sábado, 31 de dezembro de 2016

Deslumbrante

Deslumbrante é quando apresenta-se
Sem as suas vestes, perfeição, linda
Deixa-me sem palavras para definir
Tamanha boniteza em forma de menina
Presa no casulo como um borboleta
A espera do momento certo para libertar-se
Uma viagem sendo desvirginada
De sua ingenuidade,em bela fêmea se tornou
Comparo-te a Nefertiti a mais bela chegou
Saltitante levanto-me com a sua chegada
Com o coração na boca de tanta emoção
Ardentes beijos aguardei envolvendo-me
Na rede e nas teias dos seus desejos
Fico morto, Perco as minhas forças
Produzindo em mim um estado de latência
Favos emanam dos seus lábios
Sussurra ao pé das minhas orelhas
Da sua língua flui o líquido que embriaga
A sua pele tem a maciez do cetim
Os lábios a cor de carmim
Sussurra ao pé das minhas orelhas
Aquelas palavras que traduz o seu sentir

Osvaldo Teles

quinta-feira, 29 de dezembro de 2016

Foi o destino

Foi o destino que colocou-me
De frente com você, despertou-me
Deixando-me impressionado com tanta
Beleza, perfeição  impressionante
Nasceu ali um grande paixão
Para onde eu for irei contigo dentro de mim
O bom de tudo é que estás comigo
No seu coração, as minhas lembranças
Está a perfeição dos belos momentos
Que compartilhamos, únicos e eternos
Estaremos ligados por toda a nossa vida
Afinal dos meus sonhos passastes fazer parte
Aumentando a  capacidade de  fantasiar
Reproduzindo as sensações já sentidas
Dei rédea ao amor e ele  faz-me viajar
De carona na burrinha da felicidade
Diferentes reações tomaram -me de repente
No encontro suave dos nossos corpos
Não tracei simetria o encaixe foi perfeito
Simetricamente aguardo a conciliação
Entre corpos e almas, abrandando o ser
Da minha limitação humana, pus-me seguir
Não sigo trilha alheia para não perder-me
Vou seguindo as minhas intuições
Já tenho os seus olhos como farol
E o seu coração a minha bússola
Introduzir a sua presença como alento
A suavidade de suas passadas dão o ritmo
Fez-me contemplar sonalidade da sua alma

Osvaldo Teles

Minhas ideias

Quem dera que as minhas ideias
Ganhassem forma de pássaro
E batessem asas em sua direção
Sigo  o sopro dos ventos
Fico solto até chegar a você
Cairia em sua armadilha
No entanto o laço é a teia do amor
Querendo nos envolver por inteiro
Só repousaria no seu ombro
Faço o ninho em seus cabelos negros
Dos seus beijos retiro o néctar, doce manjar
É tão gostoso, aliviando a minha fadiga
Consumindo cada gota do seu mel
Descansar em teu ninho é a pralsivel
Consumando o encontro do amor
Ficou alado os pensamentos
O ninho foi desfeito, levantamos voo
Para lugares longínquos e tranquilo
Minha pombo vai comigo pulando
De galho em galho até chegarmos
No ponto seguro, fugindo dos predadores
Levantar-me-ei atento e ávido por ti

Osvaldo Teles

Limpa a alma

Solta o grito que está preso na garganta
Alivia a tensão do seu coração agredido
Liberta-te das algemas que prendem-te
Limpa a alma de toda impureza
Prepara-te para receber o meu amor
Porém se não der vem de qualquer jeito
Vou deixar os queixumes de lado
E apararei-te em meus braços
Com o tempo tudo vai entrar nos eixos
Deixa a mansidão acalma os ânimos
Separei o homem do santo
O mundano do celestial tirei-te do altar
Sou homem e pecador, joguei-te na cama
Deixei o amor dominar os desejos
Quero-te simplesmente mulher
Estamos na terra, santa só no céu
Vou amaciando o ego, pego no seu queixo
Lentamente aproximei os lábios do teus
Carnudos e suculentos delícias escorrem
Só deixo a língua solta para começar o baile
Sinto o ar quente saindo de sua boca
Fogo corre por todo o meu corpo, queima
Prende-me entre as suas pernas e seus braços
Degusto toda a sua essência que flui do ser
Correndo como seiva em minhas entranhas
Estampando nos olhos brilho de felicidade

Osvaldo Teles

segunda-feira, 26 de dezembro de 2016

Está tudo parado

Está tudo parado, os ponteiros não avançam
A tranquilidade  reina em nosso ambiente
Desvelado o meu espírito se encontra
Um desejo inflamado faz-me arder
Ansiosamente a mente te quer loucamente
Vem traz o seu frescor sopra como brisa
Faz pegar fogo em um corpo sem ardência
Fazemos da cama a nossa embarcação
Levantamos âncora, começamos a navegar
Sem pressa para chegarmos vento calmo
Tudo corre ao nosso favor, sensações
Não consigo descrever o que passa-se
Um alvoroço, ultrapassamos os limites
Foi-se embora o meu pudor, fulminante
Os olhares cruzam-se penetrantes
Sobrevive a mares revoltos vence ventanias
Sobrevivente de maremotos,e ondas gigantes
Cambaleei, fiquei exposto a esta paixão
Chegastes chegando as cartas sobre a mesa
Dizendo que era a dona do meu coração
Boas novas trouxestes a uma alma sôfrega
A luz acende-se e a realidade entra em cena

Osvaldo Teles

domingo, 25 de dezembro de 2016

Minha história

Nasci em Governador Mangabeira
No dia 13 de março de 1963
Minha mãe Alzira das Dores Teles
Batizou-me com o nome Osvaldo
Que traz no seu significado força dos deuses
Que tem o poder de mudar a sua história
Vim de uma família paupérrima
Faltava tudo até mesmo o que comer
Porém nunca tirou-me o foco
Fiz muitas coisas para sobreviver
E ajudar a criar os meus irmãos
Sempre trilhei o caminho do bem
Peguei no cabo da enxada para capinar
Trabalhei como ajudante de pedreiro
Vendi jornal, cocada, laranja e amendoim
Em uma visita ao museu de Castro Alves
Apaixonei-me pela poesia
Que passou a ser o meu subterfúgio
Alimentando os meus sonhos
Deus sempre foi maravilhoso para comigo
Anjos bons na minha vida: meus amigos
Busquei nos estudos as soluções
Para os meus problemas
Mesmo com todas as dificuldades, estudei
Em 20 de dezembro de 1986
Consegui concluir o curso de magistério
A minha ida para a capital era inevitável
Tinha que prosseguir com os estudos
Tudo foi muito difícil, dava vontade de desistir
Foi em meio a esta confusão que reencontrei
O grande amor da minha vida: Marisete Lopes
Em 05 de novembro de 1989 nos casamos
A grande bênção de Deus na minha vida,
Em 05 de novembro de 1993 nasce o filho
Alexandre Teles: nosso grande presente
Nunca perdi de vista os meus objetivos
No dia 27 de novembro de 2010
Na Câmara de vereadores de Mangabeira
Lancei o meu livro Asas da imaginação
Em 26 de março de 2015 concluí
O meu curso acadêmico em Serviço Social
É muita alegria para um tabaréu que teve
Como instrumento de trabalho uma enxada
Se tornar um Assistente Social

Osvaldo Teles

sábado, 24 de dezembro de 2016

Cantar para a vida

És a mais intensa das relações que vivi
Nada é tão linda quanto ti vida minha
Já acorda dando gargalhadas para mim
Cada alvorecer apaixono-me pelo seu sorrir
Trazendo consigo iluminação própria
Acendendo o candelabro da minha existência
De mim jorra os mais puros sentimentos
Vou afinar o violino e cantar para a vida
Canções enternecedora deixando-a calma
Calmante ela vai seguindo o seu curso
Naturalmente  cedendo aos seus encantos
Perdido de amores quero estar contigo
Salvastes-me dos caminhos errantes
Guardou-me das tramóias do ardilo destino
Abraçou-me com toda ternura do seu ser
Fez-me desfalecer no seu leito
Como um estandarte carregou-me
Colocando no ponto mais alto do pedestal
Gerou em muitas expectativas
A solidão desapareceu como fumaça
Deixando o seu espaço entregue às traças
A satisfação assumiu o seu posto
Regando a alma tempestade de felicidade
É a vida multifacetada mostrando a sua face
Doando um pouco de si para completar-me

Osvaldo Teles

sexta-feira, 23 de dezembro de 2016

Além do horizonte

Lá além do horizonte onde os problemas
Dispersaram-se como bola de sabão
E os ideais encontram-se em perfeição
As realidades condensam-se em fantasias
Utópico é viajar para o mundo das maravilhas
Sem passar pelo labirinto dos sonhos
Os devaneios são enlevos da alma na noite
E os sonhos tocam as estrelas, devanear
Não tem limites, imaginando chegar ao cume
Os pensamentos chegam e corpo fica
Preso a razão, enquanto deveria o amor
Preencher o seu vazio do coração
O inesperado pode acontecer, encontros
Regado com espumante à chegada ao trono
Que estão sentados de mãos dadas
O amor é a felicidade celebrando a união
De seres envolvidos pelo enleio da viajem
A parada obrigatória é o palácio das ilusões
Encontrando os mistérios do sonhador
Não tendo o espaço sideral como limite
Quebrando toda as regras da física
Onde dois corpos não ocupam
O mesmo lugar no espaço, tornando um só
Como não ganhar velocidade com a massa
Em alta voltagem a inércia é quebrada
Os corpos ganham movimentos cadenciados
No ato de amar nos envolvemos totalmente
A lenda materializa-se em um conto real
Heterogênea e coesas duas almas aladas
Prontas para juntas irem em busca de seus
Mais belos sonhos que vão além do arco íris

