segunda-feira, 30 de novembro de 2015

Perdido na noite

Ando perdido na noite
Qual o rumo a ser seguido
A estrela cadente é minha guia
A lua é a luz que me clareia
Carrego o peso da fadiga
O cansaço me castiga
As marcas das experiências
Desenhadas no rosto
Dói muito a falta que você faz
Na minha jornada errante
As pernas já não respondem
Tropeço nos meus
Próprios calcanhares
Quem dera eu tivesse o teu
Ombro amigo sustentando
O meu corpo cansado
Serás a minha companhia
Na guerra da sobrevivência
O riacho espera para lavar o suor
Revigorando esta alma cansada
Repousar na sua relva
Para recomprar as forças perdidas
Guardo as palavras certas
Para pronunciar quando
Estiver com você ao meu lado
Não poderia deixar para trás
O que de bom aconteceu 
Ficou na bagagem

domingo, 29 de novembro de 2015

Eterno querer

Este eterno querer me dá
A sensação de ter você
Ao meu lado me deixa mais forte
No frio o seu corpo é o meu cobertor
És o rio que me banho
A água que mata a minha sede
Desejo intenso e latente de ti ter
Meu poço dos delírios
Te possuir é como o extremo
Da sensatez ao prazer
Abraçar-te é ter o paraíso
Nos meus braços
A embriaguez dos sentidos
A viagem sem preocupação
Do retorno
Sou o peregrino do teu amor
O paralelo do encontro
A tua boca a chave para perdição
No ponto G eu me perco
Me reencontrando no mundo irreal
Uma leveza toma conta do meu eu
Especiais são as noites
Que passo ao seu lado
No seu leito de amar
Joga a tua perna sobre mim
Com a sua cabeça no meu peito
No calor da sua pele
Adormeço
O tempo não para lá fora
Aqui dentro pulsa uma vida
Buscando um equilíbrio
Para a minha existência

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sábado, 28 de novembro de 2015

Minha infância


Peguei o ônibus rumo

A minha infância

Tudo o que vivi vem a cabeça

No final de tarde

O bate papo com os amigos

Na porta do armazém

O namoro na praça

As promessas feitas a luz da lua

As caminhadas e os banhos

Na fonte do velambui

As pescarias de sobrevivência

No rio Capivari

Aventura corria solta

No acampamento do grupo

De Escoteiros

Não tínhamos riquezas

Mas éramos felizes

Com o poucos que nos cabia

Mangabeira terra de primores mil

E de belezas sem par

De matas exuberantes

E de rios refrescantes

E um povo aconchegante

Amo andar nas ruas

Que brinquei quando criança

Pisar no seu solo

E sentir a sua energia


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sexta-feira, 27 de novembro de 2015

Teu mundo

Me transportei para o teu mundo
Viajo pelo teu interior
Em busca da tua fragrância
Desta viagem não Retornarei
O mesmo
Bebe da fonte da felicidade
Vejo nos teus olhos
O sentido da vida
Das suas narinas sai
O ar que respiro
Encontro no teu quarto
Tudo que preciso
Para a nossa orgia
Impetuoso te pego nos braços
Os  teus beijos me enlouquecem
Fazendo-me flutuar
Com as mãos entrelaçadas
Nos propusemos a caminhar
Todos os obstáculos
Colocados a nossa frente
Vencemos cada um
Hoje olho para trás
Uso as dificuldades
Como crescimento espiritual
Debruço-me sobre o meu presente
Vislumbrando um futuro
De muitas realizações
Com esta mulher do meu lado
Estou preparado qualquer batalha

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quinta-feira, 26 de novembro de 2015

