Procurei desmistificar

Procurei desmistificar o mistério do Criador
Contemplei a lua emoldurada no espaço
Vi estrelas despencando da via láctea
Cheguei a vê a sua imagem lá no céu
Pedi a Deus para estar contigo
Rompe os limites da velocidade da luz
Não pestanejei, para não perder o rumo
Suportei a ideia fixa do ponto de chegada
Refletia em cada parada,qual o meu destino
Sou assim complexidade em pessoa
A minha vidinha  vou tocando em frente
Simplória quero transformá-la
Só a grandeza d’alma vai me importar
Muitas vezes não entende as mensagens
Confusas que chegaram até a mim
Tentei decifrar através dos sons do mar
Na cantiga melodiosa dos passarinhos
A liberdade e a leveza das aves voando
No perfume que exala das flores
Na beleza do cintilar das estrelas lá no céu
Nas frases de amor sussurradas ao ouvido
A singeleza do olhar de um apaixonado
Que só enxerga com os olhos do amor
Vendo na amada a mais bela das criaturas
E no amigo o irmão que alma escolheu
Sou assim amante compulsivo do belíssimo
Que foi pintado na tela que o meu coração
Agoro só me falta encontrar a plenitude
Dos meus sonhos no jardim florido da ilusão

Osvaldo Teles

Não sou perfeito

Não sou perfeito, sou humano
Perfeição só para os anjos divinos
Porém tenho as minhas virtudes
O homem pulsa forte nas atitudes
Mundano sei que sou
As tentações tentaram tirar o foco
Fui seduzido pelo profano
A capacidade de amar fez-me diferente
A santidade veio através do amar
Fui homem pecador até encontrar o amor
Libertei-me das coisas terrestres
Alado o meu ser se tornou
Levando-me ao céu rasguei a cortina
O véu tirei da sua cabeça
Revelando a santa que fez o milagre
Sobre o altar mor foi colocada
Do coração fiz o seu santuário
Com flores foi enfeitada a bela se revelou
Exalando o aroma que vêm do seu interior
O sacro e o mundano  andam juntos
Hipocrisia desabilitei da minha existência
Perdão pedi de joelhos e  mãos próstatas
O pecador encontrou o caminho da luz
Nenhum mal me afligia ela estava comigo
Não sou perfeito porém tem o livre arbítrio
Para fazer as minhas escolhas
Certas ou erradas só o tempo dirá

Osvaldo Teles

Prece ao amor

Rogo a ti sagrado sentimento
Faz do meu coração a sua morada
Toma minha vida em tuas mãos
Já caminhei por estas paragens
Amor estejas sempre comigo
Assumindo todas as minhas ações
Faz-me vê no próximo um irmão
Na amada minha alma gêmea
Resplandece no meu olhar
Todo bem que faz em mim
Oh mais nobre dos sentimentos
Age com toda as forças no meu ser
Modificando a minha saga
Tu que tens o poder de cura
Cura-me a enfermidade da d’alma
Livra-me do peso do sofreguidão
Entreguei-me inteiramente a ti
Fiz do amor uma devoção
Devotei todo o meu querer
Uma canção de amor veio aos ouvidos
Vindo junto às lembranças do que vivi
A minha prece vem do fundo do coração
Agradecido pelo bem que ele me fez
Tornando-me terno e sensível
Com olhar cheio de brilho e vida
Por ti ficou mais lindo meu viver
Quis um dia estivesse agindo
Dentro do meu ser, esculpindo nos lábios
Adorna a face com um sorriso maravilhoso

Osvaldo Teles

Vamos quebrar a rotina

Vamos quebrar a rotina do viver
Saindo da mesmice do dia a dia
Bem dizendo as dádivas
Dispersando as frustrações
Fazendo dos pesadelos em um lindo sonhar
Já devaneie contigo nas minhas fantasias
Encontraria-me com ti no novo éden
Despojado dos traumas e das tristeza
Saímos a velejar pelos mares de emoções
Com o vento das ilusões
Ficando de lado um viver sem graça
Deixando para trás as cenas tristes
Entrelaçamos os nossos braços
Juntos cantarolando pelo mundo
Sedento de amor deparei-me com ti
Consigo trazia o alento para o coração
Rotineiramente aguardo seu dengo
Delineador de um ser apaziguado
Encantador desencantando a magia
Agonizando os dias demoram de passar
A rotina vai tirando o brilho da vida
E distanciando dos corações que se ama