Osvaldo Teles

O som esvazia-me

Não sei onde irei o som esvazia-me
Ontem foi o dia que passou com eco
Do depois do vazio existencial
As cigarras em sinfonia no tronco
Das árvores é o prelúdio, solidão
No escuro e frio inferno, soluço
Lágrimas molham o meu leito
Viro-me em busca de ti, o vazio ocupa
Nas madrugadas solitárias, agonia
Sintonizando homem e espírito
Vai acomodando-me nos seus seios
Sentindo toda a sua quentura
Fazendo silenciar o choro e as lágrimas
Que fertilizavam a face de melancolia
Teu aconchego fez germinar contentamento
O solitário viver ganhou companheirismo
Alegria, é passar as noites frias contigo
Embala as frustrações de não estar contigo
Concentro-me para sentir a sua presença
Atuando como o ópio, sedando a minha dor
Chegastes com o seu poder terapêutico
Abrindo as cortinas para que a luminosidade
Para ser quebrado o último fio da escuridão

Osvaldo Teles

quarta-feira, 21 de dezembro de 2016

Lascivo laço

A chuva molha as suas vestes
Colando-a ao seu lindo corpo
Deixando-o todo molhado, ficando à mostra
Parecendo uma figura surreal, celestial
A bela criatura transfigurou-se, mulher
Escultura entalhada em curvas perfeita
Pego como se fosse um vaso de cristal
Cristalizando todas as fantasias
Quero colocar o meu amor em prática
O pensamento viaja nas envolturas
Impuros se tornam diante de sua beldade
Caminho em sua direção com a ideia fixa
Transferir toda a minha quentura para ti
Para que sinta um ser terno e carente
Lasciva a boca procura os seus lábios
Abri o sorriso demonstra o que é ser amada
Deixando o líquido adocicado cair da boca
Preenchendo o eu vazio no mundo ilusório
Vou lendo nas entrelinhas o lascivo laço
Que o destino nos armou para nos prender
Tirando o peso dos ombros dando leveza
Ao caminhar deixando a música solta no ar
Em festa duas animas a melodia lhes invade
Enchendo dois corpos de vibrações e harmonia
Despidas e imaculadas agraciando-se
Na simplicidade de duas crianças brincando na chuva

Osvaldo Teles

segunda-feira, 19 de dezembro de 2016

Uma dor veemente

Uma dor veemente a castigar-me
Os pingos da angústia escorrendo
O coração copioso deixa derramar
As gotas de triste lamentos escorrem
O lampião que iluminava as noites apagou
Tranco-me no eu escuro, trêmulo de medo
Afundar-me nas certezas e incertezas
Que a tua falta proporciona-me
Sua sombra reflete na parede da memória
Que os olhos acompanham de longe
A maestria de tuas curvas sinuosas
Germinando os sonhos empedernido
E os desejos contidos e reprimidos
Calado no meu canto fico quieto
Aguentando os trancos das noites frias
O amanhecer evapora a neblina
Trazendo-me o teu conforto
Levando consigo toda as tristezas
O sono que era pouco chega farto
Desfaleço aos poucos de cansaço
Quis apenas ser o seu amor
Fazendo dele o apaziguador do sofrer
Mostrando-me a beleza do entardecer
E a magia das noites enluaradas
Introjetando nos corpos o hormônio do amor

Osvaldo Teles

domingo, 18 de dezembro de 2016

Desatinando

Quis um dia te ter em meus braços
Para amar-te com todo fulgor
Ouvindo a veracidade dos seus suspiros
Deixa as pétalas  correr pelo corpo
Causando-te muitos arrepios
Flamejante o sangue queima as veias
Na madrugada busco aquecer-me
O seu calor é o combustível da paixão
Dando partida para ao estado mórbido
Onde as ideias saem sem nexo, deleite
Desatinando os sentidos, alucinado
Um coração e uma alma unidos
No mesmo compasso, atados pelo amor
Entrelaçados pelas linhas da vida
Eis o lírio do meu belo jardim
Tocante é o balé das abelhas nas flores
Deliciando-se com o saboroso néctar
É assim como você repousando, dançando
Sobre o nosso ninho de amor,enlouquecido
Ganhando coordenação os movimentos
Se tivéssemos asas voaríamos no impulso
Fragmentamos o tempo para aproveitarmos
Cada instante que tivéssemos juntos
Fazíamos do inesperado o acontecimento
Desativei a roda do tempo, éramos nós dois
Neste aconchegante templo do prazer
Tornamos simples instrumento  de Eros
Afrodite estava entregue em meus braços
Somos passageiros da arca do puro viver
Levando-nos a sensações inimagináveis

Osvaldo Teles

sábado, 17 de dezembro de 2016

O sol vai dissipando

O sol vai dissipando por trás do monte
Os astros despontam com todo esplendor
A estrela dalva brilha majestosa
A lua injeta adrenalina, correndo nas veias
Esguia, desponta em minha frente a amada
Envolvendo-me nos mistérios da noite
Vindo a tona os desejos mais puros
Liberando do ninho os sonhos mais lindos
Em tuas curvas perco o controle
Pega-me de jeito, traz-me do mundo dos sonhos
Deixando na boca o mel, o líquido embriagante dos amantes
Tenacidade de coração partido
Superei a linha imaginária do horizonte
Para sentir a força de teus abraços
Para mim tracei a linha do tempo
Correndo contra os ponteiros do relógio
Para encontrar em tua boca o sabor da vida
Vi através de teus olhos a energia
Que sai do teu maravilhoso ser
Será que este encontro traz-me paz
Ou a ansiedade dos prazeres da carne
O amor é para ser sentido na sua plenitude
Fazendo-nos flutuar como se estivéssemos Andando nas nuvens, deixando a alma livre
E  os corpos colados para o grande
Impacto com o mundo dos sonhos

Osvaldo Teles

sexta-feira, 16 de dezembro de 2016

Fugi para o deserto

Fugi para o deserto da minha existência 
Quis deixar para trás o que lembrava você 
Cavei uma sepultura para as lembranças 
Enterrei tudo que ligava-me a ti, recordação 
Apaguei da memória o seu cheiro embriagante 
Fiz de tudo para não cruzar contigo
Dei um mergulho na profundeza de mim
Deparei-me com a minha razão 
Chocou-se com os meus sonhos 
Fui traduzindo as desilusões em ilusões 
Afrontei os desígnios, quis a minha trilha
Não preocupei-me com a perfeição 
Aceitei tudo como eram de fato 
Só deixei o amor guiar os meus atos 
Fiz da entrega o contato com o divino 
Amanheceu colorido o meu dia
Cicatrizes foram saturadas 
Satisfações expressa no olhar 
Alma aliviada das tristeza profunda 
Corpo extasiado com  afagos constantes 
O vento esculpe na face traços de alegrias

Osvaldo Teles

quarta-feira, 14 de dezembro de 2016

O corpo dança no ritmo

Inócuo o silêncio fica ao meu lado
Vai compassando a calmaria do momento
Junto a mim um lindo ser vai tocando-me
Tocante são as suas mãos afagando-me
O corpo dança ao ritmo de sua língua
Correndo pela minha sensível pele
Fazendo a sensatez ir para o beleléu
Fico louco perco a bendita razão
Sou levado a sensações indescritíveis
Parece que a alma se libertar do corpo
E foi transportada para fora de mim
Traz-me de volta ao meu mundo sensível
Amor segue os seus sentimentos
Vamos viver a intensidade do instante
Não se preocupe com nada se entregue
Daremos início simplesmente as delícias
De um viver a dois pode nos proporcionar
Faremos do nosso encontro carnal, divinal
Éramos dois vagando só até nos encontrarmos
Construímos juntos a nossa fantasia
Transitório era tudo que nos rodeava
Até  encontrar-me em teus braços
A essência do amor passou a correr nas veias
Calando a inquietação do meu interior
Redirecionando a minha  saga, minha vida
Pego-te pelas tuas mãos e vamos bailando
Chuva de sensações vai inundando a alma

Osvaldo Teles

Rosa menina

A semente que foi semeada germinou
Uma planta frondosa cresceu
O rebento brota imponente, majestoso
O botão desabrocha, virou uma bela flor
O vento batendo em suas folhas
Rapidamente nos envolvem com o frescor
Radiante despertou a rosa menina
Fertilizei-a com todo amor do meu ser
A menina tornou-se  uma linda mulher
Aos seus pés venero a bela que tornou-se
Para que eu quero sanidade, louco eu fico
Quando estou na sua presença
Balançando-se suave ao vento
Como se fosse um jogo de sedução
Em uma doação e simplicidade pura
Aconchegante envolvo-te em meus braços
Capto toda força que emana do sol
A chuva de prata da lua dá brilho aos olhos
Enfeites trouxestes para mim, como adorno
Eis que o amor materializou perante a mim
Ouvi a tua voz afinada em forma de canção
Hipnotizante ela  penetra em meu interior
Faísca de luz brilhante sai pela íris
Colorindo os canteiros da minha vida
Vejo florir em formosura a flor menina

Osvaldo Teles

domingo, 11 de dezembro de 2016

Sonhos abortados

As lágrimas que um dia derramei
A tristeza corrói-me as entranhas
Sonhos abortados antes de ser sonhado
Quis embalar o sonho em teu colo
Conectando-me  com a tua fantasia
Colocando você de vez na minha vida
Apaguei em um sono profundo, desacordo
Convicto que o sonho não acabou
Sepultei as dores do passado, foi doido
Deixei fluir toda a melancolia do coração
Nunca aceitei a negativa  como definitiva
Foi ao encontro das respostas na essência
Ninei as frustrações, dei sonífero
Para que elas adormecessem profundamente
Fui esperançoso de que ela esquecesse-me
Encontrei no decorrer da vida motivação
Por onde eu andei alimentei a esperança
De deixar os sonhos despertado imponente
Dentro do meu subconsciente livre e solto
Buscando o seu ponto de convergência
Deixando-me mais próximo do realismo
Sendo eu o propulsor da minha realidade

Osvaldo Teles

Abolição

Tirados do seio materno
Chora a mãe os seus filhos roubados
Dos porões dos navios negreiros ecoavam
Os gritos de clemência, gemidos de dor
Lombos dilacerados pelos chicotes
Grilhões apertando-lhes os pés
No pelourinho as correntes lhes castigavam
O sangue escorria pelo corpo
Olhavam para o céu em busca do  divino
Para que ele tivesse compaixão do sofrimento
Muitos cadáveres foram jogados ao mar
Terra nostra nunca foi, expressa crueldade
O clamor dos Malês ecoara aos quatro ventos
Ideais de libertação rompem os corações
O rei Zumbi o levante contra as escravidão
Os quilombos refúgio para o negro fugido
Besouro Mangangá,João Cândido Felisberto
Líderes da luta a favor dos desiguais
Abolição, abolição, abolição, abolição
Brados que soaram em praça pública
Na voz dos poetas abolicionistas
Liberdade, liberdade ao canto nagô
Os tambores da África ecoam em solo brasileiro
Entoando a resistência de um povo
E impondo trabalhos forçados, açoites
Lei Áurea em 13 de maio de 1888
Só mudou o mecanismo de dominação
CLT 1 de maio de 1943
O capitalismo sempre dita as regras

