sábado, 30 de setembro de 2017

Aparelho ideológico

Ouça os gritos que vem das favelas
Homens sendo subjugado por sua condição
Das vielas surge uma sociedade deformada
Por falta de investimento na educação
A escola o maior aparelho ideológico
Usando à força como repressão
Os estado coloca venda para cegar
Onde é negado ao indivíduo a informação
Quando ele dentei o conhecimento
Ele quebra o paradigma de dominação
A fome tem cara muitíssimo feia
A desnutrição atrofiando o crescimento
O crime organizado no congresso nacional
Onde as leis perversas são elaboradas
Deixando os seres humanos a margem
A carta magna só serve para tirar
Políticos ladrões de trás das grandes
Já se escondeu a esperança do cidadão
As matas verdejantes já foram loteadas
Para os barões do gado e do café
A brava gente sucumbiu ao descaso
Pelos administradores do nosso Brasil
Já raiou a roubalheira no congresso Nacional
Dentro de malas estava o dinheiro da nação
E nos hospitais faltando medicamentos
Nas salas de aulas aprendem-se antigas lições
Em tempo de eleição nos tornamos cidadãos
Nas cadeias só faz aumentar a população

Osvaldo Teles
Foto Google

Você não sabe

Você não sabe, o que lhe aguarda
Vá devagar,  vá com cautela
Não sabes que, o espera na esquina
Prepara-se para, as surpresas
Aprenda a não, fugir dos problemas
Tenha calma que tudo, vai acontecer
No tempo do Grandioso Deus
O badalo do relógio, já marca seu tempo
Vai aproveita cada, milésimo de segundo
Os ponteiros não faz, o caminho de volta
Nem volta ao seu, ponto origem o vento
Centraliza a tua visão, no seu interior
Conhece a força, que habita em ti
Não se esquece, de usar cada lição
Que adquirentes, ao longo da estrada
Deixa de lado o amanhã, viva o hoje
Para que se preocupar, com a chegada
Se pode ir admirando,a beleza da paisagem
Tira o pé do acelerador, vai devagarinho
faz da sua estadia na, terra um paraíso
Aprecia o esplendor de, um flor desabrochar
E o frescor da brisa, tocando a sua pele
As coisas só vão acontecer, por um motivo
Procurando um motivador, para prosseguir
Sem olhar para trás, só focar no caminho
A ser percorrido,sentindo leveza nos passos
E a certeza do dever, totalmente comprido
Você não sabe coma,será o dia de amanhã.

Osvaldo Teles

quinta-feira, 28 de setembro de 2017

Nada me amedrontava

A vida não dava-me, nenhuma risada
Olhava para mim, com a cara sisuda
A cada passada, os obstáculos aumentam
Ela não tinha nenhum, interesse de aliviar
As dificuldades faziam, parte dos meus dias
Traçava projetos, ela contradizia-me
Disputava comigo, um segundo que sobrava
A cada derrota eu tentava,dar volta por cima
Mesmo ela me maltratando, desta forma
Eu lhe amava, porém a morte me namorava
Fiz careta para os problemas, estava nem aí
No choro tentei aliviar as frustrações
Tentando purificar a minha alma
Para que nos lábios ficassem um sorriso
Retirando  as gelhas da testa
Eu um lapso,perco o controle sou dominado
Por um estado transitório, de insensatez
A lógica se esconde dentro da inconsciência
Lento ficam os movimentos, a fala sai lenta
Não alcançando os ouvidos,do complacente
Vejo o meu castelo, de cristal despedaçar
A oração que flui, em sua devoção
Rogo a clemência do altíssimo, para o alívio
Abri os seus braços, para o meu amparo
Para  sustentar-me, de cada tropeço
És a força revigorante, que trago no peito
Dando-me com troféu, a minha vitória
Depois de tantas, batalhas travadas
Vou colher com a, sua graça os frutos
Nada me amedrontava, Ele estava comigo

