terça-feira, 31 de janeiro de 2017

Serenou

Na noite serena serenou serenidade
Brumas refrescante envase a alma
Sedando as dores que maltrata a carne
Aplica a dose certa da sua substância
Composta do melhor que há em ti
Sacode-me, tange a tristeza para longe
Alegrar-me-ei com cada gesto de afeto
chego de mansinho mendigo seu carinho
Para que conter os desejos, desprende
Já não quero mais prantear, acordei
Com o santo remédio junto a mim
Comecei usar o gerúndio do verbo amar
Rasguei a  cartilha que só fala de sonhos
Estou envolvido com o  realismo presente
O que era ilusão tornou-se realidade, você
A atmosfera aquecida expande, explode
Estilhaços de amor por toda parte
Em brasa corpos ardente  procuram-se
Os beijos ardilosos tira-me o fôlego
À equidade dita o compasso dos meus atos
Dormi sendo eu levantei outro
Disse para mim mesmo só quero viver
Eternamente todos os meus devaneios
O utópico sempre  fascinou-me
Trazendo-me o real diante dos meus olhos
Vivenciado o sonho que acabou realidade

Osvaldo Teles

segunda-feira, 30 de janeiro de 2017

Saístes do mar

Saístes do mar parecendo uma deusa
Toda molhada, o corpo a mostra, sensual
Em sua transparência,infinitas possibilidades
Vem aos meus pensamentos, sonho
Com a filha de Netuno saindo das águas
Uma linda pérola vai emergindo do oceano
Sobre a área vem desfilando a séria
Cabelos negros ao vento que me balança
Com o seu charme a conquistar-me
Corre logo vem cá,és fruto dos meus sonhos
Criação dos meus devaneios  alucinógenos
O sol escaldante faz-me entrar em delírios
Transpôs a linha do horizonte, vi o além
Dei partida para o mundo fantástico do teles
 As  correntes marítimas sacudiram-me
Lembro daquele dia que a cortina celestial
Abriu-se e a divindade materializou-se
Como estivesse venda uma miragem
Boquiaberta deixa-me em formato de violão
Emocionante é tê-la  em meus braços
Sentindo a primazia de sua áurea
Desfilando contigo sobre as águas
Não digo não aceito-te do jeito que chegastes
Deslumbrado fiquei diante de sua magnitude
Até então não tinha visto tanto primor
Agora só quero mergulhar no teu mar
E aproveitar as benercias de estar em ti
E com as pérolas encontrada fazer o colar
Com as linhas que liga a vida tecer o laço
No mapa das mãos chegar ao seu coração
Transportando-me para as profundezas
Para as maravilhas do seu mundo inteiro

Osvaldo Teles

sábado, 28 de janeiro de 2017

Levai-me tu ao extremo

Pego-te pelo queixo levemente
Como se pega uma pena com total leveza
Sedento vou em direção de sua boca
Ofegante recebia os meus lábios aos teus
Vens em pele nua, desnudando a minha
Efêmero desejo? Já dura há muito tempo
Levai-me tu ao extremo, estremecendo-me
As estruturas, tirando-me os sentidos
Deixa derramar sobre ti o saboroso vinho
Para eu fazer do seu umbigo o meu cálice
Perderei-me no seu caminho da felicidade
Afrodisíacos beijos te dei,fui lá no seu íntimo
A sua silhueta fica a mostra,lindos contornos
Provocando as mais gostosa sensações
Só tu sabes como enlouquecer-me
Alucinante e estonteante, envolve-me
Na sua voluptuosidade faz-me perder
Na excitante luxúria que proporciona-me
Transformando-me em um amante de ti
Sei aonde podes levar-me com o seu dengo
Devora-me com o seu olhar fulminante
Desperta o fascínio dos seres que amam-se
Fazes corpos viajarem sem saírem do lugar
Logo estarei com a mente nas estrelas
Vem que eu digo sim ao laço do amor
Eu te presentearei com o belo céu
Aonde que eu vá estará na minha cabeça
Celebraremos o simples motivo de vivermos
Casando nossas carências com a vontade
De viver, apascentando os meus  ímpetos
Fazendo o fluido do amor correr nas veias
Paulatinamente chegando as linhas faciais
Aos poucos somem as tristezas da alma

Osvaldo Teles

O seu belo canto

No arbusto canarinho da terra solta
O seu belo canto em carretilha
Ao ver a sua fêmea aproximar-se
Preparando-se para o acasalamento
Neste ritual estufa o seu peito
O macho sai atrás de material
Para preparar o seu ninho de amor
Depois do período de incubação
O ovo se partem nascem as suas crias
Na vida tudo tem as suas particularidades
O homem corteja a sua dama
Canções embalam as suas noites de paixão
Entregam-se perdidamente ao seu amor
Vidas formam-se no enlace da entrega
Caminhavam sozinhos até o amor lhe sorrir
Cada um  trazia consigo o seu encanto
Jardins floridos enfeitam cada amanhecer
Aromas diversos envade o lar do amar
Embriagando as almas dos amantes
O canto da passarada provoca hipnose
De tão belo dueto entre corpo e espírito
Ouvi-la é passagem para o surreal
Todas as constelações mostram-se
Sendo a lamparina das noites vencidas
Ao lado da belíssima dona do meu ser
Preparei com ramalhetes o nosso ninho
Adornei com pétalas para deixar macio
Para receber a mais bela das fêmeas
E amar com toda intencidade da alma

