segunda-feira, 31 de dezembro de 2018

Sai pelo mundo

Coloquei a mochila nas costas parti
Saí pelo mundo em busca da felicidade
Olhei os quatro cantos deste mundo
Querendo encontrar o que tinha perdido

Deparei com situações jamais imaginadas
Parado fiquei em uma encruzilhada
Sem saber qual rumo deveria tomar
Fiquei esperando o bonde na estação

A visão se perdeu por alguns instantes
Em um piscar ele passou muito rápido
Tentei correr atrás não deu para pegar
Foi para em uma mesa de bar sozinho

Entre um copo e outro via o filme passa
Devagarzinho como se fosse câmera lenta
O enredo por muitas vezes foi modificado
Adequando-se a cada situação vivenciada

Deixei tudo para trás tentando me achar
Afundei profundamente no interior do eu
Fiz uma varredura minuciosa em mim
Vi o que estava a procura estava comigo

Osvaldo Teles

domingo, 30 de dezembro de 2018

Como esquecer?

Como esquecer? De tudo que vivemos
Ainda ouço o seu gemido nos ouvidos
Suas unhas cravadas na minha carne
Sua fragrância espalhado pelo corpo

Seu fio de cabeça grudado no suou
Nossas roupas espalhadas pelo chão
O sabor dos seus beijos nos lábios
O calmante aliviando as tensões

As palavras ditas no calor das emoções
Você é o meu homem você é minha mulher
Continuará ecoando solta no espaço
Como a flauta doce teus dedos tocam-me

Movimentando os corpos no compasso
Dançamos de corpos colados a canção
A balada romântica gravada na memória
Quando ela toca trás de volta o querer

Vou sendo possuído pelo desejo de amar
Está de novo envolto em seus carinhos
Confirmando o casamento das almas
Fizemos um pacto de um amor eterno

Osvaldo Teles

sábado, 29 de dezembro de 2018

Fiquei em frangalhos

Fiquei em frangalhos querendo refazer
Os fragmentos de um coração partido
As lágrimas tristes jorraram torrencial
Mostraram que o sofrimento me corroía

Estampando a danada da tristeza
Vindo a tona todas as mágoas guardadas
Doeram as palavras que foram proferidas
Adentraram cortando como navalhas

Abrindo as profundas cicatrizes das feridas
O homem chorou como uma criança
Olhei para dentro querendo encontrar
Os resquícios do menino que fui um dia

Mudanças ocorreram no passar do tempo
Mais um ano se passa ficando as marcas
Eu fico aqui buscando o alento do Divino
Daquelas feridas mal cicatrizadas! Ainda dói

Bem lá na profundeza do meu peito
Anseio por transformações na minha vida
Virei ao avesso os meus questionamentos
Procurando as respostas para as perguntas

Osvaldo Teles

Voei livremente

O seu amor me fez fazer poesias
A poesia ganhou alma própria
Proporcionando harmônica harmonia
Voei livremente nas asas imaginária

O céu é limite para  meus devaneios
Dominando os meus pensamentos
Levando-o ao estado de plenitude
Abriu a porta da minha imaginação

Decolei rumo ao planeta dos sonhos
Enquanto namorava a minha amada
Pude viajar pelo mundo da fantasia
Fazendo resplandecer as ilusões

Corpo e espírito na mesma sincronia
Queria o alento do seu corpo presente
Comungando do mesmo sonhar
Meu modo de vida foi idealizado

Ganhei um amor para vida toda
Coloquei a minha amada no pedestal
Passando ser a única aos meus olhos
A sua voz soava como suave melodia

Osvaldo Teles


quinta-feira, 27 de dezembro de 2018

Noite encantada

Adentro encantado a noite encantada
Estava preparado para o encontro
O peito apertado pela expectativa
Inevitavelmente chegarás até a mim

Envolvendo a mente em um paradoxo
Fico perdido com os olhos na estação
Tudo se tornava um grande ministério
As palavras estavam loucas para sair

Os braços ansiava em lhe receber
Absorvendo o calor que vinha de ti
A carne tremia pela falta que faz
Tirando a veracidade dos sonhos

Uma chama queimando por dentro
Um vulcão preste a entrar em erupção
Via a lua clareando a noite escura
Não via a hora de sentir seu aroma