Osvaldo Teles

quarta-feira, 27 de setembro de 2017

Quis encontrar em ti

Quis encontrar em ti, que tinha perdido
Vasculhando todo, o meu interior
Pude perceber o elo, que tinha partido
O fio que prendia-me, despedaçou-se
A lua que me iluminava, se escondeu
Aos poucos desfalece, ao nascer do sol
Fiz o nosso ninho de amor, para esperar-te
Sobre ele um ser solitário, aguardava-lhe
O meu companheiro,e confidente noturno
O travesseiro está, a escutar as lamúrias
Vaguei noite adentro, e o sono não veio
Virava de um lado, para o outro
Só encontrava, o espaço vazio e frio  
Causando-me uma, hipotermia espiritual
Congelando a epiderme, a alma sente
Os açoites, da solidão cortante
Dilacerante deixava, o coração fragmentado
Os olhos refletiam, o que se passava n’alma
As gotas de lágrimas, escondiam seu brilho
Quiseras está só, para refletir sobre mim
Quem dera estavas, comigo o tempo todo
Quis obter uma solução,tudo direcionava a ti
Acabei descobrindo, que não vivo sem você
Aqui dentro descobrir, um novo viver

Osvaldo Teles

terça-feira, 26 de setembro de 2017

Envolvido em seus braços

Só queria te ter por um instante
Reavivando tudo que vivemos antes
Livre como um pássaro me sentia
Quando estava envolvido em seus braços
Palpáveis tornavam-se as fantasias
Sustentei a calmaria que traziam-me
As ilusões que abrandaram as frustrações
Deixastes comigo o sabor dos teus beijos
Levando consigo a minha vontade de beijar
Ligando-me intrinsicamente ao teu mundo
Fazendo-me parte  dos seus pensamentos
Levianos e libidinosos,aqueles prazerosos
Que a nós levávamos a personificação
Capazes de trazer-nos os mistérios
Personificando o sentimento abstrato
Sua imagem ganhando forma e corpo
A tudo isto eu o chamo de amor
O que foi sonhado tornando-se realidade
As veredas que trafeguei contigo ao lado
Alargaram-se as paragens tornam-se alusivas
Deixando as passadas ficaram mais leves
O caminho oposto se encontraram no final
Finalmente ouvimos juntos o novo canto
Tornando evidente uma nova criatura
Que descobriu um novo motivo para viver
Encontrando um amor para toda a vida
Aquele instante durou por toda existência

Osvaldo Teles

Sonho e realidade


segunda-feira, 25 de setembro de 2017

Libertando a libertinagem

Todas as vezes que os meus olhos
Encontram os teus brilhantes eles ficam
Sentindo toda vibração do seu lindo ser
As narinas captavam o seu aroma
Ébrio ficam  todos os meus sentidos
As mãos perdiam a coordenação motora
Tateando buscavam a maciez do seu rosto
Deslizavam pelas curvas do seu corpo
Até encontrar a sua sensibilidade
Quebrando a minha insensibilidade
Qualquer lado que olhava sentia sua presença
Não vou esquecer a sua silhueta
Trago comigo lembranças de sua imagem
Perfeição nas suas linhas faciais! Perfeita
As rosas curvaram-se diante de sua beleza
És a fórmula de todas as essências
A composição que traz libido para mente
Libertando a libertinagem que estava presa
Contemplando-nos as mais puras sanções
Pensamentos libertino me persegue
Quando meus olhos cruzaram com os teus
Perdi a razão deixei ser guiado pelo coração

