Meu pesado fardo

Caminhei lado a lado com o destino

Alimentando os sonhos do menino

A fantasia floreava a minha cabeça

A solidão era a minha companheira

Fui atropelado pelos os fantasmas

O estradão engolia minha coragem

Amedrontado encarei meus medos

Fazendo crescer de qualquer forma

Meu pesado fardo já não aguentava

Sigo tudo foi fruto acaso inexistente 

Cruzei os limites do meu imaginário

O corpo não respondia os impulsos

Andava com passos descompassado

Muitas vezes quis deixar na estrada

Tudo aquilo que me trazia tristezas

Deixando para trás o que importuna

Minha fé algumas vezes foi a prova

Que valeu apenas seguir na jornada

Buscando motivação para continuar

Fantasiando meus momentos difíceis

Osvaldo Teles

O grito

O grito se expande ecoa pelo espaço 

Como uma trombeta quebra o silêncio

Grito as palavras presas na garganta

O silêncio tomando conta do ambiente

Leva-me a uma grande introspecção

Navego pelo o meu interior profundo

Vou liberando os nós que lhes prende

Vagando vai meu espectro pelo sideral

Tendenciando a uma solidão profunda

Agonizando está um corpo moribundo

A saudade me leva ao túnel do tempo

As lágrimas vertendo torrencialmente

O sorriso é retirado dos meus lábios

Um soluço é o único som que emito

Silencioso estou prostrado de joelhos

Choro as amarguras que a alma sente

Oro para as maledicências irem embora

Porém tenho um Deus que me protege

Fica a prova que sou fruto do momento

E tudo na vida são coisas passageiras

Osvaldo Teles

Sob a luz da lua

Sob a luz da lua repousa a tua pele nua

Sobre o sideral viajam os pensamentos

Segui o brilhante caminho das estrelas

Vão cortando rapidamente a via láctea 

Num jogo de luz se revelam os contornos

Pingos prateados vão cobrindo o corpo

O vento vai passando alisando os pelos

As gotas do orvalho exalando o perfume

A brisa acariciando o teu corpo desnudo

Que minhas mãos acariciam toda nudez

Reacendendo as labaredas das paixões

A doce melodia ecoa suave pelo quarto

Os ouvidos captam suas ondas sonoras

Criando o ambiente propício para amar

Sentir o corpo desnudo é um ato divino

A perfeição divina está em minhas mãos

Igual a massa de modelar vou moldando

Cada parte das curvas bem delineadas

Sentir a perfeição divina na minha frente

A miragem aos poucos foi se afastando

Osvaldo Teles

Desprendendo a imaginação

Estou eu e minha consciência em silêncio

Buscando o equilíbrio do corpo e espírito

Travamos nossas batalhas com o mundo 

Estamos a caminhar pelo caminho escuro

Pelo enorme medo vou sendo controlado

Em sobressalto o coração fica palpitando

Tirando dos olhos as minhas veracidades

Dentro de um espaço obscurecido sem luz

A penumbra vai ocupando o nosso espaço

Um paradoxo toma conta do pensamento

Nem um raio de luz entrando pelo quarto

Uma densa escuridão me amedrontando

Estamos emergidos no oceano sem fundo

Naufragando num mar de ilusão me alieno 

Mergulhando em uma profundidade vazia

Inerte o corpo continua à mente fica alada

Desprendendo a imaginação ela viaja livre

Indo bem longe saindo da minha realidade

Maltratado o coração de um ser sonhador

Na face vai desenhado  as suas gelhas

Osvaldo Teles

O sentimento que nasci

Vem até mim a tua incandescente luz

Que a tua brilhante áurea vai imitando

Como o relâmpago chega iluminando

Igual a um trovão o amor me arrebata

Enobrecir com o sentimento que nasci

Provocando no espírito contentamento

Gotas douradas ficam sobre a cabeça

Brilhantes vão ficando minhas pupilas

Quando deparei com a beleza menina

Radiante os olhos ficam quando te ver

Reflexo da beleza que o teu ser reflete

Hipnotizado me deixa com seu brilho

Irradiando tudo que está ao em torno

Em um jardim florido à mente vagueia

Arrebatada por felicidade momentânea

O coração bate buscando a harmônica

Compassado ele vai ouvindo a canção

O corpo está ganhando seu movimento

Que vem fluindo das batidas do coração

Esculpindo na face o que a alma sente

Osvaldo Teles

Dedico-lhe

Dedico-lhe todinho o meu amor

Que guardei só para te oferecer

Confesso estou louco de paixão

A emoção me toma por completo

Neste instante perco a sensatez

Escuto no silêncio o meu respiro

O sangue ferve em minhas veias

É a vida que acabará de renascer

A seiva correndo nas entranhas

Palpita ofegante o meu coração

Festivo ele bate dentro do peito

Entregando o que há de melhor

Que está intrínseco em meu ser 

Sou tomado por uma sensação

A um novo éden sou apresentado

Num mundo ilusório passo a viver

Devaneios tomam conta da mente

Pela felicidade eu fui arrebatado

