sexta-feira, 30 de setembro de 2016

Emoldurado no céu

O arrebol emoldurado no céu
Na área a sua nudez me convidava
Aos enlaces e a entrega plena
Adocicado é seu aroma, embriaguez
Sinto ao entrar nas minhas narinas
Estimulante natural são os seus dedos
Alisando suave a minha cabeça
Sentindo o frescor da brisa tocando na pele
Vindo arrepios,que corriam pelas entranhas
Desatinando-me afogava em teus beijos
Estou pronto para que possa me amar
Entre os seus cabelos correm os meus dedos
Neles me apegava como controle
Dos nossos impulsos nervosos
Desativando as lamúrias pulsante
Não serei mais eu o amor me assumiu
E foi me levando ao seu encontro
Tirando de mim a dor, vamos viajando
Onde pousaremos será maravilhoso
Estando com você vou estar sempre bem
Diz para mim que já és toda minha
E que não darás limites ao gozar a vida
A intensidade quem ditará será a alma
Olha-me e veja na minha feição
A expressão do verdadeiro sentir
Tomando forma e ganhando espírito
O anjo se sucumbi diante do carnal
Nesta mistura divinal e mundano
Encontramos a sentindo da existência
A sua áurea ganha luz orientando
O retorno ao mundo real

Osvaldo Teles

quinta-feira, 29 de setembro de 2016

Tatuei no meu coração

Capturei a sua linda imagem
Tatuei no meu coração
A janela da alma se abriu
Para a sua entrada garbosa
Acompanhando-te vinha um frenesi
Corpos colados no mesmo ritmo
Um fogo fazia-me arder em brasa
Está tudo lindo viestes embelezar
A mais bela flor do meu jardim
Seja bem vinda, Trazendo o amor
Para dar sabor a uma nova vida
Não sou o mesmo de ontem
Tranqüilizando um velho coração
Transformações ocorreram em mim
Devolveu-me os mais belos sonhar
Arrasta-me contigo, vamos  de mãos dadas
Vamos sem pressa, devagar para não cansar
Só sentiremos o som lúdico das passadas
Nada melhor que desfilar pelo jardim da vida
Com a pessoa amada, sentido o seu encanto
Não sabemos aonde vamos parar
Nem temos pressa de chegar
Deslizamos lentamente pelos empecilhos
Coesos vencemos um a um, chegamos
Prepara o nosso repouso, se torna
O adorno deste precioso leito

Osvaldo Teles

Cenário perfeito

Nós temos um cenário perfeito
Para praticar o nosso amor
A lua refletindo sobre as águas do mar
A música sendo orquestrada pelo som
Das águas batendo nas pedras
E as ondas quebrando na praia
Deslumbrante vênus cai do pedestal
Vislumbrando o paraíso sendo aberto
Do cárcere foi libertado um ser solitário
Quem dera-me te ter na eternidade
Beijar-te-ia todos os dias
Um frio correndo pela espinha dorsal
Permeando por todo o corpo
Fazendo do teu peito a minha morada
Embelezando-a como manhãs de primavera
Minadouro das sensações cristalinas
Sou quando estou entretido em seu colo
Esvaziando-me, transborda o que vem de ti
Faria de tudo, para parar tudo lá fora
Labaredas vão acendendo a paixão
A dama me deu um xeque mate
Vencido me entreguei a ti meu amor
Esqueci o amanhã se entrega ao momento
E não terás nenhum arrependimento
Só coisas boas para sentir e se recordar
Somando duas metade tornando um inteiro
Em um só desejar que dure para sempre
Eternizando os momentos bons que vivemos

Osvaldo Teles

terça-feira, 27 de setembro de 2016

Quantas vezes

Quantas vezes tive que me recolher
A minha insignificância, calado fiquei 
Quantos gritos ficam presos na garganta
Muitas lágrimas deixei rolar torrenciais 
Gritante a paciência rompe a barreira 
Da ignorância, uma cortina é colocada 
Tirando a visão periférica da consciência 
Levando consigo a bendita coerência 
Fixo o olhar na distância a percorrer 
Os pés latejam a cabeça dói 
A saliva engrossa por causa da sede
Pelejo com as adversidades da estrada 
A inconsistência das ideias faz-me fraquejar 
Fazendo-me refletir no que está por vir
Aflito fico com as incertezas 
Enganei-me com muitas pessoas 
Deixando-me para trás e outras ultrapassei
E muitas outras me surpreenderam
Caminharam lado a lado comigo 
Corri em disparada pela estrada 
Querendo diminuir a distância da chegada 
Tento tirar do lombo o peso que castigava
Tentei encontrar são Simão para pedi sua ajuda 
Mas Deus disse vai carrega a tua cruz 
Dei-te o peso e  a medida certa 
Para te ajudar atravessar a vereda e o abismo 
Não se preocupe com a distância a ser percorrida 
Pois a sua chegada será triunfante 
Sendo eu o dono da minha história 
Feita de vitórias e derrotas, porém minha 
As convicções foram mudadas no decorrer 
De cada lição que a vida me deixou 


