domingo, 24 de julho de 2016

Chama-me

Chama-me que te atendo 
Estou carente do seu dengo
Vem toda dengosa
Faz-me ver as constelações
Quero flutuar como estivesse nas nuvens
Apanharei um punhado de estrelas
Para enfeitar o seu pescoço
Com a lua farei uma coroa
Para adornar a sua cabeça
A via láctea emoldurada na janela
Só falta você para deixar a cena mais bela
És o meu enfeite na cama, o meu brinquedo
Meu pedaço de bom caminho
Dando direção quando estou desnorteado
Desafio a gravidade para estar contigo
Querendo encontrar a convergência
Desvendar os seus segredos é a meta
Sendo os seus são a porta de sua alma
Revelando  sua capacidade de se entregar
Deixando brotar o que está  em seu âmago
Jorrando torrentes de satisfação
Venha cá não deixa-me ficar a esperar
Enche de espectativas um ser sofredor

Osvaldo Teles

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