérebro

Andava sem pensar nos percalços

Aleatório os pensamentos ficaram

Perdidos na dimensão da estrada

Seguir seguindo os meus instintos

O animal adormecia dentro de mim

Prestes acordar a qualquer instante

Feroz igual aos animais selvagens

Sabia que tinha de está preparado

Para a surpresa que estava por vir

Quis sempre chegar ao ponto final

Algumas ciladas foram preparadas

Tive que desvencilhar das arapucas

Que estavam escondidas nos atalhos

Entretanto não podia me amedrontar

Avexar-me não vai adiantar em nada

Só atrapalharia os raciocínios lógicos

Osvaldo Teles

Quantos duelos

Quantos duelos travei com a vida
Toda vez que ela fechava a cara
Mas isto não causava incômodo

Tinha certeza que um dia sorriria

Eu seguia dando as gargalhadas
A minha rebeldia não me permitia
Aceitar parado os seus desígnios
Não aceitava as suas convenções

Fui tachado de um ser subversivo
Averso a hipocrisia da sociedade
Que sempre quis me colocar limite
Nunca esperei as coisas sentado

Batia de frente com o meu destino
Estava driblando suas armadilhas
Sempre foquei a vitória da batalha
Os empecilhos jamais me venceria

Vim ao mundo para ser o vencedor
Não para baixar ao sinal da derrota
Por meu quinhão lutei igual lutador
Acreditava na promessa do divino

Osvaldo Teles

Belo regresso

Na batida na corda da viola
A saudade aperta meu peito
Trazia lembrança da terrinha
Eta saudade que faz chorar

Faço uma parada no tempo
Volto para a simples vidinha
Para sentir a vida mais bela
Vou fazendo o belo regresso

Cada nota traz a Lembrança
Das cantorias da passarada
Que começava na alvorada
No curral boi dava o mugido

Acordando-me alegremente
O sol lá no horizonte nascia
Por trás do morro ele surgia
Preparava-me para ir a lida

A fonte espera para o banho
Na simplicidade queria viver
De repente vejo a infância
Que um dia alegre eu vivia

Osvaldo Teles

O pacto

O pacto foi feito com o Criador
Que seguiria os seus passos
Iriam me orientar por onde for
Dando sintonia ao compasso

Sua palavra seria minha guia
Enchendo o meu ser de amor
Com a fé no coração seguia
Caminho pela vida sem temor

Meus passos ganham leveza
Não sentiria a fadiga do labor
Retirando dos olhos a tristeza
Devolvendo aos lábios o calor

Desatando os nós do destino
Indicando rumo a ser seguido
Estampa a alegria do menino
Pelo seu amor vou ser guiado

Por estrada jamais imaginada
Quando cansar vou continuar
Andarei sem pensar em nada
Traçando minha linha contínua

Osvaldo Teles

O lunático

Em um mundo paralelo hábito
Ligado por uma linha imaginária
Para fugir de uma tal realidade
Que não consigo compreender

Preso no palácio das fantasias
O lunático vivi no plano terreno
Para não desprender do sonho
O elfo conduz até chegar a fada

Transformar o modo de pensar
Aleatório ficam os pensamentos
Noutra madrugada via a estrela
Uma coisa lindíssima de se ver

É quando o sonho se mistura
Confundindo as minhas ideias
Acalentando todas frustrações
Apresentando as inquietações

Esqueço os parques contidos
Para não complicar os planos
Cheguei pensar cortar as asas
Para ficar preso neste paralelo

Osvaldo Teles

Choro a dor

Choro a dor pelas perdas impostas
Foram muitas causando as feridas
Até mesmo alguns sonhos morreram
Outros foram perdidos pelo caminho

Tudo não passava da mais pura ironia
Que na maiêutica busca as respostas
Carrego ainda as marcas na alma
De vez enquanto quer ficar à mostra

Foi doída as furadas dos espinhos
Que se escondem na beleza da rosa
Artimanhas para não ficarem expostos
Travei a luta com meu subconsciente

Quis esconder o que está aparente
Por mais que eu tentasse chorava
As lágrimas ainda corriam no rosto
Demostrando o que a alma sente

Não foram estes planos que tracei
A ideia era viver dando gargalhada
Nos lábios um sorriso estampado
Vivendo bem comigo e com a vida