Conduzindo-me ao êxtase total

Assim vou vivendo plenamente

Osvaldo Teles

Beija os meus lábios

Angelical é o teu lindíssimo semblante

Amor e paixão faz nascer no meu peito

Abraçar o teu corpo é o grande desejo

Absorvendo a tua puríssima essência

Botando-me de frente com meu ser feliz

Bestificado diante de tanta graciosidade

Beija os meus lábios me leva a loucura

Belíssimo os momentos vou vivenciando

Contrito a alma e o corpo entra em festa

Contudo entraram em comunhão comigo 

Causando contentamento em um coração

Contrapondo a melancolia que castigava

Durante alguns instantes me vi no éden

Desfrutando de tão belo devanear estou

Desisto de batalhar com o meu destino

Detenho a fórmula sagrada de lhe amar

Entrego-me sem nenhuma resistência

Estou desarmado pronto a mim entregar

Esperançoso em seus braços repousar

Encontrando em ti o conforto do espírito

Osvaldo Teles

Por onde andas

Por onde andas meus pensamentos

Estão perdidos entre os dois mundos

Querem se encontrar no plano terreno

Fugazes chegam ao espaço sideral

Vageam solitário pelas constelações

Sorrateiro esquivam do contratempo

Pegando carona nas ondas do vento

Ultrapassando veloz a linha do tempo

Soltam as suas asas em sua direção

Os seus instintos vão lhe conduzindo

Voando vão procurar a sua liberdade

No mundo do faz de conta se encontra

O meu corpo quebrando a sua inércia 

Viajam de estrela em estrela até a lua

A beleza do céu sendo descortinado 

Visualizando lá do alto o seu espaço

Em sobressalto sinto o coração bater

As pulsações vai ficando aceleradas

Descompassadas ficam minhas ideias

Dentro deste labirinto de complexidade

Osvaldo Teles

Quando ela passa

Quando ela passa me encanto

A perfeição em corpo de mulher

Seguirei-a pelos quatro cantos 

Vou seguindo-a sem parabéns

Irei aonde a fantasia me permitir

Vou ao encanto da obra de arte

Delirantes ficam minhas ideias

Estou a um passo da loucura

Quando vejo tua pele desnuda

Em suas curvas vejo perfeição

Como as damas da noite exala

O amor jorra em mim torrencial

Ficando a exposição meu peito

Este é sentimento que desperta

Os lábios não reluta em te beijar

As mãos em te acariciar suave

Preenchendo minhas carências

Nas curvas trás a sua maestria

Bela como uma belíssima arte

Esculpida pela mão artesão maior

Osvaldo Teles

Passou o tempo

Passou o tempo tão rápido

Tirando do corpo agilidade

Deixando os seus estragos

Ou deixou suas maravilhas

De viver feliz a cada etapa

Ficando toda sua maestria

Para que prossiga contrito

Fugaz como a tempestade

Não deu para ver seu vulto

Ficando apenas as marcas

Desenhado na minha testa

Por vezes levei os tropeços

Tornei-me grande vitorioso

Nos empecilhos do caminho

Amadureci com as lapeadas

Que a vida profética me deu

Foi doído o amadurecimento

Ensinando-me as suas lições

Aprendi  seus ensinamentos

Preparando para as vitórias

Osvaldo Teles

Adentra

Seu perfume anuncia sua chegada

Fico na expectativa da sua entrada

Vai entrando exalando o seu aroma

Inebriando-me a sua suave essência

Enfeitiçado estou com a sua beleza

As rosas ficam inibidas perante a ti

Por favor feche essa porta! Adentra

Esqueci aquilo que lhe encomenda

Deixa o seu pudor da porta pra fora

Perco contato com minha realidade

A cabeça começa criar as fantasias

A musa se materializa diante de mim

Despoja-la é o quero neste instante

A paixão me tomou completamente

Despertou os desejos mais íntimos

Puro o meu coração se encontrava

Fui ao paraíso sem sair deste lugar

Transformei o momento com único

Ficando eternizado na minha mente

Todo prazer que minha carne sente

Osvaldo Teles

Lá vem ela

Lá vem ela desfilando na passarela

Vem ofuscando todas ao em torno

Até parece que flutua quando anda

Leveza colocas nas suas passadas

És mais pura personificação divinal

A estrela que se desprende do céu

Irradiando sua luz no plano terreno

Enche minha cabeça de perversão

Os desejos fluindo em abundância

Neste momento quero ter nos braços

Tocá-la e sentir a essência do amor

Gravo na mente os traços perfeitos

Cada linha foi devidamente traçada

Causando em mim muita alucinação

Fascinado estou diante a tua beleza 

Trás em seu semblante ar angelical

Quanta sensualidade nas passadas

Fico eu observando tanta formosura

Os olhos brilhando de tanta emoção

Ao ver tamanha perfeição nos traços

Osvaldo Teles

Estou felicíssimo

Como estou felicíssimo em teu colo

Sentindo as benesses dos carinhos

Que as tuas mãos me proporcionam

Para tudo minha mente entra em alfa

Transcendo fora do meu mundo real