Osvaldo Teles

quinta-feira, 26 de janeiro de 2017

O que tu queres

O que tu queres ouvir minha amada
Já usei todas as veracidades possíveis
Para você entender de uma vez por toda
Que sou um homem de uma mulher só
Despede o velho modelo de viver
Desertei a minha alma vagabunda
A convertir em uma eterna apaixonada
Deixando você ocupar o vazio que existia
Já não sinto necessidade de vagar, não fujo
Estás a combater as tempestade comigo
A insolação não trás-me fadiga
Tenho a sua língua para refrescar-me
Extraindo o mel de sua boca
Para adoçar o meu cotidiano, esquenta
Sentindo o calor de sua pele de veludo
O sangue ferve querendo sair a qualquer custo
Eis que quebrou o feitiço maledicente
De ser peregrino errante, atrás de aventura
Perdido, achei no teu  ninho acomodação
Cair no seu aconchegante templo do amor
Esqueci de todos os perrengues passados
Joguei-me neste novo enredo sem preocupar
Com o desenrolar desta nova história linda
Vou vivendo cada etapa como última gota
Do vinho maravilhoso, degustando a vida

Osvaldo Teles

Olho para o espaço

Olho para o espaço esvaziado
Tudo está muito cinzento, nublado
Enxergo tudo nebuloso, tenebroso
Os olhos preso no relógio, tudo parado
Perco a noção do tempo, não vejo-te
Fico alheio a tudo que rodeia-me
Estática a massa fica presa
Desprendo os meus sonhos
Dançam no céu de brigadeiro
Para que eles encontrem-se com facilidade
Certo do enlace matrimonial vou delirante
Os últimos fios prateado de luz vai findando
A noite vai ficando escura e muito fria
Um tremor assume os comandos do corpo
Contraindo todos os meus membros
Até os meus fantasmas abandonaram-me
Deixando-me isolado, só eu e o imaginário
É o suficiente para que eu fosse a ti
Lembrando das noites que passamos juntos
Ainda sinto as marcas que ficaram no peito
Nos lábios o sabor do seu batom
Nas vestes o seu perfume está impregnado
Adoro o silêncio para o encontro pessoal
O ócio projeta-me a refletir sobre tudo
Vou em busca de ti quantas vezes for preciso
Para que o nosso conto de fadas prossiga
Um grande amor é para ser vivido
E não para ser simplesmente lembrado

Osvaldo Teles

quarta-feira, 25 de janeiro de 2017

Mulher santa

Procurei-te como se procura uma agulha
No palheiro, fechei os olhos para sentir
A sua presença, quis você para enxugar
Os meus prantos, abrandando a solidão
Fiz do querer-te uma doce devoção
Nunca te quis santinha, na cama encontrei
A divindade transfigurada em mulher
Incauto ia tateando os teus contornos
Ouço  sussurros em forma de canção
Ritmado começo dar os primeiros passos
A tua parte humana transtornou o homem
Venerei-te, entreguei-me com a alma pura
Derramando sobre nós a graça do amor
A sombra da proteção da santa menina
Levou-me ao refúgio dos seres santificados
Devolvendo-me a crença perdida
Não vou reprimir o desejo contido
Libertarei o leão que ruge aqui dentro
Tiro a venda de santo, quero ser eu mesmo
Denota toda a adoração que sente por mim
És o santuário que guarda o sacrossanto
O reservatório do precioso sentimento
Aproximando o profano do divino sentir
Coloco-me de joelhos em adoração a Lili
O meu  grande achado que botei no nincho
Religando o homem mundano com o santo.

Osvaldo Teles

terça-feira, 24 de janeiro de 2017

Fui acometido

Fui acometido por uma paixonite aguda
A lacuna do meu ser foi preenchido
Com palavras que fluem como poesia
O ardor que queima o meu peito
Causando ardência em minha pele
Queimando as minhas ideias
Um fogo consome-me por inteiro
Que faz o meu coração fumegar em brasa
Não apaga esta chama, incendeia este ser
Só deixa a tua pele colada com a minha
Tenaz são os seus gestos amáveis
Solda os fragmentos existentes
Passando-me de opaco para cintilante
Tornando-me gerador de luz própria
Transparecendo cadência harmoniosa
De um corpo em chamas ardentes
Entrando em combustão, fico alucinado
Expelindo faíscas pelo nariz de tanta tensão
Não quero compreender a lógica das coisas
Não preocupo-me com o contrassenso
Vou ser seduzido pelas incertezas
Para que a minha brasa continue acesa
Sendo o amor o meu combustível
Em te acender a labareda da paixão
Os desvarios puseram-me em eleio com o amor
Incendiando duas almas enamoradas