A revelia

Fui condenado a revelia
Negou-me o direito de defesa
O único crime que cometi
Te amar de mais
E entregar-me sem limites
A sentença foi viver na solidão
Quis um amor verdadeiro
Brincastes comigo
Deixou o meu coração sangrando
Toda relação só é boa
Quando faz os dois felizes
Não sou masoquista
Sofrimento não está
Nos meus planos
Nasci para a felicidade
Seguirei a minha trilha
Sou um ser multi facetado
Adaptando-me a qualquer situação
As rasteiras que o destino me deu
Levantei e segui em frente
Mais forte que antes
As lágrimas que derramei
Serviram para purificar a alma
Amar só quem me ama
O melhor amor é o amor próprio
Esta lição levarei
Por toda minha vida

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quarta-feira, 25 de novembro de 2015

Força interior


Tenho consciência do meu
Espaço no mundo
Tenho certeza que não sou melhor
E nem pior que ninguém
E a certeza maior é que Deus
Sempre guia os meus passos
Uma força interior
Chamado amor
Que revigora toda as minhas energias
O amor faz os homens desprenderem
O melhor de si em prol do próximo
Este sentimento que tem corpo e alma
E que atende pelo nome de irmão

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terça-feira, 24 de novembro de 2015

Memórias


Com a voz trêmula
Balbucio palavras soltas
Quando se chega uma certa idade
A saúde fica combalida
As possibilidades diminuem
Os passos que eram firmes
E corpo era forte o tempo consumiu
Já não sou o mesmo  da época
Da minha juventude
O embalo de finais de semana
As festas de São João e de largos
De nossa Senhora da Conceição
A de natal a missa do galo
Era o ponto alto dos festejos
Vivia sem preocupação com o futuro
Os banhos no rio Paraguaçu
As piculas no coreto da praça
As serenatas embalavam o romance
Os encontros com os amigos
Na roda de um bar 
Em uma partida bilhar
Acompanhada com uma 
Cerveja bem gelada
Isto não é saudosismo são lembranças
Que deixo no canto do subconsciente
Como fórmula para fortalecer
O meu envelhecimento
As memórias de um homem
São um tesouro de valor imensurável

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segunda-feira, 23 de novembro de 2015

Espelho d’alma


O espelho d’alma só reflete
A minha imagem exterior
As experiências e os sentimentos
Ficam guardados no interior
Chorei as desilusões sofridas
As mágoas engarrafei
E joguei fora
Aquele amor que interpretava
Os meus sonhos
Ninava o meu sono
Sepultou a melancolia
Que corroía o meu peito
Emoldurei o seu retrato
Por onde eu andar
Vou levar comigo
Serás a minha companhia
Para que nunca mais fique sozinho
Nunca busquei na pessoa
Amada a beleza aparente
Sempre gostei de sentir
A profundidade da alma

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domingo, 22 de novembro de 2015

És a doçura

Vejo mais um dia se findar
Saudoso te espero
Com flores nas mãos
As roseiras do nosso jardim
Majestosas enfeitam a tua entrada
Cada segundo longe de ti
Parece uma eternidade
Esta dependência me mata
Pega carona nas asas do vento
Vem depressa para os meus braços
Está doendo a sua ausência
Estar ao teu lado
É o bastante para eu ter paz
Os seus olhos me dominam
Não sou dono dos meus atos
Vem para eu te amar
Já não aguento esperar
És a doçura dos meus dias
Anjo quero o teu beijo
O meu calmante natural
Só os toques dos seus dedos
Para  levantar a minha estima
Dispersando a sensatez
O céu é o limite 
Para os meus devaneios
Sou  devoto deste amor
Que acabou com a minha tristeza
Devolvendo harmonia ao coração
Acabando com os meus lamentos
Que escorriam pela minha face
Amar e ser amado
Esta é a receita para ser feliz


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sábado, 21 de novembro de 2015