Na comunhão dos corpos me perco

A dita tal da lucidez vai para o beleléu

Nossos corpos flutuam soltos no além

Misteriosamente almas se encontram

Absorvo a calmaria deste momento

Prazeroso é o contato com a carne

Tudo ao em torno ganha ar de paraíso

É muito lindo admirar a sua linda face

Quando o orgasmo ocorre no seu corpo

Os meus pêlos ficam todos arrepiados

Uma tremedeira toma conta da pele

Sou tomado por um misto de felicidade

No peito o coração batendo acelerado

Levito como uma pluma solta ao vento

Parece que estou a caminho do advento

Osvaldo Teles

Saio voando

Não sei de onde vem esta sensação

De liberdade que toma  meu espírito

Sinto como se fosse um  passarinho

Ganhando agilidade dos beija-flores

Livremente saio voando pelo espaço

O espaço sideral se torna pequeno

Diante da minha capacidade de voar

Batendo asas vou buscar meu ninho

Para completar minha difícil saga

O som do vento é meu companheiro

Vai acalmando a minha inquietação

Vou seguindo suas quentes correntes

Do meu mundo me afasto aos poucos

Não dou limites aos meus devaneios

Chegando ao meu ponto de chegada

O planeta sonho é aonde vou pousar

Muitos me chamaram até de maluco

Dizendo que vivo longe da realidade

É a fórmula que achei para ser feliz

Dentro de um espaço ilusório estou

Osvaldo Teles

Retrocedo

As flores da Laranjeiras exalam

Os doces e inebriantes perfumes

Aromas e sabores se eternizaram

Sintonizo a rádio ouço a canção

A melancolia toma conta da alma

O meu portal do tempo é aberto

Torno-me passageiro interiorano

Viajando pelo paralelo do tempo

Regresso aos momentos vividos

De quando eu era ainda menino

Os que marcaram para sempre

Que ficaram gravados na mente

Caminho no meu mundo ilusório

Retrocedo aos momentos bons

Pego nas mãos das lembranças

Viajo nas minhas reminiscências

Só não acompanha a aparência

A nostalgia vem e batendo forte

Trazendo as lágrimas aos olhos

Tendem escorrerem torrenciais 

Osvaldo Teles

Enche o copo

Por favor coloca logo está talagada

Enche o copo vou beber de uma vez

Estou precisando deste forte analgésico

Vai descendo queimando meu peito

Apaga aos poucos os pensamentos

Sinto que vai apaziguar as aflições

Atravesso a madrugada embriagado

Só quero afogar as minhas mágoas

A noite gélida é minha companheira

Sobre a marquise as lágrimas rolam

Meu corpo sofre os efeitos da mente

Solitário vislumbro a lua se apagando

A solidão é a companheira constante

No silêncio noturno a ideia se perde

O ser moribundo desperta na calçada

Sentindo a indiferença da sociedade

Sua hipocrisia deixa a marca na alma

Tirando de mim as ilusões dos sonhos

Passa viver a veracidade da realidade

Dentro do complexo mundo da fantasia

Osvaldo Teles

Retira o teu véu

Retira o teu véu

Mostra tua face

Leva-me ao céu

Vamos ao enlace

Transpondo a linha

Imaginária do amor

Entrando na calmaria

Aliviando a minha dor

Seremos os donos

Dos nossos momentos

Costurando os danos

Causado pelo sofrimento

Em um mar de alegria

Transformei minha saga

Na contramão diária

Aos poucos a alma canta

Entretanto vou encontrar

A bendita felicidade

Quando estiver envolto

Em seus quentes braços

Osvaldo Teles

São tantas coisas

São tantas coisas que a vida oferece

Às vezes causam indecisões a mente

Passageiras são as horas que me dá

Quando dou por mim tudo já passou

Ficando apenas na minha lembrança

O que de bom a vida a mim ofereceu

Não me deixarei levar pela facilidade

Sei que todas conquistas são difíceis

Tenho que ter discernimento para ver

Com calma o caminho que me levará

A minha felicidade que tanto almejei

Nem sempre o mais curto é o melhor

Sem perder de vista minha essência

Mas nem sempre nos trás felicidades

A cada esquina tem armadilha pronta

Para me aprisionar a qualquer vacilo

De uma forma tão fugaz que não noto

Por vezes chorei minhas desventuras

Quando fui em busca das aventuras

Deparando-me com um extremo vazio

Osvaldo Teles

Meu vazio

Existia um vácuo dentro do peito 

Minha existência não tinha sentido

Selvagem!  Um homem vivia inútil

O instituto é que lhe mantinha vivo

Perdido estava até lhe encontrar

Espero de ti amor és meu conforto

A minha alma clama bem alto por ti

A carne trêmula quer o seu aperto

Entrando em delírio minha mente

Em seus braços quero aconchego

Derreto-me com seus quentes beijos

Cheio dengo busco a sua quentura 

Quebrando o gelo deste momento

Neste contexto encontro minha paz

Pelos olhos saem seus fragmentos

Aliviando todas as minhas tensões

O meu vazio vai sendo preenchido

Pela força onipresente do seu amor