Osvaldo Teles

segunda-feira, 23 de janeiro de 2017

Um ser abstrato

Fiquei nas linhas do tempo, espreitando-te
O inesperado aconteceu foi colocado
Nas curvas do meu tortuoso caminho
Um grande enigma para ser desvendado
Apareceu-me uma figura surreal, fascinante
Perfeição, que desliza sua beleza sem igual
Um ser abstrato mas pode ganhar corpo
Esculpido em uma expressão de mulher
Consigo traz uma pessoa extraordinária
Gargalhada farta em tom de confirmação
Comunhão de almas foi o nosso encontro
Como uma gazela saltitante chegaste
Preparando a cova para a semeadura
Viestes como o dente-de-leão  solta no ar
Germinando em meu coração a flor do amor
O amor torna-te a mais bela entre as fêmeas
Amor do homem que a venera como santa
Devolvendo a alegria a um terno ser
Rapidamente vem  a seiva revigoradora
O combustível correndo pelas veias
Ligando a ignição dando partida
Para o seu mundo, paro sobre ti
Em pousar suave e tranqüilo, extasiado
Voluptuosidade, faz-me sentir parte de você
Em teus olhos encontro a porta do seu ego
Decifrando os enigmas do seu interior
A química perfeita vem com toda força
Em um abraço o nó da união é dada

Osvaldo Teles

domingo, 22 de janeiro de 2017

Tínhamos o céu

Tínhamos o céu como telhado
Os astros eram as nossas lamparinas
Passamos a noite no relento
Na grama ficamos escornados
Serenou, serenou na madrugada
Pelos arrepiados pelo sereno
O aroma do orvalho era o cheiro ambiente
Estimulante natural para o libido
A bebida deliciosa fluía dos lábios
Dos seus seios brotava o néctar
Ébrios estávamos os corpos desejavam-se
O manjar da vida eis a tua língua
Entornamos a taça do vinho gostoso
Deixa escorrer pelo canto da tua boca
Para que eu possa degustar cada gota
Estávamos sozinhos no nosso pequeno éden
Tudo nos era permitido
Comemos do fruto proibido?
Porém fizemos o terreno encontra-se
Com o sublime ato sagrado do amor
Despertamos com os raios solares
Queimando as nossas faces

Osvaldo Teles

sábado, 21 de janeiro de 2017

Belezas vastas

Quando eu fui colocado no mundo
Vi as belezas vastas que ele tinha
Cresci encantado por cada uma delas
Cataloguei todas as passagens
Fui alternando as paragens
As que me trouxeram felicidades
Com as que me fizeram sofrer
Para vencer uma a uma estou aqui
Muitas vezes o cansaço abateu-me
A maior de todas maravilhas estava por vir
Foi seguindo os desígnios do amor
Que consegui chegar até a tua pessoa
Podemos unidos navegar tranquilos
Pelos mares revoltos das paixões
Netuno nos levou no mais profundo
Dos oceanos para desvendarmos
Os mistérios do verbo viver
Descobrimos o sentido da existência
Comemorando cada segundo contigo
Bebi abundantemente da fonte dos prazeres
Matei a sede dos desejos contidos
Naufraguei nos males do cotidiano
Emergi olhando para a mais bela criatura
Que o divino colocou em meu caminho
Trazendo-me o divinal sentido do amar
Seguir-te-ei afetivo, sem mácula, límpido
Impossível de ser descrita, acima do humano
Celeste, o que há a mais elevada perfeição
Espantoso é o seu semblante sereno
És o anjo que desceu para me abrilhantar
A flor mais formosa do meu lindo jardim
Jogando o seu fascínio sobre mim

Osvaldo Teles

sexta-feira, 20 de janeiro de 2017

Abre-me o teu peito

Abre-me o teu peito deixa eu entrar
Estou pronto para possuir-te
Não vou desobedecer a lei do amor
Que é compreender a sua essência
Pego a tua mão dou um beijo disfarçado
E cheio de má intenção, peguei-te e conduzi
Pelo mundo fantástico das fantasias eróticas
Fantasticamente juntamos os sentimentos
Unidos nós estávamos nos olhávamos
Com os olhos do amor, só víamos o belo
Somos único um para outro, alma gêmeas
O que nos importava era estarmos juntos
Um desejo expresso no meu querer
Direciona-te para mim diz-me o que queres
Na mudez de sua voz e no olhar penetrante
Enquanto os dedos fala pela alma
Canalizando todo o carinho que sai de ti
Fixa-te como um adesivo no meu peito
Acende-me,  tens o meu amor deusa minha
Anseio os teus cheiros deixando as marcas
Fica aí quieta fazer-te-ei a mulher mais amada
Não tenha receio, não sairá machucada
Busquei em ti o refúgio da minha solidão
Cada beijo é para mim um respiração
Boca a boca o respiro de uma vida a ressurreição
Adianta os teus passos diminui a espera
Fiz-lhe sustentáculo para segurar-me
Carente quis a sua delicadeza afagando-me
E o seu corpo ardente proporcionando- me
Momentos maravilhosos de intenso prazer

