quarta-feira, 30 de setembro de 2020

Sem direção

Sem direção eram os meus passos

Aleatoriamente ia seguindo o rumo

Conforme a bússola que mostraria

A direção que deveria ser seguida


Deixei ser orientado pela impulsão

Visando chegar ao ponto de partida

Muito além vão minhas expectativas

Buscando os sentidos da existência


Dando motivação para a minha vida

Sendo levado pela força do destino

Ficando as muitas marcas no rosto

Usando as minhas fortes intuições


Para prosseguir nesta caminhada

Nada iria tirar meu foco da chegada

Tenho a certeza que vim ao mundo

Por acaso! Tudo tem o seu motivo


Vai depender de que ângulo se ver

O verdadeiro sentido do belo viver

No cansaço tinha o prazer do dever 

Da missão cumprida que me foi dada



Osvaldo Teles

Fico meio perdido

Fico meio perdido no meio da estrada

Paro para buscar a devida orientação

Quero encontrar o rumo a ser seguido

Mesmo que esteja muito desorientado


São tantas setas que causa confusão

Os muitos atalhos tentando confundir

Provocando as desordem nos projetos

Tirando atenção da minha caminhada


Chego por vezes a beira do precipício

No decorrer as distorções são muitas

Levando-me a caminho não planejado

Mas tinha um Deus que era meu guia


Por muitas vezes me carregou no colo

Livrando das armadilhas do perverso

Fazendo retomar ao caminho correto

Protegendo das malícias do ardiloso


Conduzindo por lugares maravilhosos

Prazeroso é caminharmos lado a lado

Nem parecia que estava caminhando

De tão leve que era a minha passada



Osvaldo Teles

terça-feira, 29 de setembro de 2020

Através da vidraça

Observo através da vidraça

A minha imagem não reflete

Vejo passando o transeunte

Andando com muita pressa


No ritmo do giro do ponteiros

Desvairados os olhos fixam

Vendo o que ocorre lá fora

Vejo o dia passar corriqueiro


No sossego do vento morno

Uma leve brisa me tocando

Arrepiado ficam meus pelos

Impressionado com a lindeza


Das paisagens que enfeitam

Este universo maravilhoso

As belíssimas cenas da rua

Emoldurada na minha janela

 

