Abri-se o túnel do tempo

Abri-se o túnel do tempo
Entro em gravidade zero
A leveza toma conta de mim
Fazendo viajar as estrelas

As constelações me iluminam
Levito dando volta sobre o ponto
Tendenciando ao paradoxo
Levando a uma era saudosa

Sendo o amor o meu condutor
Conduzindo a um estado pleno
Reativando antigos sentimentos
Foi quando eu me perdi de amor

Foi quando encontrei a felicidade
Pleno nestas paragens me achei
Perdido dentro do cápsula das eras
Vagueio alheio e sem controle

Flutuando toco suave nas nuvens
Cheguei livre ao seu mundo
Desprendido das coisas materiais
Tendo o amor como a luz do caminho

Osvaldo Teles

Eu sou o que sou

Eu sou o que sou pelo teu amor
O caminheiro errante que achou guarida
No peito daquela que é a sua amada
Fazendo vivências os bons momentos

Passastes a ser a razão do meu viver
Fiquei lisonjeado pelo seu doce olhar
Trazendo junto as mais belas fantasias
Lábios adocicados com sabor de mel

Fui tocado de uma forma inesperada
Guardei no corpo os efeitos do toque
Causadores de arrepios na minha alma
A seiva da paixão percorrendo pelas veias

Alterações causastes no meu semblante
Os lábios expressavam o que eu sentia
Abrindo a passagem estreita do coração
Entrardes sem pedir licença e cerimônia

Arrebatando um ser solitário para si
Tomando conta do espaço que era seu
O amor ocupou o vazio do meu peito
O leito gélido ganhou a sua quentura

Osvaldo Teles

Te vi

Te vi com os olhos do amor
A beleza se materializou
Deslumbrante a minha frente
Um linda mulher se revelou

A vida do homem transformou
A deusa fazendo o seu papel
Formosura em traços de mulher
Trazendo o poder terapêutico

A dose correta da louca paixão
Juntando os cacos de um ser
Elevando a tristeza em alegria
Vivendo em plena felicidade

Duas matérias ganhado vida
O ser comum se sentia um Eros
Recebendo em seus braços Afrodite
Unindo o profano e o sagrado

O planeta terra ganha fantasia
O palácio das doces ilusões
Acalmando os aflitos corações
Isto é o amor  entrando em ação

Osvaldo Teles

Fui jogado no mundo

Fui jogado no mundo de qualquer forma
Junto comigo nasceu o livre arbítrio
Dotando-me com o poder de escolha
Ganhei o discernimento para prosseguir

Tinha muitas setas porém só uma
Indicava o rumo certo a ser seguido
O caminho mais curto me seduzia
A serpente estava pronta para o bote

Com o seu veneno para me neutralizar
Fui salvo quase por um milagre Divino
A força do divino estava a me proteger
À margem as tentações me fascinam

Balançando minha firmeza nas passadas
Por vezes fui tentado a mudar a direção
Mas o amor que levava no meu peito
Era a bússola que orientava o rumo

Fazendo tirar as forças lá do fundo
Sendo os seus olhos o meu farol
Mostrando a rota do seu coração
Conduzindo ao seu quente colo

Onde encontrei alento para a dor
Dando repouso absoluto a alma
No pulso o relógio marcava o tempo
Que me foi dado para ser aproveitado

Osvaldo Teles

Achei o equilíbrio

Passei uma por  uma as páginas
Do álbum de fotografia no intuito
De encontrar os traços de outrora
A pele macia como um pêssego

Onde a juventude era a minha aliada
A vitalidade dominava todo o corpo
Levantei arrobas como se fossem penas
Andava quilômetros como se nada fosse

Apenas uma suave caminhada
Exercitando o meu corpo e a alma
Achei o equilíbrio da mente que procurei
E a paz que o espírito tanto almejou

Ansiava por conquistas planejadas
Fiz planos para o futuro que não deram
Em absolutamente nada só em cansaço
Deixei tudo nas mãos de Deus! Prosperou

Paciência acumulei de sobra pela estrada
Fazendo a releitura do meu livro da vida
Encontrei o parágrafo que dizia assim
A vida é um presente do nosso criador

Osvaldo Teles

Tentei não apagar

Tentei não apagar lembranças antigas
Focando no que está por acontecer
Buscando o curativo para suturar
As profundas e dolorosas feridas