Ocupando todo espaço do coração

A alma vai sentindo os seus efeitos

Osvaldo Teles

O seu magnetismo

Impactante a mim é tua beleza

Que traz em seus traços faciais

Foi amor sim a primeira vista

Causando na mente devaneios

Encontro-me no mundo ilusório

O chão faltando aos meus pés

Flutuei como a pluma ao vento

Tentei desviar a minha estrada

Tentando fugir da sua presença

Ao te ver alimentava a palpitação

Por mais que tentasse me atraía

O seu magnetismo me puxava

Envolvendo-me em seus deleites

Chamando para o enlace carnal

Como uma tentação me provoca

Um grande amor já me dominava

Em festa o coração bate no peito

Dando ao descompasso seu ritmo

Sua sensualidade vai me seduzir

Despertando em mim os desejos

Osvaldo Teles

Despeço-me da noite

Despeço-me da noite encantado

Desperto feliz com seu presente

Milagroso o dia está começando

O alvorecer me deixa  fascinado

O sol nascendo por trás da mata

Nos presenteia com sua energia

Fazendo a vida correr nas veias

A vida renascendo com sua força

A natureza desperta exuberante

Do orvalho resto apenas o aroma

O mundo se torna grande jardim

Com as suas flores a nos enfeitar

Ao longe ouço o canto dos galos

Acordo com o som dos pássaros

Harmonicamente fazem sinfonia

Em galho em galho vão pulando

As árvores dançando livremente

É a obra de Deus se mostrando

Quão é maravilhoso o seu poder

Desenhando um cenário perfeito

Osvaldo Teles

Vejo-te estonteante

Vejo-te estonteante a caminhar

Meus olhos ficam vidrados em ti

Até parece que estás desfilando

De tanta leveza que o corpo tem

Fico a ouvir o som das passadas

Provocando em mim ansiedade

Corro para diminuir a distância

O coração recebe as descargas

Das emoções que me provoca

Em estado de graça me encontro

Sinto as vibrações do seu olhar

Penetrante invade a minha alma

Avassaladora a paixão me toma

Palpitante ele fica na expectativa

Dos dois seres se aconchegarem

Buscando tenacidade dos corpos

É quando o amor se faz presente

Deixando o belo interior aparente

Cruzamos o imaginário do sonho

Envolvido estou com as fantasias

Osvaldo Teles

Cheio de ternura

Cheio de ternura pego-te pelas mãos 

As almas vão seguindo a bela canção

Coladinhos saímos bailando no salão 

Nossos corpos tenros vão se tocando

Vamos sentindo o friozinho na barriga

Emotivos eles logo vão se entregando

Enlouquecido procuro os seus lábios

Vou em busca de seus ardentes beijos

Fazendo queimar meu ser por dentro

Nossas emoções vão nos embalando

Nosso amor vai ditando o nosso ritmo 

No contraponto a paixão vai nascendo

As baladas românticas nos faz dançar

Os corações vai sentindo suas batidas

É gostoso está envolto em seus braços

Sentido às vibrações que flui do teu ser

Os toques calientes me enlouquecendo

No compasso da dança nos envolvendo

Neste momento eu e você é que importa

Um grande paradoxo se faz num instante

Osvaldo Teles

A noite surgindo

A noite surgindo com seus mistérios

Um ar de mistério vai me envolvendo

Vislumbro ao longe o céu estrelado

Sobre as relvas gotículas de orvalho

Deixando-me totalmente embriagado

Que clima perfeito para os amantes 

Sigo os raios incandescentes da lua

Sinto que vás ofuscando a escuridão

Corpos energizado na fonte do amor

O clarão toma conta dos meus olhos

Em versos vou decantar sua beleza

Cantos no meu silêncio vou ouvindo

Em meu cantinho repouso silencioso

O som dos gemidos estão ecoando

Na face fica expressa as satisfações

O quarto gélido está tomando forma

Um ambiente do amante compulsivo

Nos perdemos dentro desta amplidão

Criando um clímax para o encontro

Os corpos trêmulos vão se tocando

Osvaldo Teles

Solto as amarras

Estou preso com o corpo estático

A massa fica inerte sobre a cama

Aprisionado as minhas convicções

Solto as amarras que me prendem

Contínuo preso às minhas origens 

Mas minha mente viaja livremente

Pelo nosso belo e grandioso jardim

Paira solta pela linha do horizonte

Sigo navegando em alta velocidade

Ultrapassando a velocidade da luz

Chegando abalado pela relatividade

Sinto a imaginação ganhando asas

Liberando toda ansiedade contida

Fazendo minha viagem interiorana

Deparo com meu infinito existentes 

Levo comigo um pouco da essência

De um homem sonhador compulsivo

A essencialidade voando junto a mim

Vou sendo preenchido por uma paz 

Soprando as benesses de uma vida

Osvaldo Teles

Não sei aonde vou

Não sei aonde vou parar! Mas sigo

As tensões aumentam as passadas

O sol a pino ele vai me castigando

Com a boca seca e o ar ofegante

O suor escorrendo pelo meu rosto