Osvaldo Teles

quinta-feira, 19 de janeiro de 2017

Veio a tristeza

Veio a tristeza acometer o teu ser
Provocando em ti lágrimas copiosas
Evadindo de você a satisfação
Entalhando na face linhas tristes
Pintei a cara, botei o nariz de palhaço
Sustentaria a sua fadiga sobre mim
Gostaria de ouvir o seu canto,não o lamento
Fiz muitas peripécias para ver o teu riso
Mesmo que fosse pelos cantos dos lábios
Passamos de bar em bar só para você
Afogar as suas mágoas, só  não sabias
Que eu sofria junto a ti
Enquanto enxugava as tuas lágrimas
A minha alma chorava contigo
Se eu pudesse eu trocava de lugar contigo
Querendo ver de novo o seu belo sorriso
Alívio eu traria para as tuas dores, querida
Tirando-te da terra e levaria ao paraíso
Faria de tudo para afagar o seu ego
Diria que fostes a minha escolhida
E que vou te amar por toda a minha vida

Osvaldo Teles

quarta-feira, 18 de janeiro de 2017

Na boca da noite

Na boca da noite o sol perde o seu brilho
Deixando o céu todo avermelhado, arrebol
Cigarras fazem a cantoria nas árvores
As galinhas ciscam no quintal
O gado vai mugindo para o curral
Os pirilampos se mostram na escuridão
Um ar bucólico compraz em contentamento
As flores noturnas deixam os seus cheiro
Vindo as narinas os aromas campestres
Os amantes ficam inebriados
Na varanda sobre a rede embalam-se
Vendo as mariposas valsando
Ao som da orquestra dos grilos
Levando bem longe os melhores sonhos
Quando a noite adentra o clima ameno
Cadência o avanço dos ponteiros
Cadente caem os corpos celestiais
Sendo amparados pelo colo da mãe terra
Os medos noturnos impede-me de continuar
Olhando para o telhado, figuras formam-se
Gotas da garoa caem das frestas das telhas
Mística a madrugada passa sem ser notado
A luz da rua invade pela janela  que se apaga
Sinto o respiro ofegante a tensão domina-me
Não aguento mais o sono derruba-me
Apago esperando um novo dia começar
Com a minha amada entrelaçada
Dá uma beijo na testa e levantar-me
Ouvindo a passarada cantarem
E com a festa das aves no terreiro

Osvaldo Teles

terça-feira, 17 de janeiro de 2017

Ausento-me

Ausento-me, um barulho rouba  meu silêncio
Ausente a consciência entre dois seres
Desligo-me perco a ponte que nos liga
A corrente é totalmente quebrada
A serenidade foi para o beleléu
Sensibilidade partiu  para o espaço
Loucura, loucura adrenalina o cérebro ferve
Tirando-me a veracidade das emoções
Dos contos e das minhas ilusões
As palavras perderam a sua harmonia
Perdido ficou o compasso da dança
Frenéticos ficaram os pensamentos
Os pobres dos olhos lacrimejaram,choraram
Os corpos bailavam querendo encontrar-se
Contato imediato preciso ter com o amor
Restabelecer o elo partido com o harmônico
Encontrar na  balbúrdia o fio que nos prende
Vindo-me o equilíbrio das minhas palavras
Deixando escondido o desequilíbrio da mente
Medito contrito no passado,presente e futuro
Eis contudo um faz parte do outro,completam-se
Seguindo o ritmo do tempo para deparar-se
Com o verdadeiro sentido do verbo amar
Amaria-te vida com toda intensidade da minha
Vibrantes corações enternecidos se entregam
Fortalecendo as vigas de sustentação da vida

Osvaldo Teles

segunda-feira, 16 de janeiro de 2017

Maravilhado fiquei

Deparei-me com a imensidão do planeta
E com as maravilhas contidas nele
Subtrair o melhor de cada uma delas
Maravilhado fiquei pela obra do Criador
A parte árida a chamou de terra
E colocou animais e plantas segundo
As suas espécies, separou as águas
E as chamou de mares, e no céu foi feito
Os luzeiros para clarear as trevas
Tirando a terra da escuridão
E com um sopro Ele fez o homem a alma vivente
Assim a terra, e o céu foram acabados
E todo o seu exército foram terminados
E a maior de toda a sua criação foi feita
Da costela do homem,foi a última e a melhor
A mulher um ser angelical a perfeição Divina
Ao paraíso lhes conduziu para viverem juntos
Compartilhando de toda a beleza da criação
A nudez não lhes incomodavam, liberdade
O livre arbítrio Levou-lhes ao doce pecado
O fruto adocicado foi degustado o amor
Fazendo brotar toda essência da vida
Tornando-os uma só carne e um só espírito