Osvaldo Teles

O seu perfume

O seu perfume, Inebriante
Chama-me para, o lascivo beijo
Tudo vai sendo, conduzido a ti
 Dominava-me, com suas carícias
Carinhoso, entreguei-me sem medo
Não me preocupei, com nada
Deixastes-me, estagnado
Com tão lindo amar, planei de tanta
Leveza que ficou, o meu corpo
Segurei, em seus cabelos
Para não perder, o contato
Com o real, a fabulosa fantasia
Nos leva ao centro, fantástico do ser
Não quero, explicações das coisas
O proibido é muito,  mais gostoso
Um calor ardente, faz o coração
Bater, descompassadamente
O cérebro perde, a ligação com realidade
Por vezes o instinto, assume os atos
Um amor visceral, me acomete fatal
Lutei para chegar, até ti inocente
Foi  despertada, em mim a perversão
Pervertida as tuas,mãos fizeram-me arder
Neste jogo de sedução, me deixa livre
Libidinosos, meus olhos te laça
Lançando-me, ao paralelo da ilusão
Corpos ardentes, em cadência
Desfrutando, de sua forma de amar

Osvaldo Teles

Chuva de inverno

A chuva de inverno cai torrencial
A vidraça embaçada, ofuscando a luz
Um misto de mistério toma conta de mim
Balbucio bem baixinho, cadê você
Os corpos sobre a cama fria
Procuram-se para se esquentarem
A boca quente vagando pelo corpo
Pele com pele, faz a temperatura aumentar
Vou aprofundando-me, na noite aquecido
Raios cortam, o céu em festejo
Trovões anunciam, o encontro dos corpos
Sonhos perdidos, retornam aos corações
Casos e acasos, vão religando-se
Estabelecendo, o contato imediato
Entre o amor e a paixão, fundindo-se
Fazendo-os, um só sentimento: Querer
Estar envolto, nos seus laços afetivos
Aderente vás acoplando, o seu ser no meu
Vamos flutuando, no espaço e no tempo
O amor foi despertado, do seu leito
Para nos fazer, viver e sonhar
Na certeza que, na frieza dos corpos
Passamos a tempestade, juntinhos
Temporal pode cair, que estarei protegido
Com seus estimulantes toques aquecendo
O sangue ferve procurando uma saída

Osvaldo Teles

As luzes se apagam

As luzes se apagam o corpo parado
As pestanas se fecham ligeiramente
Uma bela figura vem a mim
A cabeça fervilhante a mente viaja
Ficando perdida no espaço
Indo ao além da linha imaginária
Só há um pensar  que é tê-la na cama
Vem despida do seu pudor e de seus medos
Despindo! Sentindo a sua nudez nas mãos
Timidez? Deixei escondida a sete chaves
Saliente avancei, em teus beijos vinheram
A saliência a dois seres enamorados
Penetrante o seu olhar me invadiu
Consumindo cada gota da doce bebida
Alucinante vai nos deixando extasiados
Se for por amor pode vir que estou pronto
O leito já está posto para unir as almas
O carnal vai perdendo as forças
Lapidando a pedra em um belo diamante
Modificando a essência do homem
O animal ganha sensibilidade
Tornou-se um ser amável pronto para amar
Tirando os laços de suas asas livre ficou

Osvaldo Teles

Meu bem

O que fazer, se as pernas ainda ficam
Trêmulas quando, você se aproxima
O coração pulsa, como a primeira vez
Que os meus lábios, tocaram os teus
Meu bem, só quero que alimente
Este amor, que é todo teu
Reuni as expectativas, em torno de ti
Terei o teu amor, como recompensa
Gerando em nós, o desejo compulsivo
De encontrarmos, o ponto convergente
Dos elementos, que nos proporciona prazer
Vagarosamente vamos, sendo levado ao rito
Carícias vão dando, a partida para o amar
Mar de sensações, nos conduz ao êxtase
Para tudo! O paradoxo toma conta do quarto
Só nos importamos, com o momento
Colocamos sentimentos, nos toques
Envolvidos somos tirados, do plano terreno
Alavancandos, ao sistema solar
Despertando em nós, as mais bela reações.