Osvaldo Teles

Ultrapassando os limites

Decolei em alta em direção do infinito
Tendo como companhia minha solidão
Os olhos se fecham em uma meditação
Num pestanejar estou diante do divino

Devolvendo ao homem a sua meninice
Recolhendo a incredulidade do adulto
Ultrapassando os limites da maluquice
Os olhos se fecham e senti a vibração

Que emana da central do seu interior
Vou deixando guiar meus movimentos
Um feixe de luz o ofusca a visibilidade
Numa alucinação vi o outro lado do ser

Misturando com o meu ser inexistente
Naveguei entre estrelas descontrolado
Querendo chegar ao mundo fantástico
Cortando as amarras que me prendem

O que me motivava era encontrar o elo
Rompido entre o ser terreno e celestial
Vou encontrar com o meu amado Deus
Uma alma renovada de volta ao meu eu

Osvaldo Teles

Seguindo seu curso

As águas vão seguindo o seu curso
Pelas planícies e corredeiras correm
Sobre paus e pedras elas seguiram
Entre montanhas escavam os cânions

Água mole em pedra dura um dia fura
Rompendo todos os seus obstáculos
Que encontram pelos seus percursos
Chegando ao seu final na calmaria

Nada lhes impedirá de bater no mar
Na certeza que não voltarão jamais
Ao ponto de origem a sua nascente
No decorrer vão regando esperança

Vidas vão germinando a sua margem
 A sua cantiga vai me deixando calmo
Assim a vida vai em busca do destino
Fazendo toda a terra florescer em júbilo

Os ribeirinhos vão jogando a semente
Cultivando os seus alimentos sagrados
Servem também para saciar suas sedes
Festas a vida faz com a sua passagem

Osvaldo Teles

Doces são as palavras

Doces são as palavras que fluem
Lá do fundo do interior do âmago
Fazem o imaginário sair dançando
Trazendo a tona os puros desejos

Vem igual a suavidade da canção
Quando ouço ela dizer eu te amo
É como a junção do céu e o mar
Um oceano de emoção invadindo

Transbordando do amor verdadeiro
O meu coração fica todo derretido
Quando sou possuído pelos beijos
Sou tomado por umas sensações

Parece faltando chão aos meus pés
Que fazem ser elevado ao espaço
Com seu corpo nos braços danço
Entre as estrelas saímos bailando

Vamos sentindo a suave melodia
Irradiando por toda parte do corpo
Ganhamos asas para sair voando
As palavras toma conta das ações

Osvaldo Teles

Deusa Li

Amo ver o dia cair na penumbra
A lua vem reluz com o seu feitiço
Em seus mistérios sou envolvido
Como um clarão aparece no céu

Seu raio fluorescente e ofuscante
Deixa a noite clara com a sua luz
Um corpo celestial ilumina a noite
Sobre a cama um outro me seduz

Despertando o nobre sentimento
Amor é o que sinto neste momento
Uma atmosfera mágica toma conta
Sou induzido ao desejo libidinoso

A perversão está me dominando
Sou o homem tomado pela paixão
Eros se apodera dos pensamentos
Neste momento me sinto um deus

Preste a possuir a minha deusa Li
Entre seda e cetim está a repousar
Soltando aa essências dos jasmins
Depois de se entregar toda a mim

Osvaldo Teles

Mundinho encantado

Não tem com esquecer o que vivi
Foram momentos que marcaram
Inesquecível continua muito vivo
Como tivesse acontecendo agora

A entrega foi intensa a cada um
Ficou na memória as lembranças
Levando comigo a doce saudade
Do tempo áureo vivido na terrinha

A ingenuidade era a minha marca
Ali era o meu mundinho encantado
O coreto o espaço cheio mágicas
Transportando-me para um conto

O papo com os amigos na praça
Enveredava madrugada a dentro
Os pingos de orvalho nas plantas
Seu cheiro invadia pelas narinas

A praça Castro Alves era nossa
A serenata dava o tom ao sonho
Cantoria corria solto dando alento
A pinga era para combater o frio

Osvaldo Teles

Um adulto incrédulo

A plantação de ilusão foi decepada
Foi jogada na fogueira da desilusão
Todas as fantasias foram queimadas
Retirando dos olhos os seus brilhos

Procurando na escuridão minha luz
Ficando na face um adulto incrédulo
Que acabará de perder a veracidade
Dos contos de fadas e das fantasias