Coloco o meu amor ao meu lado
Juntos vamos passeando pelo jardim
Sendo invadido pelo aroma das flores
Colorindo os dias com suas cores

Sentindo o encantamento do viver
Preparado para o novo sentimento
O amor germinando nas entranhas
Fazendo a vida sorrir para nós

Fui despertado do sono profundo
Não vou me preocupar com nada
Aproveitar o tempo que estou contigo
Só quero aproveitar cada momento

Que foi colocado ao nosso dispor
Pacientemente vou esperar o presente
Para que deixar para depois
Se posso viver plenamente o hoje

Osvaldo Teles

Um nó na garganta

As palavras queimam no peito

Um nó na garganta me sufoca

De tanta consternação pela perda

Que corrói a alma aqui por dentro

Doído se encontrava todo o meu ser

Apertava parecendo que ia expandir

Vindo a face o reflexo do interior

Dos olhos as lágrimas escorrem

Escutei a canção solidariamente

O corpo de rodopios só pelo salão

Atrás da minha parceria idealizada

As passadas só queria achar o ritmo

O coração buscou o compasso

Deparei com o espaço esvaziado

Pela a ausência do calor seu ser

No rosto se acumulam as rugas

Efêmera foram às lágrimas derramadas

Sentido os efeitos de suas carícias

Encontrei a harmonia que foi perdida

Abafei o soluço que queriam sair

Osvaldo Teles

Já tive muitos sonhos

Já tive muitos sonhos mirabolantes
Vivia literalmente no mundo da lua
Nunca quis me ater ao meu mundinho
Fantasiava o máximo que eu podia

Para não bater de frente com a real
Na minha mente a terra era o paraíso
Pisava na terra com a cabeça no além
Os pensamentos ganhou as estrelas

Para que pensar no bendito amanhã
Por mais que corra ele vai chegar
Se a vida é tão breve e pode se acabar
Em algumas frações de segundo

Entreguei nas mãos do destino o caminho
Sem me preocupar aonde ia me levar
Briguei com o relógio querendo ser
Mais rápido do que os ponteiros cansei

Parei para refletir sobre tudo isto
Tentei evitar tudo aquilo que me afligia
Porém tive algumas perdas inevitáveis
Que não tive como evitar de forma alguma

Osvaldo Teles

Sua alegria contagiava

Sua alegria contagiava

Ela era para mim o sinônimo de viver

Sua alegria contagiava a todos ao em torno
Minha irmã e afilhada que tanto amo
Agora só resta um vazio por sua ausência

E um dor que parece não ter fim

As lágrimas escorrem em pensar

Que não vou mais ver aquele sorriso lindo
Dei-te um nome de princesa: Geisa Daiane

Parecia que viva brindando a felicidade

Um sorriso sempre estampado nos lábios

Encantando a quem estivesse ao redo

Sabia como ninguém celebrar o belo viver

A vida é um sopro que a morte abafou

Encurtando a sua estadia aqui na terra

Se tornando uma estrela lá no céu

Como um pássaro fostes abatida

E de forma inesperada perdeu a vida

Deixando um grande lacuna nos corações

Daqueles que ela devotou o seu amor

As lembranças guardaremos para sempre

Seremos grato a Deus por nos presentear

Com este ser encantador e cativante

A simplicidade era sua marca registrada

Um anjo Ele colocou ao nosso lado

Para compartilhar as nossas vidas

Esta é a imagem que vou levar comigo

Da menina que brincava de ser feliz

Nos ensina que tudo vivemos vale apenas

Osvaldo Teles

Os devaneios de menino

Sombreando o meu templo vem as nuvens
Uma grande sombra chega assombrando
O destemido vê a coragem sair correndo
Ficando apenas os devaneios do menino

O espelho do tempo mostra as mudanças
Que as rugas demonstram expressamente
Que o menino se transformou em homem
Esquecendo das brincadeiras de criança

Onde o mundo real se mistura com a fantasia
Rumei alheio rumo ao desconhecido
Deparei com o inesperado tremia de medo
Brinquei com o destino durante a jornada

Só quis aproveitar tudo de uma só vez
Não levei nada a sério tudo era diversão
As águas do regato serviam de espelho
Mostrando o reflexo do clone de mim

Assustei-me quando vi a minha imagem
Distorcida refletida no espelho d’água
A danada da sede distorcia a visão
Que ficava dispersa na bela miragem

