domingo, 31 de julho de 2016

O amor está no ar

Cada assovio do vento
Vem aos meus ouvidos
Falar do amor fraternal
Abraçando o seu irmão
Capaz de riscar no rosto
Traços de felicidades
Amor/paixão traduz
Todos os prazeres
Existentes presos no ser
Querendo ser liberado
Eu vivo o amor constante
A vida é como uma sinfonia
Tudo tem que estar
Em perfeita harmonia
Para que os dias encontrem
O seu compasso e saiam versando
Poemas líricos de amor
Um dia ela me foi apresentada
Uma deusa em forma de mulher
A lua é a testemunha deste romance
Contrapondo a existência da dor
Aliviando uma angústia cortante
Não vamos ser amantes da teoria do caos
Nem tudo está perdido, o amor está no ar
Pronto para infectar os corações
Prelúdio para a cura do padecimento

Osvaldo Teles

Sentindo o pulsar

Aperta-me contra o teu seio
Sentindo o pulsar de tuas veias
O coração bate acelerado
Só em pensar em tê-la
As pálpebras se fecham
Para sentir toda vibração
Vindo deste encontro corporal
Tudo que acontecer será perdoado
Não me responsabilizo por minhas ações
Localmente envolvido em teus laços
Capitulei todas os fotos que aproveitei
Apesar dos  percalços estou pronto
E mais maduro para viver este romance
Deixa o líquido que contém princípio ativo
Da substância química chamada ocitocina
Ligando dois amantes a corrente do amor
Desesperadamente quebram a lei da física
Dois corpos oculpam o mesmo lugar no espaço
E em uma sequência de movimentos
Chegamos ao cume das sensações
Nesta mistura tudo se condensa
Perco a minha identidade
Confundindo a tua com a minha
Tornando-me um vassalo compulsivo
Com as ideais pervertida
E contaminada pelos vírus da paixão

Osvaldo Teles

Ocitocina é o hormônio da felicidade, fidelidade e do prazer

sexta-feira, 29 de julho de 2016

Fizemos juras

Fizemos juras de amor eterno
Perante Deus e os homens
Selamos a nossa aliança
Que juntos enfrentaríamos
Todas situações  que teríamos
A frase mágica eu te amo
Para acalmar os ânimos
É você que meu corpo pedi
Qualquer lugar servia para nos amarmos
No inverno não estamos sozinhos
Nos tocávamos ardentemente
Desejosos os lábios se procuravam
Precisamos disto como alimento
Destilávamos a essência do amor
A sua animosidade me contagiava
Mudando a minha realidade
Achando nesta relação
A janela para o jardim secreto do amar
Nos bosques dos encantos
Construímos o nosso nicho
As relvas tornou-se o ninho
Na floresta encanta construímos
O castelo dos mistérios onde eu botei
A realeza chamada Marisete
A saliva transformamos em néctar
Em um clima ameno produzimos
O nosso broto forte e resistente
Somente a sua presença me importava
Doces sonhares a satisfazer o nosso querer
Desejando chegar ao mais alto grau
Da compreensão humana para preencher
As lacunas existentes
Em uma entrega Incondicional

Osvaldo Teles

quarta-feira, 27 de julho de 2016

Os meus dilemas

Viver é um eterno recomeçar
Chorei minhas mágoas
Deixei muitos sonhos a margem
Engavetados muitos ficaram
Arribei as mangas e fui a luta
Enterrei com as minhas próprias unhas
Os meus dilemas, descobri os segredos
Aparentes ficaram diante de mim
Rasguei a mascara, para não esconder
O que de fato nos interessa
As mãos calejadas pelas tarefas árduas
Hoje vão afagando um semblante aliviando
Os traços do processo de envelhecimento
Muitas vezes ajudaram-me a levantar
Os cascalhos que castigavam os meus pés
Fazendo dos grãos de areia a minha rocha
Os cascalhos que castigavam os meus pés
Usei-o para alicerçar a minha base
Onde construir o meu palacete
Sendo o meu bom Deus a fortaleza
Para que nenhum vento ou ventania
Venha derrubar às estruturas
As lágrimas que lavaram-me
Foram as mesmas que regaram
As minhas esperanças, saindo lá do fundo
Toda energia capaz de ligar a engrenagem
Ligando a partida para as alterações
Trabalhei para acumular bens
Cismei com as convocações de valores
Tornando-me amante compulsivo do ser
Arranquei das minhas entranhas a tristeza
Refletindo no exterior todo resplandecer
Contido na profundidade em um coração