Aromatizando todo o meu ambiente
Inebriante vai invadindo o meu ser
Vas me envolver em seus encantos
Fazendo viver a sombra da fantasia

Osvaldo Teles

O amor é um sopro

O amor é um sopro no vazio
Existente no espaço do coração
Enchendo-o com sopro da vida
Expulsando a solidão pungente

Devolvendo o seu real sentido
A expansão de alegria fica na face
Fazendo a palpitação acelerado
Rapidamente torna-se ofegante

Pelos poros sai a respiração
Acendendo a chama da paixão
Sendo parte vital da felicidade
No enleio a cabeça toca estrelas

Andando de mãos entrelaçadas
No dedo foi colocado o símbolo
Amor e paixão como um só sentir
Preenchendo os seres que se amam

O fogo corre ardente pelas veias
Levando dois corpos ao êxtase
Chegando ao estado de plenitude
Onde o ser feliz se torna realidade

Osvaldo Teles

quarta-feira, 26 de dezembro de 2018

Já naveguei

Já naveguei por mares revoltos
Fui levado para a sua profundeza
Não pude observar a beleza contida
Busquei a respiração ela me faltou

Desesperado quis assumir o controle
O grito abafado insistia em não sair
O nervosismo tomava conta de mim
Debatia-me em busca da sincronização

Desfaleci as ondas me arrastaram
A inércia assumiu os pensamentos
Desgovernado ela levou para longe
Quando dei por mim já estava na praia

Buscando o último suspiro de vida
Sobre um tapete de areias brancas
As águas batendo na praia eram a música
Que acalmava o meu pobre coração

Entre os coqueirais a brisa me acariciava
E as brumas beijavam o meu corpo
Acordei de um longo sono profundo
Vendo a vida dar muitas gargalhadas

Osvaldo Teles

Laço sagrado do amor

Fomos presos pelo laço sagrado do amor
Na presença de Deus fizemos a promessa
Amarei-te por todos os dias da minha vida
És o mais puro sentimento que já sentir

Tendo em meus braços o contentamento
Invadido fui pela sua divina beleza
Recebi a divina dádiva de te amar
Fazendo da vida um eterno sonho

Fui cativado com o seu jeitinho meigo
Sendo tu as alegrias dos meus dias
Meu bem querer presente do divino
Devolvendo a mágica do belo viver

Daquele que faz sacudir as estruturas
Quebrado a inércia de dois corpos
Tirando o equilíbrio das minhas emoções
Desvairado andava por aí deslocado

Darei buquê de flores para te enfeitar
O jardim floresceu com todo esplendor
Das rosas retirei os pontiagudos espinhos
Para não lhe machucar com as suas furadas

Osvaldo Teles

terça-feira, 25 de dezembro de 2018

O mapa que foi traçado

O mapa que foi traçado pelo cartógrafo
O grão mestre da orientação espiritual
Minuciosamente modificando as situações
Como pano de fundo o manto celestial

A lua e estrelas devidamente desenhadas
Iluminando os meus caminhos escuros
Lá estava estampado as constelações
Para que eu pudesse me orientar

Voltando-me para o rumo corretíssimo
O cruzeiro do sul e as três Marias
Davam a direção a ser seguida
A luz do final do túnel me mostravam

A bússola interior seguia os instintos
Intuitivo olhei através da janela d’alma
Uma amplidão para ser explorada
Vi as maravilhas que estavam por vir

A cada atalho uma surpresa me surpreendia
Encontrei forças onde até então não existia
Levantei dos tropeço que o destino me deu
Segurando nas mãos do meu protetor

Osvaldo Teles

Seguia só

Seguia só pela estradas tortuosas
Querendo encontrar uma saída
Extraviei o foco do fumo a ser seguido
Tendo a sombra como companhia

O me sentir sozinho me atormenta
Qualquer ruído causava arrepios
Sem ninguém para me escutar
Assim penetrei pensativo no interior

A fé sempre foi a minha orientadora
A cada passada o cansaço castigava
Cambaleante as pernas fraquejavam
Queria um ombro amigo para descansar

A caminhada parecia-me interminável
Sentia vertigem em ver a distância
Ficaram apenas vestígios do início
Os olhos perdidos corriam corriqueiros

Querendo encontrar alguém nas margens
Que desse algum sentido a minha viagem
Andando passo a passo coeso comigo
Para trilharmos de braços dados na jornada