Osvaldo Teles

sábado, 23 de setembro de 2017

Sagrado sacramento

Sobre tapete de pétalas vermelhas
Lá vem a bela dama a desfilar
Com seu belo vestido branco
A plebéia entra fantasiada de princesa
Acompanhando-lhe uma longa grinalda
O véu cobria a sua beleza estonteante
Confundia-se com uma santa
Ansioso estava eu a esperar-lhe
No peito o coração batia acelerado
Aguardava paciente pela sua entrega
De braços dados caminhávamos até o altar
A face desenhada com a felicidade
Preparando-nos andarmos juntos pela vida
Que não cabia dentro do meu próprio eu
O sorriso saia espontaneamente
Os anjos festejando a grande promessa
A cortina do palco se abre para o jubileu
As juras de amor eterno perante o criador
O carnal sendo abençoado pelo sagrado
Tornando-nos uma só carne e um espírito
O sacro  fazendo sua morada em nosso ser
No sagrado sacramento  nos unimos
Deixando o amor apossar-se  de nós
Ungindo-nos contra as maledicência
O nosso canto real vira um conto de fada
Quando Deus uni não há homem que separe

Osvaldo Teles

Vidrado

Vidrado no seu caminhar fico a admirar
A sua forma bem definida e delineada
Seduzido fui por tão bela mulher
Toques macios e voz aveludada
Mais parecia uma pena tocando a pele
E uma cavatina chegando aos ouvidos
Vindo junto a porção mágica da paixão
A consciência foi para casa do chapéu
Ansioso ficava para te ter no enleio
Envolvendo-te nos meus lascivos beijos
O fluido do amor corria por todo corpo
Embebido nos seus saborosos lábios
Tomado por um arrebatamento me joguei
Em seu leito perdendo a sensatez
Um mormaço toma conta do meu rosto
O resultado é prazer extremo da carne
Pensares que não quebraria o gelo
E não faria o teu sangue ferve nas veias
Estancado n’alma as lágrimas que fluíam
Nos olhos estampado todo encantamento
Encontrei conforto em teus afáveis toques
Elevando-me a condição do artista do amar
Sua função selante faz efeito em meu âmago
Traduzindo o contentamento do prazer sentido

Osvaldo Teles

sexta-feira, 22 de setembro de 2017

Labirinto existencial

O silêncio abre a porta da alma
No labirinto existencial me perdi
Queria largar nas voltas do labirinto
Os traumas porém eles me perseguem
Preso na imensidão do meu deserto
As dúvidas corroía-me por inteiro
Tendênciei ir em busca da certeza
Quando ela se aproximava
Vinha junto a ironia “o questionamento”
Sonegaram para mim as respostas
Parte com o coração em frangalhos
Com o ser totalmente dilacerado
Minha cruz já estava muito  pesada
Mesmo assim não deu para abandoná-la
A margem da estrada, era a minha sina
No alto, lá ficam os subterfúgios. Um Deus
Com sua benevolência a ouvir as súplicas
Suplicante um pecador pede sua clemência
Em um tom de desabafo ouves meu gemido
O suor confunde-se com as lágrimas
Abatido depois da lida vi em ti minhas forças
Nas orações ouvir Ele dizer não desanime
Estarei caminhando lado a lado contigo
Deixei com você só aquilo que lhe coube
O  seu sofrimento está comigo na cruz

Osvaldo Teles

quinta-feira, 21 de setembro de 2017

Tua pele


Quantos Janeiros

Dormente um coração jazia no seu leito
Sentido a dormência da sua ausência
Quantos Janeiros fiquei a sua espera
Quis ter você no inverno para esquentar
As madrugadas que passei sozinho
Trazendo o verão para o meu quarto
Aquecendo os meus lençóis
Florindo felicidade como a Primavera
Frutificando amor como no outono
Junção perfeita entre as estações
Os espíritos se encontram em união
Onde todas as energias celebram
A ressurreição da pureza da vida
Dois corpos unidos dançam ao amor
Dando rodopios no ciclo do tempo
Sofrendo as suas ações na mente
Vendo a minha face os seus efeitos
No contínuo ciclo tudo tem a sua função
Voltando tudo ao seu ponto de origem
Fonte que brota toda a energia
O que veio da terra voltará a terra
A mãe  lhes receberá de braços abertos
Recebendo de volta todas a sua força