Entrando na fase adulta sem ilusões
A criança passa a ser o ser homem
O castelo dos sonhos foi estilhaçado
Estilhaça o coração em mil pedaços

O devaneio está perdido no labirinto
Preso a corda imaginária do tempo
Degladiando com os meus pesadelos
A salvação é encontrar o grande amor

Para devolver ao homem seus sonhos
Transformando os dias em um mistério
De fantasias e realidade constante
Ao homem é devolvido a sua criança

Osvaldo Teles

Danço conforme a música

Silencioso capto as ondas sonoras
No baile danço conforme a música
Irei encontrar o ritmo do compasso
Em qualquer nota encontro o som

Capturando a essência da beleza
Não vou perder a rítmica da canção
Seguirei as dedilhadas harmônicas
Equalizando na acústica do tempo

Estando sozinho dentro do silêncio
Escuto apenas o agoro da solidão
A melancólica canção vai me atrair
Para os braços da sua melancolia

Tentando traçar a linha imaginária
Contrapondo o meu mundo irreal
No grande palco chamado universo
O poder de resiliência acompanha

Adaptando-me às transformações
Com minhas passadas harmônicas
Dependendo das suaves melodias
Valsando vou desfilando pelo salão

Osvaldo Teles

O clima está frio

O clima está frio o clímax aumenta
Quando dois corpos se encontram
Dois corpos atraídos pelos desejos
Como um magnético se persuadem

Levando-o a colar corpo com corpo
As peles se acoplam perfeitamente
Sendo o agasalho um para o outro
Em alta tensão batem os corações

Sentimos as vibrações que pulsam
Das profundezas do interior do ser
De uma forma bastante acelerada
Fazem os sentidos ficarem alheios

Como se estivessem anestesiados
Perdidos no caminho das perdições
O que mais nos importa é momento
Iremos deixar tudo do lado de fora

Sentiremos toda a ternura das mãos
Afagando carinhosamente a cabeça
Trazendo o aconchego para os egos
O clímax dentro do quarto esquenta

Osvaldo Teles

Como o tempo passa

O menino se tornou um adulto
Um dia fui feto hoje sou ancião
A infância dá lugar ao homem
A maldade substituí a inocência

Como este tempo passa rápido
Indo com ele a minha juventude
Desenhando na testa as rugas
Não tenho o tempo para perder

Vou me entregar intenso a vida
Viver o momento que interessa
Tornando cada segundo último
Aproveitar tudo que é permitido

Rapidamente aprendo as lições
Estão descritas nas entrelinhas
Se não tiver cuidado não se ver
Não perderei a minha identidade

Na certeza que viver vale apenas
Darei tempo ao tempo que ao final
Tudo dará certo na vontade de Deus
Então para que brigar com o tempo

Osvaldo Teles

Natureza em festa

Acordava olhava pela janela o esplendor
Pé de manga rosa carregado no quintal
Cheiros das frutas e os aromas das flores
Era só perfume por todo canto do pomar

A sombra dos capinzais os papa-capins
Orquestram as suas mais belas cantorias
Parecia que a natureza estava em festa
Juntavam-se os assanhaços e às sabiás

Para se servirem do delicioso banquete
A meninada cá em baixo faziam a festa
Era um tal de um corre para lá e para cá
O mais importante eram as brincadeiras

Um mundo fantástico se descortinava
Deixando a mostra a grandeza da vida
Festejando a maravilha de um novo dia
Realiza o grande milagre da existência

O multicolorido dava os seus belos tons
Colorido mesmo era poder ver a lindeza
Que o sol brilhante deixava transparecer
Que a vida acabará de renascer em mim

Osvaldo Teles

Minha dindinha

Ai quantas saudades que sinto
Do galo cantar no pé da janela
Pássaros a cantar no coqueiral
Da minha vovozinha na cozinha

Ao levantar pedia a sua bênção
Sinto falta do café de dindinha
Que perfumava a casa todinha
Mulher simplória e muito sábia

Viajava com as suas histórias
Os seus conselhos eram lições
Que serviram por uma vida toda
Quando disse adeus vi a tristeza

Ficar estampada nos seus olhos
Mesmo chorando ela me falou
Meu neto por onde você andar
Nunca se esqueça que sua avó

Vai te amar por toda minha vida
Lembro saudoso do seu abraço
Todas as vezes que ia lhe visitar
Ficava triste quando me despedia

