terça-feira, 29 de novembro de 2016

Aguardei ansioso

Aguardei ansioso o final da tarde
Quero o aconchego do teu colo
Colocar a cabeça e descansar
Querendo guarida no teu ser
Aguardando resposta de tua boca
A champanhe coloquei no gelo
As taças deixei ao lado dos canapés
Fomos saboreando cada gota do amor
O elixir revigorador das minhas forças
Amortecendo o ímpeto do homem
 Respiro fundo com as tuas mãos
Passeando sobre a minha cabeça
Momentos prazerosos a desfrutar
Juntamos a nossa pura essência
Fluindo o melhor de nós dois
As horas passam, parados ficamos
Paralisados esperando o dia amanhecer
Terna pela manhã achega-se de mansinho
Seu ar quente toca-me incendiando
Entreguei-me aos seus encantos
Apreciei toda a sua disposição amar-me

Osvaldo Teles

segunda-feira, 28 de novembro de 2016

A dama chegou

Abrir os meus braços
Para sentir o calor do seu corpo
Peguei-te como se pega uma louça
Delicada como um vaso de porcelana
A dama chegou toda produzida para o baile
Vou conduzindo-te pelos salões da vida
Vastos delírios corroem-me por completo
Dividindo a ânsia da espera
Com a expectativa da chegada
Sinto a sua vibração, meu ser plange
Quando você  envolve-me em seus beijos
Um surto de loucura domina os impulsos
As minhas veias tornam-se condutor elétrico
Os fios de rugas sendo extraído da face
Fomos extraindo o melhor de cada um
Alcançando o equilíbrio das passadas
Dando calma para a contradança
Distante o som leva os pensamentos
De repente nos encontramos nas nuvens
Lindas estrelas adornam o palco
A mais bela de todas está em meus braços
O arrebol enfeitando o belo cenário
Sensíveis vamos passeando pelo firmamento
Com a música embalando o nosso descanso

Osvaldo Teles

domingo, 27 de novembro de 2016

A carta que não chegou

A carta que não chegou em suas mãos
A escrevi para falar do meu amor por ti
Ouvindo aquela velha música
Que fez parte da nossa história
O papel manchou-se com as lágrimas
Que rolaram  de tanta emoção
Falei dos meus sentimentos que eram seus
Que sentia saudade dos seus beijos
Disse-lhe que aquele encontro casual
Tinha transformado-se em  amor/paixão
Que iria nos unir por toda vida
Descrevi o que se passava no coração
Angústia pela sua falta desenhada na face
Via os dias passarem aperreados, lentos
Vagarosas as noites insistiam em passar
Escrevo-te estas linhas para dizer-te
Que desde que te conheci não consigo
Tirar-te mais da minha cabeça
Foi amor à primeira vista
Com as mãos trêmulas não consigo redigir
Os olhos cheios de lágrimas termino dizendo
Nada faz sentido se você não estás aqui
Para fazer do seu corpo o meu cobertor
E as suas mãos tranquilizante para a dor
Se não obtive resposta da carta
Fui a seu encontro para lhe dizer
O que sentia, lembro-me com detalhes
Daquele dia até da cor das suas vestes
Um vestido de malha cor cenoura
Vestindo um  belo corpo e esguio
Quando nos comprometemos sentir
Seu cheiro tinhas acabado de sair do banho
Foi maravilhoso este encontro
Em dez minutos estávamos namorando
Sou grato ao destino por estes dois seres juntar

Assinado: Osvaldo Teles

Fui levado

Fui levado a lugares distantes
A calmaria reinante fez-me viajar
Corpo leve, mente livre
Era o amor  fazendo-me flutuar
As turbulências fizeram-me sair da rota
Passei a transitar entre o paralelo
Dos sonhos e das veracidades
Pasmado via a beleza lá do alto
Fizestes do seu corpo o meu campo
Pousei totalmente extasiado
Deparei-me com a sua magnitude
Doses homeopáticas de ternura
Iniciando uma nova lenda
Reza a lenda que um ser alado que bateu
Asas para ir ao encontro da sua amada
Que ao entardecer saía de estrelas
Em estrelas buscando brilho do seus olhos
Parava no espaço para localizar
O seu ponto magnético descentralizador
Vem abrir a envergadura de tuas asas
Alça voo comigo nos meus planos de voos
Minha linda Paloma negra esquecerei
Os meus planos para viver os nossos
Livres cortaremos o céu em voos rasantes
Pegando carona nas correntes dos ventos
O balé do amar só está começando
Lá do espaço a minha ave linda
Solta carretilhas do seu lindo canto
Seguimos os nossos instintos,como aves
Migratórias vamos encontrar o nosso oásis
Desfrutarmos as benercias de pousar contigo