Osvaldo Teles

A mais bela das estações

Sai de cena o frio inverno,dando passagem
Para a Primavera a mais bela das estações
Ela chega espalhando a sua beleza na terra
Colorindo com suas flores todo o planeta
Nos jardins tornam-se um campo florido
Nos canteiros suavemente balançam-se
Esparramando os seus perfumes
Seus aromas deixando embriagados
Os corações dos namorados apaixonados
Em tapetes de pétalas eles desfilam
Causando fascínio para o cérebro
Já é Primavera tornando a vida  mais bela
A alquimia da natureza fazendo a sua parte
Em cada alvorecer é uma linda festa
Comunhão perfeita entre flora e a fauna
Uma grande sinfonia será orquestrada
Passarada no topo das árvores dão o tom
Os sapos nas lagoas fazem o coro
As cigarras no final de tarde cantam
Trazendo beleza para o anoitecer
Os grilos com os seus cantos dão o ritmo
A estação das cores e dos perfumes
Dos cantos e das melodias tudo é paixão
A cada desabrochar um espetáculo
O mundo fica mais belo com sua flores
Um manto florido cobre todo o solo

Osvaldo Teles

quarta-feira, 20 de setembro de 2017

Abri a visão

Abri a visão  olha a imensidão
Veja quantas possibilidades lá fora
Aguardando-te para espantar a tristeza
Para que ficar preso ao teu mundinho
Não deixa a dor te consumir por dentro
A tortura consome por dentro e por fora
Tirando de teu semblante a felicidade
Chorei as dores contida no meu interior
Os olhos ofuscaram todo brilho da alma
Triste tornou-lhe trazendo lamúrias
Não se dê por vencido use sua força
Que você carrega dentro do seu eu
Usa cada derrota como fortalecimento
Segue em frente não deixa a fadiga
Da caminhada estragar sua chegada
O passantes servirão de enriquecimento
Fazendo-te uma pessoa melhor
Aprenderás valorizar as pequenas coisas
Saberas  identificar o que será bom para ti
Vás valorizar cada momento da vida

Osvaldo Teles

terça-feira, 19 de setembro de 2017

O céu é o limite

Ferido como um pássaro
Com as asas quebradas
Preso ao chão sem poder voar
Vejo o infinito e não posso alcançar
Não nasci para rastejar sobre a terra
O céu para mim era o limite
Sempre quis cruzar a linha imaginária
Do outro lado deparar-me com o imaginado
Era tu liberdade a quem tanto procurei
Ganhei uma visão periférica tudo via
De lá de cima, o vento me levava
Sair do alcance das tempestades
Viajei sobre as nuvens livremente
Assobiando ele tocava nos meus pelos
Viajarei sentindo o seu frescor
Refrescando toda a minha pele
Bate asas querendo te encontrar no além
Conduzo no peito todo amor contido
Para entregar-te com toda dedicação
Acolher-te nas minhas asas e viajarmos
Coesos contra as adversidades do tempo
Sigo a luz da lua para ver a tua pele nua
E poder desfrutar de tão belo esplendor
Quero mesmo é bater asas com você
Juntos chegarmos ápice dos prazeres
Fazendo-te tocar as estrelinhas

Osvaldo Teles

domingo, 17 de setembro de 2017

Belo amanhecer

O amanhecer fica mais belo
Quando sinto seu calor em mim
Uma festa que acontece
O coração pulsando acelerado
A vida pulsa em minhas veias
Minha respiração ofegante
Inerte fico sobre o leito
Volto-me para seu lindo ser
Vejo ali a perfeita formosura
Ao alcance dos meus dedos
Entro em gravidade zero flutuo
Seguro-me nas suas mãos
Para não perder a rotação
Falar-te bem baixinho ao ouvido
Respondeu emocionada eu te amo
Coloquei um sorrisão no rosto
Emotivo colei a minha face a sua
Sentido a sutileza de suas carícias
Tornando o ato carnal sagrado
Elevando-nos a condição de amantes
A compunção é totalmente controlada
Deixaremos a sensatez assume as ações?
Ou nos entregaremos a luxúria
Chegamos ao extremo, beirando a loucura
O ardil de sua boca deixa-me trêmulo
Fico alheio ao que está a minha volta
Preso aquela que leve-me ao celestial
Quando retorno estás ali no belo amanhecer