Osvaldo Teles
Imagem Google

Como uma fênix

Machucado o meu ser se encontrava
O corpo não obedecia os comandos
Em frangalhos meu coração estava
Desorientado dava minhas passadas

As dores do peito me faziam chorar
Lágrimas caíam copiosas dos olhos
Ressuscitei o amor que tinha morrido
Como uma fênix renasci das cinzas

Preparado para levantar novos voos
Impulsionado pelas forças adquiridas
O homem deu asas ao pensamento
Cruza o céu em busca da veracidade

Voando livremente no espaço sideral
Ultrapassando a tal velocidade da luz
Vou em direção da linha do horizonte
Querendo restabelecer o elo partido

Quebrando os paradigmas do sofrer
Foi-se embora as cicatrizes da alma
Emitir os sons de alegria ao cérebro
Canalizei as benesses da felicidade

Osvaldo Teles

Artes manhãs da vida

Atiramos-nos de cabeça sem medo
Os soldados do amor estão a postos
Prontos para saírem na nossa defesa
As nossas armas é nossa fidelidade

Tendenciando as vitórias constantes
Entramos em um jogo muito perigoso
Se não tivermos cautela nos ferimos
As vezes me coloquei na retaguarda

Esperando a hora de saí da trincheira
Traçava estratégia para não nos ferir
Porém o vida tem suas artes manhãs
Acabava nos envolvendo em sua teia

Não sabíamos o que nos esperavam
A cada curva sinuosa das estradas
As ciladas estavam sempre a estreita
Qualquer vacilo elas estavam prontas

Para dar sua cartada certeira no peito
Sendo o amor o escudo de proteção
Protegendo-nos dos males adquiridos
Fomos atingidos pela flecha do cupido

Osvaldo Teles

Minhas noites

Minhas noites são iluminadas
Pelas luzes das estrelas! A lua
Enfeitiça a alma com seu brilho
Reluzente clareia a escuridão

Vou absorver a incandescência
Os astros fazem o jogo de luz
Manto celestial sobre a cabeça
A dança do amor vai começar

O misto de fantasia me domina
Bailando sobre o céu estrelado
A mente absorve o seu feitiço
Provocando em mim fascínios

Fascinante é ver a sua beleza
Latentes os desejos me corrói
Busco na relva a sua presença
Sendo regados pelos enlaces

Dois corpos entram em êxtase
Ao mundo ilusório sou levado
Conduz-me ao planeta paralelo
Onde o real e sonho se fundem

Osvaldo Teles

Fizemos uma aliança

Fizemos uma aliança com o amor
Ele fez do nosso coração morada
A sua energia irradiou pelo interior
Mudamos a direção da caminhada

Sincronizamos as nossas passadas
Ajustamos dois corações em um só
Batem juntos no mesmo compasso
Seguimos o impulso do sentimento

Quantas coisas mudou a partir dai
Tomando conta das nossas ações
A sensualidade ficou a flor da pele
Trazendo a tona os doces desejos

Como sou tão feliz em seus braços
Despertamos em nós uma paixão
Levando-nos a entrega sem pudor
Perdemos contato com a realidade

Transformando nosso mundo surreal
Passamos viver no mundo do sonho
Fomos transportado a outro planeta
Fantasiando chegaremos ao sideral

Osvaldo Teles

Insisto em viver

Insisto em viver o momento presente
Ficar remoendo o que não aconteceu
Nunca teve presente em meus planos
Havia mesmo eram os projetos futuros

Que me fazia continuar os propósitos
Recuperar o tempo não tem como
O que não foi vivido não é devolvido
Não vou chorar pelo que já é passado

Importante é focar e prosseguir firme
Não tinha como esquecer a direção
Dando continuidade a saga constante
Retroceder nunca só olho para frente

Vejo o reflexo espelhar das mudanças
As fotografias amareladas no álbum
Na memória ficam fixas as lembranças
Saudoso de tudo que bom que eu vivi

Mostrando a perfeição da minha época
Aquelas que marcaram meus instantes
Dormem as inconsistências dos sonhos
Que ficaram adormecidos no percurso

Osvaldo Teles

Estradão

A lua se esconde lá vem o sol radiante
Festiva a natureza dá seu sinal de vida
O caipira se levanta com raio reluzente
Preparando-se para partir para sua lida

Em seu pangaré ele logo coloca a sela
Cantante vai para posto tocar a boiada
Os versos já saem prontos da cachola
Passarada no arvoredo fazem dobrada