Osvaldo Teles

sexta-feira, 25 de novembro de 2016

Melancolicamente

Traz a taça, hoje eu vou entornar, bêbado
As mágoas vão ser afogadas, enterradas
Não sei o que aconteceu, alheio
Acordei melancolicamente, tristonho
Não me reconheço, quem sou, perdido
Todo está muito estranho, desorientado
O peito aperta o coração, maltrata
Que parece que vai rasgar, sangra
Alforriei a tristeza escravizei a alegria
Pensando que estaria constante comigo
Dei exílio a solidão porém ela insiste ficar
Espreitei a felicidade mas ela não apareceu
Nenhum sinal ela deu, simplesmente sumiu
Criei uma armadura mas mesmo assim
A dor penetrou cortando como uma navalha
Contemplei o belo, almejei encontrar o amor
O danado esquivou-se do meu caminho
Procurei em esquinas, em bares
Rodei pela cidade, perdi noites
E não estava lá,levantei-me contra o mundo
Bati de frente com o destino nem olhou
Fez pouco caso, tropecei nos próprios erros
Cambaleante busquei a direção
Direcionei rumo ao meu interior
Reencontrei o interesse por mim

Osvaldo Teles

Alusão

Percebo a alusão do amor em teu sorriso
Descortinando a vidraça passo a ver
De dentro para fora fico estupefato
Diante do que vejo, a imperfeição em busca
Da perfeição, querendo conjugar o verbo poder
Querendo encontrar no silêncio do quarto
Os melhores delírios em teus braços
Afundar-me na profundeza do seu oceano
Ventania, relâmpagos fizeram-me ir fundo
Emergi maravilhado, desliguei o consciente
Transitivo não faz-me esquecer o que vi
Virou-me à cabeça para baixo,fui conduzido
Pela delicadeza de uma garça
Gaivotas dançavam sobre as águas
Em um bailar sincronizado ao som do mar
Peles bronzeadas com a ação dos raios do sol
Os nervos ficam à flor da pele, negra
Melanina acentuada,calor que causa ardência
Nossa senhora dos afogados
Faz respiração boca a boca salva-me
Do afogamento restabelece o meu ar
Leva-me às águas mornas e tranquila
Vamos nos banhar perfumado
Com as folhas da lavanda
Ficamos desfalecidos sobre a areia
E a brisa amena refrescando os corpos

Osvaldo Teles

quinta-feira, 24 de novembro de 2016

Esconde a tua nudez

Esconde a tua nudez não Seduz-me
Se não queres não provoca dessa forma
Não fixa em mim o teu olhar penetrante
Pelo visto não sabes que és responsável
Por aquilo que você cativas
Sou muito sensível não quero machucar-me
Vamos deixar adormecido, não despertar
Quieto estou no meu cantinho
Só eu e o meu silêncio meditador
Se for para eu amar só mantenha distância
Se quiser se entregar venha por inteira
Traga consigo a sutileza dos lábios teus
Melhor é saboreá-lo que o melhor vinho
Porém o beijo de um só é sem sabor
O bom é quando os corpos se encontram
Em um querer insaciável, quando as bocas
Tocam-se transferindo os desejos contido
Em nossos recipientes das emoções
Fico eufórico até parece que a vida vai sair
Pela boca,respiro fundo para encontrar
O ritmo da respiração, leva-me tu equilíbrio
Dar-me a certeza que vás está comigo
Não quero sofrer a desilusão de uma amor
Se não for assim deixa-me seguir o meu caminho
Sempre quis um amor para vida toda
Sei que ele Levou-me ao doce sentir
Sustentou-me durante Os dias tristonho