Osvaldo Teles

sexta-feira, 9 de dezembro de 2016

Tudo que eu preciso

Tudo que eu preciso é estar contigo
Confiança faz-me dar passadas largas
Quando vejo o reflexo da minha face
Percebo as gelhas denunciando a idade
Devagar  vou pelas estradas da vida
Já não tenho pressa pela chegada
Quantos sonhos foram engendrados
Para fugir da minha realidade
Resistência tirei da essência do ser
Quantas primaveras já foram vendidas
Os verões deixaram muitas saudades
Os embalos de sábado à noite
Corpos suados sendo levados
Pelas lindas baladas românticas
Não quero relembrar o passado
O que passou não fica adormecido
Ele é elo de ligação entre o presente e futuro
Ligando-me a simplicidade de um viver
Das escaladas na serra de São José
As pedaladas ao cipual para tomar banho
Na fonte da bica e brincar com as meninas
As caminhadas ao amanhecer a Muritiba
No retorno a passada pelo velambui
As águas eram tão gelada que parecia
Que estávamos congelados, tremia de frio
Para a juventude isto era só aventura

Osvaldo Teles

Quebrei as grades

Quebrei as grades que prendiam-me
A águia peregrina ganhou a liberdade
Tentaram podar as minhas asas
O meu instinto águia suplantou no impulso
Levantei vôo livre de amarras viajei
Buscando o reino perdido das ilusões
Parei estupefato na ilha encantada
Até chegar  tinha pegado muitas ventanias
O sonar do amor orientou-me
Colecionei muitas aventuras e desventuras
Fizeram refletir, trouxeram-me aprendizado
Na transparência das águas reflete a imagem
Na imensidão do espaço não tinha obstáculos
Dava vôos rasantes sem medo das armadilhas
A mente ditava a velocidade da viagem
Era só bater as asas à favor do corrente
Livrei-me de todas as arapucas
Porém fui preso pelos  laços do amor
Ganhei a verdadeira liberdade
Nos braços da mulher amada
Levou-me a todos lugares sem sair do lugar
Fazendo encontrar o planeta do amor
Onde ficamos à promessa do amor sem fim
Deixamos de ser peregrinos da existência
Rumamos em direção ao centro do eu
Amarrados pelas linhas imaginária da vida

Osvaldo Teles

quinta-feira, 8 de dezembro de 2016

Olhei para o céu

Olhei para o céu querendo ver a estrela maior
Fixei os olhos para ver se à encontrava
Radiante estava ela lá a brilhar
Procurei no jardim a mais bela flor
O seu aroma fluía de suas pétalas
Foi a mina para encontrar o maior diamante
A pedra preciosa adornava os meus dias
Mergulhei na profundeza dos oceanos
Na caça da bela pérola negra
Montei no alazão sair em cavalgada
A estrada que fez-me peregrino
E deixou-me perdido nas suas encruzilhadas
Continua lá iludindo os aventureiros
Esbaforido, latejantes os pés gritam
Nas suas bifurcação, para que lado seguir
Paro fatigado, exaurido pela procura
Da composição para a cura da solidão
Fiz loucura e tudo isto estava aqui comigo
Vem aplica a dose perfeita do teu anticorpo
Contamina-me com o seu vírus de ternura
Reformulando a magia esquecida do amar
Espantando toda tristeza do meu coração
Abrindo a porta secreta do meu interior
Indo em busca dos segredos escondidos
Vou deliciando-me com as novas descobertas
Pude ir ao planeta fantástico das fantasias
Imediato tornei-me cavaleiro interestelar
Viajante de mundos distantes, ilusório

Osvaldo Teles

sábado, 3 de dezembro de 2016

A chuva escorria

A chuva escorria pela vidraça
Tudo escuro aqui dentro
Na rua à neblina deixava tudo cinzento
O vento procurava uma fresta para entrar
A minha sorte é que estás comigo
Para proteger-me do frio congelante
A tua pele é o meu  agasalho
A tua quentura torna-me indolente
Quando as dermes se encontram
Arrepios causa-me quando a sua língua corre
Por toda às partes do meu corpo
Um fogo consome o cerne quebrando o gelo
Foram noites tumultuadas teu peito roncava
Como trovões, seus olhos faiscavam
Iguais aos intensos relâmpagos, anjo meu
Atravessamos juntinhos muitas tempestades
Os trovões nos deixavam estremecidos
Forçando-nos a ir ao encontro da harmônia
Os corpos confundiam-se um com o outro
Os ponteiros já não avançam com a mesma velocidade, ganharam cadência
Delicadamente a atmosfera leva-me
O tom cinzento, a chuva já não incomoda
O arco-íris risca o céu depois das chuvas
Onde o fazes descansar no meu peito
Dissipou todo o nevoeiro ao nascer do sol

Osvaldo Teles

sexta-feira, 2 de dezembro de 2016

A primeira vez que ti vi

Impactante foi a primeira vez que te vi
As pernas tremiam, coração palpitava
Dava para ver o brilho no olhar
Perdi a coordenação motora a voz não saía
Foi muito intenso levou-me ao matrimônio
Desfilamos sobre um tapete vermelho
Em direção ao altar, para amarrar o destino
A princesa Li em seu vestido branco
Com fios prateado e botões dourados
Parecia uma santa com sua coroa de flores
Boquiaberta fiquei diante de sua formosura
O fantasioso se tornou real diante de mim
A minha fada rainha sendo-me entregue
Trazendo consigo a dose perfeita do amor
A promessa que fiz no altar
Amar-te por toda a minha vida
És mais doce que o fruto da videira
Sua saliva é mais saborosa que o vinho fino
Apanhei-te nos meus braços como uma jóia
Levei-te ao nosso aposento com  ternura
Pôs-me ao deleite, já eras minha mesmo
Perante as leis divinas e as dos homens
Mostra-me a sua duas face a santa e a safada
Encontrei o eixo da vida
Porções de felicidades inundou o meu ser
Passei a viver no éden constantemente

Osvaldo Teles

quinta-feira, 1 de dezembro de 2016

Silenciosamente

Silenciosamente fiquei consternado
O vazio deixa fragmentado o meu peito
Lembro-me das dores sofridas
E foram muitas lágrimas derramadas
Por gentileza deixe-me curtir minha fossa
O meu pensamento está voando
Levantei um vôo solitário na certeza
De encontrar a minha alma gêmea
Só, o meu mundo desmoronou
Fechei os olhos e visualizei quão bela
Por mais que eu fuja de ti, mais próxima estás
Pois a levo dentro do meu coração
A sua imagem fosforesce na mente
Para aonde eu for você está presente
O ar que respiro vem impregnado
Com o seu delicioso cheiro
Vem com seu amor, preenche-me o vácuo
Cubra a tristeza com o manto sagrado
Da plena satisfação de estar contigo
Trazendo a um criatura a concórdia
Guardarei-te nas minhas lembranças
Daquela que trouxe sossego a minha alma
E tranquilidade para o meu  coração
Resgatando do fundo do poço a felicidade
Fazendo-me navegar em um mar de emoções
Devolvendo a magia a um ser tristonho
Quebrando o silêncio existente
Com as suas juras de amor eterno

Osvaldo Teles

terça-feira, 29 de novembro de 2016

Aguardei ansioso

Aguardei ansioso o final da tarde
Quero o aconchego do teu colo
Colocar a cabeça e descansar
Querendo guarida no teu ser
Aguardando resposta de tua boca
A champanhe coloquei no gelo
As taças deixei ao lado dos canapés
Fomos saboreando cada gota do amor
O elixir revigorador das minhas forças
Amortecendo o ímpeto do homem
 Respiro fundo com as tuas mãos
Passeando sobre a minha cabeça
Momentos prazerosos a desfrutar
Juntamos a nossa pura essência
Fluindo o melhor de nós dois
As horas passam, parados ficamos
Paralisados esperando o dia amanhecer
Terna pela manhã achega-se de mansinho
Seu ar quente toca-me incendiando
Entreguei-me aos seus encantos
Apreciei toda a sua disposição amar-me

Osvaldo Teles

segunda-feira, 28 de novembro de 2016

A dama chegou

Abrir os meus braços
Para sentir o calor do seu corpo
Peguei-te como se pega uma louça
Delicada como um vaso de porcelana
A dama chegou toda produzida para o baile
Vou conduzindo-te pelos salões da vida
Vastos delírios corroem-me por completo
Dividindo a ânsia da espera
Com a expectativa da chegada
Sinto a sua vibração, meu ser plange
Quando você  envolve-me em seus beijos
Um surto de loucura domina os impulsos
As minhas veias tornam-se condutor elétrico
Os fios de rugas sendo extraído da face
Fomos extraindo o melhor de cada um
Alcançando o equilíbrio das passadas
Dando calma para a contradança
Distante o som leva os pensamentos
De repente nos encontramos nas nuvens
Lindas estrelas adornam o palco
A mais bela de todas está em meus braços
O arrebol enfeitando o belo cenário
Sensíveis vamos passeando pelo firmamento
Com a música embalando o nosso descanso