Osvaldo Teles

sábado, 16 de setembro de 2017

Os brados ecoavam

Os brados ecoavam nas praças! Liberdade
Em saraus a céu aberto os bravos poetas
Declamavam os seus poemas de protestos
Castro Alves em navio negreiro
E espuma flutuante relata as atrocidades
Clamor não encontrava ouvidos
Geme a alma na imundície dos porões
Grilhões foram colocados aos seus pés
Açoitado vertem lágrimas de sangue
Ao pé do pelourinho pede clemência divina
Que não chega aos seus ouvidos
Trabalho forçado  lhe foi imposto
Os tambores na senzala soavam o protesto
Lhes era negado a prática de sua crença
O "sincretismo" religioso lhe aproxima
Da sua saudoso nação e de sua religião
Deus criou a raça humana
Os homens a classificaram por cor
Buscando a supremacia racial
O homem livre foi transformado em escravo
As terras varonil deram-lhes com  morada
A resistência do rei Zumbi dos palmares
Buscando a liberdade vão aos quilombos  
A sua descendência padece nas favelas
Em condições sub humana
Em um novo modelo de escravidão

Osvaldo Teles

Quero-te tanto

Quero-te tanto que esqueço até de mim
Como anseio o teu corpo junto ao meu
Na transparência de seu ser se mostra
Desnudo fico perante a ti querida
Confundindo com a sua perfeição
Deixando-me alheio a realidade
Mistura sua essência com minha
Diluindo as amarguras em doses
Homeopáticas curativas da dor
Fostes a indicação dos meus olhos
A mente concebeu o coração aceitou
Cedendo o vazio para a sua entrada
Assumindo o comando de suas batidas
Como foi bom a sua chegada
Chegastes!  Mudanças ocorreram
Ansioso estava até deparar com a bela
A fera indomável foi domado aqui dentro
Um ser amável ressurgiu na minha face
Transbordando gotas de um amor puro
Sua presença transforma o meu ânimo
Estancando as lágrimas que escorria
Dos olhos de uma criatura solitária
Perdia a respiração ficava ofegante
A cada beijo que trocamos apaixonados
A ânsia passava era só contentamento
Os seus lábios são divinos fluía o manjar
Que alimentava os nossos desejos
De no encontro encontrar o elo perdido

Osvaldo Teles

quarta-feira, 13 de setembro de 2017

Seus mistérios

Quero entrar em seus mistérios
Navegar pelo os seus devaneios
Devaneando no seu universo
Deparando-me em um mundo fantástico
Deixando a seiva da vida! O amor
Correr pela corrente sanguínea
Alternando mistério e clareza
Vindo no sopro o frescor da brisa
Misturando as nossas fantasias
Entrar no vácuo do seu imaginar
Ocupando o espaço vazio de sua mente
Enxergar o que está além da aparência
Mergulhei lentamente nas belezas interior
Com a sensação de ter compreendido
O teu ser em seus olhares enigmáticos
Fiquei preso nas teias dos seus segredos
Alimentei o desejo de desvendá-los
Ledo engano quanto mais eu tentava
Mais complicado tornaram-se! Os sonhos
A passagem foi fechada,seus olhos
Desmistificava a incógnita que vinha de ti
Até então só via as interrogações
Questionamentos se acumulavam
Confuso deixava-me a cada resposta
As tentativas não foram frustradas
Percebe na sua aceitação a clareza d’alma
Na limpidez contínua de sua honradez
Desvendei  tudo  que estava escondido
Convicto que as incertezas continuaram
O  mais importante é tê-la comigo
Deixando os seus segredos contidos