Osvaldo Teles

terça-feira, 22 de novembro de 2016

Encontro casual

Passei dias vagando a tua procura
Não te conhecia,não sabia de sua existência
Nem como era a forma de seu corpo
Estava desfigurada na minha cabeça
Não sabia por onde andará
Aos poucos o fado se encarregou
De fazer o seu papel, uma força invisível
Nos uniu,palpitante o coração no peito, senti
Que de uma fórmula inesperada aconteceu
O vulto tornou-se uma bela imagem
Um belo quadro se configura aos olhos
Levando os meus sonhos dançarem
Como as rosas livres com o seu aroma
Estonteante, pele macia e cheirosa
Não consigo abrir as pestanas e não te ver
Quero ver a embelezadora da minha alma
Peso que não vai mais embora, fica mais
Vamos aproveitar as folhas do outono
Para fazer o nosso ninho
Esperando o fim do dia para o repouso
A estrela D'alva lá do alto da o seu sinal
Para que as constelações se manifestem
E sirvam de testemunha deste lindo amor
O vazio em que te procurei, desapareceu
Dando sequência ao processo da minha paz
A satisfação desenhada nas linhas faciais
Pego a linha do horizonte os anéis de Órion
Para simbolizar nossa maravilhosa aliança
De um encontro casual que se tornou
O contentamento de dois seres apaixonados

Osvaldo Teles

Noites longas

Noites longas e frias eu passei
Só queria Boêmia e aventura amorosa
Quantos salões percorri em busca de ti
Não conto quantas embriaguez
Tive que curar e às dores de cotovelo
Que Fizeram-me chorar, as desilusões
Que me foram impostas
Procurei muitas vezes nas aparências
O que estava escondido no interior
Vazia parecia-me a vida, sem sentido
Soltas eram as ideias vadias viajavam
Um passageiro errante à deriva
Fiquei à mercê dos ventos conduzindo-me
Os meus companheiros os sonhos
Quiseram abandonar-me à própria sorte
Sinais ficaram marcados no meu rosto
Quantas madrugadas vi dissipar
E o dia clarear diante de mim, chegastes
O que posso fazer se o seu amor
Veio preencher o espaço vazio
Trazendo alento, cedendo a dor
Redimensionado todo sentir para ti
Fazendo um novo ser renascer
Cada cruzada de olhar parecia-me
Que todo o meu conteúdo foi reposto
A seiva voltou a correr na árvore podre
Dando sequência ao ciclo da vida
Rebentos floridos brotaram alegrando-me
Já não trânsito só nos paralelos da existência

Osvaldo Teles

segunda-feira, 21 de novembro de 2016

Acende a vela

Acende a vela  deixa-me  ver as incertezas
Cabe a tua decisão da escolha certa
Acerta o teu relógio com o meu
Para não haver desencontro
Traz-me o contraponto o bom senso
Desconcertando-me, tenho medo de ficar
Frente a frente com os seus olhos
Eles exercem um domínio sobre mim
Deixam-me paralisado diante de ti
Desafino a canção já não acho o compasso
Perco a coordenação, aquele ser falante
Fica mudo, enlouquecido falo coisas soltas
Sou dominado pelos seus toques
Aconchego-me em teus seios
Perco os limites, só está em teus braços
Vem meu amor não controla meus impulsos
Vamos viver o que tivemos que viver
Sei que tudo é passageiro
E que a felicidade é  questão de momentos
Leva-me para o seu jardim secreto
Deixando-me colher os lírios de ser feliz
Derramando toda seiva das entranhas
Prende-me amavelmente ao seu pescoço
Coloca este amor como adorno do coração
Satisfação sentirás, andarás nas nuvens
Só espera por mim para decolarmos juntos
Foi bom guardará nas lembranças
Para celebrarmos o novo que está por vir
E assim vamos juntando os momentos
Para construir uma vida a dois duradoura