A ideia vagueia inconsistente

Viajando pela linha do tempo

Dispersa fica o pensamento

Meu egoísmo fica aqui dentro


Osvaldo Teles



Voltar ao tempo de outrora

Quem dera voltar ao tempo de outrora

As lembranças acordavam a memória

Reviveria o que de bom me aconteceu

Trazia de volta remanência da criança


Os meus banhos na fonte das cabeças

As minhas pescarias no Rio Paraguaçu

Os primeiros raios do sol me levantava

O beiju com café era o alimento matinal


Ia logo para janela vê-lo atrás da serra

O esplendor os meus olhos observava

As suas luzes sobre gotas do orvalho

Era esplêndido ver a beleza e a magia


A vida besta devagar ela ia passando 

Seguindo a vagareza da sua cadência

Na praça Castro Alves via a madrugada

Transformando-se em um belíssimo dia


A noite lhe dizendo que ela foi pequena

Para tantos sonhos que foram sonhado

Dando a substância para voar mais alto

Lá de cima ver a maravilha de uma vida


Osvaldo Teles



Era ainda alvorada

Era ainda alvorada quando me levantei

Tinha ainda o resquício da noite escura

Como se fosse uma grande penumbra

O céu está pintado de cor avermelhada


A fria neblina deixava o tempo nublado

Ficando um clima no ar de tenebroso

Parecia  um conto de fadas e duendes

Por um clima dos mistérios era tomado


A fragrância das damas da noite exala

Os seus cheiros iam me deixando ébrio

O suave aroma me deixando inebriado

As gotas do orvalho deixa aromatizado


Com sua fragrância suave e adocicada

Aos poucos vou sentindo seus efeitos

Sinto as brumas tocando no meu rosto

Parecendo as carícias das mãos fadas


Era refrescante para uma alma inquieta

Levando-me ao meu mundo imaginário

Completo de uma fonte de inspirações

Fazendo adentrar num planeta ilusório


Osvaldo Teles



segunda-feira, 28 de setembro de 2020

Canarinho

Canto como um canarinho

Livremente em seu habitat  

No galho vou sassaricando

Pulando de galho em galho 


Voo livre entre as paragens

Quero apenas beijar a flor

Absorvendo o seu néctar

Gozando a minha liberdade


Soltando a carretilha afinada

Feliz da vida com a cantoria

Vou chamando os demais 

Para a harmônica sinfonia


Canta o sabiá e o colarinho

Cantam também os cardeais

Os cutelinhos vão bailando

Indo aos tons da sua melodia


Pairando sobre um vale verde

Envolvido-me na brisa amena

Sinto a liberdade me guiando

Pego carona na sua corrente 


Osvaldo Teles



Tempo de Deus

Desliguei a chave de partida

Espero a hora certa para partir

Não vou entrar em desespero

Vai acontecer no momento certo


Vou esperar o tempo de Deus

O tempo dele não é o meu

Fiquei com o pensar distante

Bem distante do que me cerca


Estacionei a margem da estrada

Observo tudo ao meu em torno

Olhei para trás estou bem longe

Do ponto das minhas origens


Querendo achar o meu ponto

Que farei meu pouso tranquilo

Com a certeza do deve comprido

Deixei tudo seguiram seu curso


Só queria minha paz de espírito

Fui buscando a minha felicidade

Fui suplantando os meus limites

Na certeza que ela está comigo


Osvaldo Teles



Coloquei uma redoma

Tentando me prevenir fiz de tudo

Coloquei uma redoma sobre mim

Como proteção das perversidades

De uma sociedade cheia hipócrita


Sendo totalmente preconceituosa

Nem lembra que tem teto de vidro

Usa todas maneiras para denegrir

A maldade deixa marca profunda


Causadora de danos irreparáveis

Ficam cicatrizes por uma vida toda

Não tinha medo das adversidades

Das catástrofes podia me reerguer


Reconstruir todas coisas materiais 

Que foram totalmente destruídas

Mesmo que uma pouco fragilizado

Pois as marcas só ficam no corpo


Dor pior é a que é cravada n'alma

É capaz de levar até a uma loucura

Para as dores corpo tem remédio 

Para as da alma nem o tempo cura



Osvaldo Teles

domingo, 27 de setembro de 2020

Um gladiador

Lutei como um gladiador

Não me entreguei jamais

Levanto depois da queda

Muito mais forte que antes


Mesmo sentido as dores

Não me curvo ao inimigo

A cada paulada recebida

Doía mas eu prosseguia


Sem temer as armadilhas

Que para mim é armada

Minha armadura era a fé

A coragem me motivava


A arma era a esperança

Impulsionava a continuar

Sobreviver é a motivação

Fortalecia a cada batalha


Tinha Deus como escudo

Ele ao meu lado não temia

A sua espada me protegia

Fazendo-me um vencedor



Osvaldo Teles

Olhar no espelho

Como me olhar no espelho

Ele não reflete quem eu era

Mostra o que me transformei

Vejo somente as suas marcas


Que o tempo se encarregou

De esculpir em minha face

Os traços não são o mesmo

Os passos vão ficando lento


A testa está cheia de rugas

As mudanças estão no corpo

No movimento que reproduz

Olhando não me reconheço


