terça-feira, 29 de dezembro de 2020

O grito

O grito se expande ecoa pelo espaço 

Como uma trombeta quebra o silêncio

Grito as palavras presas na garganta

O silêncio tomando conta do ambiente


Leva-me a uma grande introspecção

Navego pelo o meu interior profundo

Vou liberando os nós que lhes prende

Vagando vai meu espectro pelo sideral


Tendenciando a uma solidão profunda

Agonizando está um corpo moribundo

A saudade me leva ao túnel do tempo

As lágrimas vertendo torrencialmente


O sorriso é retirado dos meus lábios

Um soluço é o único som que emito

Silencioso estou prostrado de joelhos

Choro as amarguras que a alma sente


Oro para as maledicências irem embora

Porém tenho um Deus que me protege

Fica a prova que sou fruto do momento

E tudo na vida são coisas passageiras


Osvaldo Teles



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