Esbarro defronte do espelho mágico
Uma janela para o passado se abriu
As recordações vem em lento passo
Busquei ver aquilo que um dia partiu
O portal para o futuro se escancarou
O planeta fantástico para desvendar
Irei aproveitando o que de bom ficou
Sigo sem fantasma para amedrontar
Os traços de menino não mais existe
As rugas ocupava toda a minha testa
Curtir o meu presente é que consiste
Prepara para o futura o que me resta
Na contramão das emoções prossigo
Fixo no reflexo que o espelho mostra
Coloco armadura para ver se consigo
Para não enxergar que ficou amostra
As minhas fraquezas vão ficar à tona
Ecoam em meus ouvidos as lamúrias
Fico com temor de vislumbrar a cena
A alma vai ficando no estado penúria
Osvaldo Teles