terça-feira, 22 de novembro de 2016

Noites longas

Noites longas e frias eu passei
Só queria Boêmia e aventura amorosa
Quantos salões percorri em busca de ti
Não conto quantas embriaguez
Tive que curar e às dores de cotovelo
Que Fizeram-me chorar, as desilusões
Que me foram impostas
Procurei muitas vezes nas aparências
O que estava escondido no interior
Vazia parecia-me a vida, sem sentido
Soltas eram as ideias vadias viajavam
Um passageiro errante à deriva
Fiquei à mercê dos ventos conduzindo-me
Os meus companheiros os sonhos
Quiseram abandonar-me à própria sorte
Sinais ficaram marcados no meu rosto
Quantas madrugadas vi dissipar
E o dia clarear diante de mim, chegastes
O que posso fazer se o seu amor
Veio preencher o espaço vazio
Trazendo alento, cedendo a dor
Redimensionado todo sentir para ti
Fazendo um novo ser renascer
Cada cruzada de olhar parecia-me
Que todo o meu conteúdo foi reposto
A seiva voltou a correr na árvore podre
Dando sequência ao ciclo da vida
Rebentos floridos brotaram alegrando-me
Já não trânsito só nos paralelos da existência

Osvaldo Teles

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