O menino cresci rapidamente

Fugaz foi o amadurecimento

Porém a essência continua

A mesma da minha infância


O ser criança está muito vivo

Alimentando-me com a ilusão

Trazendo muitas inspirações

Deixando a alma muito jovem



Osvaldo Teles

Perfeição

Belezura traz em suas linhas faciais

Nos seus traçados perfeição divinal

Deixando meus nervos à flor da pele

O encantamento em forma angelical


A mulher presa no corpo de menina

Fazendo o sangue queimar nas veias

Levando-me perder todos os sentidos

Faz-me viver em um mundo surreal


A loucura toma conta dos momentos

Solidificando o sentimento abstrato

Meu amor vai se tornando palpável

Uma atmosfera de magia me domina


Neste instante não sei onde estou

Sou transportado a outra dimensão

Não sou mais dono dos meus atos

Minha cabeça vai ao espaço sideral


Quando toco avidamente no seu ser

Vai retirando o meu equilíbrio mental

Acelerado ficam os meus batimentos

De tanta emoção que em me causa


Osvaldo Teles




sábado, 26 de setembro de 2020

Meu mundinho

Estava quieto no meu cantinho

Preso aos meus pensamentos

Meu mundinho já é o bastante

Acordar com festa da natureza


Resplandecía o sol abrasador

Batendo no orvalho perfumava

Era minha fragrância preferida

Vivia a minha vidinha simplória


Grandeza que havia era a alma

O bucolismo é o que me atraía

A simplicidade era o meu estilo 

Cantar dos pássaros é melodia


Contagiando meu puro espírito 

Um sacalavão do destino levei

Inesperadamente me modificou

O amor bate forte no meu peito


Ávido ele me consumia inteiro

Quebrando todos os conceitos

O puritano se tornou libidinoso

Fez do amor o encontro carnal


Osvaldo Teles



Personificação do amor

Eis aqui a personificação do amor

Na forma de uma belíssima mulher

Seu semblante é de uma olimpiana

Perfeição é o que trás sua imagem


Seus traços definidos são perfeitos

Com a sua fórmula secreta de amar

Vas me envolvendo nas suas teias

Capaz de apaziguar o meu coração


Provoca em mim tenças sensações

Desenha na face a plena felicidade

Em sua pele traz o reflexo da noite

E os segredos que o escuro guarda


O olhar vem carregado de sedução

Causa desordem aos pensamentos

Entrego-me sem alguma cerimônia

Meu pudor deixo da porta para fora


Vamos criando o clima de romance

Criando no quarto um ar fantasioso

Materializando-se a personificação

O clímax erótico é criado na mente


Osvaldo Teles



Duas forcas opostas

Éramos crias do universo longínquo

Nem sabíamos da existência do outro

O universo conspirou ao nosso favor

Tudo estava devidamente traçados


Foi pelas linhas do verdadeiro amor

Falta apenas o acaso nos apresentar

Em qualquer ponto do nosso mundo

Nossos caminhos iriam se cruzarem


Como pedras angulares nos batemos

Fagulhas saíram por todos os lados

Os corações estavam empedernidos

Duas forças opostas foram atraídas


Pelo magnetismo fomos aprisionados

Uniu os seres que estavam distantes

Tornamos-nos carne da mesma carne

Comunhão perfeita entre seus corpos


Fazendo do amor as suas motivações

As nossas palavras saindo adocicadas

Iam adocicando as amarguras contidas

As almas sentiriam os benéficos efeitos



Osvaldo Teles

sexta-feira, 25 de setembro de 2020

Caminho colorido

Entrei no caminho colorido do amor

De mãos dadas com minha amada

Que o divino devidamente o traçou

O sagrado sentimento nos unindo


Nos colocou lado a lada a caminhar

Fomos sentindo as suas benesses

A leveza da caminhada feita a dois

Iríamos sentir a cada passada dada


O verdadeiro sentido da existência

Vamos comungando mesma busca

Tudo em torno ganha ar de paraíso

Passeamos pelos canteiros da vida


Fizemos ali a nossa eterna morada

Sentíamos os perfumes das flores

Que foram nos invadindo pelo nariz

Encantavam-nos com a sua beleza


Estonteante a belíssima nos deixou

Nossas fantasias fizeram presentes

No belo cotidiano das nossas vidas

O nosso coração se torna santuário



Osvaldo Teles

quinta-feira, 24 de setembro de 2020

Sua ternura

Quando tu envolve-me nos braços

Sinto-me como estivesse no éden

A sua ternura vai me contagiando

Pelo bucolismo vou ser envolvido


O ser ganha leveza e sai flutuando

Vai voando livremente pelo espaço

Esqueço as batidas dos ponteiros

Não importo com os seus avanços


Tenho sobre meu leito a bela fêmea

Tudo para mesmo dentro do quarto

Deixo o passado preso no passado

Entrego corpo e alma ao momento


Vivo apenas o momento presente

Sua presença traz contentamento

A mente já congela neste instante

O ambiente toma ar de Primavera


Recebo os seus fluídos exalados

Seu aroma me deixando inebriado

O coração como uma flor se abre

Para receber toda a sua essência


Osvaldo Teles