Osvaldo Teles

domingo, 23 de dezembro de 2018

Uma noite fria

Um sonho em uma noite fria
Vem as lembranças esquecidas
Perdido na madrugada escura
A pele desnuda fica arrepiada

O coração bate forte no peito
Fantasio tudo na minha cabeça
Sua fisionomia presa na mente
Na parede o relógio marca as horas

Que faltam para a sua chegada
Na penumbra sinto sua ausência
A cama vazia se agigantava
O vazio tomava conta do espaço

As mãos passeavam sobre ela
Capto a essência do seu aroma
Loucas para deparar contigo
O corpo pedia a sua quentura

Para dá alento a minha solidão
Ofegante fica a respiração
Sonhei que estavas dormindo
Lado a lado juntinho comigo

Osvaldo Teles

sábado, 22 de dezembro de 2018

Fui um dia uma criança

Fui um dia uma criança sonhadora
Tudo era para mim ilusão transitória
A realidade por vezes era ofuscada
Vivia preso em um  misto de fantasia

Onde o planeta terra se torna fantasioso
Os devaneios eram companhias constantes
A mente criava o meu mundo paralelo
Hoje os meus pesadelos me perseguem

Furtando-me as veracidades do sonhar
Coloca nos olhos o brilho de espanto
Não deixa os meus sonhos morrerem
Alimenta eles com a sua doçura surreal

Cultiva cada um como uma preciosidade
Guardado coração como um jóia rara
Alimentando diariamente a minha alma
Devolvendo as fantasias do menino

Vivo a sombra daquele que sonhei ser
Oferece-me teu amor e me faz homem
Vivendo intensamente um dia após o outro
Só apreciando as belezas da arte de amar.

Osvaldo Teles
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quinta-feira, 20 de dezembro de 2018

Envolvido em seus abraços

Quando estás por perto tudo para
A rotação da terra vai aos poucos
Parando um paradoxo assume
A velocidade dos ponteiros diminui

Vamos seguindo as batidas cardíacas
Aumentando a vontade de estar
Envolvido em seus abraços apertados
Todo o corpo fica trêmulo e arrepiado

Anseio descansar em seu ombro
Buscando os afagos de suas mãos
No nosso leito encontro a resposta
Da razão que foi totalmente perdida

Em seus lábios sugar o néctar adocicado
Velozes se tornam os passos até chegar
Fico irradiado diante de tanta beleza
Que consigo apreciar de dentro para fora

Bem próximo daquela a quem amo
Com a sua permissão me achar
Dentro do seu grandioso coração
Encaixando bem o compasso

Osvaldo Teles

quarta-feira, 19 de dezembro de 2018

O perfume exala

Em uma banheira de espuma dois corpos
No banho aromático energizando a alma
O perfume exala perfumando o quarto
Um bom vinho dando um clima romântico

A luz de vela aromática nos beijamos
Os sonhos vão se concretizando no real
Sou transportado para o mundo da lua
Embriagando-se nos mais doce dos desejos

Vou degustando de gole em gole o sabor
De framboesa que tem os teus lábios
Dos beijos trocados iam nos envolvendo
Nas armadilhas que o destino nos armou

O portal do paraíso vai se escancarando
Duas almas que vagueiam vão adentrando
Um dueto entre a razão e as emoções
Enveredaram-se pelo mundo utópico

Indo além das nossas loucas ilusões
Transgredimos o espaço e o tempo
Contrariamos a lógica galgamos o apogeu
Conseguimos levantar voo ao sideral

Osvaldo Teles

Despertar de um sonho

Não deixa o meu desejo perecer no corpo
Vem e se entrega sem pensar no amanhã
Não deixa eu dar adeus ao nosso amor
Fostes o florescer do meu amanhecer

A cada manhã vou despertar de um sonho
O que importa é viver o momento presente
Fazendo amor  com amor e dedicação
Vais dizer que jamais viveu um amor assim

Vou-me apascentar em suas carícias
Sobre nós vai pairar um ar de fantasia
A realidade e o sonho  se confundem
A dança só vai começar entre nós dois

Finalmente encontramos o ritmo ritmado
Talvez não estarei aqui estarei viajando
Onde os pensamentos saem bailando
Felizes pegando carona na estrela cadente

