Acordei na vontade de
filosofar
Da poltrona ao sofá,
quanta magia!
Beleza esguia do
esquecer
O que sentia já não
sei
Pois deixei a dor
veemente nascer
Ardor que a gente
sente flutuar
No entanto a cada
noite sinto esvanecer o dia
Enquanto desço as
escadas do açoite
Carregando nas costas
o preço e as marcas
Da grandeza de minha
própria existência
Risos!
É o que resta quando
o coração seca
E deixa molhar a face
- Que papelão!
Mas esta é minha
sina, o que fazer?
A não ser deixar
esquecer e rezar
Entre um copo de
cerveja e um corpo comprado
Enquanto ando, com certeza,
em busca de um eu vazio
Que hei de encontrar
- com fé em Deus!
Se até lá o tempo não
o tiver devorado…
Alexandre Teles