Osvaldo Teles

quinta-feira, 17 de novembro de 2016

Pintei na tela

Seus contornos tem a maestria do artesão
Pintei na tela da minha mente o teu rosto
Pendurei na parede da minha alma
A Mona Lili formosura em traços de mulher
Aprazível aos olhos, afago para o coração conforto ao espírito, tranquilidade as emoções
Já entrastes e se a pousou em meu ser
Sabes que até então não tinha visto
Uma beleza tão singular, me fez te amar
Fez-me contemplar a face da perfeição
Uma admiração florescia em mim
Porque olhas assim, com esse jeito dengoso
Dai-me para beber o líquido que jorra
De seus lábios que me puseram a delirar
Fazendo-me delinear a sua imagem
Figura enobrecida com  a sutileza das linhas
Fazendo-me renascer certamente a vida
Encontrei-te nas minhas ilusões partidas
Beijar-te-ia o corpo inteiro, amante compulsivo
Quis habitar o vazio de sua existência
Para desfrutar de toda a sua beldade
Põe-me como o adorno em teu coração

Osvaldo Teles

quarta-feira, 16 de novembro de 2016

Perdi a razão

O vento vai esculpindo a sua silhueta
Não tenho pressa de te ultrapassar
Sigo cada passo seu observando
A descomunal escultura entalhada
Deixando a mostra a sua sensualidade
Fui seguindo o seu entorpecente aroma
Controlei a minha ansiedade
Esperei o momento certo para te ter
Não atropelei, aconteceu espontaneamente
Nas curvas do tempo nos beijamos
Vindo a mim os mais variados devaneios
Perdi a razão passei agir pelo coração
Já estava completamente apaixonado
Agora só queria andar lado a lado
Sentindo a sutileza das suas passadas
E a aprovação nas suas olhadas
Pedi a sua mão na intenção de possuir-la
Por inteira,chegamos ao altar deslumbrante
Parecia que descestes do pedestal
A única palavra fixa era o sim para vida toda
Em festa os anjos tocaram suas trombetas
Anunciando a criação de mais um pedaço
Do céu na terra, meu pequeno paraíso
Meu reinado de paz e amor com a rainha
Que foi instituído pelas leis divinas
Passastes a ser dona do meu pensar
Passei a conhecer a face da minha deusa
Transgredir os limites dos homens
Para encontrar em ti as normas do amor
Os meus sonhos passaram a dançar
Como as rosas livres enfeitando a alma

Osvaldo Teles

terça-feira, 15 de novembro de 2016

Meu corpo chama por ti

Gritante o meu corpo chama por ti
Os poros se descomprime fluindo
A melatonina, repouso tranquilo
Durmo o sono dos anjos
Com você velando o meu sono desporto
Traz-me a dose correta  do amor
Sussurro baixinho em teus ouvidos
O seu corpo responde os seus pêlos
Ficam todos arrepiados mamilos enrijecidos
Pego nos seus cabelos levo a minha face
Até a tua, colo o meu rosto com o teu
Vamos nas carícias nos excitando
Busco a tua língua como um baile
Elas se tocam, um queimor corre nas veias
Deixando todos os músculos em dormência
O ato vai ser consumado tirando toda tensão
Aos poucos o coração vai desacelerando
Encontrando o compasso, como música
Se encontra  o espaço harmônico
A nudez já faz parte do belo cenário
Nos conduzindo ao extraordinário prazer
Sobre a cama dois corpos exauridos
Estagnados ficam um sobre o outro
Amei com toda virilidade que possuo
Deixando-nos desfalecidos de tanto amor

Osvaldo Teles

Agora eu sei

Agora eu sei, deixa para lá
Só queria mesmo beijar a sua boca
Sentindo o ar quente saindo dela
Levou-me ao entorno do paraíso
Sustentai-me os meus desejos libidinosos
Abri-me o teu ser para que possa entrar
Deslizo sobre o teu corpo até achar
O portão que dá acesso a sua intimidade
Como ficar parado diante do feitiço
Que sai de ti, traiçoeira tira a venda
Deixa-me ver através de sua alma
Faz-me transitar pelo seu imaginário
Contemplando a bela obra de arte
Levanto voo, pairado  sobre ti
Espontaneamente me leva aos sonhos
Guardas contigo os devaneios noturnos
Como um lobo uivo olhando para a lua
Madrinha de um amor embriagador
Quando a madrugada vai morrendo
O dia vai nascendo produzindo
Momentos utópico de corpos extasiados
Que vão se aconchegado na proporção
Que o frio vai aumentando
Estamos à flor da pele, ainda trêmulo
O canto do galo no poleiro nos fazendo
Despertar de uma maravilhosa entrega
Acabei de encontrar o gerador de enleio
A bebida que sai dos seus lábios