Osvaldo Teles

Levou consigo

Levou consigo o meu sorriso
Ficando tudo muito sem graça
Sempre estive a posto por sua chegada
Desesperado estou com a sua demora
Toda o meu ser sente a sua falta
Vem logo para matar esta vontade
De estar contigo, alivia a tensão dá espera
Por onde andas, regressa ao nosso canto
O coração não conseguiu desvencilhar de ti
Todo o ambiente continua preservado
O seu retrato está dependurado na parede
A sua imagem ainda  reflete na  cabeça
Como esquecer do teu corpo torneado
Dos grandes momentos e lindos de amor
Seu chamego levava-me para fora de mim
Despertando o meu lado mais sensível
Emotivo o adulto torna-se bebê chorão
Derramando lágrimas tristonhas
Introduziu-me na rua das amarguras
A nossa canção ficou gravada no tempo
Reavivando lembranças do amor vivido
Produzindo uma saudade de quem se ama
Levantei-me atento para ter a sua presença
Aqui no meu peito está tudo vazio, recordar
Era tudo que poderia fazer para estar contigo
Sempre presente em meus dias, atenuando
O impacto da ausência,lamentos derramei
Para tirar as máculas, espulsando a melancolia
Buscando em teus braços a minha alegria

Osvaldo Teles

domingo, 15 de janeiro de 2017

Cantos jubilosos

Cantem, cantem passarinhos!
Cantos jubilosos de alegria
Revoadas fazem no céu
Sabiás alvoroçadas de galho em galho
Anunciando o cair das chuvas
Pingo a pingo a terra é regada
Chuva cai, as palmeiras dos buritis florescem
Os animais comem em pastos verdejantes
Nos açudes cheios as aves fazem a festa
Jaçanãs dançam sobre as águas
Os bem-te-vis comandam a sinfonia
Preás do mato saem da moita
As lebres saltitantes pulam das tocas
Ninhadas de marrecos vão em direção à lagoa
Do solo nascem frondosas árvores frutíferas
Os mandacarus mostram a sua floradas
Os umbuzeiros doam os seus frutos
Açucena, flor menina, mostra sua resistência
As suas raízes resistiram ao calor extremo
Os vaqueiros entoam os seus berrantes
O som é ouvido de longe
O gado que até então estava magros
O capim gordura era farto, os urubus
Foram buscar carniças em outra freguesia
As Marias percorrem léguas em busca de água
As aguadas transbordam nas cisternas
O caboclo filho da peste, homem forte
Com os braços roçam os matos
A terra está preparada para a semeadura
Semeando vai brotando a beleza da vida
Asa branca batendo asas de volta para o sertão

Osvaldo Teles

sábado, 14 de janeiro de 2017

Uma força estrenha

Arrebentou-me uma força estranha
Não sabia que a possuía, excitante
Era descobrir a verdadeira essência
Que fluía de dentro para fora de mim
Digo ao espírito que o corpo precisa
Efetividade para funcionar com perfeição
Deixo  para lá às atribulações
Muitas vezes fiquei noite adentro
Para encontrar a conciliação
Não sou incrédulo tenho a fé como amuleto
Desesperar porque se no final tudo se ajeita
Ajeitando vou às decepções adquiridas
A criança aprendeu com o grande professor
O mundo, Levando-me às grandes conquistas
Homem tornei-me com as lições de vida
Não ficou comigo as maldades sofridas
Sentimentos negativos não acompanham-me
Selecionei só os fragmentos positivos
Para servir de base para as minhas lutas
As vitórias pode tardar porém vão chegar
Estarei pronto para receber os louros
Os troféus ficaram guardos na memória
Para recordar-me de cada etapa vencida
Saberei encarar as derrotas com aprendizado
Para deixar-me mas forte para as batalhas

Osvaldo Teles

quinta-feira, 12 de janeiro de 2017

O sol rompe o céu

O sol rompe o céu desvirginando o dia
A lua e as estrelas aos poucos somem
Vão escondendo-se, sabemos que estão lá
Para aparecerem majestosas no anoitecer
Fazes descansar em teu leito esplêndido
Quando quiseres amar-me descortina o céu
Deixa os seus raios de luz sobre tua pele
Incandescendo por toda a sua áurea
Tira o véu da tua face deixa reluzir
A chama que sai do seu corpo formoso
Com fineza vou torneando com as mãos
Delicadamente à noite nos convida ó amada
Para fazermos do encanto da madrugada
Debaixo do manto azul o palacete do amor
Os corpos se encontram e as almas festejam
Despertei enternecido nos braços do meu bem
Desejoso pelo término do dia para te ter
De novo em meus termos braços