Osvaldo Teles

segunda-feira, 26 de setembro de 2016

Quando fecho os olhos

Quando fecho os olhos o pensamento flui
Mil e uma possibilidades vem a cabeça
Livremente, a desvendar os enigmas
Um labirinto surgiu a minha frente
Como Ícaro crio asas, pássaro errante
Vou voando em alta velocidade
Viaja em direção oposta ao sol escaldante
Não quero que a sua ação venha derreter-la
Tenho uma extensa distância para voar
O vento batendo acariciando a minha pele
O destino é o arco íris vou em busca
Dos sonhos perdidos, pegarei o poder
Daqueles que foram esquecidos
Querendo encontrar aquele que um dia
Fez-me feliz, devolvendo ao homem
As esperanças e a fé do menino
As paisagens passam ligeiras, tombo
Falta tempo para admirá-las, de que adianta
Tudo é muito fugazes, não posso pairar
O ritmo é acelerado não posso perder
Nenhum segundo, serei ultrapassado
O espaço não dá para todos
Quando chegar a maturidade reclamaremos
Que não tivemos tempo para aproveitar
As belezas que o viver nos proporcionou
Quem dera encontrar alguém
Para batermos asas juntos nesta viagem
Para que possamos voar lado a lado
Dando alento a fadiga e ao cansaço
Removendo a solidão do coração
Não ficaram sequelas, nem atrofiaremos
A vontade de libertar a alma em um voo rasante
Curando os medos existente nas entranhas
Pousaremos lentamente sobre o arco íris
E nos apossamos  do pote da felicidade

Osvaldo Teles

domingo, 25 de setembro de 2016

Prazer imensurável

É um prazer imensurável quando
Durante as madrugadas o teu corpo
Por mim procura, esgotado de tanto amor
Querendo mais chamego
Entre um toque e outro me renascendo
O calor ardente dos desejos
Vou beber na fonte dos prazeres
Nos banhamos no riacho dos amores
Lambuzando-me no favo do teu mel
De repente o turrão vai se derretendo
Intensamente vai se condensando
O libidinoso vai se despertando
O líquido gerador de vida vai emergindo
Reações indescritíveis desatinando o desatino
Vamos margeando o estado de loucura
Parecendo que a alma vai deixar o corpo
O sol vai despontando lá no céu
Nos avisando que o dia já raiou
A inércia dos corpos é quebrada
Com a penetração da luz casa a dentro
A desordem do quarto a denunciar
Que o amor e a paixão virou um só sentimento
Na união de duas almas eternecidas
Estremecidas com a capacidade
De dois seres conter tanto amor

Osvaldo Teles

sábado, 24 de setembro de 2016

Chorei

Chorei, a alma se calou
Pedi a ela para ditar
Alguns versos, ela se trancou
Nada saía, emudecida ela ficou
Silenciosa ela gemia, querendo
Sarar a ferida que foi aberta
Dói, lá dentro está em frangalho
Grita só em ouvir o seu nome
Na certeza do bem que um dia me fez
Hoje as dores fez apagar até as lembranças
Já posso escultar aquela bela canção
Não despertar mais nenhum emoção
Não tira mais fôlego, foi suturado o ferimento
A alma já não geme, se acostumou
Com a sua ausência, lamentos, lamentos
Não rolam mais pelo rosto, risos, risos
Voltou a se estampar nos lábios
Sabe alma minha quanto doeu a indolência
Viajei em sonhos que não eram meus
Vem a mim lucidez, trazendo consigo a paz
Apaziguando a batalha entre dois seres
Devolvendo a querência do bem viver
Retomando a minha vida das mãos alheia
Deixando ela seguir o seu curso
E encontre a sua direção, que é o coração
Transbordando de contentamento
Ao lado da pessoa que a alma escolheu