Osvaldo Teles

terça-feira, 26 de julho de 2016

Mundo mágico

Em todos os ângulos que vejo
Você está lá, presente meu
Carrego-te comigo para onde eu for
Traz consigo uma beleza estonteante
Deslumbrado fico diante de tanto esplendor
Fazendo-me aventurar em seu mundo mágico
Dissipando todas as impurezas
Límpido, lugar propício para nascer
A flor roxa, aquela que só nasce
No coração do homem sábio
Fazendo brotar sentimentos cristalinos
Fada minha, encanto sub natural
Os acordes dos seus dedos no meu corpo
Marcam o compasso do meu coração
Extraviando o meu fado
Dando-me a oportunidade de estar
Nos seus braços sentindo o seu calor
Suavemente os teus seios me tocam
Sagaz saio ao seu encontro
De mãos dadas desfilando
 Como estivéssemos em uma passarelas
Sem nada para nos incomodarmos
Fomos feitos como a cuia e a cabaça
Uma é feita da outra
Um para o outro, acoplamento perfeito
Forjada das minhas costelas
Veio pronta para ser a minha companheira
Como já dizia Platão até o mais rude
Dos homens passar a ser poeta
Quando traz o amor no seu peito

Osvaldo Teles

segunda-feira, 25 de julho de 2016

Quero uma voz

Quero uma voz e um violão
E uma boa música tocando
O meu coração e um bom vinho
Para incendiar os corpos
As flores no canto do quarto
Deixando-o perfumado
Amor sendo o tempero da vida
Não quero nada fragmentado
Te quero por inteira
Vamos fechar os olhos
Em um meditação profunda
Indo longe ao encontro tranquilidade
Quando estou só me aconselho
Com a minha consciência
Aprazível será quando me tornar feliz
Declarando o nobre sentir
Quantas expectativas coloquei
Neste delicioso sentimento
A única coisa que pedi em troca
A sua disposição para me amar
O seu pedido silencioso de aconchego
Choca-se com a minha disposição
Para te encher de afetuosos beijos
Nos interlaces amarrando os desejos
Completando o conteúdo do deus do amor
Na junção do profano e do sagrado
Nos regando com chuva de venturosas
Congratulações entre espírito e carne

Osvaldo Teles

Fugir das armadilhas

Eu era um menino mais aprendi muito cedo
A enfrentar as dificuldades de frente
As responsabilidades tive que encarar
Já tive que fazer muitas escolhas
Deixei para traz muitos motivos
O planejamento nunca fiz
A vontade de vencer motivou a continuar
Briguei com o carrasco, o tempo
Temporizador dos acontecimentos
A empáfia não me levou a lugar nenhum
A humildade me deu conhecimento
Fugir das armadilhas do ardiloso
A ociosidade toma conta dos meus passos
A ansiedade tirava-me o foco
As vezes tive a solidão como conselheira
O paradoxo levou-me a refletir
A fé deu-me forças para prosseguir
Em muitas passagens
Da minha estadia no mundo
Dava vontade de dar uma parada
A flexibilidade ajudou-me a prosseguir
Venci todas as batalhas
Que me foram impostas
Com o meu poder de sociabilidade
Juntei muitos amigos ao meu lado
Enterrei as maledicências que me afligiam
Liberando o peso que me maltratava
Travei inúmeros conflitos, mas saí ileso
Todas os ferimentos ganharam sutura
As marcas ficaram como lembretes
Para eu não me esquecer
Da origem simples e batalhadora
Os questionamentos me perseguiam
O que fazer com os sentimentos
Que nasceram, muitos ficaram para traz
Porém deixaram muitas lembranças
E uma saudade que machuca
Vence cada etapa como única
Depois de todas empecilhos cheguei aqui
Trazendo como troféu as conquistas

Osvaldo Teles

domingo, 24 de julho de 2016

Chama-me

Chama-me que te atendo 
Estou carente do seu dengo
Vem toda dengosa
Faz-me ver as constelações
Quero flutuar como estivesse nas nuvens
Apanharei um punhado de estrelas
Para enfeitar o seu pescoço
Com a lua farei uma coroa
Para adornar a sua cabeça
A via láctea emoldurada na janela
Só falta você para deixar a cena mais bela
És o meu enfeite na cama, o meu brinquedo
Meu pedaço de bom caminho
Dando direção quando estou desnorteado
Desafio a gravidade para estar contigo
Querendo encontrar a convergência
Desvendar os seus segredos é a meta
Sendo os seus são a porta de sua alma
Revelando  sua capacidade de se entregar
Deixando brotar o que está  em seu âmago
Jorrando torrentes de satisfação
Venha cá não deixa-me ficar a esperar
Enche de espectativas um ser sofredor

Osvaldo Teles

Na mesma sintonia

Muitas madrugadas vi findar
Saía da cama para o sofá
A sua falta me castigava
Tudo ao meu redor tinha o seu jeito
Sentia você do meu lado sem poder tocar
Trago na memória imagem fragmentada
De sua fisionomia gravada na minha mente
Hoje a noite pensei em ti
Lembrei-me das músicas
Que ouvimos juntos
Estávamos na mesma sintonia
Conexão automática entre duas criaturas
Uma lugar paradisíaco nos reportando
Ao éden, lavando toda mácula
Voltamos a origem transformado
As experiências vividas me trouxeram
Amadurecimento as gelhas esculpiam
A testa, procurei deixar a alma jovem
A vivência não  tirou a veracidade dos fatos
O nosso devanear continua aceso
Fazendo-nos seguir em frente
Catalogando o que de bom aconteceu
Trancafiando o que de ruim veio a mim
A tua aceitação era o bálsamo para a alma
Todos os atalhos levavam-me até você
Um frenesi a dominar os nossos olhares
A esta história dei vida a personagens reais
Fiz planos para não ter fim
Findando só com a morte
Gostaria de fazer o verso perfeito
Para definir os meus sentimentos por ti

