quarta-feira, 5 de dezembro de 2018

Olhando a chuva

Olhando a chuva pela janela
Ouço o assobio do vento
Entrando melodioso pelas frestas
Os pingos caem copiosamente

Dolorosamente vejo eles caírem
Gotas de lágrimas vêm aos olhos
O rosto fica completamente molhado
Abafando o grito na garganta

Um turbilhão de ideias passam
Deixando a cabeça fervilhante
Ao mesmo tempo elas congelam
Atônitos os pensamentos vagueiam

Trêmulo o corpo é só desejo
Desejo de uns quentes beijos
Fervilha o sangue nas entranhas
Para combater o congelante frio

Ouço o assobio do vento pela fresta
Como uma melodia fúnebre adentra
Lentamente os ponteiros avançam
Ficando tudo em câmera lenta

Osvaldo Teles

Nenhum comentário:

Postar um comentário