Osvaldo Teles

Confissões de amor

Confissões de amor sussurradas
Na intensidade imposta na entrega
Friccionei o meu ser ao seu
Pronunciadas foram palavras de amor
Quis desvendar os enigmas do encontro
Fiquei surpreso com o que tinha brotado
Ramificando por todo interior do meu ser
Interligando com o meu exterior
Tonificando todos os músculos
É o encanto do amor celebrando a vida
Sentindo a maravilha deste sentir
Descobrir a mais formosa das mulheres
Trouxestes emoções para um coração
Aos poucos desfaleço em seu peito
Dentro das nossas paredes se ouve
Os ecos do hino meloso do seu gemido
Como são delicados e macios seus seios
De sua boca sai o mais doce dos néctares
Deslumbrado fico diante de sua beleza
Um veio de um amor cristalino brotou
És a fonte que refresca a minha alma
Purificando o encontro carnal
Sei que não serei mais aquele de antes
Foi-me revelado os segredos do destino
Onde duas vidas se encontram no acaso
E com a força do amor se completam

Osvaldo Teles

terça-feira, 12 de setembro de 2017

Exalando sensualidade

Quando ela passa por mim
Vem exalando sensualidade
Um vendaval de sensações
Domina as minhas ideias
A perversão assume o pensar
O seu andar tira-me a atenção
Fico calado só observando
Sinto em ti a portadora do amor
Caí em meus braços
Sente o calor dos meus lábios
As palavras sussurradas no vazio
Chega ao meus ouvidos suave
Em forma de uma doce melodia
Meu ser plangente sente o seu
Vibrante nasce o belo sentir
Fulminante foi o seu sensual olhar
Penetrou-me com a chama da paixão
Já idealizava este amor na minha vida
Tendenciando-me a ternura pulsante
Via-te em meus fantasiosos sonhos
Vênus transfigurada em mulher
Doravante tinhas pele de um pêssego
Na saliva o sabor de um delicioso vinho
Prazeroso era ter o seu aconchego
Levando-me ao cume das sensações

Osvaldo Teles

domingo, 10 de setembro de 2017

O vaqueiro ligeiro e a égua estrelinha

Paredes de pau a pique
Chão de barro batido
Telhado de palha de sapé
Olhando para o relento
Tudo passava muito rápido
Sapeca a luz da lua adentra
Sorrateiramente pelas frestas
Os grilos fazem a sinfonia
No quintal o vira-lata faz a guarda
Latindo no primeiro sinal de ameaça
Ao mesma tempo tocava o gado
O vaqueiro com seu gibão de couro
Era a sua segunda pele lhe protegendo
Dos malvados espinhos das juremas
O estouro do rebanho na caatinga
A égua estrelinha corria atrás deles
O vaqueiro ligeiro derrubava pelo rabo
Soava o berrante tocando a boiada
Tocando em frente as suas mágoas
Nas currutelas busca o prazer da carne
Para da conforto a alma cansada
Nos meandros da longa jornada
Deparar com a sorte nas encruzilhadas
Repousar nos ombros da sua amada
Ficando para trás as tristezas sofridas
Passeria perfeita entre a dupra
O vaqueiro ligeiro e a égua estrelinha

Osvaldo Teles

sexta-feira, 8 de setembro de 2017

Sua ausência

As lágrimas escorrem copiosas
Quando não estou contigo
As noites ficam tão gélidas
As estrelas ofuscam seus brilhos
A lua perde o seu encantamento
O céu escureceu olhei para ele
Os astros não estava lá no anoitecer
Te encontrava em cada um deles
Muito triste é quando não te encontro
Meu palco interior perdeu a graça
Pois a grande estrela  estar ausente
É muito doida a sua ausência
Quis está contigo a todo instante
Instalando em mim o contentamento
Inconsciente canalizei a sua figura
Para a minha alma sonhadora
Ultrapassei inteiramente a insensatez
Incidência da solidão feriu o coração
Sancionada foi a minha sentença
Viver sem as benesses da sua presença
A pele sente falta das suas carícias
A mente que o alento dos seus abraços
Sabes que sou dependente do seu amor
A cantoria que fiz ao pé da sua janela
Era para conquistar o teu querer
Tendo os seus lábios aquecendo o corpo
Passando a carência que sinto de ti