Osvaldo Teles

sábado, 23 de julho de 2016

Sinto falta

Sinto falta dos seus dedos correndo
Sobre a minha pele, sua boca quente
Sobre a minha testa conduzindo-me
A um abrasador desejar
Entre um gole e outro de vinho
O ambiente fica às escuras
Pego-te pelos braços
Vou me envolvendo nos teus
Me derretendo no seu calor
Deslizando sobre cada ponto excitante
Do seu lindo corpo
Solto o animal que há em mim
Agindo por instinto derrapo em seus contornos Seguro nos teus cabelos
Para não me perder
Estou a caminho do prazer
Quero sentir juntinhos para que seja completo
Ato mais sublime entre o homem e a mulher
Gerador de compulsão indescritíveis
Nos seres, felicidade, felicidade, felicidade
O acorde foi dado, afinados estamos
Seu corpo violão em minhas mãos
Vou dedilhando até encontrar a melodia
Dando cadência aos batimentos cardíacos
Levitando ficamos depois do nosso cerne
Ser possuído pelos devaneios da carne
Em uma doação involuntária da anima
Da materialidade do corpo
Em um conjunto de ações involuntária
Seguindo o rito do sagrado ato de amar

Osvaldo Teles

sexta-feira, 22 de julho de 2016

Rastejei

Saí do labirinto que me aprisionava
Amarrei uma linha no início
Para não me perder no final
Rastejei por algum tempo
Até descobrir que poderia dar asas
À minha imaginação e ultrapassar
A linha do horizonte e perceber
O esplendor do celestial
Tornando-me viajante entre mundos
Como aves migratórias sigo os instintos
Tenho o meu pouso certo
O senso de proteção colocado
Fazendo-me retomar o rumo correto
Seguindo a minha rota
Soberano viajo livre
Dos grilhões que me prendiam
Tirando o peso da consciência
A negra noite é um convite
Para substância delirante ser ativada
Acessando no subconsciente
O que está adormecido
Com as pestanas colada vou sentindo
Á atmosfera tocando os meus pelos
Compreendo a sensação que me causa
Estremecendo as minhas estruturas
Aprisionadas ficaram todas as tristezas
Só foi feito um pacto com a felicidade
Para que ela nunca me abandonasse
Entregando-me plenamente ao ofício
Da doação, dando prioridade à liberdade
A gaiola ficou aberta, libertei as dores
Que aperreavam-me
Na arte de viver eu sou um eterno aprendiz
Vou valsando pelas estrelas e plantas
Driblando os meteoritos em busca
Daquilo que morreu dentro de mim
Ressurgir das cinzas mais livre do que antes

Osvaldo Teles

quinta-feira, 21 de julho de 2016

Reminescências

Um portal é aberto para as minhas
Reminescências ligando-me a tua ausência
Lançando para bem distante do real
Acordei ao seu lado com a sua cabeça
No meu ombro e o gosto dos seu beijos
No meus lábios, o seu  aroma sedutor
E alucinante desperta em mim um fascínio
Alienante dos sentidos ficou querendo
Sintetizar o meu querer com o teu
Naufraguei em um mar ilusório
Naveguei desgovernado em mares revoltos
Não pude controlar os meus impulsos
Meu lado animal incontrolável e compulsivo
Sendo controlado por a sua  cordialidade
Enamoro a lua sobre o por do sol
Trazendo a nostalgia para dentro de mim
Quando o sol desponta por traz da serra
Anunciando a luz do novo dia
Inrradiando a energia e a beleza que emana
Do seu maravilhoso riso reportando-me
Para os lindos momentos que passamos juntos
E outros tantos que virão para unirmos
Em uma única pretensão partilhar um viver
Já trago comigo o espaço preenchido
Com  todo amor contido em meu ser

Osvaldo Teles

quarta-feira, 20 de julho de 2016

Ideias distantes

Cabeça baixa as ideais distantes
Buscando a tua doce lembrança
Quero estar a teu lado noite e dia
Quero respirar o mesmo ar que tu respira
Já não consigo desassociar a minha vida
Da sua, almas gêmeas interessadas
Envolvendo-nos na sua teia das delícias
Me deleitando com sua melodiosa voz
Fazendo-me subir os degraus da vida
Como se fossem o teclado de um piano
Sendo tocado com muita delicadeza
Ganhamos o ritmo
Vamos dançando nas pistas de danças
O baile dos astros a nos imitar
O astro rei lá de cima fazia o jogo de luz
Nada era mais lindo quando ele
Resplandecia a luz que emana do ter ser
Trago as marcas na pele de suas unhas
O seu cheiro impregnado nas minhas vestes
Uma porção enfeitiçadora a me dominar
As damas da noite ficavam acanhadas
Diante do seu delicioso perfume
Noites enebriantes passamos juntos
Goles de sua bebida saboreei
És a minha menina mulher, o meu vício
Somos seres mundanos o pecado nos castiga
Resta-me o alívio de estar contigo
Na junção de dois corpos enamorados