Ainda tem uma estrada a percorrer

Vejo ao longe lá no fim a chegado

Mesmo contrariando o meu destino 

Muitas vezes o acaso faz seu papel

O inesperado vai acontecer comigo

Quando perco o controle das ações

Caminho a passos largo na espera

De chegar ao final da linha vitorioso

Com a flâmula da vitória tremulando

Olhar para trás e podendo apreciar

As belezas que estavam no percurso

Em cada galho os pássaros cantam

Com passadas constantes contínuo

Mesmo não sabendo o final prossigo

Exaurido pelo cansaço estou vivo

Osvaldo Teles

O menino cresceu

O menino cresceu virou homem

Desfiz as minhas doces fantasias

Abandonando as antigas ilusões

Deparando com um mundo cruel

Ficando o coração em frangalhos

A realidade me bateu muito forte

Meu existencial ficando abalado

Sentir esta realidade nua e crua

Coloca de frente comigo mesmo

Acabando com meus devaneios

Sucumbe a lei da sobrevivência

A ruptura é muito grande e doida

Fazendo-me crescer a dura pena

A minha vida real veio ao cenário

Coube-me mudar algumas cenas

Diversas cercas tive que transpor

Para que sonhos continuem vivos

A fórmula da essência foi roubada

Tempo vejo no espelho as marcas

Que no decorrer ficaram marcadas

Osvaldo Teles

Fiz do amor devoção

Entreguei-me, fiz do amor devoção

Tranquilidade trouxeste ao coração

Voltando bater no mesmo compasso

Apaziguando meu ser inquieto! Paz

Em uma redoma silenciosa, encontro

Num espaço silencioso, me encontro

Era o que sempre planejei possuir

Esqueço as coisas do mundo lá fora

Fazendo-te o meu poso de prazer

Rompi a casca, busquei me libertar

Nem pensava no que estava por vir

Meu peito transformou em seu nicho

Um altar vou edificar para te venerar

Sagrado e profano vou misturando

O terreno se confunde com celestial

Venerando-te como uma santidade

Sou fiel a nossa sagrada promessa

Que fiz diante de Deus e os homens

Tendo a fidelidade como nosso anel

Não estou preso às suas conversões

Osvaldo Teles

Emudecido

Emudecido fiquei sem palavra

Sem saber o que ia pronunciar

Descompassada fluía aleatória

A forte sensação me acomete

Minha voz trêmula saindo solta

As ideias vão ser processadas

Calado só observo a distância

Muitas vezes o silêncio se fazia

Dando para ouvir alguns ruídos

Minhas pernas ficam tremendo

Sou tomado por uma comoção

Levitei chão falta aos meus pés 

O incrédulo voltou a ter sonhos

Parecia que estava voando livre

O abismo se distanciava de nós

Arrepios causava só em pensar

Nas suas carícias em meu corpo

Cada olhada sua me hipnotizava

A timidez toma conta do meu ser

A vergonha mando para o beleléu

Osvaldo Teles

Meu emotivo coração

Quando dei por mim estava apaixonado

Meus olhos brilhavam de tanta emoção

Espontaneamente coisas aconteceram

De uma forma inesperada fui dominado

Palpitante ficou o meu emotivo coração

Na força grandiosa do amor verdadeiro

Ressurgindo em mim uma nova criatura

Reluzindo nos meus olhos seus efeitos

Trago nos lábios o sabor de seus beijos

Seu aroma exalava pelos os seus poros

O seu perfume me deixando inebriado

Fazendo refletir o que alma está a sentir

Na memória estão gravadas as palavras

Que foram pronunciadas em momentos

De grande envolvimentos dos corações

Confesso-te  és o melhor que aconteceu

Na vida de um plebeu mudando sua saga

A brisa amena vai soprando ao meu favor

Vou abstraindo a suavidade do seu frescor

De tanto contentamento entro em êxtase

Osvaldo Teles

Ainda sinto a quentura

Tudo aquilo que foi vivido entre nós 

Está guardado em minhas memórias

Como vou esquecer o que vivemos

Por mais que tente não vou conseguir

Se suas marchas ficaram tatuadas

Bem lá no fundo do subconsciente

Ainda sinto o sabor dos seus beijos

Que foram trocados alucinadamente

Ainda sinto a quentura do seu corpo

Como o braseiro que queima o meu

Levarei você para sempre comigo 

Pelo ato sagrado nos tornamos um

Estarei intrinsecamente ligado a tu

Farás parte de do meu eterno viver

O nó que nos atou foi feito de forma

Mais que tente vai ser difícil desatar

Foi amarrado pelos laços do amor

O meu corpo guardou suas carícias

Eis para mim o meu complemento

O tempero que dá sabor a minha vida

Osvaldo Teles

Desejos compulsivos

Pego-me observando seu semblante

Vejo Lili como sósia da Deusa Vênus

Com o poder de mudar a minha saga

Vás me seduzindo com seus olhares

Penetrante causa bagunça na mente

Fazendo o coração bater acelerado

Vou perdendo até a noção do tempo 

Passa rapidamente sem ser notado

O paradoxo toma conta do momento

A beleza fica expressa em seu rosto

Faz me recordar de uma bela deusa