Vou pisando fundo

Dou a partida em alta velocidade

Vou pisando fundo no acelerador 

Chego a ultrapassar 120 km hora

Só aliviando nas curvas sinuosos


Nem pelo retrovisor sigo olhando

Corro disparado nas linhas retas

Esquecerei de passar marcha ré  

Foco no que estás por acontecer


Seguindo deixando tudo para trás 

Mas algumas já estão na memória

Para não lembrar os que ficaram

Ficam comigo minhas lembranças


Não vai valer apenas levar dores

Porém não haverá como apagará

Tem estradas que não me levará

A lugar nenhum me deixa perdido


Meio a uma grande encruzilhada

Sem saber para que lado seguir

Mesmo assim só olho para frente

Seguindo minha longa caminhada


Osvaldo Teles



Perco a noção

Quando lhe vejo perco a noção

Parece até que estou delirando

Descompassado meu coração

Bate forte dentro do meu peito


Estando perante sua formosura

Chegando a beirar a perfeição

Causa em mim grande fascínio

Fascinante era poder lhe tocar


Tocando o seu rosto angelical

A verdadeira expressão divinal

Foi criada no sopro do sagrado

Trazendo consigo sua simetria


Com suas linhas bem definidas

Foi forjada pelas forças do amor

Uma mulher em traço de deusa

A belíssima me foi apresentada


Pude contemplar sua bela face

Estou vendo a santa santidade

Um santuário para ela preparei

Fazendo meu coração de nicho


Osvaldo Teles



quarta-feira, 23 de setembro de 2020

Decanto

Decanto as minhas mágoas

Em forma de lindas poesias

Sei a inspiração não é minha

Vem pronta do fundo d'alma


Vou cantarolando a melodia

Composta na minha solidão

Onde encontrei a inspiração

Harmonizada com o exterior


As passadas seguem o ritmo

Conforme estado de espírito

Escreverei o que a alma dita

Aliviando as minhas aflições


Sentindo a sua tranquilidade

Devolvendo paz ao coração

O mundo se torna o paraíso

Ficando a estadia um lirismo


Dando colorido os meus dias

Sou um simples instrumento

Sinalizando a sua grandiosa

Benevolência assim comigo


Osvaldo Teles



terça-feira, 22 de setembro de 2020

Guiado pelo imaginário

Dando corda a minha imaginação

Para ela fazer a viagem livremente

Consciente do rumo a ser seguido

Eu estou no controle do meu timão


Vou sendo guiado pelo imaginário

Em direção ao planeta dos sonhos

Levarei comigo as minhas fantasias

Peguei carona na cauda do cometa


Fui seguido pela minha estrela guia

Pretendia chegar ao espaço sideral 

Como um foguete cortei a via láctea

Em um pestanejar já estava voando


Igual pássaro desviando das nuvens

Formando um bailado sincronizado

Fui a procura do elo que foi perdido

Preenchendo as lacunas existentes


Viaja com se fosse o túnel do tempo

Retrocedendo a minha face puerícia

Marcante foi a experiência adquirida

No decorrer desta belíssima viagem



Osvaldo Teles

Quero o aconchego

Quero o aconchego do teu colo

O confronto dos braços macios

Repousar sobre ele meu crânio

Exaurido pelo cansaço dos dias


Corroído por sua inconsistência

Aprofundam-se na minha mente

Busca a ternura em suas mãos

Encontrar em ti a benevolência


Sentindo fluidez do meu sangue

Expandindo-se em minhas veias

Os dedos vão acariciar a cabeça

Abraçar e sentir sua tenacidade


Relaxando com as seus carícias

Desfalecido vou ficar aos poucos

O misto de prazer me confundem

Sinto a fadiga morrendo no corpo


Uma leveza toma conta da carne

O amor vai entrando no coração

Sentimento adormecido desperta

Vou distorcendo minha realidade



Osvaldo Teles

Aqui estou

Aqui estou pensativo em silêncio 

A voz emudecida e sem palavras

Liberei o meu mundo imaginário

Trouxe o ilusório para aqui dentro


Ocupando o meu espaço vazio

Contemplando sua beleza ímpar

Vi ali a mais bela filha do Olimpo

Mais me parecia a bela divindade


Transvestida numa figura humana

Deixando amostra a sensualidade

Seus contornos beira a perfeição

Os olhos viajando pelo seu corpo


Perversão assume o pensamento

Pervertido vou buscar os lábios

Por vezes se perdem nas curvas

Há perfeição em seus contornos


Teus traços faciais são angelicais

Seu olhar vinha carregado de luz

Incandescendo em meu coração

Quando dou por mim já sou seu



Osvaldo Teles

segunda-feira, 21 de setembro de 2020

Estou apaixonado

Estou apaixonado completamente 

Nada acontece na vida por acaso

Ao me deparar com tanta beleza

Brilhantes ficaram os meus olhos


O grande encantamento causou

Como a linda flor desabrochando

Florindo o meu distante caminho

Belíssimas ficaram suas margens


A Primavera de mim se apropriou

Fui absorvendo suas fragrâncias

Enchendo o meu ser de carinho

Espalhando por todo meu corpo


Dá o seu riso com sua aceitação

Abre caminho para nos amarmos

Sentirás toda força do meu amor