Osvaldo Teles

Feitiço das noites

Olhei para rua ela estava vazia e silencioso
A estrela Dalva estava lá dando o norte
Norteando um olhar totalmente perdido
As flores noturnas exalavam seus aromas

Desnorteando os sentidos apurados
Era tomado pelo feitiço das noites enluarada
A neblina tomando conta de todo o espaço
Dentro da madrugada tenebrosa e escura

Um vulto se avultou perante aos meus olhos
O tremor assumi os movimentos dos nervos
Ali estava assustado eu e os meus temores
Os medos faziam enxergar o inexistente

Os fantasmas interior vinham a tona
As lágrimas escondiam a minha visão
Os pensamentos vagabundos vagavam
Caçando um atenuante para os delírios

No peito o pobre coração batia acelerado
Procurando o compasso das emoções
A procura da sua figura na densa escuridão
O colirio dos olhos apareceu deslumbrante

Osvaldo Teles

Nas trocas de carícias

Esta noite eu pensei em te possuir
Possuído pelas forças  do amor
A noite era um palco de fantasias
Onde o verbo amar era conjugado

No particípio do verbo desejar procurei
Nos meus mórbidos pensamentos
Ressuscitando sentimentos antigos
Lembrei de cada traços do seu corpo

Nas trocas de carícias nos envolvemos
Era  tortura lembrar de seus carinhos
Carinhosamente te aceitava por inteira
Fui envolvido no silêncio introspectivo

Levei-a para uma viagem no meu interior
Gravando ti no coração como um selo
Tornando-nos unico pela união da carne
Ainda sentia o gosto dos seus beijos

Quando o sol rompe a escuridão noturna
A sua imagem esplendorosa se dissipa 
Percebi a importância de você tinha
Na minha vida quando a porta se fechou

Osvaldo teles

O tempo passou

O tempo passou feito um foguete
Que não dei conta de sua rigidez
Entrando violento corpo adentro
Quando dou por conta já passou

As suas sequelas ficam na face
As pernas se tornam vagarosas
Como andasse em câmara lenta
Não dando chance para a defesa

Maltratando sem dó e piedade
Levando consigo as fases vividas
Ficando só as doces lembranças
Da juventude que se foi embora

Mostrando a minha deficiência
Distribuindo pelo rosto as rugas
A caminho de uma era distante
Sem querer foi deixado para trás

Todos os sonhos que foi sonhados
Alguns projetos que foram traçados
Estando fadado a cair no esquecimento
Perseverei por muitos momentos

Por muitas vezes me vi fraquejando
Vindo a tona todas as fraquezas
Dando a definição da força do tempo
Que levou com ele as fantasias do menino

Osvaldo Teles

Alma em ardência

Aqui dentro está muito quente! Queima
Fazendo a alma entrar em ardência
Noites calientes passamos juntinhos
O frio de lá de fora não nos incomoda

Pois o meu peito parece uma brasa
Porque a sua pele me serve de cobertor
O suor escorrendo pelos corpos
Ficando os corpos todos molhados

Arrepios vão correndo pelas entranhas
E a tensão dominando os nervos
Sua voz suave vai me acalmando
O homem vai ganhando status de Deus

Por alguns segundos perco a noção
Aos poucos vão se transformando
Um frenesi ficando expresso no olhar
Mútuo são os desejos que nutrimos

Um pelo outro o amor sendo o alimento
O delicioso vinho umedecendo os lábios
Desconstruir o conceito pré existente
Neste instante vamos nos entregando

Osvaldo Teles

Tu fizestes

Tu fizestes esquecer de tudo! Viajei
Em alta querendo chegar ao além
Ali estava a simetria da poesia
Rimando dor com amor na combinam

Expulsei tudo aquilo que me afligia
Encontrei na saudade sua presença
Fiquei de frente com minhas ilusões
Ficando para trás o tempo perdido

Quem dera recuperá-lo um certo dia
Selei as maledicências com seus beijos
Envolvido em seu jogo de sedução
Acabei as amarguras que me corroíam

Dando lugar as fantasias esquecidas
Vi no amor a solução dos problemas
Usando a frase mágica: eu te amo
Elevei-a a condição de minha amada

Devolvendo o brilho aos meu olhos
Fiz a porta do paraíso se escancarar
A deusa caiu do pedestal em meus braços
Tornando-o eterno enquanto ele dure