Osvaldo Teles

sexta-feira, 23 de setembro de 2016

Um poema para Lili

Expulsastes a tristeza expressa no olhar
Quando a conheci era moça menina
Deusa em forma de uma bela mulher
Trazia consigo todos os mistérios
Que logo me propôs desvendar
Inesperadamente o destino me botou
Frente a frente com o meu grande amor
Encantado fiquei com a pureza contida
Na sinceridade que vinha de ti, castra
No me preocupei com a sua condição
De moça ou mulher, o que me importava
Ela o belo sentir que estava nascendo
Um fascínio passou a guiar os meus atos
Um vulcão foi despertado dentro de mim
O melhor de tudo é saber que não amo só
És formosa meu bem a sua pele reflete
Toda a beleza noites apaixonantes
Fizemos das relvas o nosso colchão
O tempo o nosso maravilhoso leito
O manto azul do céu o nosso teto
As gotas de orvalho o perfume predileto
Passastes a ser a primavera dos meus dias
Flores espalhadas pelo jardim da vida
A maciez das pétalas eu sentia
Ao tocar no seu lindo corpo
Estonteante palavras fluía do seu ser
Eu te amo preciso de você comigo
Dos seus lábios colhia deliciosos beijos
Como um oleiro te moldo nas engrenagens
Do tempo, minha pulsação vai aumentando
Com cada gesto seu de apego
Caminhos cruzados pela obra do divino

Osvaldo Teles

quinta-feira, 22 de setembro de 2016

Desligo-me da vida

Desligo-me da vida e apago a luz
O barulho aos poucos vai sumindo
O silêncio adentra o meu ser
As ideais se soltam, alheio a tudo eu fico
A pensar nas possibilidades de uma viagem
Inter corporal, a tração nos atrai ligando-nos
Pelo fio condutor de energia
O cérebro condensa as informações
A chave mestra dando partida
São os seus dedos capacitor de sensações
As pestanas se encontram no sono
Já não quer me deixar acordado
Busco o meu lugar ao seu lado
Afundo-me em seu mar para encontrar
Em ti um ancoradouro seguro
A ventania me joga de um lado para o outro
Deixando-me desorientado dentro
Das trevas um furacão de interrogação
Vem a mim tirando o senso de direção
Sigo o barulho dos seu passos
De longe avisto dois faróis a me guiar
Gosto de ficar só para encontrar você
Revirando as lembranças você estar lá
Toda majestosa
Agredindo a estabilidade emocional
Desestabilizando a minha sensibilidade
Tento me achar neste vendaval de emoções
O espírito abandona o corpo, transcendo
Evoluindo fico imune aos males do coração
A introspecção chega silenciosa, mergulhei
Em um sono profundo, sonhos lindo
Tirando a força dos pesadelos

Osvaldo Teles

quarta-feira, 21 de setembro de 2016

Cada noite

Cada noite de amor que passo contigo
Regada com muito carinho e afagos
Fico cada dia mais apaixonado
Contracenando com o anoitecer me contágio
Com a suas fantasias eróticas
Apanhei-te no meu colo
Desfaleceu em meu braços
Errantes saímos, perdemos a razão
Com tudo sou elevado ao apogeu
Castro entrei no seus aposentos
Ramalhetes de flores lhe enfeitando
Como uma garça pousa sobre mim
Sinto a sua leveza quando bate suas asas
Querendo voar para qualquer direção
Dando início a um magnífico sonhar
Levantei-me sentindo a leveza das borboletas
Alinhava a minha pele com a tua
Vamos sair costurando o universo
Para fazer o nosso cobertor azul anil
Evoluímos iremos além das expectativas
Não poudaremos às nossas asas
Desta forma não daremos limite aos devaneios
Perdido na densa escuridão
Encontro-me perdidamente em teus braços
Reencontrando em ti a força do amor

Osvaldo Teles

terça-feira, 20 de setembro de 2016

Eu te amo

Eu te amo é a frase mais suave
Que adoro que chegue ao meus ouvidos
É como chuva caindo em terras áridas
Fazendo brotar o mais belo sentimento
Colhendo os mais adocicados frutos
Deixando escorrer o seu o seu mel
Vou me lambuzar do líquido
Que sai de sua boca,umedecendo os lábios
Regozijarmos à voluptuosidade do amar
Levando-nos ao êxtase completo
O seu excitante acolhimento
Em teu amparo dois corpos se tornam um
Tornando tu o sentido da minha vida
Já não me vejo longe do ti
O meu mundo perderia o brilho
O meu céu ficaria sem estrelas
Não seria nada sem o seu carinho
Para me tranquilizar
Me tornando um amante compulsivo
Fico a me perguntar o que seria
Das noites sem você para me esquentar
O mais interessante é que somos frutos
Do sentimos um pelo outro
Fico maravilhado com o exalar do seu cheiro
Vais inundando-me com a seiva do amor
Levando-me a pronunciar a frase
Eu te amo com muito fervor