Osvaldo Teles

Cheia de graça

Ave Lili cheia de graça
Formosura que me fascina
Estejas sempre comigo
Amando-me e mim fazendo feliz
Antes de ti dançava um eu vazio
Bendita és vós em minha vida
Transformando o meu estado onírico
Sonho tornando-se em realidade
Trouxestes-me vós alegrias para a alma
Fizestes brotar a semente do amor
Um novo ser nasce fortalecido
Abrindo um leque de possibilidade
Correremos juntos ao universo do imaginar
Guardei a sua deslumbrante imagem
Antes de ti só uma sombra vinha aos olhos
Após ti um arco-íris formou-se sobre mim
És vós a preferida do meu coração
Linda revelou-se com  toda singeleza
Roguei a minha alma para te amar
A mulher cheia de encantamento
Para nunca mais sofrer do mal de amor
O milagroso sentimento curando a dor
O homem sentiu o líquido da vida
Irrigando  todo o interior do seu ser
Eis a bendita santa que chegou
Estancando as lágrimas copiosas
Que fluíam de um ser tristonho

Osvaldo Teles

Vim da roça

Vim da roça com seus sabores e cheiros
Homem rude porém a humildade guia-me
Meu cachorro piaba deitado em baixo
Da jurema o tempo passava sem ser notada
A vaca mimosa mugia lá no curral
O cavalo importante desfilava no pasto
As aves no topo das árvores faziam sinfonia
Para descansar da lida me jogava na rede
Que fica dependurada no alpendre
A nega se chegava toda dengosa
No balanço da rede amor eu lhe dava
Naquele momento todo lá fora paravam
Não ligava para nada estava com a amada
Parecia que tudo passava em câmara lenta
O coração palpitava ao ritmo das emoções
Fugaz entregava-me aos seus encantos
Trazendo-me as mais belas sensações
Tudo casava perfeitamente corpo e alma
A calmaria ia assumindo o ambiente
Os vaga-lumes conduziam os sonhos
Que eram alimentados em seus lábios
O aroma embriagante que fluía do jardim
Era o perfume que perfumava o nosso ninho
Um gole de pinga desnorteava os sentidos
Anestesia das dores dos dias corridos
Era o seu aconchego e o teu aperto no peito
O canto do cardeal era serenata de amor
Não tenho como esquecer a minha origem
Trago os traços na face das lembranças
Que o tempo que se encarregou de marcar

Osvaldo Teles

Fostes alegria

Passei uma noite de angústia sem você
Desolado fiquei durante as madrugadas
Cada alvorada era uma tortura ao levantar
O canto do galo me acorda para a realidade
De um viver sem a pessoa amada
Fostes a alegria de minha vida
Quando a saudade invade o meu peito
Daqueles beijos que só você sabe dá
Nosso amor era tão lindo que faz-me sonhar
Devolvendo a sintonia para o meu coração
Amor e o que sinto por ti minha querida
Faz o meu ser enternecer com suas carícias
E viajar nas envolturas do teu lindo ser
Nos teus olhos negros que me perder
Na ilusão de ter encontrado o paraíso
Na escuridão tateei em busca do corpo
Para acalentar os meus  prantos
Passei noites em claros sentindo a sua falta
As fantasias eróticas acabavam em ti
Em um sincronismo perfeito os sonhos
Bailavam beirando o palácio das fantasias
Dois mundos distantes se encontrando
Dois amantes se congratulando no amar
Chegastes expulsando a melancolia
Restabelecendo a alegria de acordar