Osvaldo Teles

Não fala nada

Não fala nada fica calada, o corpo vai falar
Tudo aquilo que transferistes para o eu
Ele responde com clareza tudo que captou
Receptivo o querer se apropria do teu amor
Vai conduzindo por via tortuosas a minha vida
Transgressor dos desígnios pré existente
Vou quebrando os paradigmas do destino
Levando as minhas aventuras ao final feliz
Para que ter medo ele atrapalha a caminhada
Coloquei a coragem no  peito, prosseguir
As visitas ficaram escuras a boca ficou seca
O corpo não atendia o estímulo do cérebro
As pernas tremia de tanto cansaço
A saliva ficou grossa faltava água
Olhei para frente o sol deixava tudo trêmulo
Só miragens para perturba-me
Oásis só um sonho distante
Uma fonte refrescante e uma bela rapariga
Só era fruto de uma mente enfraquecida
Procurei um lugar para o descanso
Sombra e água fresca não foi oferecida
Encontrei durante a jornada força não existente
Cheguei ao final firme na ideia da luta vencida
Destinado a recomeçar quantas vezes for preciso

Osvaldo Teles

quarta-feira, 11 de janeiro de 2017

Está por vir

Está por vir o encontro da magia
Com a senhora fantasia
Brilhante e penetrante olhar a hipnotizar-me
A beleza e a perfeição desfilam
No palco do sucesso dando as mãos
Sossego coisa que não sentimos
No plano terrestre, deixei a mente ir além
Não quero nada que venha me causar dor
Só a sutileza dos seus beijos, encanto
Retiro do ombro o peso, renascimento
Não retornei ao ventre materno,mas renasci
Apanhei muito do meu verdugo, o tempo
Divergente quebrei as regras  estabelecidas
O que interessava o seu conteúdo interno
Não vou mentir que o conjunto fascinava-me
Não precisa me devolver os sonhos
Que sonhamos juntos, restam-me alguns
Para prosseguirmos a nossa peregrinação
Tentando desvendar os mistérios da vida
O segredo é deixar a intensidade dos dias
Acalmar a ansiedade dos prazeres noturnos
O feitiço põe-me a porção enfeitiçadora
É aquela que escorre do céu da sua boca
Causando desequilíbrio em nossos atos
Despertando para um novo mistério

Osvaldo Teles

Esperando por ti

A cadeira ainda está na varanda
A mesma que sentávamos
Para admirar o pôr do sol
A rede continua no alpendre
Esperando por ti para embalar
Os nossos melhores sonhos
Na parede da sala está o seu retrato
O pêndulo do relógio marcou
Os belos momentos felizes
Nos canteiros as flores
Que embelezavam o amanhecer
Os seus aromas deixavam-nos ébrios
 A passarada assobiando lindas melodias
As andorinhas em suas revoadas
Davam o tom ao maravilhoso entardecer
Linhas avermelhadas riscavam o universo
Histórias da mocidade trago na memória
Saudades não me perturbam, nostalgia
É o que nos liga ao passado, ausência
Só sinto dos traços limpos da testa
Juventude continua comigo na alma
E percebido em cada atitude dá criança
Que habita dentro do meu ser sonhador

Osvaldo Teles

terça-feira, 10 de janeiro de 2017

Assim caminham os devaneios

Assim caminham os devaneios
No sono perdido durante a noite
Indo desvairado para o abismo
Dos seus deliciosos lábios e suculentos
Abrindo-me uma lacuna impreenchível
Na noite de inverno, céu  nebuloso
Um lado da cama vazia, muito frio
Não gostaria que soubesse a falta que sinto
Do quente cobertor que é a tua pele
Que fazia ferver o meu sangue, braseando
Todo o meu ser,Intransponível  o coração
O coraçãozinho em bagaço, que só o perdão
Para renascer das cinzas, fortalecido
Com a criação ilusória das paixões exacerbada Como tirar uma carta nas mangas, magia
Com  estalo de dedos fazer tudo acontecer
Tirando-me o time da minha existência
Eu dormia como uma criança dormir
Quem sabe uma dia pudesse velar o teu sono
Admirando a fera adormecida ao lado
Esuberanza escondida em uma faceta
Abra-me as possibilidades de nova era
Tirando a inconstância da imaginação
tornei-me um homem que acredita no amor
Depois que foi apresentado a você

Osvaldo Teles

segunda-feira, 9 de janeiro de 2017

Insanidade

Nascestes do ventre da terra
Sutilmente, deslumbrante viestes
Trazendo consigo melodia da vida
Brilho da magia, amor em todas as formas
Guardo no subconsciente a sua essência
Conscientemente trago-te até ao meu leito
A carne ainda treme com os efeitos
Que a insanidade de uma noite nos deixou
Fizemos uma visita ao nosso jardim secreto
Flores de toda diversidade a enfeitar o lugar
Aroma de toda espécie exalava inebriante
Flutuamos como pena soprada pelo vento
Fecho os olhos para sentir o seu corpo
Junto ao meu, ao alcance das minhas mãos
Tresloucado  meus sonhos encontram os teus
Perco o domínio das  faculdades mentais
Perco a razão enquanto o coração começa agir
Enlouquecendo-me só vejo-te a minha frente
O sensato perde os sentidos e viaja
Tendo alucinações, perdendo o compasso
Transpondo as barreiras do âmago
Ficando aparente as emoções do interior
Causando-me arrepios o seu contato
Cultivei a mais bela flor do meu jardim
Ela foi regada com gotas de amor
E a colheita foi feita com muita delicadeza
Saturando o corte que a vivência deixou