Osvaldo Teles

segunda-feira, 19 de setembro de 2016

Amorosa mulher

Este misto de tensão e alívio
Vai me conduzindo ao paraíso
Sendo o seu corpo o meu Boeing
Alçando voo em alta velocidade
Amando-te vou misturando sensações
Vibrantes as emoções a nos dominar
A sua doçura acabando com as amarguras
Que da sua língua destila me embriagando
Amorosa mulher os seus lábios me ensinam
Que a vida é feita de momentos
É aí que encontramos a felicidade
Em seu colo embalo doces sonhos
Tocando a sua alma, migrei para coração
Viajei pelo espaço das ilusões
Tendo como portal os seus belos olhos
Pousei na ilha das maravilhas
Achei o ponto de partida para teu mundo
Penetrei desfrutando das benecias do teu ser
Decifrando os enigmas do teu querer
Só quero a liberdade contida na sua aceitação
Com delicadeza vou conduzindo
A nossa partida para os prazeres da carne
E os delírios da alma faminta de amor

Osvaldo Teles

domingo, 18 de setembro de 2016

Controle do tempo

Gostaria de ter o controle do tempo
Para fazer ele parar este momento
Vedaria a ampola para ela não marcar
Nas linhas faciais o que passou
Rasgava todas as fotografias
Deletava as emoções do coração
Mais do que adiantaria se registrado
E arquivado no subconsciente
Mergulharia na profundeza do teu ser
Pegaria o vácuo do vento só para chegar
Mais rápido, penetrante os teus olhos
Perseguiu-me, revelando o que perdemos
Corro em disparada nas curvas do tempo
Tentando encontrar o tempo perdido
Não lastimo o que deixei para trás
Ficarei encantado com o seu jeito
De ir colorindo os seus caminhos
Dando motivos para prosseguir
Devaneiar as vezes é necessário
Para não ficar longe das visitas
O real motivo da existência
Delineando o caminho a ser seguido
Vou enterrar o passado
Porém o passado está sempre presente
Seguindo a trilha das lembranças
Vou aproveitando com muita intensidade
O nostálgico tomando conta do pensar
Acredito no temporizador o tempo
Deixando os traços de experiência na face

Osvaldo Teles

sexta-feira, 16 de setembro de 2016

Sonhei com você

Esta noite sonhei com você
Busquei os teus lábios
Só encontrei o travesseiro
Queria o seu corpo para matar o frio
Lá estava o lençol com o seu cheiro
Quis os seus braços para relaxar
A cabeça erguia para o teto
Na escuridão o seu rosto se formava
O agouro das aves de rapina
Deixa-me estremecido, apavorado
O medo me corroía por dentro
Rapidamente as ideias se perdem
A agonizando o corpo treme
O que fazer o seu lugar está vazio
Você está aí ? Chega para cá
Preciso que esteja aqui comigo
Não vamos brincar com a vontade do amor
Cheguei cheio de carinho para ti
Uma palavra estragou tudo
Esqueci o que te disse
E se lembra da palavra amar
És o meu sopro, que reacende o desejo
O amante suplicante te chama
Estou morrendo de saudades de você
Filosofei: não vou sofrer por ninguém
Já disse que não preciso de ti
Estava me enganando, fostes o meu refúgio
Só em pensar em um dia não te ter
Faz o meu coração sangrar de dor

Osvaldo Teles

quinta-feira, 15 de setembro de 2016

Vejo o espaço vazio

Debruçado no peitoril da janela
Vejo o espaço vazio, busquei-o
Querendo ser preenchido, achei
O que estava perdido dentro de mim
Sinto o silêncio que vem de dentro
Enternecido fico com a beleza de fora
Foi a tua deslumbrante face que vi
Largas passadas dei em sua direção
Um enleio me deixa cambaleante
Busco o prumo nos seus ombros
A fadiga logo foi se despedindo
O vácuo foi ocupado por sua imagem
Evaporando o rio de lágrimas tristes
Que inundava o meu ser
Removendo rancor do meu peito
Nunca soube o que era amor de verdade
Até o seu ser revelado a mim
Emergindo do mais profundo do meu eu
Transcrevo tudo que vem lá de dentro
Fez-me esquecer o que está aparente
Por favor inconsciência deixa quieto
Tudo aquilo que trouxe sofrimento
Só não apaga as lembranças
De tudo o que de bom nós vivemos
Tim tim, vamos brindar com o vinho suave
Não olheis para mim com piedade
Acolhe-me no teu colo e com seus delicados
Dedos, afaga-me vem a minha cama
E acalenta uma criatura inquieta
Esculpindo na face traços de felicidade