Osvaldo Teles

Pureza dos anjos

Nasci com a pureza dos anjos
Porém o pecado original me perseguia
Cresci  com impureza dos homens
As teias da maldade quiseram me envolver
Desvencilhei-me das  suas armadilhas
A vida ia me levando a caminho tortuosos
Não sabia para onde ela queria levar-me
O livre arbítrio deu-me o direito de escolha
Assumi as rédeas do meu destino
Fui tocando a vida com música e poesia
Afinado finalmente fiquei com sua maestria
Matei a sede na fonte de água viva
Saciei a fome na videira da vida
A sua sombra repousei de todo cansaço
Devolvendo a alegria da longa jornada
A minha alma retornou a minha origem
Puritana tenta ir ao encontro do pai
Em seus braços encontrei amparo
E o perdão dos meus pescados
A paz de espírito foi-me devolvida
Pude seguir sentindo a leveza dos passos
E a sutileza das almas sendo elevadas

Osvaldo Teles

Aurora austral

A aurora austral vai despontando lá no céu
Vou-me enternecendo com o esplendor
Liberando todo  o mistério do tempo
Os fenômenos foram postos
Mostrando a grandeza do Onipotente
Para eu sentir a minha pequenez
O sol joga os seus raios sobre a terra
São partículas de vento solar
Misturado com  a alta atmosfera terrestre
Criando uma maravilha para a nossa visão
Um grande espetáculo da mãe natureza
Mostrando-me o quanto eu sou pequeno
Diante da grandiosidade de Deus
Fazendo fenecer em mim o orgulho
Esvaindo todo o meu egoísmo
Mostrando que eu faço parte da criação
Do Deus de misericórdia e benevolente
Acima de mim existe um ser maravilhoso
Que zela dia e noite pela minha proteção

Osvaldo Teles

O sideral é o limite

Sempre quis viver a intensidade
Que a vida quis me oferecer
Encontrei na simplicidade das coisas
A grandeza da minha existência
Descobrir que tudo é passageiro
Que não vale apenas ficar preso
As coisas pequenas que o mundo oferece
Fomos feitos para voarmos bem alto
E nos libertarmos da pequenez terrena
O sideral é o limite para os devaneios
Ignorando o contato com a realidade
Levando-nos ao estado de divagação
O real apossa-se do mundo dos sonhos
Convergindo com o planeta das fantasias
Ciclonizando  os pensamentos se alinha
Na mesma direção encontro dos corações
A terra confunde-se com o belo paraíso
Tudo diante dos olhos se agiganta
A criatura vira homem sensível
Ampliando a sua capacidade de amar
Deixando a sensibilidade a flor da pele