Lá pelas paragens ficam as lembranças
Da morena que foi um dia minha amada
Que não consigo tirar da minha cabeça
Trazendo tristezas para a longa jornada

Derruba o touro com a sua própria mão
Viver no sertão e matar um leão por dia
As dificuldades maltratam seu coração
Parecendo que seu viver é uma paródia

A porteira fica aberta para este mundão
Pelas currutelas ficaram suas saudades
Das experiências adquiridas no estradão
Que lhes trouxeram muitas felicidades

Osvaldo Teles

As primícias do amor

Vivíamos em mundos diferentes

Quando o acaso nos apresentou
Queria apenas encontrar o sentido
O vazio era reinante no meu peito

Estava sozinho com minha ilusão
Viajava literalmente pelas nuvens
Desatento via o tempo passando
Passava lento sem ser percebido

O menino se tornava um homem
Desfazendo a sua ingenuidade
Descobrindo os prazeres da vida
Aquela sensação estranha sentir

Ainda éramos jovens sonhadores
Queríamos viver tudo de uma vez
O único compromisso era ser feliz
Dando a vida  uma nova dinâmica

Descobrindo as primícias do amor
O sentimento invisível se torna real
As belezas terrenas eram fascinantes
Os seus mistérios quis desvendar

Osvaldo Teles

Inerte me encontro

O sol vai morrer atrás do horizonte
Ficando expressa a beleza da noite
O céu fica com as estrelas brilhantes
Mostrando o esplendor do seu brilho

Incandescendo todo o meu espírito
A lua derrama seus raios prateados
A substância do amor é despertada
Vindo acompanhado do seu feitiço

Pelos seus mistérios sou envolvido
Desordem causa nos pensamentos
Aleatórias ficaram as minhas ideias
A brisa amena acariciando o rosto

Arrepios vem por todo meu corpo
Como brumas me sinto flutuando
No sopro do vento sobre as águas
Com as ondas batendo nas pedras

Vai orquestrando a suave melodia
Que adentra como um calmante
Suavizando todas as inquietações
Sobre a areia inerte me encontro

A mente ganha asas e sai voando
O espaço sideral será o meu limite
Livres iguais as gaivotas bailando
Embalada pela canção do oceano

Osvaldo Teles

Eterna namorada

De segundo em segundo olho o relógio
Os ponteiros avançam vagarosamente
Param! As horas insistem não passar
Uma ansiedade toma conta do coração

A paixão avassaladora me faz devanear
Levando a delírios a visão da santidade
Causando na mente grande alucinação
Vai aumentando a batida do miocárdio

Aflito caminho de um lado para o outro
Vou sentindo aumentar as palpitações
Espero com toda devoção tua chegada
Já deixei tudo devidamente preparado

O quarto fiz o nosso santuário sagrado
A nossa música ecoava pelo ambiente
Pétalas foram jogadas em nossa cama
O seu perfume impregnado nos lençóis

Ainda dava para sentir a sua fragrância
Fazia o amor queima nas minhas veias
O amor fazia de mim sua Santa morada
Da escolhida a minha eterna namorada

Osvaldo Teles

O grito abafado

Peguei o sofrimento botei na algibeira
Tentei escondê-lo e jogar a chave fora
Passava algumas madrugadas solitário
Estanquei as lágrimas nos meus olhos

Minhas mágoas aos poucos iam acabar
Recolhendo minhas tristezas do rosto
Meu choro tive que abafar na garganta
O grito abafado maltratava o meu peito

A voz trêmula insistia em ficar presa
Só escutava o som dos meus soluços
No lombo da saudade fazia a viagem
Vangando em meio a solidão eu me via

Parado dentro de um quarto escuro
Desse jeito ia sendo engolido o sonho
Ficando apenas as ilusões apagadas
Nunca me dei por vencido em uma luta

Arregaçava as mangas estava prontinho
Para um novo perrengue com o destino
Sua cara feia não me metia medo algum
Descanso para mim só com minha morte

Osvaldo Teles

Abri a passagem

Abri a passagem do teu coração
O meu já é santuário do amor teu
Pois vou entrar com o meu amor
É carinho que tenho para lhe dar

A minha porta está escancarada
Para receber como minha amada
Ansioso te espero a muito tempo
Sentirás toda ternura do meu ser

