sexta-feira, 14 de dezembro de 2018

Venho de lá do sertão

Seu moço venho de lá do sertão
Onde a chuva teima em não cair
Na nascente a água não jorra
O chão torrado pela ação do sol

Os bichos davam últimos suspiros
Não brotavam nenhum semente
Os matos todos queimados
Com uma imagem de tristeza

Só se via a uma poeira vermelha
Que fica espalhando pelo tempo
Os animais só tinha pele e ossos
Iam morrendo aos pouquinhos

Ao sertanejo resta apenas a fé
A esperança é o seu alimento
Para continuar a sua batalha
Que Deus tenha compaixão

Do seu sofrido povo sedento
De ver tanto o seu sofrimento
O sabiá já não canta como antes
Só lhe resta o canto de lamento

Osvaldo Teles

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