Saí do labirinto que me aprisionava
Amarrei uma linha no início
Para não me perder no final
Rastejei por algum tempo
Até descobrir que poderia dar asas
À minha imaginação e ultrapassar
A linha do horizonte e perceber
O esplendor do celestial
Tornando-me viajante entre mundos
Como aves migratórias sigo os instintos
Tenho o meu pouso certo
O senso de proteção colocado
Fazendo-me retomar o rumo correto
Seguindo a minha rota
Soberano viajo livre
Dos grilhões que me prendiam
Tirando o peso da consciência
A negra noite é um convite
Para substância delirante ser ativada
Acessando no subconsciente
O que está adormecido
Com as pestanas colada vou sentindo
Á atmosfera tocando os meus pelos
Compreendo a sensação que me causa
Estremecendo as minhas estruturas
Aprisionadas ficaram todas as tristezas
Só foi feito um pacto com a felicidade
Para que ela nunca me abandonasse
Entregando-me plenamente ao ofício
Da doação, dando prioridade à liberdade
A gaiola ficou aberta, libertei as dores
Que aperreavam-me
Na arte de viver eu sou um eterno aprendiz
Vou valsando pelas estrelas e plantas
Driblando os meteoritos em busca
Daquilo que morreu dentro de mim
Ressurgir das cinzas mais livre do que antes
Osvaldo Teles
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