Vou desvendar sua forma de amar
Quando estivermos nos enlaces
Buscarei os seus quentes lábios
Você sentirá a quentura dos meus

Um braseiro ficará em labaredas
Carinhoso tocarei todo seu corpo
Os toques passará minha energia
Verás a paixão se torna em fogo

Queimando as nossas entranhas
Venha com toda a sua tenacidade
Vai colando os meus pedacinhos
A minha essência sendo renovada

Osvaldo Teles

Consternação

Quis deixar o passado no passado
Abandonar o meu futuro presente
Mas os fantasmas me perseguem
Os abismos estavam bem abertos

Prontos para engolir meus sonhos
Caminhei por caminhos tortuosos
Via no espelho a face modificada
Os traços faciais havia alterações

As vezes pensei que era miragem
Foi tomado por uma consternação
Não reconhecia a própria imagem
O tempo se encarregou de marcar

No rosto experiência que foi vivida
Não tinha mais como voltar à trás
Tive prosseguir firme a todo costo
Travo uma guerra com o existencial

Para não suplantar a minha razão
Não quis ser coadjuvante da história
Que nascerá pré estabelecida por Deus
Tentei reescrever no decorrer da vida

Osvaldo Teles

Esvaziei as lembranças

Esvaziei as lembranças do passado
Deixando o remédio o tempo apagar
Todas maledicências remanescentes
Harmônico os órgãos irão funcionar

Sorriso é o termômetro do estar bem
Sorridente levantei e olhava a adiante
O coração voltou bater no compasso
Estou preparado para nova aventura

O presente a mim é mais importante
Vivenciando meu momento presente
Aquelas dores que me machucavam
Não machucam mais já estou pronto

Para ver o futuro sem ressentimento
Querendo viver sem aperto no peito
As minhas mágoas se transformaram
O tempo passou virou ensinamentos

Confiante só vou olhar para a frente
Olhando para trás só vou vê a sombra
O ou rastro da minha própria pegada
O amadurecimento se faz necessário

Osvaldo Teles

Vamos dançar

A música invade o ambiente
Pega a dama vamos dançar
Sigo o compasso da melodia
Dando movimentos ao corpo

A balada nos faz movimentar
Como dois cisnes dançamos
Ganhamos toda a sua leveza
Colo o meu rostinho ao seu

A quentura da pele aumenta
Levo o nariz ao seu pescoço
O perfume entra nas narinas
Embriagante é o seu aroma

O clima de romance contagia
O romantismo vem eloquente
Os beijinhos serão inevitáveis
Entretanto os olhos se fecham

Sinto que estamos só neste salão
Aí peço aos ponteiros para parar
Neste paradoxo nos encontramos
Livres para se entregar ao amor

Osvaldo Teles

Reacende a centelha

Mostrando a força do meu ser
Quero te dá um abraço forte
Sentir a ternura que há em ti
Absorvendo todo o seu calor

Aumenta a paixão abrasadora
Reacende a centelha do amor
Desencadeia em mim tensão
Os músculos vão descontrair

Dando leveza ao movimento
Pareço um passarinho voando
Esqueço o que está ao redor
Estou preso ao seu momento

O que importa está aqui dentro
Comungo a experiência carnal
Minha mente entra em êxtase
Tudo vai ganha ar de mistério

Misteriosamente fico perdido
No misto de sonho e fantasia
As pestanas fecham e sentem
O carinho que emana de você

Osvaldo Teles

A hora do adeus

Desfiz de alguns dos meus sonhos
Muitos projetos tive que esquecer
Despedir de algumas das fantasias
A inocência da criança foi perdida

A beleza da infância se despedaçou
A tal da ingenuidade era quebrada
Rompi as cordas que me amarrava
A hora de dá adeus seria inevitável

Tive romper o meu cordão umbilical
Inestimável era o valor da saudade
Não mensurei as lágrimas derramadas
As transições do menino ao homem

A Indolência assumiu o pensamento
O planeta fantástico foi abandonado
Meu castelo de cristal foi estilhaçado
Inesgotável era poder de recomeçar

Restaurando os pedaços do coração
Os motivos por vezes foram trocados
Dando lugar para meus novos sonhos
Minhas feridas foram todas sulturadas

Osvaldo Teles

Contratempos

A esperança já tinha perdido de vista
Procurei em cada esquina do mundo
Contudo não a tinha levado comigo
Mais que procurasse não encontrava