Como um violão vou dedilhando a canção
Sou dominado pelo os seus movimentos
Ganho o tom que a sua voz vai soprando
Quando a sua boca quente procura a minha

Osvaldo Teles

segunda-feira, 17 de dezembro de 2018

O dia está radiante

O dia está radiante lá fora tudo lindo
Como estivesse despertado do sonho
Um despertar para vida festejando
Depois de uma perfeita de amor intenso

As maravilhas de estar despertando
Com aquela que minha alma escolheu
Ao meu lado descansa uma santidade
Ocupando o espaço vazio do coração

No Jardim as flores abrem seus botões
Vejo o planeta terra se transfigurando
Enfeitando as manhãs com suas cores
Às rosas se balançam vagarosamente

Vão seguindo a rotação da fase da lua
Pétalas vão ficando espalhadas no chão
Deixando os seus perfumes ao vento
Embriaguez vai se espalhando pelo corpo

O espírito fica totalmente atordoado
Suavemente eles encontram o meu nariz
Que canaliza para os vasos sanguíneos
Agindo como uma eficaz fórmula do amor

Osvaldo Teles

Quando abro os olhos

Quando abro os olhos e vejo a luz do dia
Adentrar o quarto fico feliz da vida
Sentindo a brisa beijando o meu corpo
E a suavidade de suas mãos na pele

Vai deixando os pelos todos arrepiados
Levanto com a leveza nos meus passos
Uma sensação de ter voltado do paraíso
Na verdade estava envolvido no amor

Amando cada cena que eu ia vivendo
Com os cantos dos cardeais na janela
Acalmando os meus impulsos nervosos
É a prova de que estou pronto  para viver

Intensamente com a mulher escolhida
O sangue vai correndo pelas veias
Como a seiva correndo nas árvores
Mais um episódio vai sendo escrito

Cada beijo vai me tirando o fôlego
Ao fechar os olhos perco os sentidos
Palpitante o coração pula no peito
Extasiado de tantas emoções sentida

Osvaldo Teles

domingo, 16 de dezembro de 2018

Quando nascentes

Quando nascestes recebestes o dom
Composto de graciosidade e luminosidade
Clareza como a luz do dia ensolarado
Quer dizer graciosa e cheia de graça

A senhora soberana pura e virtuosa
Que fez o meu ser jorra contentamento
Aquela que veio carregada de luz
Embelezando a vida dos entes queridos

Tento em seus olhos o reflexo d’alma
Penetrantes como os raios do sol
Incandescendo todo o meu interior
Para iluminar os meus caminhos

Indicando a seta a ser seguida
Sua alma transcende em forma de poesia
Encantando a quem está ao entorno
Tem o poder encantamento natural

Fazendo fluir a mais pura inspiração
Brotando do fundo do coração o amor
A mulher se tornou a minha deusa
Capaz de me fazer sonhar acordado

Osvaldo Teles

sábado, 15 de dezembro de 2018

Gotas de saudades

Gotas de saudades em forma de lágrimas
Escorrem copiosamente pelos meus olhos
Ouço o meu próprio gemido dolorido
Escondendo dos lábios o meu sorriso

Retirando dos olhos aquela alegria
Entalhando na testa muitas tristezas
Colocando para fora o que está preso
Libertando as lembranças que me consome

Ficando aparente como a alma se sente
Margeei sozinho os limites da solidão
Entristecida querendo sentir seu alento
Uma dor veemente me corre por dentro

É o cérebro respondendo a sua ausência
No pensamento guardo as experiências
De tudo aquilo que vivenciamos na vida
No coração ficaram marcas da despedida

Fixando na minha memória sua imagem
Que levo comigo por minhas andanças
Veloz busquei as saudosas recordações
Querendo de volta a desejada felicidade

Osvaldo Teles

Aqui já foi mar

Dizem que por esta banda corria o mar
A fauna e flora eram em abundância
Os fósseis evidenciam esta história
As pinturas campestres marcam os fatos

Hoje restam algumas ervas daninhas
E muitos pés de juremas secas
Não serviam nem para fazer de sombra
Nos veios de água lama é o que resta

Um efeito meteorológico fez-lhe secar
Deixando as suas férteis terras áridas
Não ficando nenhum traço de riqueza por lá
Trazendo muita pobreza para este lugar

Espantando as chuvas torrenciais
Só se via cruzeiros para identificar as covas
O lugarejo tomou uma ar de deserto
Onde o vento sopra somente poeira