Osvaldo Teles

quinta-feira, 7 de setembro de 2017

Ser feliz é possível

Fez-me ver que ser feliz é possível
Fazendo do meu mundo um éden
Plantando em meu jardim lindas flores
Enxergava tudo opaco, distorcido
Eu era daltônico até olhar os teus olhos
Um arco-íris formou-se a minha frente
Contemplando-me com seu colorido
Colorindo um novo e belo viver
O caminho longo foi encurtado
Os passos ganhou a leveza das borboletas
Fluxo sanguíneo corria pelas veias suave
Ritmado no peito bate o meu coração
Flutuando ficam dois corpos de emoções
Transportei-me para o teu mundo
Encontrei nele motivações para prosseguir
Levando descobrir que ser feliz é possível
As flores que te dei foi um pedaço de mim
Para sentir um pouco da essência d’alma
Que passou a ti devotar o puro amar
Não és apenas uma fêmea
Fostes a escolhida da minha alma
Para compartilharemos um belo viver
Eis que viestes enfeitar uma vida

Osvaldo Teles

Um desejo insaciável

Oh meu amor o seu ser toca-me
Fazendo brotar um desejo insaciável
De beijar a tua e te possuir por inteira
Desvendando os seus desejos íntimos
Despertando os seus devaneios
Tornando-se real a sua irrealidade
Possuindo os seus pensamentos
Tirando um instante do tempo para desfrutar
Cair no sono bom depois de satisfazer-me
Dos deliciosos e ardentes beijos
Atraente eram os lindos sorrisos
O seu ser tinha a alvura das nuvens
Na minha alcova estava impregnado de ti
Na cama encontrei o que tanto desejei  
Mentes delirantes criadoras de fantasias
Quando eu homem busquei a ti mulher
Perdi a sensatez deixe-me ser levado
Pelas loucuras de dois seres enlaçados
Sentir em minhas mãos sua pele aveludada
Nos lábios a essência do que era o amor
No alvorecer chamei pelo seu nome
Já estava acordada só restava seu cheiro
Entranhado nas minhas narinas
Reacendendo os desejos contidos
Ávido busco de novo os teus desejos

Osvaldo Teles

quarta-feira, 6 de setembro de 2017

Sinto um vazio

Mamãe eu estou tão tristonho
Sinto um vazio que parece
Que nunca será preenchido
Tenho saudade do seu colo
Quanta falta faz em minha vida
Quanto serviu-me seus ensinamentos
E as suas grandes lições de vida
Com os seus sentidos aflorados
Até parecia que previa o que ia acontecer
Mãezinha querida sei que fostes
Chamada a presença do nosso Deus
Porém ainda chora a sua falta
Guardo na memória o seu semblante
Sereno que transmitia o puro amor
Tornastes eterna em meus dias
Na sua simplicidade ensinou-me
O verdadeiro sentido do amor
Não esqueço-me um instante se quer
Do seu olhar cheio de ternura
E a doçura de sua voz a me abençoar
Dizia-me Deus que te proteja e guarde
Dando-te felicidade infinita
Quando olho para céu sinto a sua presença
Entre as estrelas centelhante a brilhar
Mesmo depois de partida fica a guiar-me
Junto ao pai celestial intercedendo por mim
Sei porque depois que fostes muitas coisas
Maravilhosas aconteceram em minha vida
Aos seus olhos serei uma eterna criança