Osvaldo Teles

terça-feira, 19 de julho de 2016

Soltei o grito

Sotei o grito preso na garganta 
Que abafava o meu peito
Desatei o no que nos prendia
Libertei o alazão que há na meu eu
Sair galopando em busca da liberdade
O anjo da guarda estava a proteger-me
Como um unicórnio voei
Entre os pássaros alados eu estava
Não tinha nada e ninguém para me poudar
Para que a decolagem fosse Perfeita
Quando eu decolo fico só em meu mundo
Deixando o rancor para traz
Para que a alma ganhe leveza
A carta de viagem eram as constelações
O planeta Vênus era o meu farol
De longe avisto o castelo dos sonhos
O buraco negro quer me puxar para dentro
Fujo do cabo das tormentas
Contornando o cabo da boa esperança
Chego ao país das maravilhas
Vou curtindo muito cada instante
Ficando maravilhado com cada paragem
Emotivo fiquei com tantas esperiencias
Que passei,as gotas que escorreram
Dos meus  olhos molharam a terra
Fazendo brotar as sementes que espalhei
Nas leiras que preparei para plantar
Todas a ilusões perdidas para que elas
Renasçam mais fortes que antes
Ressurgindo majestoso do seu leito
Toda energia cósmica assume as ações

Osvaldo Teles

segunda-feira, 18 de julho de 2016

Faltaram-me forças

A vezes faltaram-me forças para prosseguir
Já levantei de várias quedas
Para me reerguer fiquei de joelhos
Aproveitei para erguer os olhos para Deus
E pedi clemência para o meu desespero
Coloquei-me de pé com alguns arranhões
Com certeza, que cicatrizaram com o tempo
Que se encarrega de curar as enfermidade
Dando alívio a uma massa cansada
Aprendi a duras penas o preço da felicidade
Fiz as minhas escolhas se foram corretas
Não sei, e nem sei o que me reserva
Trilhei caminhos tortuosos e perniciosos
Cambaleantes as pernas me faltaram
Tropecei nos meus próprios erros
Que tentaram me empurrar ladeira a baixo
Uma força maior me segurou firme
Mostrando a seta a ser seguida
Aprendiz da escola chamada vida
Fui coadjuvante na minha própria história
Perdi o script a ser seguido
Fui tocado pela mão divina que irradiou
Uma força renovadora, que ateou fogo
Acendendo a chama da esperança
Transformando as provações em bonanças
Cada cicatriz em  tatuagem registrando
As cenas da via sacra do meu ser peregrino
Das águas cristalinas fiz de espelho
Refletindo Todas as passagens de uma vida
Visualizei o fim do túnel uma luzinha acenava
Mesmo com tantos tropeços consegui
Chegar inteiro ao final da estrada
Muitas mudanças ocorreram
Dando a certeza que não cheguei o mesmo
Ficando transparentes as rugas na face

Osvaldo Teles

domingo, 17 de julho de 2016

Conectado-me

Conectando-me comigo mesmo 
Fazendo uma introspecção vejo
Destroços de um ser estilhaçado 
Capturei todas as belas imagens 
Que estiveram à minha frente 
Gravei os sons que vieram aos ouvidos 
Uma corrente de emoções a me dominar 
Naveguei nos milagres que acontecem 
Do anoitecer ao amanhecer, vida 
Alardeando toda magia do amor 
Seguindo a minha essência 
Querendo conforto para um coração 
Casando, a injeção de ânimo já foi dada
Como serão os dias não sei  
Não me preocupo com o futuro 
O importante é se amarrar ao presente 
Vivê-lo  sem pensar no amanhã 
Amordaçando palavras dolorosas
Velando a dor que  sucumbe 
Dando o último suspiro, apagando 
O nevoeiro denso da melancolia 
Religando o elo partido do meu eu exterior 
Toda a minha existência vem a  cabeça 
Vi coisas que não gostaria de rever
Revisei todos os meus conceitos 
Só não pude apagar o que já estava feito 

Osvaldo Teles

sábado, 16 de julho de 2016

Como um Con-dor

Como um con-dor corto céu a pro-cura
De um lugar seguro para repousar
Enfrento todas as adversidades
Para um lugar de paz encontrar
De longe avisto o ocaso, confuso fico
Com tanta beleza posta à minha frente
O som das águas batendo nas pedras
É sinfonia transportando para dentro da mim
Ganho o bailar dos cisnes na conjunção
Entrego-me a indolência completamente
O medo das perdas me deixou amarrado
As conveniências, botando peias aos pés
Fui quebrando todas as amarras
Que me prendiam ao solo, desatando o nó
Sego seguía a escuridão densa da tua alma
Mais sábia que lá no fundo tinha um ponto
De luz que indicaria o porto seguro
Já não faço mais parte do seu mundo
Tive que tomar a decisão sozinho
Outros ares estou almejando, não quisestes
Bater asas comigo, voei solitário mas livre
Com um espaço a ser preenchido
Só o sol aquece-me do gelo que ganhei
O peso da indiferença está a me castigar
Sou passarinho de asas quebradas
A qualquer momento elas saram
E eu volto a bater asas para voar