Com os seus traços bem delineados

Delicadeza trás no seu jeito de andar

Minha sensualidade fica a flor da pele

Sou levado a ter desejos compulsivos

Provocando em mim puras sensações

Sedutores os seus lábios me convidam 

Uma paixão avassaladora me domina

Faz perder o contato com a realidade

Conduzindo-me a um estado  onírico

Osvaldo Teles

Olhando as paisagens

Igual a um rouxinol alma cantarola

Harmonizada com a mãe natureza

Fico olhando as paisagens ao longe

Uma imagem mirabolante se forma

Os seus perfumes vão exalando 

O ambiente vai ficando aromatizado

Inebriado me torno com a fragrância

A sua suavidade vás me envolvendo

Estou contemplativo diante a beleza

Vou perdendo a visão no esplendor

Sentindo que estou até hipnotizado

O frescor do vento tocando o rosto

Passo a ser norteado pelo seu amor

Um ser em frangalhos se recompõe

Minha ansiedade vai se acalmando

Apaziguando uma criatura inquieta

Confiante sigo meu caminho adentro

A linha me prende ao plano celestial

As vezes me confundo com o terreno

Diante da beleza que um Deus criou

Osvaldo Teles

A alma se completou

A alma se completou quando lhe encontrou

Dois seres se juntam em plena comunhão

Os corpos e espíritos contemplam o amor

Contemplativos eles vão se encontrando

Vão festejando os seus encontros carnais

Os desejos vão sendo despertado do leito

Sentiremos o prazer ocasionado da paixão

Chegamos ao apogeu das puras emoções

Na penetração dos corpos se tornam um

Os olhos se fecham o pensamento decola

Viajando livre até chegarmos na via lácteo

Alheios perdemos os controles das razões

Vamos ficarmos inebriados de tanto carinho

A minha derme vai ficando todo arrepiada

A lucidez vai fugindo das nossas mentes

Vou perder o contato com minha sensatez

Não vejo e nem escuta nada no momento

Condicionados vão ficando os movimentos

Vai ficando de lado o meu modo de pensar

O amor na sua Simplicidade fala por nós

Osvaldo Teles

Dança o corpo

Quero estar envolvido nos beijos

Perdido loucamente nos enlaces

Sinto  meus desejos me consumir

Contigo presa nos meus braços

Com os dedos presos no cabelo

Dança o corpo no seu compasso

Ritmado pelo som do seu gemido

Coloca a cabeça sobre meu peito

O coração vai batendo acelerado

Os lábios vão ficando umedecidos

Faz me lembrar aquele lindo amor

Que nascerá quando de conhece

Vindo de uma forma avassaladora

Transformando os momentos único

Estampando na face contentamento

Vão sendo eternizado na memória

Que as lembranças ficam guardadas

Viajando pelas linhas das emoções

Encontro-me com o meu elo partido

Colando os fragmentos de um ser

Devolvendo o sentido do belo viver

Osvaldo Teles

Conduzindo-me

Tira-me as minhas convicções

Faça com que eu siga as suas

Senhor coloco em tuas mãos

Os meus projetos de uma vida

Senhor perdoa meus pecados

Toma-me pelas mãos me guia

Pelo caminho cheio de curvas

Seguro a ti levanto das quedas

Conduzindo-me neste mundão

Pelo sangue derramado na cruz

Peço perdão pelas minhas ações

Entregando-te minha conversão

Livrando-me de todos os abismos

O acaso é disfarce do meu Deus

Para me colocar à frente a frente

Com o meu maravilhoso destino 

O danado do tempo demora passar 

Quando se espera as realizações

A ansiedade estampada no rosto

Pela espera bastante demorada

A fé vai acalmando meu coração

Na certeza que estás do meu lado

Demonstrando a direção a seguir

Sendo minha bússola orientadora

Osvaldo Teles

O sol já se pôs

O sol já se pôs a lua está saindo

O céu vai se encher de estrelas

Dá para ver a olho nu seu brilho

Quebrando aos poucos a escuridão

Sou enfeitiçado com a sua beleza

Uma mistura de cores se forma

Um grande espetáculo aos olhos

Esplendorosa fica toda a mostra

A noite vai ficando na penumbra

Só vou me recolhendo na alcova

Um ar de mistério vai assumindo

Vou ficando envolvido neste misto 

Fantasias na mente vou criando

O aroma das damas noite exalam

Imagino ter você em nossa cama

Com suas vestes transparentes

Pervertido vais me transformando

Os hormônios correndo nas veias

A excitação permeia o meu corpo

Levando-me a um estado onírico

Osvaldo Teles

Meu grito

Sair desorientado estrada adentro

Os pontos cardeais não orientava

Causam confusões minha cabeça

Quanto mais insistia ficava perdido 

Com meu grito preso na garganta

Uma dor ia maltratando o coração

A saudade me retirava o meu riso

Minhas lágrimas escorrem na face

Deixando à mostra a dor da alma

Que iam pingando a contas gotas

O desconhecido me amedrontava

Temia o abismo que está a frente