Osvaldo Teles

Deitei sobre as lembranças

Deitai sobre as lembranças do passado
Para alimentar o meu incerto futuro
As incertezas fazem me questionar
Faziam ir em busca das minhas respostas

As inquietações eram minha companheira
Qual é o meu papel nesse mundaréu
Responsabilidade me deram muito cedo
Como seguir sem saber o que me aguarda

Fui além da minha resistência humana
O corpo não respondia aos estímulos
Que o cérebro direcionava para ele
Perseverei diante dos empecilhos

Que foram colocados no caminho
Quando fraquejei um Deus me apoiava
Mostrando o sentido do belo viver
Congratulei com meu irmão e comigo

Por minhas idas e vindas deparei
Com as veredas e os abismos
Ganhei discernimento para distinguir
Os caminhos corretos para trilhar

Osvaldo Teles

Por onde eu andei

Por onde eu andei não encontrei
O que estava procurando por demais
Neste mundo exterior me debatia
A procura daquela que tanto sonhei

Uma amada para sonhamos juntos
Em consonância com que procurava
Com foco que tracei para duas vidas
Dividindo as tristezas e as alegrias

Nem olhava no espelho com medo
De ver o reflexo da minha própria imagem
Desenhada nos olhos as dores da alma
Sangrei em forma de lágrimas copiosas

Bebi as mágoas nas mesas dos bares
Nas pistas de danças dancei desajeitado
Parecendo que não era parte do contexto
Um peixe fora d’água era assim que sentia

Fui ignorado pelas damas no salão
Até cair nas graças da que foi a  escolhida
Só nos braços do amor que me encontrei
A felicidade que o meu coração almejava

Osvaldo Teles

Tempo fechado

O tempo está totalmente fechado
O sol encoberto pelas nuvens turvas
Prenúncio de chuvas torrenciais
Eu aqui na minha solidão pensante

O aroma da terra molhada invade
Entorpecendo as dores pungentes
Fazendo evadir a minha consciência
Lucidez foge dos meus pensamentos

Incauto procurava os sentidos perdidos
Sinto puramente o vazio sendo povoado
Causando desordem no meu modo de viver
O desdém que tiveras comigo me levou

A repensar o ângulo que vou encarar a vida
Revendo os conceitos pré concebidos
Comunguei contigo o meu jeito de ser
Convicto que tudo que vivi valeu a penas

Convenhamos que nem tudo foi fácil
Convencido que ser feliz vai depender
Das convenções que deixei para trás
Vivendo tudo que foi colocado no caminho

Osvaldo Teles

Buum

Buum uma explosão foi ouvida

Por todo espaço terrestre
Foi o big ben ou a força de Deus
Fazendo a sua magnífica criação

Amor ele colocou nos corações

A todos ele tratou com irmãos

Paz ele distribui a todos com devoção
Uns defendem a teoria da evolução

Tratou com os homens a sua aceitação
Outros são defensores da obra do criador
Sobre a terra ele jogou várias sementes

A terra ele fertilizou com o seu amor

Em um ser melhor eu fui transformado

Sobre ela ele colocou as mais bela  

Flores espalhou pelos jardins da vida
Cada uma brotou segundo a sua espécie

Ao homem o poder de reinar sobre elas

O poder da sociabilidade ele me delegou

E me disse eu sou o caminho e a vida

Siga as minhas pegadas que vai  me achar

Osvaldo Teles

Continuo firme

Continuo firme no meu propósito
Não tiro nem momento do  radar
Sigo focado no objetivo que ser feliz
Vem me dá a mão e caminha comigo

Vamos dá leveza a nossa caminhada
Se quiseres terás um companheiro
Na árdua e fatigante jornada
Não nos sentiremos mais sozinhos

A margem da estrada estará enfeitada
Todos os espinhos foram retirados
Só flores estarão nos canteiros
Adornando o nosso novo mundo

Os corações ficaram cheio de amor
No rosto estará estampado o sentir
Resgatamos o que há de melhor
Dando brilho a um esplêndido viver

Eis o fruto da criação do divino
Divinamente se revelou para o amar
Foi Deus sim que fez você para mim
Como as estrelas fizestes a brilhar

Osvaldo Teles

Perdi a voz

Perdi a voz calado fiquei! Abismado
Perante um semblante angelical
Por um instante pensei estar no céu
Ultrapassei as constelações, pairei