Aumentando a batida do coração


Vai deixando as pernas bambas

As palavras trêmulas de emoção

Elas vão saindo descompassadas

Querendo chegar aos seus ouvidos



Osvaldo Teles

domingo, 20 de setembro de 2020

Corto a caatinga

Corto a caatinga no meu cavalo

Com agilidade de uma ventania

Indo atrás do boi que se perdeu

Dentro da mata fechado adentrei


No sertão adentro fiquei perdido

Ia dando dribles nos mandakarus

Com seus espinhos pontiagudos

Touceira de jurema me esperava


O meu gibão é a minha proteção

Protegendo-me de seus espinhos

Ao meu lado a solidão galopava

O tocador de boiada seguia a sina


Tocava a boiada e minhas mágoas

A cantiga de vaqueiro ia cantando

No badogue derrubava as pombas

A sombra do ingazeiro descansava


No trago da pacaya as ideias viajam

Um punhado de farinha e rapadura

Jogava na boca para matar a fome

Na cabeça tomava uns goles d'água



Osvaldo Teles

As lapeadas

Ainda tenho no meu lombo

Os vínculos que a vida fez

As lapeadas que me deu

Ficaram gravadas comigo


Muitos me servem de lições

Que aprendi a duras pena

Lutar se fazia necessário

Com o meu animal interior


Nem sempre seria vitorioso

Da batalha que foi travada

Quis sair ileso das batalhas

Que travei comigo mesmo


A cicatrize ficaria marcada

Pelos caminhos que andei

Choraminguei minhas dores

Convertendo-se em lágrimas


Ah! Direi no final nada foi fácil 

Porém cheguei aos trancos

O mais importante é chegar

Recebendo o troféu da vitória


Osvaldo Teles



sábado, 19 de setembro de 2020

Minha razão

Sigo os ditames da minha razão

Ela será a orientadora das ações

Deixo a consciência me conduzir

Nos corredores da irracionalidade


Sendo interligado pela insensatez 

A loucura toma conta da memória

Ditando os métodos da incoerência

Apenas um louco em meu mundo


Para me proteger das desilusões

Fixo as ideias em minhas verdades

Nem sempre compatíveis às suas

Às vezes o amor quer ditar regras


Fazendo de mim o seu hospedeiro

Guiando pelo labirinto da fantasia

Perco o contacto com a realidade

Fico louco dentro destes mistérios


Quando escuto a voz do  coração

As rédeas vão fugindo das mãos

Vulnerável vou ficar com meu sim

Mais maluco ainda com o seu não


Osvaldo Teles



Respira fundo

Relaxa e se entrega por completo

Respira fundo quando me recebe

Sentirá a delicadeza nas carícias

A sensibilidade ficando aflorada


Esquecendo até de mim mesmo

Quando o prazer permeia o corpo

A alma vai abstraindo seus efeitos

Fecha os meus olhos para sentir


Descodificando os teus segredos

A porta secreta foi escancarada

Adentrei em ti sem pedir  licença

Ficando despida de seus pudores


Desvendo seus pontos sensíveis

Os toques lhe traz pura sensação

Agregando ao beijo uma quentura

Desencadeia uma onda de prazer


Condensando o sangue nas veias

Os músculos ficando descontraído

Uma corrente elétrica dá descarga

Fazendo minha carne toda tremer


Osvaldo Teles



sexta-feira, 18 de setembro de 2020

O grito

O grito está abafado na garganta

Prestes a excludir de uma vez só 

Vas impactando meu mau humor

Voz trêmula vai saindo vagarosa


Mostrando como o ser se sente

Deixando a respiração ofegante

A aparência é de um morto vivo

Caminhando pela vida sem sentir


O encanto dos olhos foi ofuscado

Minha porção líquida fica pingado

Vai caindo em forma de lágrimas

Na verdade queria a sua proteção


Dando guarida às minhas lamúrias

Estando envolto nos seus abraços

Envolvido em seus suaves toques 

Acalmando todas minhas tensões


Ficaria sempre em sua presença

Expulsando a solidão do coração

Devolvendo os sorrisos aos lábios

Ficaria muito tranquilo ao seu lado


Osvaldo Teles



A vida em júbilo

Quando as pestanas se abrem

É sinal que a vida já despertou

O céu azul mostrando seu brilho

O espetáculo cotidiano continua


No cenário perfeito da natureza

Vem aos ouvidos a sua melodia

Flores e orvalho soltam o aroma

No clima ameno do amanhecer


Vai soprando as suaves brumas

Suavemente acaricia a sua face

Acordam os filhos da mãe terra

Contemplando a mãe majestosa


A leve brisa vai soprando suave

Beijando as árvores frondosas

Levemente elas vão dançando

Dançam aos sopros dos ventos


Balançam-se em sua sincronia

Ritmado pelo som dos pássaros

No tom harmônico do compasso 

A vida em júbilo vai renascendo


Osvaldo Teles



quinta-feira, 17 de setembro de 2020

Mundo de meus Deus

Dei os primeiros passos segui

Rumo ao mundo de meu Deus

O paraíso feito por suas mãos

Vendo a grandeza de sua obra


Uma vastidão a ser explorada

Nos canteiros flores a enfeitar

Terra e mar a ser conquistado

Espaço sideral a ser admirado


Eu homem faço parte da criação

Fui agraciado com seu belo dom