O sopro parece que vem da boca do inferno
De tão quente queima toda a vegetação
Até parece que o criador esqueceu
Destas terras  e de seu povo oprimido

Osvaldo Teles

sexta-feira, 14 de dezembro de 2018

Venho de lá do sertão

Seu moço venho de lá do sertão
Onde a chuva teima em não cair
Na nascente a água não jorra
O chão torrado pela ação do sol

Os bichos davam últimos suspiros
Não brotavam nenhum semente
Os matos todos queimados
Com uma imagem de tristeza

Só se via a uma poeira vermelha
Que fica espalhando pelo tempo
Os animais só tinha pele e ossos
Iam morrendo aos pouquinhos

Ao sertanejo resta apenas a fé
A esperança é o seu alimento
Para continuar a sua batalha
Que Deus tenha compaixão

Do seu sofrido povo sedento
De ver tanto o seu sofrimento
O sabiá já não canta como antes
Só lhe resta o canto de lamento

Osvaldo Teles

quinta-feira, 13 de dezembro de 2018

A noite me prende

A noite me prende em seus ministérios
Elencando os pensamentos as estrelas
Desprendendo os meus desejos contidos
Transportando-me para o centro deles

Cercando o coração com seus enigmas
Vou tentando desvendar cada um
Com a luz do dia dando o seu último suspiro
Ela passou rapidamente sem ser sentida

As gotículas do sereno vão molhando o rosto
Sou seduzido pelo seu refrescante aroma
Que adentra refrescando a minha alma
Conduzindo ao paralelo das emoções

Busco no leito aquela que o coração ama
Para dar aconchego a um corpo exaurido
Despido de todo os tabus que estou preso
Só quero sentir os seus benéficos efeitos

Ficou tudo documentado na memória
Lembrarei através da minhas lembranças
As noites inebriantes que passamos
Apaixonite aguda é despertada! Amor

Despindo-lhe vou com os olhos famintos
Como se debulha o firmamento lentamente
Apreciando cada curva do seu lindo corpo
Dentro da noite fico perdido loucamente

Osvaldo Teles

quarta-feira, 12 de dezembro de 2018

O preço do amanhã

O preço do amanhã pode ser impagável
Se as coisas não estiver dentro dos conforme
Ele pode cobra um preço muito caro
No rosto o seus traços do envelhecimento

Nos dá o livre arbítrio para as escolhas
E os  caminhos que devem ser seguidos
Mas só se pode colher o que se semeou
Colhendo as flores que foram cultivadas

Adornando as margens da longa estrada
Tudo vai ser questão de ponto de vista
As perdas que terei serão inevitáveis
Não daria para levar todas conquistas

Na volumosa e pesada bagagem
Será possível viver sem  decepção
Elas serviram como aprendizagem
Cada dia é uma surpresa maravilhosa

O fim do tempo não é desesperador
Quando se aproveita tudo que a vida
Livremente nos deu de presente
Ai sim o sorriso flui naturalmente

Osvaldo Teles

Os melhores anos

Os melhores anos da minha existência
Foram todos com muita intensidade
A minha saga começou no ano de 1963
Foi quando ganhei o dom maravilhoso

Foi quando Deus presenteou com a vida
A partir daí foi vivendo cada um dos dias
Como se fosse o único da minha estadia
Vivia intensamente o que era posto-me

Sem me preocupar com as dificuldades
Tendo a certeza que tudo era passageiro
A felicidade era feita com os momentos
Vou vivenciando os bons e os maus

Foi construído aos poucos a história
O importante que uns me fizeram feliz
Os outros serviram de aprendizagem
Pude vislumbrar que tudo era possível

Ficando todos nas minhas lembranças
Para não perder de vista os meus sonhos
Alguns possíveis outros são utópicos
Ficando bem longe da minha realidade

Osvaldo Teles



segunda-feira, 10 de dezembro de 2018

Parece um sonho

Isto para me parece um sonho
Estando envolto em seus braços
De uma intensa noite de amor
Entre beijos e muitas carícias

Seus beijos tem o sabor de vinho
Estimulante dos meus desejos
Onde a entrega era completa
Como um imã nos atraímos

Juntando-nos pelos desejos
Deixando as nossas peles
Ficando os corpos em ardência
Um fogo queima a consciência