Osvaldo Teles

Tranco-me

Tranco-me, fecho a escotilha
Fiz um mergulho no existencial
Não quis ficar na superfície
Cheguei na profundidade
Tudo me era muito estranho
Deparei-me com a dura realidade
Percebi a cada milha percorrida
Uma história de vida amarrada a tua
Fomos tapando os furos causados
Pelas turbulências das ondas
Deixamos ela nos levar, seguimos as marés
Fazemos, sentimos à influência das fases
Da lua, enchemos os nossos pulmões
De ar, emergimos buscamos um lugar
Seguro para aportarmos
Celebramos o regresso à terra firme
Ancoramos no porto das ilusões
Na plena certeza de ter chegado
Na ilha das fantasias onde
Sonhos e realidade se confundem
O querer e ter se aliam nos fazendo
Portadores do cedro do poder
A aliança foi forjada dá mais bela pérola
Encontrada na profundeza do oceano
A coroa cravejada com belos diamantes
Casamos os nossos melhores sonhos
Para forjarmos em nossa realidade

Osvaldo Teles

segunda-feira, 14 de novembro de 2016

Procuro no espelho

Procuro no espelho a sombra
Daquele que fui um dia
Ele é extremamente sincero
Não escondeu nenhum traço
Corri para o sexto das recordações
Vasculhei e encontrei as fotos
Que fizera a linha do tempo
Mostrando-me cada fase que vivi
Os olhos se fecham para uma análise
Fazendo uma retrospectiva da que foi vivido
Certamente veio a mente tudo que aprendi
Perante a testa as rugas desenhavam
As linhas da idade que avançava
Não olhei para fora, mergulhei na essência
Foi embora a resistência ficou a experiência
Amo incondicionalmente a minha vida
E as pessoas que fazem parte dela
Imagino-me colhendo os frutos do que plantei
Os sonhos que semeei vieram  a mim
Em forma de fantasia, fantástico sim
Foi tudo aquilo que eu compreendi
Hoje levo na leveza dos passos
O peso da velhice, já não sou o mesmo
Outrora andava com as passadas firmes
Fixo a vista e vejo tudo turvo
As mãos  já não tem a mesma firmeza
Muitas vezes o destino brincou comigo
Sempre levei-o muito a sério
Projetei me entregar  e ser intenso em tudo
O que o viver me proporcionar
Amando cada fase que a vida preparou
Nem sempre sai do jeito planejado
Mas o importante é que cheguei até aqui
Mais madura e pronto para encarar
O verdugo o tempo de cabeça erguida
O verdadeiro amor só encontramos
Um vez em nosso caminhar é por isso
Que não podemos perder nenhum
Milésimo de segundo  não há devolução
Daqueles que foram desperdiçados

Osvaldo Teles

sábado, 12 de novembro de 2016

Botei a máscara

Botei a máscara de palhaço sobre a face
Para esconder os traços de tristeza
Risos falseados saíram involuntários
As lágrimas borraram a pintura
Esperança, esperança é que impulsiona
Esperando descobrir quem eu sou
Seja o que Deus quiser, não me entrego
Às vezes fico como estivesse em uma ilha
Com a nau quebrada sem poder retornar
Um mar de angústia a me cercar
As cores me foram furtadas
Abri a janela do horizonte nada vi
A poesia que estava escrita se desfez
A trilha sonora que fazia dançar os sonhos
Perdeu o ritmo que embalava o romance
Vontade, vontade que tinha de lutar
Coloquei a armadura de puro aço
Virou isopor, a espada  ultrapassou
Ferir-me as dores chegaram, a alma sangra
O fracasso quiseras que eu o aceitasse
O meu espírito gladiador disse não
Armei-me com unhas e dentes
Inúmeras batalhas lutei contra o meu algoz
Algumas sair vitorioso outras fui nocauteado
Porém com a certeza que sair fortalecido