Viver na sua generosa proteção

Bem dizendo seu nome todo dia


Pretendia explorar cada canto

Maravilhado fico com o tamanho

Encher a alma com tanta beleza

Voando livremente pelo planeta


Vejo do alto as suas maravilhas

Aprecio as belíssimas paisagens

Imaginei que tinha visto de tudo

Engano muitas coisas para se ver


Osvaldo Teles



Isolei-me

Isolei-me dentro de mim mesmo

Aprisionando ao meu existencial

Vazio o meu peito se encontrava

Querendo encontrar a paz interior


Vejo-me dentro do inferno astral

Causando a confusão na cabeça

Solitário não estou contemplativo

Quero a religação com o exterior


Procurando o elo que foi partido

Deparei com o meu ser homem

Mergulhando na porção humana

Refletindo minha partícula Divina


Busquei em mim o complemento

Minha outra parte que me faltava

O mundano me provoca fascínio

Colocando-me as suas benesses 


Mas as tentações se multiplicam

Querem me atrair para armadilha

Prendendo a ti pelo anel do amor

Como se fosse um parte do outro


Osvaldo Teles



quarta-feira, 16 de setembro de 2020

Trabalhei arduamente

Levantava ainda no alvorecer

Bem na alvorada estava de pé

Trabalhei arduamente sol a sol

Nada iria me fazer esmorecer


Ele ia castigando o meu lombo

Ao final de dia sentia os efeitos

Deixando o meu corpo exaurido

Consumia toda a minha energia


Com as mãos cheia de colóides

Igual burro de carga trabalhava

Para ter o alimento de cada dia

Não desanimei nem um minuto


A esperança me fazia continuar

No propósito de ter as benesses

Era foco constante nos objetivos

Queria apenas colher os frutos


Do meu árduo e afinco trabalho 

Não há nada mais compensador

Sentia-me como um vencedor

Com as conquistas conseguidas


Osvaldo Teles



Co.co.ri.có

Co.co.ri.có é o galo cantando

O dia que está amanhecendo

A colina aparecendo imponente

Raiando como os raios solares


Iluminando a escuridão noturna

Vou acordando com a beleza

Esplendorosa da vida pulsando

Com o frescor da suave brisa 


Resquícios das damas da noite

Ficam impregnados no espaço

Acariciando a vasta vegetação

O sol vai quebrando a neblina


Vai dispersando a densa garoa 

E a friagem da madrugada fria

O corre corre acaba a calmaria

O aroma do orvalho se dispensa


Respirando o ar puro da alvorada

Ouvindo a cantoria da passarada

A sonora sinfonia é orquestrada

Apaziguando a correria dos dias


Osvaldo Teles



terça-feira, 15 de setembro de 2020

Diante do espelho

Estou diante do espelho 

Perplexo com o que vejo

Foram tantas mudanças

Ocorridas pelo percurso


Às vezes não reconheço

A imagem que ele reflete

Vendo as rugas na testa

As que o tempo esculpiu


Observo a transformação

Que ficaram desenhadas 

Mostrando os seus efeitos

O relógio biológico marca 


A cronologia da existência

Os braços não tem a força

Que em outrora eles tinha

A velocidade das pernas


Já não é mesmo de antes

Não sou o mesmo do início

O amadurecimento carrego

Em meus cabelos brancos


Osvaldo Teles



Essência do menino

Nasci neste mundo perverso

Muitas vezes tira veracidade

Dos sonhos e da imaginação

Escancarando a adversidade


Expondo a minha fragilidade

Entretanto não vou entregar

Os pontos por qualquer motivo

Nem vou me dar por vencido


Vou quebrando meus limites

Sobrepõe todos os obstáculos

Mas de boa não me entrego

Luto para me manter genuíno


Mantendo o mesmo propósito

Levar intrinsecamente comigo

A mesma essência do menino

Alma de poeta me faz sonhar


Alimentando minhas fantasias

Deixando o meu espírito jovial

O envelhecimento é aparente

O tempo deixa os seus traços


Osvaldo Teles



segunda-feira, 14 de setembro de 2020

Tudo azul

Tudo azul no céu de brigadeiro

Na alvura das brancas nuvens

Perdendo a visão no horizonte

Alucinações vai me causando


Quando a chuva molha o solo

O esplêndido ciclo vai começar

A vida pulsando no cio da terra

Como uma flor desabrochando


Um multicolor assume o planeta

Com todo o esplendor do amor

Pela terra pétalas a lhe enfeitar

Com seus perfumes a perfumar


Nos jardins floresce a Primavera

O mundo fica lindo com a flores

Ela surge com a sua magnitude

Aromatizando todo o ambiente


Envolvendo assim os amantes

Os corações vão se apaixonar

Atraídos neste clima romântico

O lirismo toma conta da mente


Osvaldo Teles



Não tenho vergonha

Não tenho nenhuma vergonha 

De deixar as lágrimas rolarem

Copiosamente elas vão caindo

Para minha alma ficar aliviada


Dando leveza para meu corpo

Trazendo a paz para o espírito

Nem de expor minhas tristezas

As fraquezas ficaram expostos


Demonstram minha pequenez

Perante o grandioso Criador

As mágoas vão cair em gotas

Vertendo as dores veementes


Escorrendo molhando a face