Osvaldo Teles

domingo, 8 de janeiro de 2017

Rascunho

Mergulho na profundidade do interior
Vejo em mim o rascunho de sua imagem
Fixado nas paredes da minha alma
Tudo não passou de uma miragem
As atribulações fazia-me ter visões
Tranquiliza-me não faz-me sofrer
O que eu disser acredita é a pura verdade
Você mudou a minha saga, minha vida
Eu não sei viver mais sem você
Para onde eu for estarás presente
Não canso de dizer-te que  és parte de mim
Seu nome soa como uma lira aos ouvidos
Não vou mais derramar lágrimas
Este querer cessou as minhas procuras
Em ti encontrei tudo que preciso
Se não sabes o amor é  curador das feridas
Anestesiando dores profundas, sanando
Faz-me um bem danado está contigo
Envolvido em seus laços preso pelos fios
Dos seus cabelos, grudados no suor
As carícias que vem de tuas mãos
É o cicatrizante natural de minha alma

Osvaldo Teles

sábado, 7 de janeiro de 2017

O palco do mundo

Quando eu nasci o palco do mundo
O grande teatro já foi preparado
Já estava esperando-me, adequei-me
Planejei ser o autor do meu próprio enredo
Trilhei por cenas que não faziam parte
Do meu roteiro, tentei mudar alguns trechos
Fui coadjuvante em algumas episódios
O manto sagrado faz o pano de fundo
Os holofotes celestiais iluminam as cenas
Fiz do mundo o palco,da vida um espetáculo
As cortinas do cenário foram abertas
Para o grande show começar
O  destino é o maestro que dá o tom
A platéia aplaudia o sucesso da apresentação
A engraçada comédia humana, pus-me
A pensar na sinopse do filme da minha vida
Não permite-me ensaios e nem  erros
Preparei-me para o estrelato, ledo engano
O papel que foi-me dado foi de um dublê
O meu nome nunca aparecia nos scripts
Todos os papéis eram secundários
O importante é atuar bem em qualquer papel
Título da minha novela amor sem limite
Os capítulos foram tendo adaptações
Para se adaptar no longo da história

Osvaldo Teles

sexta-feira, 6 de janeiro de 2017

Puro amor

Falo-te do puro amor que nasceu em mim
Daquele que jorra torrencial atemporal
Como fonte de água viva, Trazendo vida
Tomastes posse do coração que te pertence
Lavando todos os traços de tristeza
Transcrevo o que a minha alma sente: amor
Sem resistência entrego-me a ti com paixão
Estou entre os teus beijos e seu cheiro
Os teus braços apertam-me ao seu peito
Sinto toda a maciez do seus seios desnudos
Deliciei-me com o mel que sai da  boca
Vou costurando os retalhos dos movimentos
Lindo demais,guardaremos conosco através
Dos contratempos que possam surgir
Eis que és o bálsamo curador da minha dor
Expurgando toda maledicência existente
Vem com tudo não desfazer-se de nada
O antes não vai ter nenhuma importância
Só diga sim, para vivermos o amor
Vamos deixar ele falar por si só
Nas transformações que traz aos amantes
Vem com pressa minha amada
Para aproveitarmos cada segundo
Como se fosse o último em nossas vidas
Tudo em torno torna-se belo

Osvaldo Teles

quinta-feira, 5 de janeiro de 2017

Minha águia interior

Minha águia interior abre a sua envergadura
Em um impulso ganha de presente o espaço
Levas-me tu como brumas no oculto do amor
Ficando claro que nascemos para nos amar
Aparecem na tela a graciosidade de te ter
Como companheira constante na decolagem
Quero ter a leveza das garças dançando
Sobre o  mar, casamento perfeito
Destemido e imponente saía voando
Cauteloso nada amedrontava-me águia minha
Levantar-me-ei rasantemente fez-me ave
Dragões perseguiram-me terrivelmente
Nas nuvens fiz a minha trincheira, sonhei
Uma batalha insana e desleal, pesadelo
Fugi de mim para não encontrar-me
Assim mesmo entrei no obscuro do mundo
O buraco negro quis puxar-me para ele
Achei a força que não sabia que existia
Aventurei-me em planetas distante
Usei os anéis de Saturno para pouso
Em Marte parei para reabastecer as energias
Vênus envolveu-me no mistério do amor
A atmosfera fez-me contemplar a beleza
Que habitava dentro do ser maravilhoso
As pestanas juntam-se para captar
As vibrações que emanam das fases da  lua
Planeie sobre a terra lá está as coisas belas
Rios, mares, florestas tive que retornar
Pois não posso esquecer da minha amada
Usarei sua sensibilidade para a decolagem
Juntamos nossos instintos de sobrevivência
Elevaste-me a um nível extremo de paz