Osvaldo Teles

domingo, 27 de novembro de 2016

A carta que não chegou

A carta que não chegou em suas mãos
A escrevi para falar do meu amor por ti
Ouvindo aquela velha música
Que fez parte da nossa história
O papel manchou-se com as lágrimas
Que rolaram  de tanta emoção
Falei dos meus sentimentos que eram seus
Que sentia saudade dos seus beijos
Disse-lhe que aquele encontro casual
Tinha transformado-se em  amor/paixão
Que iria nos unir por toda vida
Descrevi o que se passava no coração
Angústia pela sua falta desenhada na face
Via os dias passarem aperreados, lentos
Vagarosas as noites insistiam em passar
Escrevo-te estas linhas para dizer-te
Que desde que te conheci não consigo
Tirar-te mais da minha cabeça
Foi amor à primeira vista
Com as mãos trêmulas não consigo redigir
Os olhos cheios de lágrimas termino dizendo
Nada faz sentido se você não estás aqui
Para fazer do seu corpo o meu cobertor
E as suas mãos tranquilizante para a dor
Se não obtive resposta da carta
Fui a seu encontro para lhe dizer
O que sentia, lembro-me com detalhes
Daquele dia até da cor das suas vestes
Um vestido de malha cor cenoura
Vestindo um  belo corpo e esguio
Quando nos comprometemos sentir
Seu cheiro tinhas acabado de sair do banho
Foi maravilhoso este encontro
Em dez minutos estávamos namorando
Sou grato ao destino por estes dois seres juntar

Assinado: Osvaldo Teles

Fui levado

Fui levado a lugares distantes
A calmaria reinante fez-me viajar
Corpo leve, mente livre
Era o amor  fazendo-me flutuar
As turbulências fizeram-me sair da rota
Passei a transitar entre o paralelo
Dos sonhos e das veracidades
Pasmado via a beleza lá do alto
Fizestes do seu corpo o meu campo
Pousei totalmente extasiado
Deparei-me com a sua magnitude
Doses homeopáticas de ternura
Iniciando uma nova lenda
Reza a lenda que um ser alado que bateu
Asas para ir ao encontro da sua amada
Que ao entardecer saía de estrelas
Em estrelas buscando brilho do seus olhos
Parava no espaço para localizar
O seu ponto magnético descentralizador
Vem abrir a envergadura de tuas asas
Alça voo comigo nos meus planos de voos
Minha linda Paloma negra esquecerei
Os meus planos para viver os nossos
Livres cortaremos o céu em voos rasantes
Pegando carona nas correntes dos ventos
O balé do amar só está começando
Lá do espaço a minha ave linda
Solta carretilhas do seu lindo canto
Seguimos os nossos instintos,como aves
Migratórias vamos encontrar o nosso oásis
Desfrutarmos as benercias de pousar contigo

Osvaldo Teles

sexta-feira, 25 de novembro de 2016

Melancolicamente

Traz a taça, hoje eu vou entornar, bêbado
As mágoas vão ser afogadas, enterradas
Não sei o que aconteceu, alheio
Acordei melancolicamente, tristonho
Não me reconheço, quem sou, perdido
Todo está muito estranho, desorientado
O peito aperta o coração, maltrata
Que parece que vai rasgar, sangra
Alforriei a tristeza escravizei a alegria
Pensando que estaria constante comigo
Dei exílio a solidão porém ela insiste ficar
Espreitei a felicidade mas ela não apareceu
Nenhum sinal ela deu, simplesmente sumiu
Criei uma armadura mas mesmo assim
A dor penetrou cortando como uma navalha
Contemplei o belo, almejei encontrar o amor
O danado esquivou-se do meu caminho
Procurei em esquinas, em bares
Rodei pela cidade, perdi noites
E não estava lá,levantei-me contra o mundo
Bati de frente com o destino nem olhou
Fez pouco caso, tropecei nos próprios erros
Cambaleante busquei a direção
Direcionei rumo ao meu interior
Reencontrei o interesse por mim

Osvaldo Teles

Alusão

Percebo a alusão do amor em teu sorriso
Descortinando a vidraça passo a ver
De dentro para fora fico estupefato
Diante do que vejo, a imperfeição em busca
Da perfeição, querendo conjugar o verbo poder
Querendo encontrar no silêncio do quarto
Os melhores delírios em teus braços
Afundar-me na profundeza do seu oceano
Ventania, relâmpagos fizeram-me ir fundo
Emergi maravilhado, desliguei o consciente
Transitivo não faz-me esquecer o que vi
Virou-me à cabeça para baixo,fui conduzido
Pela delicadeza de uma garça
Gaivotas dançavam sobre as águas
Em um bailar sincronizado ao som do mar
Peles bronzeadas com a ação dos raios do sol
Os nervos ficam à flor da pele, negra
Melanina acentuada,calor que causa ardência
Nossa senhora dos afogados
Faz respiração boca a boca salva-me
Do afogamento restabelece o meu ar
Leva-me às águas mornas e tranquila
Vamos nos banhar perfumado
Com as folhas da lavanda
Ficamos desfalecidos sobre a areia
E a brisa amena refrescando os corpos

Osvaldo Teles

quinta-feira, 24 de novembro de 2016

Esconde a tua nudez

Esconde a tua nudez não Seduz-me
Se não queres não provoca dessa forma
Não fixa em mim o teu olhar penetrante
Pelo visto não sabes que és responsável
Por aquilo que você cativas
Sou muito sensível não quero machucar-me
Vamos deixar adormecido, não despertar
Quieto estou no meu cantinho
Só eu e o meu silêncio meditador
Se for para eu amar só mantenha distância
Se quiser se entregar venha por inteira
Traga consigo a sutileza dos lábios teus
Melhor é saboreá-lo que o melhor vinho
Porém o beijo de um só é sem sabor
O bom é quando os corpos se encontram
Em um querer insaciável, quando as bocas
Tocam-se transferindo os desejos contido
Em nossos recipientes das emoções
Fico eufórico até parece que a vida vai sair
Pela boca,respiro fundo para encontrar
O ritmo da respiração, leva-me tu equilíbrio
Dar-me a certeza que vás está comigo
Não quero sofrer a desilusão de uma amor
Se não for assim deixa-me seguir o meu caminho
Sempre quis um amor para vida toda
Sei que ele Levou-me ao doce sentir
Sustentou-me durante Os dias tristonho

Osvaldo Teles

terça-feira, 22 de novembro de 2016

Encontro casual

Passei dias vagando a tua procura
Não te conhecia,não sabia de sua existência
Nem como era a forma de seu corpo
Estava desfigurada na minha cabeça
Não sabia por onde andará
Aos poucos o fado se encarregou
De fazer o seu papel, uma força invisível
Nos uniu,palpitante o coração no peito, senti
Que de uma fórmula inesperada aconteceu
O vulto tornou-se uma bela imagem
Um belo quadro se configura aos olhos
Levando os meus sonhos dançarem
Como as rosas livres com o seu aroma
Estonteante, pele macia e cheirosa
Não consigo abrir as pestanas e não te ver
Quero ver a embelezadora da minha alma
Peso que não vai mais embora, fica mais
Vamos aproveitar as folhas do outono
Para fazer o nosso ninho
Esperando o fim do dia para o repouso
A estrela D'alva lá do alto da o seu sinal
Para que as constelações se manifestem
E sirvam de testemunha deste lindo amor
O vazio em que te procurei, desapareceu
Dando sequência ao processo da minha paz
A satisfação desenhada nas linhas faciais
Pego a linha do horizonte os anéis de Órion
Para simbolizar nossa maravilhosa aliança
De um encontro casual que se tornou
O contentamento de dois seres apaixonados

Osvaldo Teles

Noites longas

Noites longas e frias eu passei
Só queria Boêmia e aventura amorosa
Quantos salões percorri em busca de ti
Não conto quantas embriaguez
Tive que curar e às dores de cotovelo
Que Fizeram-me chorar, as desilusões
Que me foram impostas
Procurei muitas vezes nas aparências
O que estava escondido no interior
Vazia parecia-me a vida, sem sentido
Soltas eram as ideias vadias viajavam
Um passageiro errante à deriva
Fiquei à mercê dos ventos conduzindo-me
Os meus companheiros os sonhos
Quiseram abandonar-me à própria sorte
Sinais ficaram marcados no meu rosto
Quantas madrugadas vi dissipar
E o dia clarear diante de mim, chegastes
O que posso fazer se o seu amor
Veio preencher o espaço vazio
Trazendo alento, cedendo a dor
Redimensionado todo sentir para ti
Fazendo um novo ser renascer
Cada cruzada de olhar parecia-me
Que todo o meu conteúdo foi reposto
A seiva voltou a correr na árvore podre
Dando sequência ao ciclo da vida
Rebentos floridos brotaram alegrando-me
Já não trânsito só nos paralelos da existência

Osvaldo Teles

segunda-feira, 21 de novembro de 2016

Acende a vela

Acende a vela  deixa-me  ver as incertezas
Cabe a tua decisão da escolha certa
Acerta o teu relógio com o meu
Para não haver desencontro
Traz-me o contraponto o bom senso
Desconcertando-me, tenho medo de ficar
Frente a frente com os seus olhos
Eles exercem um domínio sobre mim
Deixam-me paralisado diante de ti
Desafino a canção já não acho o compasso
Perco a coordenação, aquele ser falante
Fica mudo, enlouquecido falo coisas soltas
Sou dominado pelos seus toques
Aconchego-me em teus seios
Perco os limites, só está em teus braços
Vem meu amor não controla meus impulsos
Vamos viver o que tivemos que viver
Sei que tudo é passageiro
E que a felicidade é  questão de momentos
Leva-me para o seu jardim secreto
Deixando-me colher os lírios de ser feliz
Derramando toda seiva das entranhas
Prende-me amavelmente ao seu pescoço
Coloca este amor como adorno do coração
Satisfação sentirás, andarás nas nuvens
Só espera por mim para decolarmos juntos
Foi bom guardará nas lembranças
Para celebrarmos o novo que está por vir
E assim vamos juntando os momentos
Para construir uma vida a dois duradoura

Osvaldo Teles

quinta-feira, 17 de novembro de 2016

Pintei na tela

Seus contornos tem a maestria do artesão
Pintei na tela da minha mente o teu rosto
Pendurei na parede da minha alma
A Mona Lili formosura em traços de mulher
Aprazível aos olhos, afago para o coração conforto ao espírito, tranquilidade as emoções
Já entrastes e se a pousou em meu ser
Sabes que até então não tinha visto
Uma beleza tão singular, me fez te amar
Fez-me contemplar a face da perfeição
Uma admiração florescia em mim
Porque olhas assim, com esse jeito dengoso
Dai-me para beber o líquido que jorra
De seus lábios que me puseram a delirar
Fazendo-me delinear a sua imagem
Figura enobrecida com  a sutileza das linhas
Fazendo-me renascer certamente a vida
Encontrei-te nas minhas ilusões partidas
Beijar-te-ia o corpo inteiro, amante compulsivo
Quis habitar o vazio de sua existência
Para desfrutar de toda a sua beldade
Põe-me como o adorno em teu coração