Osvaldo Teles

segunda-feira, 4 de setembro de 2017

É tempo de amar

É tempo de amar, e de se entregar
Sem pensar nas consequências
As feridas com tempo, vão cicatrizar
Não se entrega, por inteiro ao amor
Quem teme a dor, não vive em plenitude
Por vezes ficam, as suas sequelas
Se quer da sequência, a um viver
Recomeçar sempre, será necessário
Serei um eterno, aprendiz da vida
Tendo o amor como, bússola orientadora
Bálsamo para aliviar, os sofrimentos
Compartilha o bela, que há no interior
Viverei esse amor, sem medo de ser feliz
Quero o bem, que ele faz-me no instante
Que dure uma vida,ou apenas o momento
Não penso nas consequências,dos acontecimentos
Só para onde  levas, a minha sublime alma
Na leveza que deixa, no meu semblante
Vem vamos vivenciar, o tempo do amor
Ficando todas preocupações,para depois
Para que possamos viver dois, em uma só vida

Osvaldo Teles

domingo, 3 de setembro de 2017

Um bilhete

Encontrei no banco da praça
Um bilhete que dizia assim
Venho através deste escrito
Falar-te do que sinto por ti
É muito forte que faz-me
Perder o fôlego quando passas
Neste banco muitas vezes
Fiquei admirando o seu andar
Nem notava que  estava a te olhar
Em segredo guardei este sentimento
Quantos planos eu fiz pra te falar
Amei-te em silêncio por tempos
Queria um amor como alento
Fazendo da dor felicidade
Da solidão momentos alegres
Era só o que eu queria era te ter
Libertando a alma das noites frias
Em seu colo encontrar o conforto
Ao templo sagrado te levar
Com o vestido branco desfilar
Perante ao altar unir os nossos laços
Carregando-lhe nos meus braços
Para colocá-la na cama e lhe despojar
Sem mais nada a falar eu te amo

Osvaldo Teles

Guarda a minha imagem

Guarda a minha imagem na memória
Ficando adormecido no subcontinente
Inconscientemente lembrarás de mim
Tornando inesquecível o prazer sentido
Vindo ao consciente o que foi esquecido
Deixa o disco tocar ecoando a canção
Que servia de fundo para o romance
Não se preocupa com nada externo
Prende-se com que está acontecendo
Aqui dentro do nosso santuário
Aproveita de cada instante existente
Faz de mim seu instrumento dos delírios
Concentra-se para desfrutar o momento
Serei constante em seus pensamentos
Personagens seremos de um conto
Letra e melodia buscando a harmonia
As pestanas unem-se para concentração
Toco as constelações sem sair do chão
Sendo você parte do meu plano de voo
O amor é o farol orientador dos amantes
Dando as coordenadas de como chegar
Ao porto g da complicada questão
Tudo que fiz justificam os fins! Marquei
Na sua memória tudo que despertei em ti

Osvaldo Teles

sábado, 2 de setembro de 2017

A festa começa

O dia mostra os seus primeiros raios
O sol dispersa a neblina o dia começa radiante
A festa começa por toda a terra
São as criaturas louvando o seu Criador
A cantoria nos topo das árvores
O galo estufa o peito e solta seu canto
Agradecido por um novo amanhecer
Os matos molhados com as gotas de orvalho
O perfume das flores deixa tudo perfumado
Confundindo com o aroma da minha amada
A noite em minha cama repouso tranquilo
Leve tudo tornava-se nos seus braços
Só sinto a leveza da brisa tocando na face
Contemplei a face do meu anjo da guarda
Guardando-me das turbulências noturnas
A luz divina resplandece na minha vida
Raios de felicidade por todo canto
Sua divina proteção nada me incomoda
Pois estamos ligados pelo elo do amor
E a força suprema nos protegendo
Ficaremos coesos nas adversidades
Nós fomos talhados um para o outro
Pelas mãos do divino Criador

Osvaldo Teles