Recordo



Recordo

Recordo de mainha chegando
Em casa depois de um dia de lida
Com as mãos calejadas e sangrando
De pegar na marreta
Para quebrar pedras para fazer britas
Para trazer o alimento
Lembro-me das dificuldades que passamos
Tive que começar a vida muito cedo
Para ajudar no sustento da família
Até hoje trago os calos nas mãos
Do cabo da enxada que usava
Como instrumento de trabalho
Não posso esquecer a minha origem
Dos ensinamentos da minha vô
E da minha mãe querida
E do apoio da minha tia Lauzinha
E  meus tios que ajudaram me criar
E do carinho dos meus irmãos e irmãs
Não posso esquecer dos primos e primas
E da família Lopes que me acolheu
Como o seu novo membro
E dos meus grandes amigos
E do amor de minha esposa
E do meu filho
Busquei na poesia o refúgio
Para acalmar a inquietação
Do meu interior
Os livros abriram-me
As portas para o mundo
Abrindo um leque de possibilidades
Hoje olho para o meu passado
Como um grande aprendizado
As minhas conquistas
Não me fizeram rico
Porém sinto-me realizado
Sou um homem muito feliz

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quinta-feira, 19 de novembro de 2015

Enfeitiçado


Eu quero sim
Você perto de mim
És o meu presente divino
Alegria dos meus dias
Luz das minhas noites
Farol que indica
O rumo a ser seguido
O seu rosto é tão Bonito
 Até parece que foi pintado a pincel
Quão belos são os seus contornos
Parece que foram torneados
Pelas mãos de um artesão
Para o teu pescoço foi feito
Um colar de estrelas
Para adorna-lo
Deslumbrante são os teus movimentos
Os meus passos conduzem-me a ti
Enfeitiçado eu fico com tanta beleza
O bom disso tudo
É poder acordar
Ao teu lado
Lhe dar um beijo
E dizer que te amo

Osvaldo Teles

quarta-feira, 18 de novembro de 2015

Aplausos


Aplausos, aplausos, aplausos
O meu ser está em festa
O amor está no ar
Encontrarei a minha
Outra banda da laranja
De qualquer ângulo
Que o meu olhar segue
Te encontro
Você é a mulher perfeita
Sempre te vejo
Com os olhos do amor
Sinto a vida no brilho
Dos teus olhos
Acolhe-me na tua cama
Estou ansioso para te ter
A minha boca busca a sua
Em uma dança sensual
As minhas mãos correm
Sinuosas pelo teu corpo
Quero o teu abraço
Para saciar o meu desejo
Que a tua pele nua
Me proporciona

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terça-feira, 17 de novembro de 2015

Teu aconchego


O som da vitrola
Toma conta de mim
Embalando a solidão
O silêncio é interrompido
Pela melodia que domina
O meu espírito
Cantarolo o refrão
A tristeza toma conta
Do meu coração
As lágrimas caem
Para lavar a alma
Na cama encontro
O seu corpo nu
No teu aconchego
Sinto que um fio
Liga-me a você
Nos deixando
Em estado de êxtase
O túnel do tempo
Foi acionado
Nos transportando
A uma era distante
Todos os acontecimentos
Passou em nossos olhos
Vivo é o ser que encontra
O seu amor e busca
Viver intensamente

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segunda-feira, 16 de novembro de 2015

Rumo ao paraíso

Vou decolar

Rumo ao paraíso

Levarei na bagagem

As experiências adquiridas

As saudades dos amigos

E o carinho dos entes queridos

E os amores vividos

Os momentâneos não me fez feliz

Não irão a empáfia e a arrogância

Preciso purificar a alma

Sentindo a leveza e sutileza

Dos pássaros voando

E o cantar do sabiá

A paz se instalara

Em minha mente

Irei despido de toda ira

O encontro comigo é inevitável

A palavra chave para entrar

Será a pureza das crianças

Desta forma vou vivendo

Contrito com as maravilhas divina


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domingo, 15 de novembro de 2015