Osvaldo Teles

Pego-te no colo

Pego-te no colo te toco para dormir
As vibrações sonoras vão te levando
Meu pássaro interior solta as carretilhas
No canto harmônico dos corações
Lá no fundo deixa as tristezas
Aparente fica um sorriso pungente
Deixando aparente o contentamento
No entanto o espírito fica sorridente
Sagaz fico a te acariciar
Sacudindo-lhe levemente ouço
A sua respiração sai acelerada
O ar quente que vem de tua boca
Vejo a noite se esvaindo
A lua vai deixando o cenário
Depois de ser testemunha
Do nosso lindo  amar
E o céu me sorrir com um lindo dia
Na cama os corpos desvanecidos
Na pele os vínculos das unhas
Serviu-me alma de afeto
Na dose perfeita contra a dor
Levanto-me leve como as borboletas
Com a sensação de alívio no peito
Confortei-me em teus seios macios
Fui levado. Não sei para onde vou
Pagastes-me forte, preso fiquei
Alucinantes e embriagantes noites vivemos

Osvaldo Teles

quinta-feira, 10 de novembro de 2016

Anjo

Como um facho de luz
Você me apareceu radiante
Como um anjo celestial
Vi a divindade aportar no meu mundo
Fazendo o mundano provar o manjar
Degustado pelos deuses
Uma centelha virou chama ardente
O brilho dos seus olhos virou paixão
Pela íris entrar a vibração do seu olhar
Fazes do teu sorrir o enfeite
O carinhoso ser entra em cena
Aperta-me em teu peito sentirás o fervor
Da seiva da vida correndo nas veias
O anjo e o humano se confundem
Faze-te amada santa venerada
Tornando-te  mulher pronta para ser amada
Esqueci o meu lado santo e me conduz
Ao seu templo e vamos ao encontro
Do sacro sentimento chamado amor
Evoluir cheguei ao estágio de querubim
Juntos fizemos o nosso pequeno éden
Voei tecendo o manto da santa para cobrir
A sua face, escondendo a sua pureza
Que será entregue a mim no leito conjugal

Osvaldo Teles

Almejei chegar

Nasci de uma gota de prazer
O embrião se  tornou feto
O feto ganhou alma
A alma se transformou em vida
Em um espasmo de contração
Fui expulso do belo paraíso
Nos seios materno me alimentei
O mundo foi me apresentado
Sair da redoma para viver
Aqui fora era muito estranho
Temeroso tentei dar as primeiras passadas
Tropecei caí, levantei e prosseguir
O prefácio só estava começando
De um livro que veio em branco
Que foi  escrito com o decorrer dos dias
O inato começou a ser preenchido
Tive a família como escola,a vida faculdade
Cerquei-me de bons mestres
Principalmente o tempo que me deu
Os melhores ensinamentos,amadurecimento
Contraditório, não deixei o instinto me guiar
O conhecimento me fez quebrar paradigmas
Desalienei tudo que me prendiam, livre
Almejei chegar ao meu destino
Sei que encontrarei muitos empecilhos
Porém a vontade de vencer vai suplantá-lo

Osvaldo Teles

terça-feira, 8 de novembro de 2016

Açucena

O adeus foi substituído por um até logo
Deixei a terra árida para trás com saudades
De tudo que passei por lá, da bela açucena
A mais bela flor do meu sertão
Com o seu poder curativo
Atenuadora do sofrimento sertanejo
A bella donna brotou exuberante
Em meio a uma paisagem cinzenta
Resistente como o sertanejo
Nasci nos lugares mais improváveis
Majestosas bailam ao brilho do sol
Símbolo dos sentimentos humanos
Pode simbolizar a angústia ou tristeza
Causada pela perda dos entes queridos
Também pode significar altivez e elegância
A de cor branca está associada a pureza
Assim é a alma do homem do sertão pura
Com a sua fé vai lutando contra o tempo
Tirando da profundidade de suas entranhas
Toda gentileza para bater de frente
Com as maleficência que a seca lhe trás
Serenou viçoso o sertão se transformar
Ficando as suas raízes no seu solo
Como uma açucena cresce virtuoso