Meus medos estão aparentes

No olhares estarão expressos

Os fantasmas me acompanha


Sendo a minha eterna sombra

Seguindo-me por onde eu for

Não dando espaço para driblar

Encurralando a cada esquina


Osvaldo Teles



domingo, 13 de setembro de 2020

Vas me tocando

Abraça com a força do teu corpo

Beija-me com toda a sua ternura

Sorrateiramente vas me tocando

Passeia tua mão em minha pele


Começando um ritual envolvente

Abrindo os canais para o prazer

Deixa os pelos todos arrepiados

Faz com que a fórmula do amor


Flua límpida na minha entranha

Trazendo a tona a bela emoção

Tirando o sentido leva a loucura

Só vou sentindo as suas carícias


Causa em mim puras sensações

Os seus dedos correm no cabelo

Liberando pelos poros adrenalina

No movimento cheguei ao êxtase


Deixando todo o ser anestesiado

Converge os meus pensamentos 

Alinhando meu querer com o teu

Transformando as magnificências


Osvaldo Teles



Celebrei

Celebrei a grande festa do amor

A cada canto do quarto uma flor

Sobre a cama uma obra de arte

Será esculpida em minhas mãos


Despindo todas a suas fantasias

O pudor ficou da porta para fora

Em seus feitiços me envolvendo

Faz esquecer o que nos rodeia


Transportando ao mundo ilusório

No criado mudo um champanhe

Devidamente gelado te aguarda

Brindaremos a união dos corpos


Causando em mim a embriaguez

Jubilosos eles se tocando suave

Provocando enorme alucinações

Ofuscando a lucidez do cérebro


Assumindo um estado de loucura

Vai desencadeando libertinagem

A perversão toma conta dos atos

O libido é reacendido a cada beijo



Osvaldo Teles

Vasculho

Vasculho as minhas lembranças

Fui na profundidade da existência

Saudoso retorno para meu interior

Para encontrar o sossego desejado


Procurando as histórias escritas

Fui compondo de risos e lágrimas

No decorrer da longa caminhada

Das aventuras e as desventuras


Trazendo-me muitos aprendizados

Composta por vezes de felicidade

Minhas lamúrias ficaram abafadas

As lágrimas escorreram torrenciais


Não há como desfazer as marcas

Que no coração foram cravadas

Tudo compõe a minha trajetória

Ia seguindo a sinopse do enredo


Encontro-me numa encruzilhada

Lá estava registrado a presença

De todas experiências adquiridas

Guardada no meu subconsciente


Osvaldo Teles



sexta-feira, 11 de setembro de 2020

Mundo existencial

Perdendo minhas horas de sono

No badalar do pêndulo do relógio

Via literalmente o tempo parado

Só eu e o silêncio do meu quarto


Às vezes a solidão ocupa o espaço

Os pensamentos largava a cabeça

Deixava apenas uma massa inerte

Olhos esbugalhados olhando o teto


O espírito vagava fora do seu eixo

Abandonado meu corpo ele viajava

As constelações eram o seu pouso

Depois de viajar pelo espaço sideral


Entre meu interior e meu exterior

Tentei religar meus dois mundos

Existia a lacuna a ser preenchida

Tentando ouvir minha consciência


Preso em meu mundo existencial

Algumas gotas a alma deixou rolar

Querendo meu ponto motivacional

Para dá adeus a mesmice da noite


Osvaldo Teles



A beleza da noite

A luz do dia vai apagando

O astro rei vai descansar

Olho e vejo o turvo do céu

A noite que está apontando


Com todo o encantamento

Lá tem os pingos brilhando

Penetrantes são seus raios

Deixam os olhos brilhantes


Tapete de estrelas se forma

Compondo um belo cenário

A beleza da noite chegando   

As almas ficam embriagadas


Minha cabeça se transforma

Hormônio do amor vai liberar

A mágica do amor despertou

Preenchendo no peito o vazio


Os apaixonados vão se amar

Debaixo de um céu estrelado

Vas lhes levando aos delírios

Deixado os corpos extasiados



Osvaldo Teles

quinta-feira, 10 de setembro de 2020

Sobre a cama dois corpos

Quando a madrugada se declinou

Sobre a cama dois corpos suados

Na penumbra dava para ver a face

Vislumbro a Li mais pura expressão 


Que expressava todo o seu desejo

Fui consumido pelos quentes beijos 

Seus desejos tinham sido saciados

Depois das suas entregas intensas


Misturamos nosso desejo e paixão

Ia exalando nossa fórmula do amor

Sentindo os efeitos de seus toques

A lerdeza ficaram nos movimentos


Como estivéssemos anestesiados

Paradoxalmente as mentes parou

O cantar do galo quebra o silêncio

Os raios solares mostrando a cara


Fazendo levantar do leito celestial

A amada despertava ao meu lado

Em seu semblante sua satisfação

Fazendo me sentir homem amado



Osvaldo Teles

A noite está chegando

A noite está chegando serena

A garoa vai deixar as marcas

Trazendo consigo toda magia

Enfeitiçando nossos corações 


Venho com mãos para o alto 

Vamos sentir os seus efeitos

Ficando na pela suas marcas

Do feitiço que tem nos olhares