Para apreciar o esplendor de sua beleza
Lá do alto dei vôos rasantes querendo ver
Mortificadas ficaram as ideias, estática
Ao tocar a tua pele nua, enlouqueci

Seu olhar vinha carregado do seu feitiço
Por ver a perfeição em suas curvas
Da quentura que emana do seu ser
Em brasa ficou as minhas pupilas

Pelo brilho incandescente dos seus olhos
Fiquei chapiscado pelo com seu amor
Passastes a ser o objeto do meu querer
Todas as setas indicavam a sua direção

Quebrando as algemas que me prendia
O coração batia acelerado e compassado
Com a respiração ofegante lhe beijei
Provocando o libido contido em mim

Osvaldo Teles

Na junção da carne

Seu nome trago gravado na memória
No corpo levo resquícios de suas unhas
Depois dos enlace de uma noite de amor
O sabor do seu batom fica nos meus lábios

Suas marcas desenhadas pela pele
Os gemidos ecoando dentro do quarto
Sinto uma leveza como estivesse flutuando
Toco as estrelas sem sair do meu mundo

Saindo toda energia contida nas entranhas
Absorvendo toda a sua sensualidade
Fazendo perder a bendita coerência
Tudo aqui fica secundário só você importa

Fortes ao mesmo tempo  um rochedo
Por algum instante parecia um cristal
Sensível aos meus suaves toques
Desativando a sua coordenação motora

Vás cair cambaleante nos meus braços
Vou me despedindo de todo o meu pudor
Desnudo do pudor me deixo ser seduzido
Na junção da carne nos encontramos

Osvaldo Teles

Acredito

Acredito que não nasci por acaso
Uma grande missão me foi delegada
Viver em comunhão com sua criação
Abraçando a todos como irmãos

Sou fruto da obra de um Deus
Que me deu o sopro da vida
E um universo  para aproveitar
Sentindo a plenitude do seu amor

Por isto creio em sua presença
Constantemente em minha vida
Sendo conhecedor dos meus atos
Quando deixei Deus agir em mim

Descobrir que sou capaz de fazer
Coisas lindas e maravilhosas
Beirando a sua perfeição
Nada é impossível aos seus olhos

Não fugindo dos seus desígnios
Acredito na força superior agindo
Dando as dificuldades como lições
Fazendo de cada queda aprendizado

Osvaldo Teles

Deixa a vida seguir

Por favor não me acorda ainda
Deixa eu dormir o sono de criança
Sonhando aqui está tão gostoso
O pesadelo por vezes me assusta

Mesmo assim o mundo é só felicidade
O exterior causa grande fascínio
Ainda não foi jogado aos leões
Estou preso ainda ao casulo

Deixa a vida seguir o seu curso
Daqui a pouco eu vou crescer
Crescendo vou sentindo as dores
Que o crescimento me trouxestes

Tenho que aproveitar a meninice
Enquanto a fantasia não perder o trono
O sonho do menino perderá o encanto
As experiências fará a diferença

Fase primária passará tão rápido
De repente encararei a dura realidade
Mantive comigo a minha característica
Porque me arrepender do não foi vivido

Osvaldo Teles

A minha jóia

A minha jóia para você
Meu coração eu te dou
A minha essência vai junto
Cuida dele não o machuque

Cheio de amor para encher
A sua vida com muita emoção
Coloquei em uma caixinha
Na tampa um inscrição

Com letras douradas
Que dizia assim eu te amo
Embrulhei para presente
O meu bem mais preciso

De valor imensurável
Acompanhando um buquê
De belas rosas vermelhas
Dedicação não vai lhe faltar

O amor que tenho para te dar
Não cabe dentro desta caixa
Dei-te sem pedir nada em troca
Só ficaria grato se aceitasse

Osvaldo Teles

O divinal sentimento

Renasci no dia que te conheci
O divinal sentimento brotou
Quero te amar óh mulher
Vou pensar só no momento

O passado joguei ao vento
Só tem você no pensamento
Sonhei contigo no meu leito
Elevando-nos ao ápice do prazer

Toalhas macias no banheiro
Lençóis de algodão forra a cama
A espera da estonteante bela dona
A camisola de seda lhe aguarda

Impregnada com seu suave cheiro
Madrigais ecoavam no ambiente
Descontrolado os impulsos cerebrais
Fazendo perder a rédea do coração

Um ser desejoso te esperando
Louco para se entregar a amada
Encontrando em seu colo o alento
Que tanto a minha alma almejava