Osvaldo Teles

quarta-feira, 16 de novembro de 2016

Perdi a razão

O vento vai esculpindo a sua silhueta
Não tenho pressa de te ultrapassar
Sigo cada passo seu observando
A descomunal escultura entalhada
Deixando a mostra a sua sensualidade
Fui seguindo o seu entorpecente aroma
Controlei a minha ansiedade
Esperei o momento certo para te ter
Não atropelei, aconteceu espontaneamente
Nas curvas do tempo nos beijamos
Vindo a mim os mais variados devaneios
Perdi a razão passei agir pelo coração
Já estava completamente apaixonado
Agora só queria andar lado a lado
Sentindo a sutileza das suas passadas
E a aprovação nas suas olhadas
Pedi a sua mão na intenção de possuir-la
Por inteira,chegamos ao altar deslumbrante
Parecia que descestes do pedestal
A única palavra fixa era o sim para vida toda
Em festa os anjos tocaram suas trombetas
Anunciando a criação de mais um pedaço
Do céu na terra, meu pequeno paraíso
Meu reinado de paz e amor com a rainha
Que foi instituído pelas leis divinas
Passastes a ser dona do meu pensar
Passei a conhecer a face da minha deusa
Transgredir os limites dos homens
Para encontrar em ti as normas do amor
Os meus sonhos passaram a dançar
Como as rosas livres enfeitando a alma

Osvaldo Teles

terça-feira, 15 de novembro de 2016

Meu corpo chama por ti

Gritante o meu corpo chama por ti
Os poros se descomprime fluindo
A melatonina, repouso tranquilo
Durmo o sono dos anjos
Com você velando o meu sono desporto
Traz-me a dose correta  do amor
Sussurro baixinho em teus ouvidos
O seu corpo responde os seus pêlos
Ficam todos arrepiados mamilos enrijecidos
Pego nos seus cabelos levo a minha face
Até a tua, colo o meu rosto com o teu
Vamos nas carícias nos excitando
Busco a tua língua como um baile
Elas se tocam, um queimor corre nas veias
Deixando todos os músculos em dormência
O ato vai ser consumado tirando toda tensão
Aos poucos o coração vai desacelerando
Encontrando o compasso, como música
Se encontra  o espaço harmônico
A nudez já faz parte do belo cenário
Nos conduzindo ao extraordinário prazer
Sobre a cama dois corpos exauridos
Estagnados ficam um sobre o outro
Amei com toda virilidade que possuo
Deixando-nos desfalecidos de tanto amor

Osvaldo Teles

Agora eu sei

Agora eu sei, deixa para lá
Só queria mesmo beijar a sua boca
Sentindo o ar quente saindo dela
Levou-me ao entorno do paraíso
Sustentai-me os meus desejos libidinosos
Abri-me o teu ser para que possa entrar
Deslizo sobre o teu corpo até achar
O portão que dá acesso a sua intimidade
Como ficar parado diante do feitiço
Que sai de ti, traiçoeira tira a venda
Deixa-me ver através de sua alma
Faz-me transitar pelo seu imaginário
Contemplando a bela obra de arte
Levanto voo, pairado  sobre ti
Espontaneamente me leva aos sonhos
Guardas contigo os devaneios noturnos
Como um lobo uivo olhando para a lua
Madrinha de um amor embriagador
Quando a madrugada vai morrendo
O dia vai nascendo produzindo
Momentos utópico de corpos extasiados
Que vão se aconchegado na proporção
Que o frio vai aumentando
Estamos à flor da pele, ainda trêmulo
O canto do galo no poleiro nos fazendo
Despertar de uma maravilhosa entrega
Acabei de encontrar o gerador de enleio
A bebida que sai dos seus lábios

Osvaldo Teles

Tranco-me

Tranco-me, fecho a escotilha
Fiz um mergulho no existencial
Não quis ficar na superfície
Cheguei na profundidade
Tudo me era muito estranho
Deparei-me com a dura realidade
Percebi a cada milha percorrida
Uma história de vida amarrada a tua
Fomos tapando os furos causados
Pelas turbulências das ondas
Deixamos ela nos levar, seguimos as marés
Fazemos, sentimos à influência das fases
Da lua, enchemos os nossos pulmões
De ar, emergimos buscamos um lugar
Seguro para aportarmos
Celebramos o regresso à terra firme
Ancoramos no porto das ilusões
Na plena certeza de ter chegado
Na ilha das fantasias onde
Sonhos e realidade se confundem
O querer e ter se aliam nos fazendo
Portadores do cedro do poder
A aliança foi forjada dá mais bela pérola
Encontrada na profundeza do oceano
A coroa cravejada com belos diamantes
Casamos os nossos melhores sonhos
Para forjarmos em nossa realidade

Osvaldo Teles

segunda-feira, 14 de novembro de 2016

Procuro no espelho

Procuro no espelho a sombra
Daquele que fui um dia
Ele é extremamente sincero
Não escondeu nenhum traço
Corri para o sexto das recordações
Vasculhei e encontrei as fotos
Que fizera a linha do tempo
Mostrando-me cada fase que vivi
Os olhos se fecham para uma análise
Fazendo uma retrospectiva da que foi vivido
Certamente veio a mente tudo que aprendi
Perante a testa as rugas desenhavam
As linhas da idade que avançava
Não olhei para fora, mergulhei na essência
Foi embora a resistência ficou a experiência
Amo incondicionalmente a minha vida
E as pessoas que fazem parte dela
Imagino-me colhendo os frutos do que plantei
Os sonhos que semeei vieram  a mim
Em forma de fantasia, fantástico sim
Foi tudo aquilo que eu compreendi
Hoje levo na leveza dos passos
O peso da velhice, já não sou o mesmo
Outrora andava com as passadas firmes
Fixo a vista e vejo tudo turvo
As mãos  já não tem a mesma firmeza
Muitas vezes o destino brincou comigo
Sempre levei-o muito a sério
Projetei me entregar  e ser intenso em tudo
O que o viver me proporcionar
Amando cada fase que a vida preparou
Nem sempre sai do jeito planejado
Mas o importante é que cheguei até aqui
Mais madura e pronto para encarar
O verdugo o tempo de cabeça erguida
O verdadeiro amor só encontramos
Um vez em nosso caminhar é por isso
Que não podemos perder nenhum
Milésimo de segundo  não há devolução
Daqueles que foram desperdiçados

Osvaldo Teles

sábado, 12 de novembro de 2016

Botei a máscara

Botei a máscara de palhaço sobre a face
Para esconder os traços de tristeza
Risos falseados saíram involuntários
As lágrimas borraram a pintura
Esperança, esperança é que impulsiona
Esperando descobrir quem eu sou
Seja o que Deus quiser, não me entrego
Às vezes fico como estivesse em uma ilha
Com a nau quebrada sem poder retornar
Um mar de angústia a me cercar
As cores me foram furtadas
Abri a janela do horizonte nada vi
A poesia que estava escrita se desfez
A trilha sonora que fazia dançar os sonhos
Perdeu o ritmo que embalava o romance
Vontade, vontade que tinha de lutar
Coloquei a armadura de puro aço
Virou isopor, a espada  ultrapassou
Ferir-me as dores chegaram, a alma sangra
O fracasso quiseras que eu o aceitasse
O meu espírito gladiador disse não
Armei-me com unhas e dentes
Inúmeras batalhas lutei contra o meu algoz
Algumas sair vitorioso outras fui nocauteado
Porém com a certeza que sair fortalecido

Osvaldo Teles

Pego-te no colo

Pego-te no colo te toco para dormir
As vibrações sonoras vão te levando
Meu pássaro interior solta as carretilhas
No canto harmônico dos corações
Lá no fundo deixa as tristezas
Aparente fica um sorriso pungente
Deixando aparente o contentamento
No entanto o espírito fica sorridente
Sagaz fico a te acariciar
Sacudindo-lhe levemente ouço
A sua respiração sai acelerada
O ar quente que vem de tua boca
Vejo a noite se esvaindo
A lua vai deixando o cenário
Depois de ser testemunha
Do nosso lindo  amar
E o céu me sorrir com um lindo dia
Na cama os corpos desvanecidos
Na pele os vínculos das unhas
Serviu-me alma de afeto
Na dose perfeita contra a dor
Levanto-me leve como as borboletas
Com a sensação de alívio no peito
Confortei-me em teus seios macios
Fui levado. Não sei para onde vou
Pagastes-me forte, preso fiquei
Alucinantes e embriagantes noites vivemos

Osvaldo Teles

quinta-feira, 10 de novembro de 2016

Anjo

Como um facho de luz
Você me apareceu radiante
Como um anjo celestial
Vi a divindade aportar no meu mundo
Fazendo o mundano provar o manjar
Degustado pelos deuses
Uma centelha virou chama ardente
O brilho dos seus olhos virou paixão
Pela íris entrar a vibração do seu olhar
Fazes do teu sorrir o enfeite
O carinhoso ser entra em cena
Aperta-me em teu peito sentirás o fervor
Da seiva da vida correndo nas veias
O anjo e o humano se confundem
Faze-te amada santa venerada
Tornando-te  mulher pronta para ser amada
Esqueci o meu lado santo e me conduz
Ao seu templo e vamos ao encontro
Do sacro sentimento chamado amor
Evoluir cheguei ao estágio de querubim
Juntos fizemos o nosso pequeno éden
Voei tecendo o manto da santa para cobrir
A sua face, escondendo a sua pureza
Que será entregue a mim no leito conjugal