Osvaldo Teles

sexta-feira, 15 de julho de 2016

Verdadeiro conto

As vezes eu gostaria que a vida fosse
Verdadeiro conto de fadas e que rodas
As lembranças se dissipassem como fumaça
Apagando todas as memórias
Libertando-me dos grilhões do que passou
Seria mais fácil prosseguir na caminhada
O que perdemos e o que ganhamos
Não tem mais importância
Não vou dizer que tudo o que passamos
Não valeu apenas, nos preparou para
As dificuldades que por ventura surgiram
Com a minha cabeça erguida lutando
Contra os desafetos, travamos um batalha
Nos armamos até os dentes, não sabemos
Peço calma as minhas ações
Para não sai machado desta guerra interior
Quem será o adversário e como reagirei
Aos embates entre o querer e de possuir-te
Desatrelamos os nossos passos
As mãos já não se tocam
Com as mesmas frequência
A eloquência das palavras fugiram
Não fazem mas partes do nosso  vocábulo
A vida nos reserva surpresa maravilhosa
Tirando forças do fundo das entranhas
É só regar com com muito amor
Adubando com muita ternura e carinho
Resgatando o sorriso que a dor sequestrou
O amor só é bom quando é vivido a dois
Ainda guardo na cachola o que de bom vivi
Pensei em eternizar o nosso sentimento
Porém tudo passou tão derrapante
Não irei verter lágrimas e não deixar
A tristeza se aporsar do meu vazio
Sorrirei, darei gargalhadas dos acontecidos
Espantarei toda as sombras do sofrer
Tirarei todas as pedras do caminho
Deixando tudo livre para prosseguir
Firme e confiante que tudo vai se restaurar
No interlace da vida pensei que fossemos
Inseparável e que estaríamos lidados
Pelo resto das nossas vidas

Osvaldo Teles

quinta-feira, 14 de julho de 2016

O silêncio assume

Quando o silêncio assume o vazio
A sua voz perversa vem falar ao coração
Muitas reticências vem a cabeça
Vou degustando o vinho da luxúria
O puritano foi contaminado perdeu a pureza
Causando desordem no comportamento
O balançar da corda bamba me deixa tonto
Faz-me buscar equilíbrio, tento me segurar
Desesperado as tuas mãos, não a encontro
Eu me desequilibrei, espatifei-me no chão
A queda foi dorolosa busquei apoio
Para levantar-me tive que engolir o choro
E reerguer-me sozinho sacudir a poeira
E dar a volta por cima como nada aconteceu
Pedaços eu tentei colar, margeando
Os empecilhos quis transpô-los
Muitos sonhos foram semeados
Só quero colher os louros das realizações
E o doce sabor da vitória
Não temerei mal algum quando Deus quer
Não tem inimigo que atrapalhe
Afinal tudo vai depender do plano do pai
Posso perder tudo, só não pode faltar a fé
Ela me deixa focado nos sonhos sonhados
Não vou cronometrando o tempo
Para na ficar preso ao bendito tempo
Ele vai passando deixando cicatrizes
E levando consigo o sofrer doido
Não posso cometer erros
A sinopse do meu filme já veio escrita
Pelo diretor de lá de cima
Não sei a qual lugar a ponte vai me levar
Não tenho medo do que tem por vir
Pôs tudo já estar nos planos de Deus

Osvaldo Teles

quarta-feira, 13 de julho de 2016

Porque brigamos

Porque brigamos meu bem
Para que nós machucarmos
Não crava mais uma espada
No meu peito, basta as dores
Que já trago comigo que castiga
Não nasci para padecer de amor
Deixa este ciúme de lado
Ele só atrapalha o querer da gente
O meu pensar é todo teu
O amor colocou-me uma venda
Aguçando os meus sentidos
Sinto o seu aroma de longe
Fazendo-me ver o que há
De mais lindo no seu ser
Quando me fitam os teus olhos
É como ponto de faca afiada
Penetrando, abrindo um chaga
Sua língua é cortante
Como o fio da navalha
Levastes um sorriso belo contigo
Deixando a marca da mágoa
Esqueci tudo o que se passou
Fiz uma busca interna para dar-te
O melhor de mim, aceite sou teu
Chegastes como um trovão
Abalando toda a minha estrutura
Os versos que tentei rabiscar
Só queriam exprimir o meu puro sentir
Vem em paz, faz do teu carinho
Cicratrizante para os ferimentos
Lembra-se de todas as juras
Que fizemos nos momentos de prazer
Vem neginha me envolve no teu abraçar
Sempre quis está com você confirmando
A promessa que fizemos diante do altar