Algumas vezes se mantinha escondida
Esvaziando em mim as oportunidades
Esqueci de preencher a minha lacuna
O vazio me acompanhava todo tempo

Não me preparei para os contratempos
Mas atrapalhava causando transtorno
Desorientando o foco da caminhada
Os empecilhos não era preocupante

Só restava-me restabelecer minha fé
Mesmo que estivesse em frangalhos
Tombiando buscava força para seguir
Quando caía olhava voltado para o céu

Agarrando a todas às possibilidades
Melhor que tinha uma segunda chance
A cada parada havia uma nova reflexão
Buscando a presença do meu Criador

Osvaldo Teles

Coração em fragmento

Estou com o coração fragmentado
Fui levado rever os meus conceitos
Não é intenção me fazer de coitado
Causando dor dentro do meu peito

Deixando desenhada no triste olhar
Minhas lágrimas descem torrenciais
A única coisa que sempre e te amar
Ficando fragilizado como os cristais

Tentei encontrar no amor as forças
Sempre briguei pelos os meus ideais
Irei guardar comigo suas lembranças
Vislumbro em ti os seus atos geniais

Nunca quis perder o seu aconchego
Venere-te como a minha santidade
Nas veias queimava como um fogo
Acendendo em mim a dita felicidade

O milagre do amor em me despertou
Não quero passar um dia sem te ter
O seu jeitinho meigo me conquistou
Só pretendia gerar em você outro ser

Osvaldo Teles

Vidinha simplória

As vezes fico preso ao passado
Pensando o que sucedeu comigo
Vivendo a minha vidinha simplória
Faltava tudo menos afeto e amor

A música era o canto do pássaro
Tomava banho nos mananciais
Aquele era o bastante para viver
Não via se descortina meu futuro

O menino teve que amadurecer
Brincadeiras foi deixado de lado
Assumindo as responsabilidades
O destino guardou muita surpresa

Tive que transpor muitos obstáculos
Partir em busca de uma vida nova
De mamãe levei os seus concelhos
Que serviram para minha vida toda

De vovó levei seu olhar de carinho
Era o que me dava força para seguir
Estão guardados nas lembranças
Que de vez em quando vem a tona

Osvaldo Teles

Toca o berrante

Toca o berrante junta o gado
Daqui a pouco a noite vai cair
Sobre o céu todo estrelado
É noite de lua cheia ela enfeita
Tudo fica muito mais encantado
A lua emoldurado na espaço
Ao relento vou preparar o repouso
Quando chega a madrugada
É que o danado do frio aperta
Ai sentirei a falta do seu calor
Uma pinga para afogar as mágoas
Acende logo a bendita fogueira
Empunha a viola para a cantoria
Nos acordes me vinha a imagem
Daquela que traz as recordações
Aumentando o aperto do peito
A saudade deixa o meu eu vazio
Da morena que ficou para trás
Nas paragens pela qual passei
Não sei se encontrarei outra vez

Osvaldo Teles

Aos pés do nosso Senhor

Aos pés do nosso Senhor fiz a jura
De te amar pela a minha vida inteira
O juramento de um coração puritano
De um homem que está apaixonado

Sabia que tudo a partir da li mudaria
Está ali a dona de meus sentimentos
Ao vê do meu lado a imagem divina
Pronta para dá o sim diante do altar

Que estaríamos unidos para sempre
E os momentos de solidão acabaria
O sagrado sacramento nos foi dado
Os corpos foram unificados no amor

Ciente que as mudanças ocorreriam
Porém tudo acontecia para nós dois
Rugas ficariam desenhadas na face
Ao passar do tempo o amor aumenta

Fortalecendo-nos contra adversidades
No decorrer da nossa leve caminhada
Ganhando a leveza dos apaixonados
O tempo nos trouxe amadurecimento

Osvaldo Teles

A voz ficou emudecida

Tudo aconteceu em passo de mágica
Até então eu não acreditava no amor
Um paixão avassaladora me dominou
Brilhantes meus olhos ficam piscando

Ao cruzarem com estonteante beleza
O coração parecia que ia sair do peito
De tão acelerado me falta a respiração
Podia-se notar o fascínio que nascerá

Passei a viver no planeta dos sonhos
A sensação de bem estar me fez bem
As pernas não respondiam o comando
Bambas elas ficaram de tanta emoção