Lendo-a a um querer constante
Em um campo magnético
Atração domina o pensamento
Estavam os corpos coesos

Unidos pela força do querer
Galgando o mesmo espaço
O prazer só era uma questão
De sincronia de movimentos

Osvaldo Teles

Removi a venda

Removi a venda para ver o exterior
Estava cansado de viver preso a mim
Pela vidraça vi a tua imagem passar
Prendi a visão por onde ela passava

Pelo espelho vi o reflexo da minha
Passei as mãos para ver se era eu
Atento a cada paisagem que surgia
Preso deixastes à minha existência

A inconstância me deixou confuso
Extraviando o olhar da sua direção
Parei inerte olhando para o sideral
O homem buscava a presença Divina

Para encontrar-se consigo mesmo
Reflexivo me encontrei em meditação
Querendo te ver pelo espelho d’alma
Passei a sorrir com mais entusiasmo

Vivenciando uma linda experiência
Uma linda criatura a me foi revelada
Alterando a saga da maledicência
Devolvendo-lhe a sua graciosidade

Osvaldo Teles

Hormônio da paixão

Vais desfilando suave pela passarela da vida
Com as suas curvaturas perfeitas e definidas
Sinto no ar o seu aroma sedutor espalhado
Atordoado deixa-me com o seu perfume

Vou sendo atraído pelo hormônio da paixão
Perco os sentidos só quero lhe ter nos braços
Perdendo-me loucamente em seu corpo
Apuro o olfato para apreciar a sua essência

Embriaguez sinto quando entra pelas narinas
A pura fórmula que o grande alquimista criou
Vai fluindo e suavizando um viver com frescor
O sedativo natural tu és o meu grandioso amor

Que vai adentrando suavemente no interior
Reluzente ficam os meus olhos diante do teu
Muito mais do que o brilhante céu estrelado
Conseguindo ofuscar o brilho das estrelas

Como a canção a vida vai sendo composta
Dando ritmo a cada harmoniosa estrofe
O tempo vai dedilhando e compondo a história
Ficando no corpo resquício do seu aroma.

Osvaldo Teles

sábado, 8 de dezembro de 2018

Nas noites de sábado

Nas noites de sábado usava a melhor roupa
Passava a colônia desejo para ficar cheiroso
Partia com o coração acelerado ao encontro
Da namorada para levá-la para o baile

Os astros dançavam sobre nossas cabeças
Saiamos de mãos dadas pelas calçadas
O palco já estava devidamente preparado
Todo ladrilhado com pedrinhas douradas

Literalmente o nosso cenário foi armado
Para receber o casal de dançarinos enamorados
Em qualquer fase da lua ela brilhava para nós
As nossas mentes vão sentindo seus efeitos

A praça ganha formato de um conto de fada
Cinderela vem deslizando pelo salão
Fazia-me sentir como o Príncipe encantado
Enfeitando a cena do genuíno romance

Na batida ritmada do violão vinha a canção
Os corpos ganham livres movimentos
Seguindo os contrapontos da melodia
As baladas românticas fazíam-nos dançar

Osvaldo Teles

Gosto quando o silêncio

Do alpendre vislumbro o sol nascendo
As gotas do orvalho vão se evaporando
Gosto quando o silêncio da manhã
É quebrado pelo cantar dos pássaros

No entardecer com a cantoria das cigarras
A bela sinfonia vai sendo orquestrada
Em seus mistérios vou sendo conduzido
Os pirilampos iam fazendo o jogo de luz

Vai eu sendo enfeitiçado com brilho da lua
Em suas fases deixo-me ser envolvido
Todo o ser vai sentindo os seus efeitos
O encantamento da vida comigo estava

Já despertei dos lindos sonhos que tive
Neles você estava sempre presente
Tudo parecia a um passo da realidade
Na real eu caia quando em seu mundo

De vez em quando sou arrebatado
Por uma nostalgia que me faz rever
O filme de tudo aquilo que foi vivido
Tento não violar a urna do tempo

Osvaldo Teles

sexta-feira, 7 de dezembro de 2018

Ai que saudade

Ai que saudade dos tempos outrora
Resta recordar o tempo bom que passou
Alimentando o futuro que está por vir
O presente eram os frutos que colhi