Osvaldo Teles

domingo, 6 de novembro de 2016

Que maravilha

Que maravilha é vislumbrar a luz do dia
Com os fios de cabelo sobre o peito
O suor misturado com a sua fragrância
O seu perfume impregnado nos lençóis
As marcas do seu batom nos meus lábios
A canção da noite passada ecoa nos ouvidos
Uma dormência vai me dominando
Sinto a sua presença me enchendo
De ternura, contaminada meu desejo
Permeando na alma as tuas carícias
Permanecendo puritano o  querer
Portanto penetro na sua intimidade
Inerente a minha vontade perco o comando
As ações são geridas pelos os instintos
Navego no seu mar, encontro o seu oceano
Na linha do horizonte, lá eu me perco
Pensando ter encontrado o infinito
Vou seguindo os balanço das ondas
Aos poucos vou desfalecendo em teus seios
Deixa eu pegar o leme das suas emoções
Não ficaremos à deriva  focaremos no sentir
Nos trará ao porto seguro, guiado pelo vento
Os braços como uma vela estarão abertos
Para receber a brisa que chega suave
Como os teus dedos tocando na minha pele
Amo estar contigo para poder versejar
Sobre este lindo encontro carnal: poesia
Se tornam os nossos sentimentos: paixão
Arde no meu peito queimando nas veias
Uma erupção a brotar de dentro para fora
Transbordando o sentir de um ser humano
Respiro aliviado quando te ouço sussurrar
Estou realizada com o teu amor
Toma-me de supetão  uma grande alegria
Por viver um sentimento tão intenso

Osvaldo Teles

sábado, 5 de novembro de 2016

Assim eu te vejo

Assim eu te vejo bela e faceira
Traz-me fascínio e admiração
Nasceu o mais forte dos sentimentos
Com toda intensidade que pode ter um alma
Calma não posso ter para estar contigo
Cada segundo que passa, me dou pressa
Não me importo com o que você faça
Cortaria os sete mares para chegar até ti
Quantas vidas eu tivesse você estaria
Presente em cada uma delas
Eu até sinto que vivenciamos juntos
Este grande amor em outras vidas
Fomos talhados um para outro
Não me preocupo com as diferenças
No final tudo se ajeita, entra nos eixos
É só deixar a compreensão tomar a rédea
Que os momentos difíceis são suplantados
Tudo ganha mais gosto para ser vivido
Saboreando as delícias que me trouxestes
Somos espírito dentro da carne pulsando vida
Neste conjunto eu e ela fazemos parte
Dos planos de Deus de fazer da família
Um pedaço do céu na terra

Osvaldo Teles

sexta-feira, 4 de novembro de 2016

Afabilidade

Desci como se estivesse pisando em plumas
Flutuava o teu corpo sobre o meu
Imponente dominava, ficava a disposição
As pulsações lentamente ganham ritmos
Loucamente perco a noção de tempo
Sou o teu amante minha linda mulher
Corro, agarro-te em meus braços!
Sentirás toda afabilidade e o doce
Aroma que vão sair do  contato das almas
Traz nos seus lábios um fio avermelhado
Fazendo-me sentir o gostoso pecado
Descanso em teus sonhos os meus devaneios
Desperteis todas as suas dúvidas
Confesso que não esperava toda a afeição
Que veio do seu maravilhoso sorriso
Vou buscando no vocabulário
A palavra correta descrever toda beleza
Que nasce do encontro dos olhares
Levanta-te depressa, vem até mim
Sinuosa tua pele roça na minha
Um queimor corre pelas veias
O sangue ferve parecendo brasa fumegante
Chamo o seu nome e você responde
Com a voz rouca do sono me chamando
De seu, envaidecido fico por admiração

Osvaldo Teles

As ideais vagueia

A cabeça está vazia, fico estático
As ideias vagueia desorientada vadeamos
Estou na prática do nadismo
Os meus pensamentos são abduzidos
Para o seu subterrâneo, subterfúgio da alma
Perdido nos confins do seu universo
Tento interpretar as constelações
No intuito de decifrar enigmática  rota
Que me leve até você
Arrasta-me do buraco negro
Transportando-me para vênus ou as três Marias
Nesta trajetória se faz presente vivo
Neste passeio pelo cosmo
Entra comigo no cometa Halley
Vamos cortar a via láctea de mãos dadas
Só preciso que me deixe entrar no jogo
De sedução, alucinadamente busco as estrelas
Deito-me na escuridão densa horripilante
O astro rei vai iluminado, fazendo o amanhã
Mais belo,luzes vai se espalhando sobre nós
Vamos fixar o olhar em nossas mundos
Construímos juntos o nosso espaço sideral
Levantamos voo em busca da paz celestial
Não tememos o que está por vir
Encontramos a harmonia tão desejada
Ao bater às nossas habeas asas: liberdade
Conquistamos ao soltarmos as limitações
O sopro do vento vai nos conduzindo
As sensações de bem estar e prazer
Cheguei a planetário do amor: feliz