A voz ficou emudecida com o olhar fixo
Em direção da miragem que ali estava
A transfiguração da estonteante mulher
O seu semblante parecia de uma deusa

Que desceu do Olimpo só para me amar
Fui envolvido em seu poder de sedução
No espaço sagrado quero me entregar
Dando a intensidade ao ato consagrado

Osvaldo Teles

Fugaz o tempo passa

Fugaz o tempo passa a minha frente
No pestanejar nem via ele passando
Na badalada do sino já são 18 horas
Na hora do anjo mais um dia se fecha

Os minutos vão passeando pela face
As suas marcas ficaram desenhadas
Apegava-me a pequenez das coisas
Esquecendo a grandeza de uma vida

Perdendo os segundos mais preciosos
No contraponto da existência me perco
Quero desatar os laços que me prende
Busco no contexto meus aprendizados

Convicto que tudo o que foi vivenciado
Valeu apenas serve de amadurecimento
Nada vai passar despercebido de Deus
Com verso vou escrever minha história

De momentos felizes faça a felicidade
As decepções vão deixar as suas lições
Depois do choro vou apreciar a beleza
Que um belo viver se encarrega de deixar

Osvaldo Teles

Coração partido

Era um amor grande que sentia
Que jamais pensei que iria acabar
Aquele que fazia a perna tremer
O coração bate descompassado

Melhor sofrer pelo amor perdido
Do que nunca ter amado alguém
Não ter a sensação de ser amado
O importante é o momento vivido

Ficando para trás os sofrimentos
Coração fica partido depois cura
O tempo será um santo remédio
Curando as feridas do meu peito

Vai estancar as lágrimas da alma
Transformando choro em sorriso
Fazendo das dores o diferencial
O triste passa a dar gargalhadas

Ao descobrir o sentido do amor
E as suas benesses de aproveitar
Tudo aquilo que a mim é permitido
Com aceitação da pessoa amada

Osvaldo Teles

Redirecionei

Redirecionei a minha caminhada
No momento que estava perdido
Ao decorrer da excitante jornada
A tentação acabava confundindo

Ofegante continuava meu passo
Nas encruzilhadas tinha um laço
Pronto para diminuir o compasso
O tempo ia deixando o seu traço

A humildade era o meu amuleto
Ela reabria o portal da felicidade
Abastecendo o coração de afeto
Aumentando toda a possibilidade

Exaurido vi a luz ao final do túnel
Acenei para o ponto de chegada
Prosseguir na busca do amor fiel
Ao final só quis abraçar a amada

Os louros das vitórias me espera
Pelo contentamento sou tomado
Quando repouso nos braços dela
No seu amor o corpo arrebatado

Osvaldo Teles

Deixando fluir o amor

Queria fazer do seu colo meu repouso
Nele colocar o peso da minha cabeça
Repousar sobre ele toda minha fadiga
Relaxar sentindo o calor do seu corpo

Provocando em mim loucas sensações
A sua voz penetra com um estimulante
Em seus braços sinto toda sua ternura
Ficar quieto absorvendo o seu perfume

Abastecendo o ser com o suave aroma
Correndo na veia como um estimulante
Carregando o corpo com nova energia
Inebriada fica a alma com tua fragrância

Estonteante bebo cada gota da fórmula
Acalmando assim minhas inquietações
A tranquilidade torna o instante mágico
Sou envolvido por um misto de fantasia

Deixando fluir o amor que guardo para ti
Abrindo o canal para conjunção da alma
A comunhão de dois seres apaixonados
Numa intensa entrega de corpo e espírito

Osvaldo Teles

Minha alma voará

Quando as vaidades se consumirem
As futilidades do mundo se esvaíram
Liberando a alma das minhas luxúrias
Ganhando lá do céu a sua santidade

Dando lugar para as coisas celestiais
Minha alma voará em direção a Deus
Libertando o pecador do plano terreno
Como um pássaro livre chego ao céu

Religando a criatura com seu Criador
Desprendendo do pecado do mundo
Perdendo o contato com a realidade
Devolvendo a ingenuidade de criança

Tirando da cabeça as maledicências
Para ganhar a santa graça do Divino
Terei as ressurgências de uma fênix
Renascendo do último pó de cinzas

Fortalecido pelas forças da minha fé
Fervorosa alimenta minha esperança
Para seguir firme no caminho correto
Fazendo da oração sua forte ligação

Osvaldo Teles