Osvaldo Teles

Almejei chegar

Nasci de uma gota de prazer
O embrião se  tornou feto
O feto ganhou alma
A alma se transformou em vida
Em um espasmo de contração
Fui expulso do belo paraíso
Nos seios materno me alimentei
O mundo foi me apresentado
Sair da redoma para viver
Aqui fora era muito estranho
Temeroso tentei dar as primeiras passadas
Tropecei caí, levantei e prosseguir
O prefácio só estava começando
De um livro que veio em branco
Que foi  escrito com o decorrer dos dias
O inato começou a ser preenchido
Tive a família como escola,a vida faculdade
Cerquei-me de bons mestres
Principalmente o tempo que me deu
Os melhores ensinamentos,amadurecimento
Contraditório, não deixei o instinto me guiar
O conhecimento me fez quebrar paradigmas
Desalienei tudo que me prendiam, livre
Almejei chegar ao meu destino
Sei que encontrarei muitos empecilhos
Porém a vontade de vencer vai suplantá-lo

Osvaldo Teles

terça-feira, 8 de novembro de 2016

Açucena

O adeus foi substituído por um até logo
Deixei a terra árida para trás com saudades
De tudo que passei por lá, da bela açucena
A mais bela flor do meu sertão
Com o seu poder curativo
Atenuadora do sofrimento sertanejo
A bella donna brotou exuberante
Em meio a uma paisagem cinzenta
Resistente como o sertanejo
Nasci nos lugares mais improváveis
Majestosas bailam ao brilho do sol
Símbolo dos sentimentos humanos
Pode simbolizar a angústia ou tristeza
Causada pela perda dos entes queridos
Também pode significar altivez e elegância
A de cor branca está associada a pureza
Assim é a alma do homem do sertão pura
Com a sua fé vai lutando contra o tempo
Tirando da profundidade de suas entranhas
Toda gentileza para bater de frente
Com as maleficência que a seca lhe trás
Serenou viçoso o sertão se transformar
Ficando as suas raízes no seu solo
Como uma açucena cresce virtuoso

Osvaldo Teles

domingo, 6 de novembro de 2016

Que maravilha

Que maravilha é vislumbrar a luz do dia
Com os fios de cabelo sobre o peito
O suor misturado com a sua fragrância
O seu perfume impregnado nos lençóis
As marcas do seu batom nos meus lábios
A canção da noite passada ecoa nos ouvidos
Uma dormência vai me dominando
Sinto a sua presença me enchendo
De ternura, contaminada meu desejo
Permeando na alma as tuas carícias
Permanecendo puritano o  querer
Portanto penetro na sua intimidade
Inerente a minha vontade perco o comando
As ações são geridas pelos os instintos
Navego no seu mar, encontro o seu oceano
Na linha do horizonte, lá eu me perco
Pensando ter encontrado o infinito
Vou seguindo os balanço das ondas
Aos poucos vou desfalecendo em teus seios
Deixa eu pegar o leme das suas emoções
Não ficaremos à deriva  focaremos no sentir
Nos trará ao porto seguro, guiado pelo vento
Os braços como uma vela estarão abertos
Para receber a brisa que chega suave
Como os teus dedos tocando na minha pele
Amo estar contigo para poder versejar
Sobre este lindo encontro carnal: poesia
Se tornam os nossos sentimentos: paixão
Arde no meu peito queimando nas veias
Uma erupção a brotar de dentro para fora
Transbordando o sentir de um ser humano
Respiro aliviado quando te ouço sussurrar
Estou realizada com o teu amor
Toma-me de supetão  uma grande alegria
Por viver um sentimento tão intenso

Osvaldo Teles

sábado, 5 de novembro de 2016

Assim eu te vejo

Assim eu te vejo bela e faceira
Traz-me fascínio e admiração
Nasceu o mais forte dos sentimentos
Com toda intensidade que pode ter um alma
Calma não posso ter para estar contigo
Cada segundo que passa, me dou pressa
Não me importo com o que você faça
Cortaria os sete mares para chegar até ti
Quantas vidas eu tivesse você estaria
Presente em cada uma delas
Eu até sinto que vivenciamos juntos
Este grande amor em outras vidas
Fomos talhados um para outro
Não me preocupo com as diferenças
No final tudo se ajeita, entra nos eixos
É só deixar a compreensão tomar a rédea
Que os momentos difíceis são suplantados
Tudo ganha mais gosto para ser vivido
Saboreando as delícias que me trouxestes
Somos espírito dentro da carne pulsando vida
Neste conjunto eu e ela fazemos parte
Dos planos de Deus de fazer da família
Um pedaço do céu na terra

Osvaldo Teles

sexta-feira, 4 de novembro de 2016

Afabilidade

Desci como se estivesse pisando em plumas
Flutuava o teu corpo sobre o meu
Imponente dominava, ficava a disposição
As pulsações lentamente ganham ritmos
Loucamente perco a noção de tempo
Sou o teu amante minha linda mulher
Corro, agarro-te em meus braços!
Sentirás toda afabilidade e o doce
Aroma que vão sair do  contato das almas
Traz nos seus lábios um fio avermelhado
Fazendo-me sentir o gostoso pecado
Descanso em teus sonhos os meus devaneios
Desperteis todas as suas dúvidas
Confesso que não esperava toda a afeição
Que veio do seu maravilhoso sorriso
Vou buscando no vocabulário
A palavra correta descrever toda beleza
Que nasce do encontro dos olhares
Levanta-te depressa, vem até mim
Sinuosa tua pele roça na minha
Um queimor corre pelas veias
O sangue ferve parecendo brasa fumegante
Chamo o seu nome e você responde
Com a voz rouca do sono me chamando
De seu, envaidecido fico por admiração

Osvaldo Teles

As ideais vagueia

A cabeça está vazia, fico estático
As ideias vagueia desorientada vadeamos
Estou na prática do nadismo
Os meus pensamentos são abduzidos
Para o seu subterrâneo, subterfúgio da alma
Perdido nos confins do seu universo
Tento interpretar as constelações
No intuito de decifrar enigmática  rota
Que me leve até você
Arrasta-me do buraco negro
Transportando-me para vênus ou as três Marias
Nesta trajetória se faz presente vivo
Neste passeio pelo cosmo
Entra comigo no cometa Halley
Vamos cortar a via láctea de mãos dadas
Só preciso que me deixe entrar no jogo
De sedução, alucinadamente busco as estrelas
Deito-me na escuridão densa horripilante
O astro rei vai iluminado, fazendo o amanhã
Mais belo,luzes vai se espalhando sobre nós
Vamos fixar o olhar em nossas mundos
Construímos juntos o nosso espaço sideral
Levantamos voo em busca da paz celestial
Não tememos o que está por vir
Encontramos a harmonia tão desejada
Ao bater às nossas habeas asas: liberdade
Conquistamos ao soltarmos as limitações
O sopro do vento vai nos conduzindo
As sensações de bem estar e prazer
Cheguei a planetário do amor: feliz

Osvaldo Teles

quinta-feira, 3 de novembro de 2016

Amor verdadeiro

Sou orientado pela bússola do coração
Meu farol está lá fora aceso, o meu amor
Clamando pela a sua  presença
O vento sopra o seu perfume
Trazendo-o até a mim o seu cheiro
Lembranças de ti é despertada
Veloz chega a sua imagem divina
Removendo as indagações permanente
A fórmula química é elaborada
Com a substância essencial da vida: amor
Encontrando na sua simplicidade
A beleza esplendorosa do seu ser
Reacendendo a centelha perdida
Sonhos foram despertado do seu leito
Entrei em rota de colisão com os delírios
Fui conduzido ao palácio das realidades
Lá ela estava com toda serenidade
Acalmando-me do cheque com o real
Entendi que não posso sufocar um querer
Tenho que deixar o sentimento livre
Para me contagiar com seu lindo semblante
Que sugira impávido em minha frente
Irradiando toda a sua energia: força
Destes para me prosseguir a jornada
O amor assim é obra do ser celestial
Aonde eu for  levo comigo a sua presença
Que está encravada na minha memória
O seu aroma está impregnado nas entranhas
Só vejo ao entorno as coisas lindas
Vislumbrando uma partilha a dois
Cheia de muita cumplicidade e afeto
A isso chamo encontro do amor verdadeiro
E vamos nos amando com todos os percalços
Que encontraremos no decorrer da vida
Para ti deixei o melhor que há em mim
Querendo encontrar às benercias de ti

Osvaldo Teles

terça-feira, 1 de novembro de 2016

Quando te vi

Quando te vi nua muitas possibilidades
Passaram por minha imaginação, libidinoso
Passei a dançar nu em meus pensamentos
O prelúdio do amanhecer não me incomoda
A sua cabeça estava sobre o meu ombro
O som do piano entrava melodiosamente
Em nossos corpos, esqueci tudo lá fora
Só o que nos move é a paixão pulsante
Fugazes dos corpos plangentes se tocam
Sutil como uma gazela você se movimenta
A espreita eu fico diante da minha amada
Não tiro a atenção de sua nudez
Fico a observar cada linha do seu corpo
Seguro-me atento no seu lindo ser
Estamos completamente envolvidos
Porque já perdemos os sentidos
Levantar-me-ei ao som das trombetas
Anunciando o despertar do amor
Apartando-me da solidão que me atormentava
Assim que encontrei a dona da canção
Contemplei a face deslumbrante do anjo
Em seus olhos vi abrir a porta do céu
Onde foi parar os melhores pensar
Ah quem dera ter chegado ao seu coração
E conquistado a beleza da sua alma
Extasiados ficaremos ao bebermos
A bebida que escorre dos nossos lábios
Afinados vamos tocando a nossa história

Osvaldo Teles

Mulher forte

A saudade que hoje se reverte em prantos
É por aquela que me amou incondicionalmente
Mulher forte que com a sua simplicidade
Preparou-me para encarar os contratempos
Mulher de uma sabedoria inata
Não passou por nenhuma escola
Porém a vida lhe deu discernimento
Um instinto natural de proteção
Por onde eu andar vou levá-la no coração
Mãe palavra cheia de carinho
Emana do ser uma dose muito grande
De amor, ensinamentos me deixou
Para toda a minha vida
Na hora da partida ela me disse
Vá meu filho mas as portas
Estarão sempre abertas, a casa é sua
Até hoje sinto a sua presença me guiando
E sua intercessão diante do meu Deus
Quantas lembranças trago do seu amor
Para comigo minha santa mãezinha
Os seus conselhos me fizeram crescer
O seu chamado pelo Criador
Deixastes um vazio que jamais
Será preenchido, há dias
Que parece que falta um pedaço
Mainha é para sempre em minha vida
Sei que aonde esteja,estás olhando por mim