Vou embalar


Vou embalar todas as ilusões
Deixarei todos os objetivos
De vida guardados
Jogarei a mochila nos ombros
A viagem será solitária
Encontrarei muitas flores
No percorrer da jornada
E muitos espinhos também
Não sei onde será
O ponto de chegada
As lembranças ficaram
A dor machuca o peito
Desenhando a tristeza no rosto
O carrasco tempo é impiedoso
Já não sou o mesmo
As suas marcas ficaram
Nas expressões faciais
A fadiga tomara conta do corpo
Os movimentos corporais
Se tornaram mais lentos
A voz mais compassada
As saudades é o alento
Para um ser cansado
A esperança e os sonhos
Embalam a alma para à realidade


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domingo, 8 de novembro de 2015

Frenéticos

De longe avisto o mar
Os olhos frenéticos
Te procura
O balanço das ondas
Me hipnotiza
Ela surge vultuosa
Em minha cabeça
Os membros enrijecem  
De tanta emoção
O coração fica acelerado
As pernas não respondem
O comando do cérebro
Os braços ficam sem comando
A tensão vai me consumindo
Busco resposta
Para  esta sensação
Vou ao encontro do seu ser
Querendo matar este desejo
E acabar com este tesão
Sentindo o prazer
De viver esta paixão

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sábado, 7 de novembro de 2015

Me recolho


Me recolho no silêncio
Da minha insignificância
Uma tranquilidade toma
Conta de mim  
E se espalham nas veias 
O esplendor do amor
Compõe o cenário
Ai vem a inspiração
Deus esvazia o meu ser
Sinto uma alegria
No meu peito
Como uma magia
As palavras vão se formando
No meu pensamento
Não sei se o que faço é poesia 
Só sei que é obra 
Do meu Criador

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Nascemos

Recebemos o dom precioso
Nascemos
Vamos viver o agora
O amanhã a Deus pertence
Nas idas e vindas do tempo
Os traços ficam no rosto
A realidade e dura
Os sonhos se encarregam
De deixar à alma puritana
Se um dia eu alcançar
A bendita maturidade
Retornarei em busca
Da minha infância  
Em busca da felicidade

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quinta-feira, 5 de novembro de 2015

Vento das paixões

Vento das paixões
Vem acalmar o fulgor
Abri os meus poros
Para entrar a seiva do amor
Fazendo do meu coração
A sua morada
Nasci para viver intensamente
Não quero fragmentar a vida
Preciso de você  meu alento
Neste casamento passaremos
Por muitas transformações
E muitas adversidades
Serás posta na longa jornada
Juntos venceremos uma a uma
Amadurecemos e aceitaremos
As transformações que ocorreram
Em nossos corpos
Saiba que as marcas do tempo
Não vão diminuir o amor e o carinho
Que o meu ser nutre  por você

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quarta-feira, 4 de novembro de 2015

Criação de Deus

Um explosão de luzes
Cortou o céu
Poeira cósmica
Espalhada pela terra
A terra estava
Vazia e uniforme
Deus criou os luzeiros
Criou também os mares
Com todo o seu esplendor
E na terra colocou
Todos os animais
Segundo a sua espécie
E deu o sopro de vida
A todos os seres vivos
Os homens fazem parte
Da raça humana
Somos todos da mesma 
Partícula divina
Somos todos filhos 
Do mesmo Deus

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segunda-feira, 2 de novembro de 2015

Teu colo


No teu colo
Encontro dengo
Suas mãos desfilando
Entre os meus cabelos
É o estimulante
Que preciso
Para que a unidade
Dos seres apareçam
Teus cabelos é a rédia
Que domino o seu impulso
Na junção tudo se mistura
Sentimentos e emoções
Transformado em sonhos
O encontro carnal
Confundindo-se com o divino
Como ser pecado
Um amor tão sublime

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domingo, 1 de novembro de 2015

Fonte dos desejos


Sedento de você
Tu és a minha
Fonte dos desejos
O prazer toma conta
Minhas mãos correm
Pelo seu corpo
Minha boca busca
O seu rosto
O tua pele suada
Cola com a minha
O calor do seu corpo nu
Acende a chama da paixão
Já não sou eu
Somos um só
A sua essência
Confunde-se com a minha
Estamos unidos e misturados
Por toda a nossa vida

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