Osvaldo Teles

À beira da loucura

A mente fica à beira da loucura

Na ansiedade da longa espera

Desperado pela a sua entrada

Libertando o coração da solidão

Sem saber o que sonho e realidade

Chega de falácias fico em silêncio

Ouvindo o som das suas passadas

Ansioso ouça a sua respiração ofegante

Esta mistura de emoções me enlouquece

É muita adrenalina correndo pelas veias

Viestes  com toda dedicação

Vendo reverso do meu exterior

Acalmando a inquietação da mente

Que se encontrava enlouquecida

A nossa química era o entorpecente

Que aplicada na dose correta

Vai aliviar a minha tendência animal

Trazendo-me a sensibilidade do apaixonado

Dando-me a tranquilidade com seus beijos

Deixando o meu corpo leve a flutuar

Todos os dias fica a espera para ele acabar

Tendo o prazer de apreciar o arrebol

E das das noites contigo desfrutar

Levantar com as ideias lúcidas na certeza

Que vivemos o extremo a nossa história

Meandro a perfeição dos contos de fadas

Vivendo um sonho de uma noite de verão

Osvaldo Teles

Perambulei

Perambulei pelo subcontinente

Querendo esclarecer os enigmas

Para descrever o amor

Porém ele é um sentimento indescritível

Ele chega e se abanca se pedir licença

Nos envolvendo na sua teia lasciva

Gostaria de entender este jogo

Que o destino arma para nós

Seduzindo corações para a entrega

Despertando a luxúria da alma pervertida

A perversão nos leva aposento adentro

Os instintos afloram a vontade de possuir

Aumenta a temperatura dos corpos

Minha derme sentia os efeitos do carinho

Onde corre a ocitocina ativando o enleio

Atados dois querer no ato do amar

Onde fazes delirar de tanto amor

Escutando metodicamente ao pé do ouvido

A suave frase eu te amo fica comigo

Iremos juntos desfrutar as delícias do amor

Chama o nome que eu chego rapidinho

Deixa o céu estrelado servir de testemunha

Da celebração jubilosa de duas almas

Osvaldo Teles

Conjunção

Tentei te encontrar pelas estradas
Procurei-te perdida nas estrelas
Os olhos perdidos nas constelações
Ficam na expectativas de te ver por lá
Encontrar-te na imensidão dos meus sonhos
Aparecestes em meu escuro mundo
Radiantes e enfeitados você deixou
Passastes a morar dentro de mim
Sabe eu estava querendo te achar
E a este amor verdadeiro entregar-me
Criando o nosso conto de fadas
O meu sonho de verão está a se realizar
A minha fada madrinha com  o seu feitiço
Preparava a receita secreta do amor
Pegava duas pitadas de carinho
Outras duas de afetos misturava tudo
Acrescentava uma dose extra de desejo
A fórmula do amor fora criada
A lua cheia nos envolvia com o seu feitiço
Sem piedade os devaneios me devorava
Lá fora tentei te encontrar meu bem querer
Deixei a estrela Dalva guiar-me até você
Ledo engano já tomastes conta do meu ser
Foi o amor sim que ligou-me a ti
Em festa o coração Li recebeu
Em uma conjunção perfeita entre dois seres
Estabelecendo neles  dependência do amor

Osvaldo teles

Infância roubada

Minha infância foi roubado
Pelo trabalho infantil
Dei muito duro para estar aqui
Eu só era cidadão
Em período de eleições
O sistema é cruel
Castigou os meus sonhos
Podando os meus ideias
Busquei muitos subterfúgios
Mas não perde o foco
Nunca deixei-me abater
Com as dificuldades
Trabalhei arduamente
Nas mãos estão os sinais
Porém deixaram alguns aprendizados
Que carrego durante a minha vida
A vontade de ser um vencedor
Pulsava dentro do peito
Com coração pulsante
Arregacei as mangas e fui a luta
As armas eram as necessárias
Eram as que tinhas as mãos
A minha arma era um faquinha
 A a da sociedade era um bazuca
Porém nada disto me desanimava
As minhas forças vinha do interior da alma
E de um Deus que nunca me abandonou

Osvaldo Teles

Dois corpos enamorados

Pedi a Deus uma mulher para mim
E ele me deu um grande presente
Uma jóia rara para enfeitar os meus dias
Um belo exemplar de fêmea
Trazendo vida para um viver
Incandescendo em meus olhos toda luz
Que flui do teu lindíssimo ser
Será feitiço ou paixão avassaladora
Ligando-nos com os elementos do universo
Único elemento que nos unia é o amor
Vivenciei cada instante como último
Ultrapassei o bom senso para estar contigo
Agraciado por este maravilhoso querer
Não olhei para trás seguir na leveza
Dos passos e sutileza dos seus toques
Sentimentos jorram dos nossos corações
Entre teus seios repousei depois do andar
Em tua fonte matei toda a minha sede
Fazendo emanar todo o desejo que ferve
Incendiando dos corpos enamorados

Osvaldo Teles

De mãos dadas

Andamos pelas passarelas da vida
De mãos dadas eu e o meu amor
Sobre tapete vermelho desfilamos
O picadeiro estava preparado para o show
Para o grande espetáculo da dádiva da vida
Derramando em nós as graças do amar
Guardei as cenas de cada trilha
Eis a prova que vale apenas se entregar
Conduzes-me tu por veredas tortuosas
Libertando as amarras dos meus pés
Seguir orientação do meu coração
A razão não me deu sentido ao viver
Vi caminhando comigo a felicidade
Trilhamos com os dentes amostra
No semblante a expressão de satisfação
E o amor vai transformando a gente
Levando-nos a lugares distantes
Até parece que estamos na gravidade zero
Flutuamos na  confluência dos corpos
Nas curvas sinuosas nos perdemos
Perdoado será o lascivo encontro