Osvaldo Teles

segunda-feira, 31 de outubro de 2016

Angústia da espera

O silêncio adentra fecho os olhos
Para me concentrar na sua espera
Preparei-me para te receber
Coloquei o mais belo traje, me perfumei
Na casa exalava o cheiro da lavanda
Na cama coloquei lençóis limpos
Sobre eles pétalas de rosas a perfumar
No criado mudo à vela dava o tom
Do romance que estava a começar
A janela entreaberta a brisa entra suave
Refrigerador natural do ambiente
O corpo já está empedernido pelo frio
Não vai bagunçar os meus planos
Não desfaz o meu sonho
Vem logo quero sentir as delícias
Dos seus deliciosos beijos
E a delicadeza dos seus toques
A gentileza do seu corpo me recebendo
Leva-me a sensatez ela já não me serve
A expectativa me deixa agoniado
Já estou a um passo do loucura
De repente o seu aroma toma conta
Uma sensação de alívio me assume
Estou a sonhar acordado com a amada
Em meus braços, ofegante busco os lábios
No impulso deixamos a divindade amor
Assumir o comando nos levando
A nos entregarmos sem compostura
Era o que sempre quis: te levar o prazer
Extremo, estremecendo as estruturas
Fazendo da sua quentura a combustão
Transportando-me para o paraíso
Vejo-te desvanecida, exaurida do amar
Desfazendo a angústia da espera
Aliviado repouso tranquilo ao seu lado

Osvaldo Teles

domingo, 30 de outubro de 2016

Nos acordes

Nos acordes ouvia soar a melodia
Meticuloso tento entoar a canção
O canto ecoa interior a fora
Os uirapurus, os canários, os sabiás
Se calam diante da bela melodia
Destes um solo fa-zendo-mi levitar
La vou dedilhando sobre o seu corpo
Sol tirando o som das suas cordas vocais
Re compondo a alma da luxúria da dança
Respondendo à inquietação do ser
Rufam os tambores a orquestra sinfônica
Pede licença para passar deixando
A plangência sonora no ambiente
Abrindo o jardim secreto do amor
Liberando sonoridade contida, tocante
Bailando como albatrozes ao som do mar
Dando os seus vôos rasantes sincronizados
Chuvas de pratas colorindo o chão
As cordas gemem aos toques dos  dedos
Dando o tom dos nossos movimentos
Levando dois corpos ao clímax pleno
Hipnotizados levitamos extasiados
Acariciados pela suavidade da melodia
Que saíam harmoniosamente em sua voz
Como beija-flor pairamos soltos no ar
Como estivéssemos em gravidade zero

Osvaldo Teles

sábado, 29 de outubro de 2016

Lembranças de outrora

Lembranças de outrora me perseguem
De uma era boa em que eu vivi
Sem falar o aconchego da família
Encontro com os amigos na praça
O bate papo corria solto
O sereno da madrugada vinha carregado
Com o perfume das flores da noite
A serenata animava a cantoria
A praça da matriz era o nosso palco
Vejo fresco na memória as brincadeiras
No coreto, a criançada perdia noção do tempo
Trago hoje comigo planos mirabolantes
Que fiz  quando era criança que sonhava
E via profundidade em tudo que me cercava
As belas raparigas colírio para os meus olhos
Que se juntavam na roda de conversa
Palavras simples e singelas mas sinceras
Lembro-me com detalhes das cantigas
De rodas, pular cordas, picula e garrafão
E o tempo aperreado insistia em não passar
Vejam só em mim estão os traços no rosto
Daquele que fui um dia, que o homem
Não consegue tirar a essência do eu
Saudades sinto do despertar para a vida
Voltando ao tempo que era feliz
Por vezes faço uma retrospectiva
Para não perder de vista a possibilidade
De encontrar a minha simplicidade

Osvaldo Teles

sexta-feira, 28 de outubro de 2016

Castelo ilusório

Eu sei que criei um castelo ilusório
Fiz das estrelas a minha morada
Literalmente viajava nas nuvens
Cortava o céu de carona nos cometas
Coloquei um redoma sobre mim
Afinal queria imunidade contra a dor
Encontrei-me-ei na magia da vida
Milagre, milagre fizestes no interior
Milagroso o amor brotava no meu âmago
Trazendo consigo o conforto ao ser
Apresentando-lhe o novo modo de viver
O planeta sonho me abraçou afetuoso
Fazendo adormecer os pesadelos
Arrebanhando os lírios da felicidade
Tentei desvencilhar dos asteróides
Choquei-me de frente com a lua
Encontrei a luz que passou a iluminar
O meu mundo, trevas nunca mais
O farol foi aceso, nas noites turvas
Lá estava os seus olhos a me mostrar calor
Dos raios solares sobre os corpos nús
Dentro do nosso planeta sonho

Osvaldo Teles

quinta-feira, 27 de outubro de 2016

Não tenho pressa

Nem todos os oceanos seriam capazes
De me impedir de chegar até ao meu destino
Naveguei os sete mares
Remarei contra a maré
Vento e ventania, raios e trovões
Não há tormenta que vá me fazer desistir
A predestinação é minha companheira
Não tenho pressa do encontro
Mesmo que exista uma centelha
De esperança persigo o meu objetivo
Continuo: não desanimo
Encontrei o combustível perfeito o amor
As labaredas ascenderam
A ardência queimava o corpo de expectativas
A certeza da chegada ficava tudo lindo
Não sei o que seria de mim se não tivesse
Que estás à minha espera cheia de afeto
Enquanto houver uma gota de suor
Vou derramar-lo não importa a circunstância
Nem que eu chegue dando o último suspiro
O teu aconchego vai me restaurar
Toda energia perdida durante à caminhada
Como brumas suaves era o teu corpo
Recepcionando-me com os  beijos
Saindo do pulmão o respiro para lhe pegar
Em cada jardim que passei não me esqueci
De colher as mais belas flores
Cheguei com um buquê nas mãos
Poemas fui compondo no caminho
Suavemente  entraram nos seus ouvidos
Verso e o reverso encontrei pronto o amor
Remendando uma alma que chegou
Em retalhos da fadiga da minha viagem

Osvaldo Teles

quarta-feira, 26 de outubro de 2016

Filosoficamente falando

Filosoficamente falando não sei de nada
Busquei o verdadeiro sentido da vida
Travei uma luta com o meu subconsciente
Para encontrar as melhores respostas
Muitas perguntas queimam a massa cinzenta
Tentei buscar compreensão, discernimento
Porém tudo é muito difícil, complicado
Só quero ser um eterno aprendiz
Alimento-me de ilusão, querendo sonhar
Alimentando a doce ilusão de encontrar
A minha missão no mundo - diretrizes
Não sofro influência da imaginação
Ganhei de presente o ciclo da vida
E ela é a grande professora
Dando-me oportunidade de aprender
Com os meus próprios erros, corrijo-me
Dando-me força no auge da minha fraqueza
As dúvidas me deixam emudecido
As palavras não saem para garganta
Quero buscar em mim mesmo as soluções
Lá fora fica tudo completamente confuso
Lá dentro queima um peito com as indecisões
Sei lá como será o futuro, não tem domínio
Do agora, mas não vou deixar nas mãos
Do acaso, tenho que tomar a rédea do destino
Controlar os meus instintos
Assumindo os riscos e deixando
Tudo seguir o seu curso, amadurecimento
Vai me levar descobrir as minhas respostas

Osvaldo Teles

Volta

Volta não deixa-me desolado
Tudo o que fiz foi para ficar contigo
Desvendando os perigos do caminho
Fiz peregrinação - errante me perdi
Muitas poeiras embaçaram os meus olhos
Impedindo-me de ver o que estava a minha frente
Não enxergava nada
Busquei as suas mãos para me guiar
E os seus ombros para sustentar-me
Não quero apenas uma amante
Sempre quis uma companheira constante
Enfeitando os lábios com belos sorrisos
Em teu corpo encontro o descanso devido
Em teus dedos o calmante das aflições
Os teus beijos abrem o portal dos delírios
Vindo sedar as dores sofridas
O que um sentir assim pode fazer
Elevar-me ao céu ou ao inferno astral
Experiência adquiri com as decepções
Não quis uma pessoa que pensasse como eu
Tive certeza que os opostos se atraem,
Trafeguei com a sensação do dever cumprido
Os fragmentos não me preocupei em juntar
Deixei-os para trás marcando as passagens
Que existem em me perseguirem
Não me assusto pelo que está por vir
O teu amor deixou o farol aceso
Para lhe localizar por onde você andar
Aconchego-te em meu peito com todo
Carinho o meu amor que acabou de chegar
Entra de mansinho vem arrumar a desordem
Que ficou em minha cabeça
Durante a sua tenebrosa ausência
Voltastes promete que não parte mais
Te prometo que serei só seu
E viveremos uma grande história de amor

Osvaldo Teles

A primazia

A primazia da primeira dança
Viestes como a cinderela toda bela
Desfilando pelo nobre salão
Sigo-te em todas as direções
É quando o sonho se torna real
Você se entrega nos meus braços
Dando-me o prazer da contra dança
Um príncipe é uma princesa a bailar
Voltas damos nas pistas da vida
A carruagem encantada a nos levar
Colados um ao outro sentíamos a leveza
E o líquido adocicado que fluía
De nossas bocas umedecendo os lábios
Tenho pressa para te conquistar
A noite já está se findando e o encanto
Pode se acabar, com um toque de mágica
Iremos restaurando o que foi partido
Correria nações para estar contigo
Só dependeria de te para criarmos
O nosso reinado de puro amor
Belíssimo jardins cultivaremos, flores
Teremos em abundância ornando os dias
Das suas essências o seu perfume
Dando cheiro às suas belas vestes
Fontes de águas límpidas vão correr
Para nos lavar, deixando tudo limpo
Muito lindo ter dançado contigo
Pode sentir a harmonia do teu ser
O belo adormecido despertou
Deixando vir à tona a magia de te amar  