Soltei as rédeas do alazão interior

Queria dar liberdade ao imaginário

Temia o que me espera na esquina

A ideia era esquecer o que ocorreu

Minha bússola estava desorientada

Não me transporta a lugar nenhum

Ficava igual a uma estátua parado

Só olhando a beleza a ser admirada

Osvaldo Teles

Rompendo o cordão

Rompendo o cordão umbilical nasci

Um mundo complexo me aguardava

Dentro destas complexidades cresci

Confusão causou em minha cabeça 

O multicolorido a mim se apresentou

Atordoado fiquei sem saber a direção

A hipocrisia da sociedade é gritante

Abstrair só o que dava paz espiritual

Por pouco fico perdido nas andanças

Diversos atalhos foram colocados ali

Tive que desvencilhar dos obstáculos

Por muito pouco não mudo a estrada

Sucumbindo-me às tentações postas

Pegando assim meus muitos atalhos

Equilíbrio busquei no meu existencial

Só no celestial encontro tranquilidade

Capaz de guiar por caminho tortuoso

Sem tirar o foco do ponto de chegada

Erguir os olhos ao céu buscando Deus

Querendo a sua força para prosseguir

Osvaldo Teles

Mundo fantasioso

Concebido em um mundo fantasioso

Fazendo o viver em uma brincadeira

O meu mundo é um grande picadeiro

As paisagens eram meu encantamento

Ainda lembro dos sonhos de menino

Que fantasiavam o meu crescimento

As suas belas lições carrego comigo

Que me mantém coeso no caminhar

Brincando aprendia o sentido da vida

Com o tempo alguns foram morrendo

Perdendo de vista as minhas ilusões

Dei adeus aos antigos sonhos meus

Tive que abandonar antigos projetos

Entretanto outros nasceram no lugar

Sabia que levaria sua reminiscência

Concebendo inspiração ao sonhador

Impulsionando  meus novos motivos

Deixando comigo suas sementinhas

Como um botão desabrocharia lindo

Assim vou pintando minha aquarela

Osvaldo Teles

Doce infância

Estarão guardadas na cachola

Minhas saudosas lembranças

Reativa a minha doce infância

Em uma tela ela vai passando

Todas as minhas travessuras 

Capitulando as minhas etapas

Todas fases são bem definidas

Da concepção ao amadurecer

Vivo cada instante como único

Ao despertar do primeiro amor

Vou apreciando toda a mágica

Está expressa em seu jeitinho

Que contém no seu belo olhar

Como num jogo estou vivendo

Remanescente fica na mente

Momentos que foram intensos

Ficaram gravados na memória

Como um cofre a sete chaves

Deixando-as bem guardadas

Para qualquer serem revividas

Osvaldo Teles

Traço um paralelo

Traço um paralelo entre o sonho e o real

Dentro da carruagem vem minhas ilusões

Ela vem travestida com meus devaneios

Deixa-me a um passo do mundo surreal

Vou construindo o meu jardim encantado

Colorindo no universo meu pequeno céu

O belíssimo castelo de fantasias é criado

Cruzando a linha imaginária das razões

Mas sou tomado pelas minhas emoções

Assumindo elas vão atitudes e as ações

Acometido fui dos males dos sentimentos

Fazendo minha alma renascer das cinzas

Ressuscitando uma criatura moribunda

O mais nobre sentir tomou conta do peito

Irradiando no rosto todas suas benesses

Passo a viver como os contos de fadas

Passando a viver em um espaço ilusório

Vejo-me contemplando as constelações

Esquecendo da veracidade da realidade

Traz de volta o passado não tão distante

Osvaldo Teles

Sob o céu estrelado

Anoiteceu a estrela Dalva apareceu

Fica majestosa emoldurada lá no céu

Esplendorosa fica emitindo a sua luz

Hipnotizado me deixava o seu brilho

Capturei toda sua belíssima imagem

Os seus raios iluminando o caminho

Seguir enfeitiçado com a sua beleza

Congratulação perfeita entre corpos

Sob o céu estrelado se contemplam

Seus raios brilhantes me contagiava

Sentindo o frescor da brisa soprando

Em contato com o  corpo me arrepio

Os vaga lumes dão os sinais de luzes

Com o olhar fixo no seu brilho seguir

Absorvendo vou sentir a sua calmaria

As pestanas ficam pesadas adormeço

Estou dentro deste grandioso universo

Abstraindo toda a sua grandiosidade

Quando a cortina celestial se abrindo

Vai mostrando a grandeza do criador

Osvaldo Teles

Voltar no tempo

Quem dera poder voltar no tempo

Reviver os momentos da infância

Recuperando meu mundo ilusório

Cometer as mesmas travessuras

Sem imaginar as consequências

O espírito aventureiro despertou

Correndo atrás de muita aventura

Segui fantasiando tudo ao em torno

Contrapondo o homem experiente

Ser feliz era o que mais importava

Não vou pensar nos contratempos

Curtindo as fases boas vivenciadas

Resgatando as antigas brincadeiras

Trazendo da viagem minhas lições

Fazer os ponteiros ficarem parados

Buscando as harmônicas cadências