Osvaldo Teles

k

Já é madrugada

Já é madrugada e ainda não dormi
A cabeça fervilhante não deixa apagar
Estou aqui a pensar o quanto foi bom
As noites que passamos juntos

Juntando os cacos do meu coração
Envolvidos nos enleios do amor
Fico à espera da sua entrada sensual
E finalmente aos poucos relaxar

Sentindo a ternura através da suas mãos
Tentar no sono pegar e adormecer
O barulho que vem de lá de fora
Às sistema não fecham é sono

No travesseiro ficam as lágrimas
Que derramei sentindo a minha 
É ensurdecedor  tira-me atenção
Fico na expectativa pela chegada

Amanhã o dia começa 5:00 horas
Chorei gotas doidas das frustrações
Porém já estou indo para cama
É amor só você não percebeu

Osvaldo Teles

Viajo pelo espaço

Recolho-me no imerso silêncio
Fico com as ideias ausentes
Viajo pelo espaço e o tempo
Perdido em um mundo de ilusão

Abro a janela para a solidão entrar
Porém ela não acha guarida no peito
Entrego por completo o meu corpo
Vou internalizando as mais pura reflexão

Metido em seus grandes ensinamentos
Aprisiono a tristeza que pulsa aqui dentro
Começo avaliar o que certo e errado
Erroneamente cruzei alguns caminhos

As setas não indicavam o meu norte
Desnorteado ficava sem rumo a seguir
A bússula interior estava desorientada
Quis o amor como o meu subterfúgio

Encontrava-se só mas não estava solitário
Calado fica o coração só na escuta
Sentindo as cargas emitidas pela mente
Os olhos lacrimejam o que a alma sente

Osvaldo Teles

Glória

Nobre poetisa nascestes e fui glorificada

Recebendo o seu nome de Glória

Bem aventurada és mulher santificada

O seu nome estar ligado a uma pessoa

Que sente desejo irresistível de se aventurar

Pelo mundo e conhecer a si mesmo

É um busca de realizar os seus sonhos

De seu belo viver fizestes poesia

Semeando palavras com muita maestria

Em simetria harmônica dos versos rimados

Buscando perfeição em tudo que faz

Com a sua sabedoria reflete antes de agir

Mergulha de cabeça no que está fazendo

Esquecendo tudo que está ao seu entorno

Glória Glória é o seu santo nome

A cidade maravilhosa é sua fonte inspiração

Professora de mão cheia sendo mãe

Tens o dom interpretar a criação de Deus

Em suas poesias coloca a sua essência

Destilando as mágoas sanando a dor

Osvaldo Teles

O sol e a lua

O sol adormece a lua desperta radiante
Estampada no manto azulado a enfeitar
O descanso do seu belo enamorado
Como seria se um dia ele se encontrasse

Eles se entregariam incondicionalmente
Ou um consumiria a energia do outro
Ou os dois reinariam juntos lá no alto
Quem dera o céu se tornaria tão belo

Transformando-o em uma aquarela
Estonteante seria para os olhos
As estrelas iam pontilhando as vestes
A noite fica mais bela sendo cercado

Pelo cinturão de órion que lhe prende
Separados em pró da cronologia
Fazendo o clima entrar em harmonia
Como seria marcado  as horas no tempo?

Se um reina pelo dia a outra durante a noite
Raios e trovões cortariam o céu ao meio
Os astros dançariam enfeitiçados
Pelos estilhaços das luzes incandescentes

Osvaldo Teles

Apaguei a luz

A cama passou a ser a espaçonave
Comecei uma viagem de volta para mim
Sintetizando o elo que fiz comigo mesmo
Aprofundei no encontro do corpo e alma

Apaguei a luz aos poucos a-dor-meço
Desconectando com o plano terrestre
Conectado-me com o plano celestial
Corroendo as minhas frágeis estruturas

Olhando para o teto perco os sentidos
As lágrimas se condensam ao cair
Querendo ter a sua doce presença
Curtir os efêmeros momentos sem ti

No leito gélido jaz um corpo congelado
Indignado com a falta que me atormenta
Um ambiente funesto se transformou
O peito que se acha completamente vazio

O polo norte foi transportado para dentro
Do quarto que guarda as suas marcas
A estabilidade sendo colocada a prova
Sem frear as emoções desenfreadas

Osvaldo Teles