Osvaldo Teles

quarta-feira, 4 de janeiro de 2017

O caminhar sozinho afligia-me

A solidão aperta o meu coração
Pego o violão e colo no peito
Ele plange o que a alma sente, chora
Chorando derramei as lágrimas sofridas
Dores que deixam o coração dilacerado
Silenciador das minhas palavras
O caminhar sozinho afligia-me
Só dando partida para o mundo dos sonhos
Cavalguei no lombo do meu cavalo branco
Louco para colocar a minha princesa
Na minha garupa e cruzarmos à noite escura
No ser mitológico alado viajamos pelas nuvens
Cometas nos guiando pelos labirintos celestiais
Tirando-me da tristeza pungente, inerente
Sempre quis razões para os acontecimentos
As lacunas que acompanha-me, incomoda
Quis apenas a lógica,o sentido da existência
Deixei pendurado na parede da lembranças
Tudo que trouxe-me aprendizado
Encontrei o eu perdido nas minhas ilusões
Valente encarei todas as dificuldades
Confiante tornei-me a minha princesa
Já estava abraçando-me por trás
Sentada no lombo do meu cavalo branco

Osvaldo Teles

terça-feira, 3 de janeiro de 2017

Serenata do amor

As estrelas piscam lá no alto
A contemplar eu fico aqui em baixo
Vem minha querida para a janela
Para a serenata escutar, deslumbrante
A melodia que fala do nosso amor
Chuva de prata sobre o seu corpo
A lua emoldurada lá no céu
O sereno  deixa-me molhado
Trêmula a voz sai ritmada, compassada
Na balaustrada a amada desdenha
No solo um ser anseia tê-la nos braços
Os meus sonhos voaram para ti
Cada dedilhada dada no violão
O som ecoa procurando a sua alma
Quebrando o silêncio existente no ser
Garoando saímos dançando emotivo
Ao sentir o seu corpo tocando o meu
Causando desordem em mim
Perdendo o compasso dos sentidos
A embriaguez dos meus pensamentos
Deixa-lhe presa aos meus sentimentos
Rompe o sol a alvorada vai aparecendo
Junto sinfonia de pardais,revoada de andorinhas
Dando boas vindas ao dia que começou
Dois perdidos na noite reencontrando-se
No belo amanhecer com os corpos unidos
Cantarolando hinos para o amor

Osvaldo Teles

domingo, 1 de janeiro de 2017

Perdi o bonde

Perdi o bonde das 00:00 horas, vou esperar
O mapa simplesmente voou para longe
A expectativa de encontrar os meus planos
Teve que aguardar pela próxima condução
Fiquei desesperado na estação, desiludido
Clemência ao deus dos sonhos, deixei-vos
Adormecidos e fui criando a minha fantasia
Entorpecido pela fadiga desfaleço, durmo
O sono dos anjos, o subconsciente desperta
Tudo vem à tona, perdido  nas interrogações
Como sair deste emaranhado de questionamentos
Corri desorientado dentre as estações
Alternando lucidez com belos devaneios
Revelando toda essência do homem
É imprecidivel um caminho continuou
Prosseguir sem medo das ciladas perversas
Não aceito a estagnação do crescimento
Confusamente vai encaixando-se o novo
Nada será como antes tudo mudou
Sei que o bonde não será o mesmo
Os passageiros foram mudados
Dize-me tu que alimenta o meu sonhar
Em que parada vou encontrar a realização
Dos meus propósitos e desembacar realizado
Dando risadas dos imprevistos da jornada
Contendo aprendizado em cada tropeço
Leva-me a ver as estrelas cadentes
Serem sepultadas no planeta terra
Depois de iluminar a noite dos amantes
Poseidon sequestra a beleza da lua
Depois que tritão declarar seu amor por ela
Para que o mistério dos sonhos continue vivo

Osvaldo Teles

Foi-se embora

Foi-se embora a bendita consciência
Para que eu quero-te, só faz atrapalhar
Pensar faz-me perder tempo e os momentos
Lembraremos tudo que marcou o que vivemos
As marcas ficaram nas gavetas das lembranças
Sobre mim deixastes os sinais que nos vincula
O encontro foi o destino que providenciou
O andar errante e solitário acabou
A minha alma ganhou leveza para caminhar
O cérebro envia vibrações positivas
O coração passou a bombear o sangue
De uma forma  heterogênea pelas veias
Dando equilíbrio para corpo e mente
A nossa aliança foi forjada no amor
A paixão cresceu em canteiros férteis
Fertilizada com muito amar e carinho
Levei-te aos meus aposentos, deitartes
Nos trancamos no mundo dos sonhos
Não sabota à decolagem vamos partir
Afinal somos as engrenagens de partida
Deixaremos o ar ditar a nossa direção
Em alta temperatura ele vai refrescando
Tudo é  voraz, quando damos conta passou
Já estamos em outra dimensão

Osvaldo Teles