Nas peripécias de criança viajei
As feridas eram logo cicatrizadas
Nas brincadeiras no final da tarde
Não existia dificuldades para quem

Vivia dentro de um sonho constante
De brincadeira em brincadeira o tempo
Ia correndo solto nada me incomodava
A infância era a fase florida da vida

A cantoria de roda com a criançada
Fazia viajar sem nenhuma parada
Embalou as minhas loucas fantasias
Pula corda, picula, esconde esconde

Sem me esquecer do balanço que fazia
O imaginário alça vou ao espaço sideral
A diversão estava armada para acontecer
Cada alvorecer era festa para os olhos

Em ver o júbilo da vida despertando
No jardim as flores exalam seus aromas
O pomar amanhecia mais verdejante
O único compromisso que tinha era viver

Osvaldo Teles

quinta-feira, 6 de dezembro de 2018

No meu espaço

Vivia tristonho pelos cantos do quarto
No meu espaço apertado me isolei
Imensos os dias demoravam passar
Prolongando a angústia existente

Um aperto no peito fazia-me sentir
Travei uma luta comigo mesmo
Quebrei os elos que me prendia
Querendo sair deste marasmo

Dos lábios nenhum sorriso sai
Nada fazia sentido nesta vida
Um vazia assumia o coração
Tirando dos olhos a alegria

Como um daltônico não via
A beleza da cores das flores
Nem o encantamento dos dias
A única coisa que eu queria

Era encontrar aquela que coubesse
O sapatinho de cristal em seu pé
Para preencher o vazio do meu ser
E um amor verdadeiro vivermos

Osvaldo Teles

Sobre o mesmo céu

Sobre o mesmo céu anil nascemos
Vivíamos em terras muito distantes
Nem sabíamos a existência um do outro
No sábio livro da vida a nossa  história

Já estava devidamente bem escrita
A sementinha já tinha sido plantada
Faltava ser regada para ela brotar
E crescer frondosa sobre a luz do sol

Só que o amor tem as suas artimanhas
O danado já habitava dentro do peito
Faltava apenas encontrar a pessoa certa
Quisera que um dia a gente se encontrasse

Tendenciando a vivermos um grande paixão
Nos ligando pelo forte elo do puro amor
Ele sempre dá um jeito de dois corações
De se encontrarem em uma comunhão

Festivo congratulam em uma união perfeita
No intenso olhar os olhos saem faíscas
Fazendo os corpos arderem em brasa
Elevando os pensamentos as estrelas

Osvaldo Teles

quarta-feira, 5 de dezembro de 2018

Olhando a chuva

Olhando a chuva pela janela
Ouço o assobio do vento
Entrando melodioso pelas frestas
Os pingos caem copiosamente

Dolorosamente vejo eles caírem
Gotas de lágrimas vêm aos olhos
O rosto fica completamente molhado
Abafando o grito na garganta

Um turbilhão de ideias passam
Deixando a cabeça fervilhante
Ao mesmo tempo elas congelam
Atônitos os pensamentos vagueiam

Trêmulo o corpo é só desejo
Desejo de uns quentes beijos
Fervilha o sangue nas entranhas
Para combater o congelante frio

Ouço o assobio do vento pela fresta
Como uma melodia fúnebre adentra
Lentamente os ponteiros avançam
Ficando tudo em câmera lenta

Osvaldo Teles

terça-feira, 4 de dezembro de 2018

Quanta candura

Quanta candura tem a tua alma
Que chega a ser hipnotizante
És tão alva quanto as nuvens
Em dia de céu ensolarado

Tem a pureza dos anjos celestial
Olhar penetrante quase angelical
Transparência de veio cristalino
Que me vez ver a sua essência

Meus olhos eram para ti à porta
De passagem para o interior
Por onde penetrou seu olhar
Sem pensar nas consequências

Tocando no fundo do  meu âmago
O coração pulsando de emoções
Bom seria me entregar ao deleite
O amante compulsivo é despertado

Beijos e carícias eu quero trocar
Puritano se torna em um pervertido
O que quero é somente te possuir
Quebrando melancolia pulsante

Osvaldo Teles

segunda-feira, 3 de dezembro de 2018

Estamos juntos nesta vida

Estamos juntos nesta vida não é por acaso
O amor se encarregou de nos juntar
Unindo dois seres no mesmo objetivo: ser feliz
Deus tem um propósito para nós no mundo