Osvaldo Teles

terça-feira, 12 de julho de 2016

Um certo dia

Um certo dia a casualidade nos juntou
Fortalecendo a fragilidade de um coração
Dando sutileza e fazendo da cordialidade
Nossa aliança, um amar assim jamais
Esperei encontrar, revelando-me a certeza
Da presença divina agindo em meu ser
Gratificado eu fico com a sua benevolência
Juntando as minhas carências com a sua
Abastança, todas as minhas necessidades
Afetivas são preenchidas, vindo consigo
A  conciliação entre carne e espírito
Escrevendo nas linhas da vida o enredo
De um lindo romance de um plebeu
E um plebéia que parecia um conto de fada
Ultrapasso as barreiras da insensatez
Não quero a lógica casualidade
Sei que ela me trouxe momentos prazerosos
Eliminando a saga da solidão copiosa
De soluço das lágrimas estremecedoras
Viestes atenuar o padecer de uma alma
Trazendo-lhe alegria para viver

Osvaldo Teles

segunda-feira, 11 de julho de 2016

A minha imaginação

Mesmo que tudo conspire
Contra os meus sonhos
Sempre darei asas
A minha imaginação
E não ficarei limitado às convenções
E as regras pré-estabelecidas
Pela sociedade, mais sempre
Estarei preso às leis divinas
Vou tocando a vida mesmo com as feridas
Não me incomodo com os ritmos
O importante é dar o compasso harmônico
As minhas alçadas livres e soltas
Seguindo os impulsos do instinto animal
Camuflando toda profundidade do voar
O ar fresco deixa os pelos arrepiados
Cheguei ao apogeu dos meus devaneios
A procura dos valores perdido no decorrer
Da revoada, a intensidade imposta no vôo
É o diferencial entre o ponto de chegada
E a desistência da nova decolada sublime
No espaço ganhei a levaza dos pássaros
Posso tudo quanto estou com coração
Cheio de amor tornando um ser alado

Osvaldo Teles

domingo, 10 de julho de 2016

A realidade vem nua e crua

Há muito tempo que eu não sei o que é sonhar
A realidade vem nua e crua
Tirando-me a veracidade dos sonhos e fantasias
As asas foram cortadas impedindo-me de voar
Um enigma difícil de decifrar
O pássaro perdeu o canto
As vezes é bom retornar ao marco zero
Da minha origem, vasculhando na caixa
Das lamentações em busca da verdade
Escondida por trás da máscara
Recapitulando as histórias vívidas
Na luta árdua da conquista diária
Os guerreiros mágicos nos emprestam
As suas armas rumando à vitória
Salvando uma alma perdida
Embalsamando com o perfume do jasmim
Todas as amarguras retidas no espírito
Levando comigo enrolando com pura seda
Tudo que se passou com as nossas vidas
Sentimentos vividos na sua plenitude
Na sua transparência belíssimo contorno
Ficam à mostra os trilhos por onde o vagão
Da esperança vai passar, pego carona
Na cauda da estrela cadente quebrando
Limitações de duas mentes surpreendente
Ultrapassamos as linhas imaginária
Que nos prende aos planos terrenos
Chegamos ao encontro da imperfeição
Na conclusão que somos seres humanos

Osvaldo Teles

sábado, 9 de julho de 2016

A-deus

A estrelas adornam a minha cabeça
Os vagalumes me emprestam a sua luz
Clareando-me a noite escura
A garôa da madrugada refresca-me a alma
O mar me empresta a canção para acalmar
Uma angústia pujante a me dominar
Tentarei seguir de cabeça erguida
A-deus, palavra que corta
Deixando corações dilacerados
Levo comigo as dores contidas
E os momentos felizes vividos
Guerreando com os meus traumas
Não queria que eles viessem atona
Não levo mágoas comigo
Só deixo na capanga as coisas boas
As ruins transformei em experiências
Abro o portal do passado
Vejo o que se passou na minha vida
Sei que muitas coisas tem por vir
Muitas amizades a fazer
Encontrei muitos anjos amigos
Ainda tem muito acontecer
Já me acostumei com as perdas
Elas fazem parte do amadurecimento
Glorificando um ser vencedor
Ficam as reminiscências do que vive
Entrego a Deus todas pessoas
Que cruzaram o meu caminho
Serei sempre grato a todos
Que contribuíram para o meu crescimento

Osvaldo Teles

sexta-feira, 8 de julho de 2016

Laço do amor

Corpo umedecido pela saliva de tua boca
Tuas mãos  passeando na minha pele
Entrando em combustão o sangue ferve
Os gemidos entram suave nos ouvidos
Apertando-me entre os seu seios
O imaginário decola ao encontro de ti
Fecha a porta, traz só as fantasias
A serem realizadas tira a venda
Ficará tudo a contento só você me importa
Nunca me preocupei com os seus espinhos
Fui seduzido pela sua beleza interior
Causando fascínio em mum
E pela a sua sensualidade que ixalava
Fazendo te desejar com muito ardor
Como um magnetismo fomos atraídos
Um fogo nos queimava por dentro
Em brasa os corações ardiam
Sufocando-me com a sua magnetude
Delirante são os seus afagos
Dos seus porus saem o cheiro estimulante
Que invade toda a minha alma
Animando duas pessoas ligadas
Pelo mesmo laço, o laço do amor