Osvaldo Teles

terça-feira, 25 de outubro de 2016

O feitiço do amor

Coloco as mãos no ouvido
Uma venda nos meus olhos
Seu olhar expelia só magia
Sua voz a cantiga de hipnotizar
Tentei controlar os meus impulsos
Para não me encantar no encontro
Descobrir em ti o feitiço do amor
Enfeitiçado fiquei quando visualizei sua face
Vi uma das sete maravilhas diante de mim
Nunca tinha vivido uma experiência assim
Fiquei mudo sem poder me locomover
Materializando-se uma figura deslumbrante
Em fração de segundos fui ao paraíso
Tudo foi muito forte parecia que a vida
Esvai-se e que uma outra surgirá
De que posso chamar isto: paixão, Sedução
Só sei que já perdura por muito tempo: amor
É  a substância espiritual que alimenta
A minha alma e dar sentido ao viver
Contínuo o encantamento, não quero perder
Nenhum momento por uma aventura
És uma deusa que fugiu do olimpo
Transfigurou-se é uma bela mulher
Para me transformar em ser agraciado
Por te ter todos os dias do meu lado

Osvaldo Teles

domingo, 23 de outubro de 2016

No balanço

No balanço embalava as brincadeiras
Com as cantigas de roda
Tudo bailavam ao som do vento, pairando
O menino estava soltando a imaginação
Tudo era motivo para gargalhadas, feliz
Bem longe levava os pensamentos
O mundo fantástico nascia sem mácula, puro
Ingênuo queria desvendar os enigmas
Resplandeceu como raios x
Deixando tudo à mostra, nada lhe afligia
Não tinha preocupação com o futuro
Só aproveitava a beleza dos dias
Quem dera viver um eterno conto de fada
Os amores eram envolvidos em um misto
De sonhos e realidade, deveras o tempo
Parava, as fantasias dominavam as ideias
Peter pan perdia para mim
Com a sua capacidade de voar, anestesiado
Não sentia as dores do crescimento
O amadurecimento é inevitável mas levo
Comigo todas as fantasias do menino
Fazendo do cérebro o cofre das ilusões
Ilustrando na quadro da memória
O tempo bom que me fez amadurecer
Como flash as lembranças vão e volta
Deixando a minha essência límpida
Para não perder a minha criança

Osvaldo Teles

sábado, 22 de outubro de 2016

Alegrei-me

Alegrei-me com as suas palavras
Conforto e alento trouxestes a alma
Maravilha fizestes em minha vida
Se não fosse por sua presença constante
Carregando-me em seus braços
Já teria-me desgarrado do teu rebanho
As tentações são inúmeras, o carnal
Já tinha se entregue às coisas da terra
Tenho muitos atalhos para a chegada
Porém tu és o único caminho certo
Que pretendo seguir durante a vida
Deste-me a graça de acordar cada dia
Vendo o esplendor do amanhecer
E ver o entardecer com o céu estrelados
Ajoelho-me na hora do anjo
Devoto volto-me para ti maravilhado
Com a sua benevolência para comigo
E tanto amor que não cabe no meu ser
Transborda em forma de felicidade
Chapiscando em quem está ao torno
Não temo mal algum pois o teu cajado
Dar-me sustentação para prosseguir
Com a vossa santidade no meu coração
Torna-se forte como uma rocha
Nenhum vendaval e forte o bastante
Para me derrubar o senhor sabe
O senhor sabe quão grande é a minha
Adoração, pela sua zelosa proteção
Não devo me preocupar com nada
Sabes a verdadeira necessidade
Da minha alma e do meu corpo

Osvaldo Teles

sexta-feira, 21 de outubro de 2016

Escaneia-me

Escaneia-me vê o que se passa
No meu interior, transfigurada
A alma chora a sua dor
Vertendo as lágrimas sofridas
Chamei a grande deusa da beleza
Para realizar o milagre da ressurreição
Devolvendo-me o maravilhoso dom da vida
Trazendo de volta o belo sorriso
Que fostes roubado pela tristeza
Volta querida, vem curar esta ferida
Cansei-me desses amores vendido
Renasci das cinzas mais fortes que antes
Voltando às minhas origens em busca
Do que foi perdido no decorrer dos anos
Não alimento rancor das decepções vividas
Amarro tudo no saco roto, jogo no fundo do poço
Só deixo aparente o fio que me liga ao amor
Minha viola já não entoa canções triste
Melodiosamente vai buscando o compasso
Harmônico dos corpos entregue a paixão
Minha alma não debruça mais
No peitoril das lamentações, vivi o presente
Libertada das amarras da solidão
O silêncio não lhe faz chorar
O meu eu não voa mais errante
Encontrei um lindo ser para voar comigo
Os meus anseios não ficaram esquecidos

Osvaldo Teles

quinta-feira, 20 de outubro de 2016

Desejos insanos

Desejos insanos tomam conta de mim
Noites frias passo sozinho na cama
Busquei-te e não te encontrei
Um ser volúvel a sua espera
Lamentei a sua falta, só queria você aqui
Para extravasar toda tensão em ti
Escolhi está contigo: envolvido
Chega logo não me deixe nessa ansiedade
Não tarda meu bem, alguém  te aguarda
Essa inquietação me devora
Fiz planos, botei o champanhe no gelo
Deixei o quarto a meia luz
A música suave dando o tom de romance
Beijos picantes faziam os corpos arderem
Vem minha senhora com todo o seu afor
Selar no peito o amor que sinto por você
Pouco a pouco o abstrato ganha vida
O sujeito começa a ter ação
O verbo é conjugado no particípio
No pretérito presente amar-te-ei por inteiro
Dispondo da versatilidade do sentir  
Verdadeiramente entregue a sua forma de amar
Abrindo-me as janelas para a felicidade
Pulsante o coração palpita aliviando a tensão
Amanhã serei fruto de tudo que vivi hoje
Maduro me entrego aos seus deleites

Osvaldo Teles

terça-feira, 18 de outubro de 2016

Outros mundos

Procurei-te em outros mundos
Esperei-te em outras vidas
Viagens eu fiz por todas as galáxias
Colei a sua imagem em todos as estrelas
A lua fiz de observatório e dei nome de  amor
Nos planetas percorri desesperado
Os olhos te procurava em todas direções
Nascemos em mundo distantes
Crescemos em realidade diferentes
Porém as linhas da vida nos uniu
No ato conjugal os sangue se mistura
Na união sangüínea dois corações ritima
A emoção do encontro
Dou graças por você te encontrar
Nesta maravilhosa vida
Sinto-me agraciado em fazer parte
Dos seus sonhos, e sentir os seus carinhos
Embalados vamos dançando
A dança do nosso belo amar
Quantas vidas tivesse as viveria com você
Não mediria distância para ir em busca de ti

Osvaldo Teles

Mulher mágica

Mulher mágica nos seus lábios
Traz a fórmula do encantamento
Aposentando a inquietação de um ser
Desejo latente de ter a sua forma escultural
Envolvido nos meus braços
Deslizando nas lombadas do teu corpo
Até chegar ao seu caldeirão das magias
Como uma bebida embriagante me domina
Mostra o seu lado pervertido, me faz perder
Os sentidos,perdendo  contato com a razão
Não me preocupo com aparência
Só quero sentir toda a sua essência
Eis que chegastes em mim o melhor
Que corre em suas entranhas: lavou-me
Levou-me a purificação dos pensamentos
Trazendo a pureza até a mim
Findando a sofreguidão do coração
Amou-me com toda intensidade, mudando
A direção da nossa história de vida
Fazendo-nos descobrir a diferença
Da entrega da luxúria e pelo amor
Não vamos delimitar o nosso encontro
Deixaremos as coisas acontecerem
Com toda voluptuosidade
De dois seres que se amam intensamente
Eu quero fazer com muito amor, te acariciar
Abrindo toda possibilidade de te fazer feliz

Osvaldo Teles

segunda-feira, 17 de outubro de 2016

Pedi licença a tristeza

Procurei em algum canto a felicidade
Pedi licença a tristeza
Ela insistia dizer não, aflito eu ficava
Para me retirar de sua presença
Bati a porta da ingratidão ela foi solicitada
Disse para ela bati na porta errada
Quero mesmo é encontrar a compreensão
E relatar para ela tudo que passa comigo
Contagem regressiva eu fiz
Para ela anistiar a minha alma
Liberta, para que fosse em busca
Da sua outra metade, se completando
Sabedoria me acompanha não posso
Prosseguir sem ti, me darás discernimento
Anda ao meu lado, fica a espreita
Para dar orientação em situações adversas
Somos carne da mesma carne: terreno
Espírito do mesmo pai: celestial
Porém os dois se encontram no espaço
Tornando-os filhos da mesma mãe terra
O sagrado se materializa no matrimônio
Aliança feita entre homem e o ser supremo
Tornando o lar a casa do pai, pedaço do céu
Sigo os seu ensinamentos para não trazer
O sofrimento para o nosso convívio
Fazendo do amar a nossa partilha
Do que há de melhor em nós mesmos
Moldando-nos completamente ao outro

Osvaldo Teles

sábado, 15 de outubro de 2016

Nas minhas andanças

Nas minhas andanças te encontrei
Paixões passadas foram esquecidas 
Tomastes posse da minha vida 
O cérebro fez anotações, te registrou 
Gravou a mais bela paisagem, pura
No seu olhar trouxestes o feitiço 
Porção mágica jogastes sobre mim 
Quem é Monalisa para ter 
Traços tão perfeito como os teus
Deslumbrante são os teus sorrisos 
Traz consigo todo brilho do sol
Fazendo-me perder o tino
Gostaria de descrever com sutileza 
Sensualidade que emana do seu ser
Dando brilho aos olhos meus, incandesce 
Chamo-te de musa inspiradora, magnifica 
Mulher,admirável criatura dona do meu pensar 
As andanças nunca mais foi a mesma 
Os dias que até então eram longos 
Pousou a passar com mais brevidade 
As noites escuras ganharam estrelas 
O corpo cansado já tinha um ombro 
A minha espera para descansar, agraciado 
Entregava-me as teias e aos enlaces 
Já podia trafegar levemente de mãos dadas 
Nas nossas andanças contando estrelas 

Osvaldo Teles