domingo, 26 de agosto de 2018

Um nó na garganta

As palavras queimam no peito
Um nó na garganta me sufoca
De tanta consternação pela perda
Que corrói a alma aqui por dentro

Doído se encontrava todo o meu ser
Apertava parecendo que ia expandir
Vindo a face o reflexo do interior
Dos olhos as lágrimas escorrem

Escutei a canção solidariamente
O corpo de rodopios só pelo salão
Atrás da minha parceria idealizada
As passadas só queria achar o ritmo

O coração buscou o compasso
Deparei com o espaço esvaziado
Pela a ausência do calor seu ser
No rosto se acumulam as rugas

Efêmera foram às lágrimas derramadas
Sentido os efeitos de suas carícias
Encontrei a harmonia que foi perdida
Abafei o soluço que queriam sair

Osvaldo Teles

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