Osvaldo Teles

quinta-feira, 7 de julho de 2016

Partir

Vou partir para um lugar distante
Na porta minha mãe ficou acenando
Vovó derramou muitas lágrimas
Seguir o meu rumo a tristeza
Acompanhou-me rumei ao desconhecido
As lembranças seguiram-me
A saudade me devorava
A saudade mais doida foi de mainha
A imagem dela carrego até hoje
Ela dizendo Deus te acompanhe e guarde
E que você encontre o seu destino
Vou continuar orando por sua proteção
Por onde você andar nunca esqueça a lição
Que a honestidade deve ser um dever
E não uma obrigação, mãe já nasce
Com o senso de proteção
E com os sentidos apurados
E com a sabedoria nata vai ensinando
Com simplicidade as suas lições
Que me acompanharam por toda vida
Guiando-me pelo caminho do bem
Nada melhor do o  colo de mainha
Para me encontrar com a minha infância
Ninando as frustrações do homem
Filhos para as mães nunca crescem
Estão sempre precisando dos seus conselhos

Osvaldo Teles

quarta-feira, 6 de julho de 2016

Dependência

O meu corpo tem dependência do teu
Nele saciei  o meu vício que o cérebro
Busca, o deleitamento que você pode
Proporcionar-me um sentir aprazível
A sua pele negra vou alisando
Seguindo os impulso cerebrais
Vou deslizando a língua pelo seu corpo
Sentindo a minha pulsação aumentar
Perdi o domínio das minhas ações
Beijos e carícias vão me levando a loucura
Aqui dentro só eu você, fica tranquila
O que for permitido vai acontecer
Tem que ser gosto para nois dois
Estamos na mesma frequência
Tocando-te com toda suavidade
Que há no meu ser
Trazendo atona o prazer mais sublime
Fazendo tu sentir no mais profundo da alma
Toda sensibilidade contida em um ser
Isto não é só sexo isto é amor expresso
Nos conduzindo a comunhão perfeita
Entre o teu corpo e o meu
Tudo se encaixa com total harmonia
Condicionando-nos a um sentir maravilhoso
O cansaço nos dá a lezera do prazer sentido
Cabeça sobre o peito querendo aconchego
Depois das sensações sentidas
Deixando no olhar toda força da paixão

Osvaldo Teles

Vontade louca

 Cair na tentação de querer te possuir
Esta vontade louca de beijar sua boca
Prefiro a ilusão de ter tido a doçura
De teus lábios carnudos e saborosos
A beleza que emana em seu rosto
És a receita indicando a cura
Para o meu padecimento
Luzes adentraram no meu interior
Saindo em forma de brilho
Não sei quando fui dominado
Já não mais sou ninguém sem este amor
A nossa história já foi traçada
Fizemos aliança diante do altar
Não somos mais uno nos tornamos trino
A nossa união ganhou vida, da nossa carne
Materializando diante dos meus olhos
Nos prendendo por todo o nosso viver
Agraciado pelos afagos seus
Contato imediato com a satisfação
De estar contigo sobre o mesmo teto

Osvaldo Teles

terça-feira, 5 de julho de 2016

Não tenho medo

Não tenho medo do espelho
Ele só reflete tudo o que eu vivi
E as linhas do tempo
Que riscam a minha face
Mostrando-me todas as transformações
Ocorrida durante o decorrer da vida
Não tenho medo do envelhecimento
Servindo de ligação entre o passado e futuro
Retomando o elo do menino e o adulto
Relembrando momentos vividos
Que deixaram os seus sinais
Não consigo separá-los pois todos
Serviram como aprendizado
Lições que me conduziram pelas estradas
Nunca quis me encontar com a infelicidade
As coisas boas me trouxeram felicidades
Busquei muitas coisas nesta vida
As ruins levaram-me a refletir
Fazendo-me aprender que viver também
Tem os seus espinhos que causam dor
Achei nos braços das pessoas amadas
O cicatrisante para as minhas feridas
É por isto que trilho o caminho do bem
Sei que a maldade existe mas não fico
Preso a ela, independente do que pessoas
Pensem seguirei
Meu propósito é ser feliz
E uma certeza que Deus faz tudo certo

Osvaldo Teles

segunda-feira, 4 de julho de 2016

Ardilosa

Corpo bem torneado, curvas definidas
O vento esculpindo-o em suas vestes
Desenhando os traços da perdição
Louco fico diante de tanta perfeição
Ardilosa desfila em minha frente
Sedutora passa jogando o charme
Deixando para trás o seu cheiro
Vejo em ti a imagem de Vênus
A minha deusa do amor
És a tentação em forma de mulher
Fui envolvido no seu jogo de sedução
Perdi o controle da situação, me joguei
Sem pensar nas consequências
Só pensava do teu prazer usufruir
Desnudo fiquei diante de ti
Tirando a capa da compostura
Transformando-te na condutora natural
Transportando-me para fora do meu mundo
Ficando todo o meu ser sensível
Os arcanjos descem elevando-me ao paraíso
Tudo não passa de meras fantasias
Com um misto de perversão e desejo
Atraindo-nos para o encontro carnal
Nos levando ao clímax total
Saindo da sua boca o mel adocicando
Os belos momentos que passamos juntos
Nos deleitando no nosso leito de amor