Osvaldo Teles

Invade o meu vazio

Invade o meu vazio adentro
Ocupando todo, o seu espaço
Não dando lugar, para desventura
Modificando a sina, de uma vida
O amor estar no ar
Querendo contaminar, os corações
Fazendo pulsar, no mesmo compasso
Quem ama sente, os seus efeitos
Ativando a substância, das paixões
Vai correndo nas veias
Transpondo as barreiras, chega ao exterior
O primeiro reflexo, está na face
O olhar reflete tudo, que está se passando
Anestesiando todos, os membros do corpo
Não dando lugar, para as dores d’alma
Tocando-nos vai amor, até ao altar
Nos colocando de frente, com o Divino
Fazemos juras, de amor eterno
Na condição humana, sentimos o divinal
A intensidade, leve-me loucura
Tudo é muito,forte e fenomenal
Que parece que o espírito, está em festa
Não vivo mais sem este,sentimento no peito
As mais lindas sensações,toma conta do ser
É como estivesse, andando nas nuvens
Isto é simplesmente a força do amor

Osvaldo Teles

Sozinho eu fico

A dor vai transformando a gente
Forjando em nós a resistência
Ficando nos atos a sabedoria
E a  dureza que ela entalhou
Usa suas doces palavras como cicatrizante
Das feridas causadas pela falta do seu amor
Revigorando as nossos energias
Restabelecendo a harmonia no eu
O dia vai acabando, a noite começa
Sozinho eu fico, no silêncio da madrugada
A alma se cala, o corpo estremece
O bálsamo que cura minha dor
É sentir a quenturinha de tua pele
Juntinha com a minha
Mexendo com toda a estrutura do meu ser
Volta minha querida o corpo te deseja
Não esconde a Capto que habita em ti
Vem com a sua sensualidade
Deixa a sua libertinagem aflorar
Aflorando em mim a imoralidade
Deixando-me em estado de êxtase
Levando-me a encontrar o equilíbrio
Encontrei a minha outra metade
A minha outra banda da laranja
Achei o cicatrizador das minhas feridas

Osvaldo Teles

Cansei de suplicar

Cansei de suplicar a sua atenção
As lágrimas estancaram na alma
Serei aquilo que queres que eu seja
Uma parte de mim é doçura outra amargura
Quis que você adocicasse a outra metade
Uma parte de mim é raiva outra é paz
Basta estar entretido com os teus beijos
Mexendo com o meu emocional
Um parte de mim é grosso outra é carinhoso
Sou reflexo de sua aceitação
Sou macho e homem vai depender
Da forma que você chega até mim
Podes degustar o vinho ou amargo do fel
Se quiseres posso te levar a loucura
Ou te chamar a bendita realidade
Vou te amar por toda a minha vida
É muito amor que tenho para te oferecer
Farei de ti a razão do meu viver
Se quiseres viver comigo terás um amante
Entregarei-me intensamente a ti
Só que sozinho não posso amar
Sem que haja reciprocidade
Usa-me porém não abusa da  paciência
Não quero que você desperte o pior de mim
Não és a minha dona nem eu o seu dono
Tenho a certeza que a vida continua