Tirar o homem da solidão, presenteou-lhe
Com a formosura e companhia da mulher
Foi de trazer um pedaço do céu para a terra
Instituímos a sua grandiosa promessa

Fazer-nos conviver em comunhão e no amor
Através do matrimônio formamos uma família
No respeito e na convivência harmoniosa
A dádiva divina, fui agraciado com felicidade

No encontro carnal nos tornamos trino e único
A integração de duas almas foi concretizada
Na junção dos corpos a união foi realizada
A família foi completada com a vinda do filho

Nosso lar se transformou em um belo castelo
Com rei e rainha e um Príncipe encantado
Fazendo do meu peito seu templo sagrado
Trouxestes encantamento para dentro dele

Osvaldo Teles

Não sei para onde vou

Impaciente não sei para onde vou
ONem onde este caminho me levará
As muitas setas me deixam confuso
Elas apontam para toda as direções

Como se estivesse em uma encruzilhada
Os pontos cardeais perdem a utilidade
Não sei interpretar a sua indicação
Sem saber qual a direção a seguir

As luzes do final túnel se apagam
Mesmo assim sigo os meus instintos
Sobrevivo em ambiente muito hostil
Em todos os lados tem víbora traiçoeira

Pronta para dar o bote certeiro e fatal
Ergo a cabeça para o alto em busca
Da presença da minha estrela guia
Lá está ela em meio as constelações

No meio dos astros linda a brilhar
A minha bússola interior é acionada
Para orientar o rumo a ser tomado
Peço a Deus para guiar os passos meus

Osvaldo Teles

domingo, 2 de dezembro de 2018

A toada do vaqueiro

A toada do vaqueiro vai tocando a boiada
O cavalo  vai correndo entre as juremas
Só com  farinha e rapadura na capanga
Tendo a sua frente uma paisagem cinzenta

O que era verdejante ficou tudo queimado
Solo castigado pela ação do sol escaldante
A erosão deixa a terra toda com rachadura
E as palmas para lhes dá como alimento

Com seu gibão de couro vai dando drible
Nos empecilhos que a vida coloca à frente
Nada é capaz de tirar a sua força para luta
O sertanejo ora pedindo clemência Divina

Pedindo-lhe a sua valiosa providência
Olhando para céu pedindo a Deus chuva
Fazendo brotar do chão a beleza da vida
Para dar fim ao seu grande sofrimento

Tira forças do fundo das suas entranhas
O cabra é bicho forte não desiste nunca
Está sempre pronto para o novo recomeço
Resistente como o forte mandacaru floresce

Osvaldo Teles

Além da imaginação

Além da imaginação vou fantasiando
Tudo aquilo que está ao meu redor
Viro a minha cabeça em direção além
Do topo da colina para planar e pousar

Mesmo com a massa presa no chão
No campo verdejante aflora o instinto
Do homem vem a tona no impulso
De sobrevivência fluindo instintivamente

No intuito de chegar onde eu quiser
Pegando carona nas asas do vento
Sou levado pelas suas correntes
Sendo seduzido pela sua sinfonia

Sua canção vai me conduzindo
Chego onde jamais imaginei aportar
Como companhia a mulher amada
Conheci de fato o prazer de tê-la aqui

Viajando comigo pelo céu lado a lado
Os laços do pudor foram desamarrados
Libertando das amarras que nos prendem
Para que possamos juntos voar livremente

Osvaldo Teles

Família

Não pude fazer minha escolha fui escolhido
Para fazer parte do grande projeto de Deus
Deveria ser um éden no planeta terra
Família uma pequena porção do paraíso

Aqui na terra lugar propício para prática
O amor fraternal vai fazendo seu papel
Do compartilhamento do amor e da paz
Minha família é a base da minha felicidade

O porto seguro nas turbulências da vida
Fazendo a comunhão o sacramento sagrado
Unindo os seres no mesmo ensinamento
Aprendendo a cada dia que o amor nos uniu

De uma tal forma que se torna insolúvel
Diante dos olhos vigilante do grande criador
Tornando os diferentes iguais perante ao amor
A família é base de uma sociedade saudável

É no seio familiar que vem as primeiras lições
Comprindo o seu objetivo que é de dá amor
Amando incondicionalmente seus membros
Tendo como papel  passar os bons valores

Osvaldo Teles