Osvaldo Teles

domingo, 3 de julho de 2016

Dois lábios, um sorriso

Luz da minha existência o farol
Indicando a parada certa
Ancoradouro seguro depois de mergulhar
No mar de emoções
Contente vou emergindo lentamente
Em um nado sincronizado
Como o dos tritões em busca de sua sereia
Elas com o seu canto hipnotizava-lhe
Levando-o para a sua armadilha
Condenando-lhe a amá-la para sempre
Proporcionando prazeres indescritíveis
Fazendo do mito realidade
De um sonhar lindo e maravilhoso
Dois lábios e um mesmo sorriso
No encontro com a mulher amada
Levando-a ao êxtase nas portas dos dedos
Sentindo o sabor dos meus beijos
Leva consigo o querer de novo está comigo
Ficando em mim as marcas do que vivemos
Navegamos em águas calmas e tranquila
Em sua transparência o espelho da alma
Deixando-nos ver o que está além do olhar
O esplendor da beleza do ser

Osvaldo Teles

Doei-me por inteiro

Amo com todo intensidade
Doei-me por inteiro
Fiz da entrega uma devoção
Sua imagem para mim é divina
Refletindo o divinal sentido do amar
O meu peito transformei em santuário
Para guardar vossa santidade
Nos canteiros da vida semeastes
Colorindo com suas flores um viver
Apaziguando inquietude de um ser
Nos completávamos inteiramente
Seguimos juntos o mesmo caminho
Não procurávamos atalhos
A distância não nos atrapalhavam
Coeso estávamos de mãos dadas
Com as ideais na mesma direção
Sempre tive a fidelidade como orientação
A cumplicidade guiava o nosso dia a dia
A vida é uma escola nos ensina
A cada instante, feliz do homem que ganha
Discernimento para tirar as suas lições
Usando-a como fortalecimento
Porções mágica de uma fórmula de amar
Nos conduzíamos a plenitude da satisfação
Em uma conjunção diária do gostar
Tornando a dona do meu pensar a poesia
Comunhão perfeita entre dois seres apaixonados

Osvaldo Teles

sábado, 2 de julho de 2016

Mexendo comigo

Estou aqui, preso aos meus pensamentos
Corro os olhos pelo quarto e não consigo
Tirar você da minha cabeça
Seu silêncio me incomoda
A nossa canção me invade sutil
Mexendo comigo
As pestanas se encontravam
A dança frenética começava
De longe o nosso pensar se trocava
Na escuridão do quarto te procurava
Na cama vazia só o seu cheiro estava
Aumentando a saudade que sinto de ti
Tirando-me a serenidade, impotente fico
Diante de sua falta, fico triste
Tu mim remete ao passado,bons tempos
Que gostaria que voltassem
Planos foram feitos para o futuro
De viver eternamente o nosso amor
Sempre pensei no recomeço
O fim para mim nunca existirá
Tudo terminou de forma repentina
Trazendo tristeza para o meu viver
A noite chega e com ela a solidão
Fazendo-me mergulhar nas lembranças
Que outrora  tive você em meus braços
Mesmo que só fosse na minha imaginação
Esta magia do querer distante
Trouxe você para dentro de mim

Osvaldo Teles

sexta-feira, 1 de julho de 2016

A sementinha germinou

A sementinha germinou no meu peito
Tornou-se árvore com raízes profundas
As suas floradas deixou exalar seu perfume
Suas flores geraram frutos doces e saborosos
Sua seiva deixava uma pele macia e sedosa
A sombra de seus galhos traziam-me a paz
Tão almejada, fazendo o meu astro brilhar
Neles fiz um balanço, para me acalmar
O vento alisava as sua folhas
Acariciando a minha essência tecendo a teia
As amarras do encontro, desfrutar gostosas
Emoções de um sentir fortificado
Com o sabor do amor,a árvore cresceu
Frondosa, com o fertilizante chamado carinho
Matando a minha sede nas gotas
De orvalho que caem sobre as suas folhas
As ervas daninhas foram expurgadas
Deixando os raios solares passarem sobre ti
Dando brilho a essa união harmoniosa
Contentamento para duas almas gêmeas
Nas minhas veias enraizadas fortemente
Deixando em mim suas marcas
Tudo segue a sua sequência lógica
Sou fruto de tudo aquilo que vivenciei
Todos os frutos tem o tempo
Certo para serem colhidos
Jubiloso gorjeio como pássaro
Maravilhado da concórdia que me traz
A semente achou uma mente fértil
Para que ela pudesse brotar
E que de seus frutos possa degustar

Osvaldo Teles