Gotas de orvalhos na cabeça

Deixando os pelos arrepiados

As damas vão deixando no ar

Os seus inebriantes perfumes


Que vão exalando seu cheiro

Doce e suave é a fragrância

Vou sentindo o suave aroma

Pelas narinas entra essência


Embriaguez causa nas ideias

Causando em mim insensatez

Quebrando do corpo a inércia

As necessidades me faz viajar


Osvaldo Teles



quarta-feira, 9 de setembro de 2020

Obrigado meu destino

Fomos apresentados por acaso

Obrigado meu destino por botar

Em meu caminho este lindo ser

Ao céu o pensamento foi levado


Mudou a compulsão do amante

Dando sentido a uma existência

Paz trouxestes para um coração

Acalma minhas inconsistências


Alinhando nossos sentimentos

Contida na profundeza na alma

Revelando-me a face da divina 

Na figura da lindíssima mulher


Uma boneca diante dos olhos

Parecia uma flor a desabrochar

De tão formoso que é seu rosto

Vi a beleza das deusas bem ali


O meu jardim fizestes florescer

Um campo vasto para percorrer

Com mãos dadas com a amada

Passeando no encantado mundo


Osvaldo Teles



Com sutileza

Toco-te como se dedilha um violão

Com sutileza aperto entre os dedos

Deslizando os dedos na suavidade

Sinto a vibração que vem do interior


Trazendo toda a sua harmonização

Cadenciando os nossos movimentos

Dançam na maciez de sua pele nua

Quando está coladinha com a minha


Todos os pelos vão ficar arrepiados

Buscando em cada toque harmonia

Na delicadeza vão saindo emoções

Como música os gemidos surgiram


Dando tom harmônico do momento

É quebrado o silêncio do ambiente

Todos os sentimentos se encontram

Suavemente nos tocando o coração


Com a leveza das andorinhas danço

Sutilmente aumentando a respiração

O fluxo sanguíneo aumenta pulsação

O amor e a paixão vão se confundir


Osvaldo Teles



terça-feira, 8 de setembro de 2020

As pernas não respondem

As pernas não respondem o comando

Bambas elas estão de tanto cansaço

Aleatório os pensamentos vagueiam

Vagueando por um espesso labirinto 


Loucos para deparar com sua saída

A fadiga já me tomou completamente

Extraviando a saga de um vencedor

As forças ficaram perdidas no caminho


As ideias vão ficando enlouquecidas

Cada quilômetro me parecia mil léguas

O final da estrada ia ficando mais longe

Esmorecendo-me a cada tropeço dado


Se pudesse ficaria lá mesmo sentado

Esperando o sopro dos ventos fortes

As pernas parecem que tem tonelada

De tão difíceis que eram as passadas


Vou perdendo meu sentido de direção

Vendo a frente uma imagem distorcida

Crendo que tudo vai dá certo no final

É só colocar nas mãos do grande Deus


Osvaldo Teles



Uma novela

Tentei fazer da vida uma novela

O amor compunha todas cenas

As picantes se faziam necessárias

As palavras fluíam suavemente


Onde o romance seria reinante

Contracenando com a bela atriz

Saída de um verdadeiro conto 

Criada pela inspiração do poeta


Trazendo consigo a sua simetria

Baladas românticas embalavam

A bela cena dos beijos trocados

A protagonista era minha amada


Enfeitando o belíssimo cenário

As cenas é com ela nos braços

Quis por vezes mudar o enredo

Tive que fazer nova adaptação


Adequando-me às personagens

Percebi que tinha a sua mazela

Cada autor contava sua história

Cada um relatava a sua maneira


Osvaldo Teles



segunda-feira, 7 de setembro de 2020

Olhares se cruzam

Quanto os olhares se cruzam

Foi o puro amor que nascerá

Adentrando-me como um raio

Penetrante como o raio de luz


Incandescendo todo meu ser

Permeando todo meu âmago

Vistes a pureza do meu querer

Fui tomado por belas emoções


Fiquei despido diante do olhar

Ficou a mostra a beleza interior

A sensibilidade ficou aparente

Desenhada no sorriso dos lábios


Os batimentos ficou acelerado

Podendo sentir as pulsações

Como uma orquestra  batiam

No compasso da suave canção


Rompi os aros que me prendia

Quebrando a inércia do corpo

As imaginações ganham asas

Indo em busca da alma gêmea 


Osvaldo Teles



Envolto em seus braços

Estando envolto em seus braços

Esqueço tudo até de mim mesmo

O que mais importa e te satisfazer

Vou buscar os seus doces lábios


Saciando a minha sede de amar

Parece que os ponteiros pararam

Criando um paradoxo na cabeça

Gerando dentro dela as fantasias


Sua fórmula de amor me contagia

Uma sensação de paz me tomava

Um ar mágico assumia o momento

Perdendo minha noção da realidade


Fiquei perdido no mundo dos sonhos

Vou sendo teletransportado de lugar

Perco o sentido de espaço e tempo

Sua pele quente vai me queimando


Pairando sobre a cabeça os desejos

Sou arrebatado pela força da paixão

Provocando as belíssimas sensações

O cérebro vai condicionando o coração



Osvaldo Teles