Osvaldo Teles

Compraz um ser

Compraz um ser em seu contentamento
Nada é para sempre,mas deixam os traços
Muitos de alegrias e muitos outros de dor
Alguns só duram por uns instantes
O que passou não volta mais
Não vou ficar preso ao passado
O que importa são as marcas que ficaram
Como pássaro, bato asas para o futuro
De lado vão ficando às desilusões
Iludindo o presente para que meu voar
Ganhe consistência fortalecendo o sonhar
As lágrimas que brotaram saudosas
Fizeram-me inconsistente no meu pensar
As paragens ficam alusivas diante dos olhos
A miragem vai tomando corpo e espírito
A alma se perde no oásis de sedução
Palavras de amor adorna a minha boca
Sorrateira a alegria expulsa a tristeza
Imprimindo na testa o reflexo da felicidade
Por vezes conduz-me a um contentamento
Jamais sentido por alguma criatura
Simplesmente indescritível as reações
Ficando na boca o sabor do enlace
O rei o senhor o tempo se encarregou
De levar consigo os traços da juventude
Ficando no coração as mágoas contidas
No decorrer vai curando as feridas

Osvaldo Teles

Em seus braços

Em seus braços eu estava
Permitindo-me navegar em teu ser
Corpo estático e cabeça distante
Sinto em mim os efeitos de te amar
Brincávamos como duas crianças
Desprendidas do plano terreno
Em nosso teletransporte imaginário
Só sentindo a leveza das mãos
Pele com pele, olhos nos olhos
Lábios colados, as línguas em um baile
Frenético, nos levando ao ardente querer
A cabeça rodando em um frenesi alucinante
Morrendo em nós a indecência
Inspirando os corações a entregar-se
Num sonho belo e tranquilo
Fazendo-nos atravessar as noites de amor
Levantei maravilhado diante de tanta beleza
Despertamos com outro olhar para a vida
Daria tudo para ter o prazer indescritível
De despertar todas as manhãs com o amor
Com um novo olhar para a vida feliz
Veloz somos devorado pelos desejos
Contato imediato entre o corpo e a alma

Osvaldo Teles

Entre trapos e farrapos

Entre trapo e farrapos encontrava-me
A fresta para o passado está aberta
Entrei vasculhando o baú das lembranças
As fotografias amareladas mostravam
As transformações que aconteceram
Consumindo os traços jovial
Em algum lugar estava jogado o espelho
Que refletiam a transparência d’alma
Resgatei o que estava perdido
Devolvendo-me o respiro de vida
Através dos seus beijos envolventes
Se faltar-me a respiração pereço de amor
O meu castelo de ilusões vai ao chão
Instalando a desordem em um coração
Vai embora recordações não fica aqui
Só deixa o registro do bem que fez a mim
Restaurando o anel entre os seres
Que partiu-se nas desventuras dos dias
Os tacos dos retalhos foram costurados
Reconstruindo o elo rompido entre
O passado e o futuro sem se preocupar
Com o futuro só aproveitar o que tiver posto
Diante do  caminho apreciando o canto
O tom da saudade vai queimando o peito
Debruçado no peitoril  das lamentações
Vejo passar diante dos meus olhos
Tudo aquilo que marcaram a minha face
Ficando desenhado as linhas do tempo
Serei eu mesmo no final da minha jornada

Osvaldo Teles

Arrudiei

Arrudiei os quatro cantos do mundo
A procura de minhas respostas
Enganei-me estava dentro de mim
Largado no meio do nada
Os meus fantasmas assombram-me
Os pés que esmagam as minhas
Possibilidade eram os meus próprios
A lugares longínquos levaste-me
Os cascalhos castigavam-lhes
Machucado o coração sangrava
Os olhos lacrimejaram gota a gota
Mesmo assim tinha que continuar
Sepultei as desventuras sofridas
Para o renascimento da esperança
Fui meando os limites das minhas forças
A dinâmica dos acontecimentos são fugazes
Os contornos das encruzilhadas
Sempre guardam algumas surpresas
No espelho da nascente refletem
A imagem distorcida de uma faceta
Polida pela ação dos ensinamentos
Ensinarias-me a vida a superar
Todas as dificuldades que me é imposto
Pondo-me um fulgor nas minhas entranhas
Fazendo-me reerguer de cada tropeço
A fórmula do contentamento
Estava dentro da minha algibeira
Ouço a voz da razão me orientando
Levo a força do amor no coração