Revivendo as lembranças perdidas

Contemplando as transformações

Da imagem que refletia no espelho

Quando por mim já não era o mesmo

Osvaldo Teles

Seguia no caminho

Congelei o medo era apavorante

As pernas ficavam cambaleando

Um suor frio escorria pelo corpo

Fico temeroso com as passadas

Minha cabeça por vezes fervilha

As interrogações se acumulavam

Sim tinha pavor do desconhecido 

Não tenho certeza do que aguarda

Causava pânico o que está por vi

Acovardado não me incomodava

Deixando o acaso ser o meu guia 

Temia o que estava nas esquinas

Mesmo assim seguia no caminho

Fui na contramão do meu destino

Quase fui atropelado pelo verdugo

Encarava de frente meus temores

Sabia que a vida é o sopro divino

Tendo dentro de mim a confiança

Queria a final ser grande vencedor

Sendo eu o dono da minha história

Osvaldo Teles

,

Sentirás o meu ser

Por favor deixa a porta entreaberta 

Qualquer momento posso adentrar

Apronta o nosso ninho não demoro

Já estão comigo as taças e o vinho

Para celebrar o encontro dos corpos

Deixa o nosso cantinho já no clima

Prepara-se que vou cheio de paixão

Sentirás meu ser ardendo em brasa

Estou ansioso pela minha chegada

Para ver se diminuo estar distância

Vou colocar velocidade na passada

Diminuindo o tempo que nos separa

A única coisa que penso é em te ter

Ansiedade me corroendo por dentro

Pôs não vejo a hora de te encontrar

E em teus beijos vou ficar envolvido

Ouvindo apenas o som dos respiros

Cravando dentro de mim o seu amor

Suas mãos vão me deixando calmo

A alma fica jubilosa quando te abraça

Osvaldo Teles

Ênfase aos sonhos

Fico a me lembrar das histórias

Que foram contadas no terreiro

Fazendo a imaginação decolar

Viajando pelo mundo imaginário

Esconde-esconde e o garrafão

As brincadeiras faziam crescer

As cantigas de roda embalavam

O amadurecimento do menino

Que não sentia as suas dores

Um mundo ilusório me envolvia

Sobre os raios prateado do luar

Elas davam ênfase aos sonhos

Sobressaltando a minha criança

O elo que me liga com o interior

Salvaguardava as doces ilusões

Daquele menino que amadureceu

Pelos contos de fadas sou levado

Ao reino encantado das fantasias

Cresci envolto aos ensinamentos

Que minhas brincadeiras trouxeram

Osvaldo Teles

Viver o momento

O futuro está longe do olhar

Não dá para enxergar o final

O amanhã está bem distante

Contento só com o presente

Não me causando desespero 

Deixa ele quietinho no canto

Com calma tudo se ajeitava

O hoje é o que mais importa

Nem dá para ver as primícias

De um homem que se entrega

Os projetos devem ser feitos

Sem me esquecer o momento

Que foi vivido na complexidade

Que está aqui na minha frente

A reminiscência é despertado

Esqueço os planos vindouros

Vivo os minutos que foi me dado

Aproveitando cada na intensidade

Não perco meu tempo por nada

Faço tudo para aproveitar a vida

Osvaldo Teles

Seus primores

Adoro versejar sobre seus primores 

Falar da simplicidade do meu povo

Gosto dos seus aromas e sabores

Que fazem recordar a doce infância

Admiro suas lindíssimas paisagens

São daquelas que enchem os olhos

Com seus coloridos e encantos mil

Perambulo guiado pela luz estelar

Parecendo-me um tapete prateado

A lua emoldurada em seu lindo céu

Revelando o seu belíssimo cenário

Mergulhar nas águas do Paraguaçu

Em suas águas límpidas me refrescar

Minha alma se encontra enternecida

Sentir energia que vem da sua terra

Revigorando todas as minhas forças

Pisar em seu solo sagrado e lembrar

Daquela vida simplória que vivi por lá

Lembro-me das suas noites enluarada

No encerramento que a vida me dava

A imaginação livre levantava seu vôo

Criava as mais puritanas das fantasias

As ideias chegavam nas constelações

Com a veracidade que os dias trazia

Osvaldo Teles

Abre-se um portal

A cada nota musical abre-se um portal

Por onde vão entrando as lembranças

Sinto lágrimas caindo dos meus olhos

Como gota de chuva que molha a face

A saudade vai aumentando a cada tom

Nas dedilhadas se liberta a imaginação

Retorna ao seu ponto de convergência

Saudoso regresso aos momentos bons

Que ficaram gravados na minha mente

Dançam frenéticos meus pensamentos

Querendo o contraponto das emoções

No contraponto da harmônica melodia

Transportando para um tempo distante

Embora não esteja tão distante assim

Em meu peito fica uma grande lacuna

Pretendo preenchê-lo com o teu amor

Pego-me vagando neste espaço vazio

Perco o contato com este mundo irreal

Passando a viver neste mundo lunático

Compondo o belo quadro de aquarelas

Osvaldo Teles