Osvaldo Teles

quinta-feira, 3 de novembro de 2016

Amor verdadeiro

Sou orientado pela bússola do coração
Meu farol está lá fora aceso, o meu amor
Clamando pela a sua  presença
O vento sopra o seu perfume
Trazendo-o até a mim o seu cheiro
Lembranças de ti é despertada
Veloz chega a sua imagem divina
Removendo as indagações permanente
A fórmula química é elaborada
Com a substância essencial da vida: amor
Encontrando na sua simplicidade
A beleza esplendorosa do seu ser
Reacendendo a centelha perdida
Sonhos foram despertado do seu leito
Entrei em rota de colisão com os delírios
Fui conduzido ao palácio das realidades
Lá ela estava com toda serenidade
Acalmando-me do cheque com o real
Entendi que não posso sufocar um querer
Tenho que deixar o sentimento livre
Para me contagiar com seu lindo semblante
Que sugira impávido em minha frente
Irradiando toda a sua energia: força
Destes para me prosseguir a jornada
O amor assim é obra do ser celestial
Aonde eu for  levo comigo a sua presença
Que está encravada na minha memória
O seu aroma está impregnado nas entranhas
Só vejo ao entorno as coisas lindas
Vislumbrando uma partilha a dois
Cheia de muita cumplicidade e afeto
A isso chamo encontro do amor verdadeiro
E vamos nos amando com todos os percalços
Que encontraremos no decorrer da vida
Para ti deixei o melhor que há em mim
Querendo encontrar às benercias de ti

Osvaldo Teles

terça-feira, 1 de novembro de 2016

Quando te vi

Quando te vi nua muitas possibilidades
Passaram por minha imaginação, libidinoso
Passei a dançar nu em meus pensamentos
O prelúdio do amanhecer não me incomoda
A sua cabeça estava sobre o meu ombro
O som do piano entrava melodiosamente
Em nossos corpos, esqueci tudo lá fora
Só o que nos move é a paixão pulsante
Fugazes dos corpos plangentes se tocam
Sutil como uma gazela você se movimenta
A espreita eu fico diante da minha amada
Não tiro a atenção de sua nudez
Fico a observar cada linha do seu corpo
Seguro-me atento no seu lindo ser
Estamos completamente envolvidos
Porque já perdemos os sentidos
Levantar-me-ei ao som das trombetas
Anunciando o despertar do amor
Apartando-me da solidão que me atormentava
Assim que encontrei a dona da canção
Contemplei a face deslumbrante do anjo
Em seus olhos vi abrir a porta do céu
Onde foi parar os melhores pensar
Ah quem dera ter chegado ao seu coração
E conquistado a beleza da sua alma
Extasiados ficaremos ao bebermos
A bebida que escorre dos nossos lábios
Afinados vamos tocando a nossa história

Osvaldo Teles

Mulher forte

A saudade que hoje se reverte em prantos
É por aquela que me amou incondicionalmente
Mulher forte que com a sua simplicidade
Preparou-me para encarar os contratempos
Mulher de uma sabedoria inata
Não passou por nenhuma escola
Porém a vida lhe deu discernimento
Um instinto natural de proteção
Por onde eu andar vou levá-la no coração
Mãe palavra cheia de carinho
Emana do ser uma dose muito grande
De amor, ensinamentos me deixou
Para toda a minha vida
Na hora da partida ela me disse
Vá meu filho mas as portas
Estarão sempre abertas, a casa é sua
Até hoje sinto a sua presença me guiando
E sua intercessão diante do meu Deus
Quantas lembranças trago do seu amor
Para comigo minha santa mãezinha
Os seus conselhos me fizeram crescer
O seu chamado pelo Criador
Deixastes um vazio que jamais
Será preenchido, há dias
Que parece que falta um pedaço
Mainha é para sempre em minha vida
Sei que aonde esteja,estás olhando por mim

Osvaldo Teles