domingo, 1 de janeiro de 2017

Perdi o bonde

Perdi o bonde das 00:00 horas, vou esperar
O mapa simplesmente voou para longe
A expectativa de encontrar os meus planos
Teve que aguardar pela próxima condução
Fiquei desesperado na estação, desiludido
Clemência ao deus dos sonhos, deixei-vos
Adormecidos e fui criando a minha fantasia
Entorpecido pela fadiga desfaleço, durmo
O sono dos anjos, o subconsciente desperta
Tudo vem à tona, perdido  nas interrogações
Como sair deste emaranhado de questionamentos
Corri desorientado dentre as estações
Alternando lucidez com belos devaneios
Revelando toda essência do homem
É imprecidivel um caminho continuou
Prosseguir sem medo das ciladas perversas
Não aceito a estagnação do crescimento
Confusamente vai encaixando-se o novo
Nada será como antes tudo mudou
Sei que o bonde não será o mesmo
Os passageiros foram mudados
Dize-me tu que alimenta o meu sonhar
Em que parada vou encontrar a realização
Dos meus propósitos e desembacar realizado
Dando risadas dos imprevistos da jornada
Contendo aprendizado em cada tropeço
Leva-me a ver as estrelas cadentes
Serem sepultadas no planeta terra
Depois de iluminar a noite dos amantes
Poseidon sequestra a beleza da lua
Depois que tritão declarar seu amor por ela
Para que o mistério dos sonhos continue vivo

Osvaldo Teles

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