Osvaldo Teles

Urna do tempo

Não consigo esquecer de você
Guardei-te na urna do tempo
Para lembrar de ti no futuro
Sequestrei-te dos meus devaneios
Para que possamos vivemos juntos
Para desvendar os nossos enigmas
Procurei a frase mais linda
Para te dizer o que sinto por ti
És que passaram as eras
Porém contínua todo bucólico
Espreitei-me entre os ponteiros
Desviando-me do seu badalar
Ouço o cantar das cigarrinhas
Alvoroçadas por mais um dia que finda
Eu a recordar as auroras que vimos juntos
O sol que rompia por trás da colina
Sedenta a menina Lili eclodiu em formosura
Beleza genuína em forma de mulher
Radiante como o brilho do diamante
A minha primeira manifestação
Foi de acolhê-la em meus abraços
Devotando o amor que acabará de nascer
Oh Deus fostes generoso para comigo
Sequestrei-te dos meus devaneios
As luzes do palco acendem-se
A melodia ocupa o espaço
Os sonhos vão entrando em cena
A vida, o grande espetáculo se apresenta

Osvaldo Teles

Benesses do amor

Discorri  sobre viver a vida
Das paixões que me consumiam

Nunca sofri dos males do amor
Só aproveitei as benesses
Que ele me oferecia
Ia desfilando no peito os vírus do amor
Os sonhos fiz os meus aliados
Fiz do mundo da lua o meu habitat
Para muitos eu era lunático
Era apenas influenciado pela lua
Deixava-me encantado com sua beleza
Bondade dela que cobria-me
Com o seu manto prateado
Rompendo a negritude da noite
Desvirtuando uma criatura puritana
Que só pretendia usufruir do belo viver
Juntamente  com a mais bela das mulheres
Casado e eterno apaixonado pelo seu
Lindo e encantador sorriso
Topei com uma pele aveludada e macia
Confundiu-me com a textura das pétalas
Olhar com o brilho do diamante
Sentia o ardor que saia do céu de sua boca
Como não perder a minha compostura
E a lucidez diante tantas das emoções
Fazendo-me viver um misto de sensações
Fico perdido entre o céu e a terra
Vou rapidamente encontrar-me em seu colo
Adormecendo o meu lado animal
Acordando o meu ser sensível e carinhoso

Osvaldo Teles

Entre beijos

Entre beijos e aconchegos
Os corpos entram em transe
Translocados eles se entregam
Com os dedos correndo pela pele
Vão sendo despertado os desejos
Sedentas as mãos nos afagam
Desatinando os  sentidos
Disseminando na alma a luxúria
Só queremos o ápice carnal
O sangue queima nas veias
O cérebro perde o comando
É muita excitação permeando
Todos os músculos
Sei que não serei mais o mesmo
Os efeitos ficaram em meu ser
Já não termino só as madrugadas
As lembranças me acompanham
Das nossas maravilhosas noites
Que bom seria acordar todas
As manhãs com o amor do lado
Seria como despertar de um lindo sonhar
Tocar as suas faces e ver o brilho no olhar
Convidando-me para as belezas da vida

Osvaldo Teles

Estou a deriva

Estou à deriva sendo levado
A vela se oferecia ao vento
Harmonia perfeita entre os dois
Vou navegando em mares revoltos
Um vacilo poderia naufragar
Dei rodopio no vento, quando ele
Quis soprar contra minha nau
Segui as correntes marítimas
Parece que estou atravessando marolas
Conexão entre a profundeza e o  exterior
Afogando as maldades contida no ser
Empírico vai dominando as experiências
Vi em teus olhos o feixe de luz incandescente
O farol que me orienta por mares turvos
Emergindo da mais profunda reflexão
Um homem renovado na fé e esperança
Com um Deus renovador no meu peito
Uma vida nova é devolvida pra mim
Louvores entoam a minha voz em festa
Inspirado na benevolência do Divino
Flutuando ficam todas as ilusões
A magia do renascimento é devolvida
O amor é reinante entre os amantes
Fazendo-os mergulhar em um mar aprazível
Abrindo a janela para o paraíso

Osvaldo Teles