Osvaldo Teles

quarta-feira, 14 de setembro de 2016

O meu amor nos meus braços

Inspiração mesmo é quando estou
Com o meu amor nos meus braços
Ver delirante desvanecer suas forças
No amanhecer ouvir me chamando
Com a fala carregada de sono
Neguinho vem para mim eu te amo
Segurava-me pelas mãos e dizia
Não se levanta fica mais um pouco
Agarrava-me pelo pescoço em seguida
Dava-me um selinho gostoso
O seu carinho vinha todo junto
Fico com as pernas bambas
Levo no corpo e na alma marcas do lascivo
Saio louco para voltar para os seus beijos
Ela ficou em casa ansiosa por minha chegada
Com olhar comprido para estrada
Voluptuosa me recebe dizendo que sente saudade
Olhou para mim e perguntou: o que estás vendo?
Em seguida me responde cara de felicidade
Para que fragmentar um amor deste
Com aventuras momentâneas
Se fomos talhado um para o outro
Não trocaria a segurança do porto seguro
Por ancoradouro clandestino
Resplandecendo sobre nós a beleza
De um amor puro e verdadeiro
Que já perdura trinta e dois anos
Que os contratempos achou o contraponto
De um viver harmônico baseada
Em um respeito mútuo
Dádiva divina para a minha vida

Osvaldo Teles

terça-feira, 13 de setembro de 2016

E agora Osvaldo


E agora Osvaldo seu repertório
De sonhos acabou sua alma já não dita
O seu ser o tempo se encarregou
De envelhecê-lo, o relógio cronometra
O seu resto de tempo
Já não tem a vitalidade de menino
O que fazer com os motivos perdidos
E os devaneios que ainda te perseguem
E os projetos que outrara fizera
E os motivos que se consumiram
A luz se apagou, a juventude foi consumida
Os traços faciais já não são os mesmos
As rugas tomam conta da face
Os passos não são tão rápidos como antes
Sua vitalidade foi substituída pelo cansaço
Cambaleante chegaste ao fim da estrada
E agora Osvaldo o que fazer
Sentar e esperar os acontecimentos
Ou partir para luta deixando escondidas
As frustrações, vivendo com intensidade
Os bons momentos que lhe restam
E agora Osvaldo sua experiência
Ao seu favor, compensa a sua fraqueza
Com a sabedoria que você adquiriu
Deixa para trás as experiências negativas
Foca no que resta de bom para viver
Ama com toda as suas forças
Os seus entes queridos
Com a certeza que só se vive uma vez na vida

Osvaldo Teles

Aguçam o imaginário

Quando eu era pequeno em Mangabeira
As aventuras suplantavam as dificuldades
Em que vivia, faltava tudo
Só não faltava sonho para impulsionar os planos
Muito bom as brincadeiras de criança
Aguçam o imaginário, quando o dia raiva
Fazendo-me ir além mar
Saltitante ficava todo o meu ser
Quando ouvia os cantos dos galos
E o belo amanhecer entrava em cena
A passarada alvoroçada no quintal
Faziam a festa com seus belos cantos
Nunca quis uma vida mais ou menos
Sempre quis viver a intensidade
Que ela quisera me proporcionar
Rolava-me pelas gramíneas
Sentindo o cheiro do mato molhado
Pelas gotas de orvalhos
Os dias aperreado insistia em não passar
Vida simplória ouvindo as garrinchas
Cantando no telhado
Os sanhaços se alimentando no mamoeiro
O sabiá majestoso entoando o seu canto
Conectando-me com a bela natureza
A pescaria de sobrevivência
No rio Paraguaçu era muito divertida
Não vou citar os nomes dos amigos
De infância, porque posso esquecer
De alguns e eles ficarem ofendidos

Osvaldo Teles

Coração vazio

Sozinho eu estava com o coração vazio
Calado, cabisbaixo, arredio me tornei
Deixava o pensamento distante
Sonhava acordado no mundo fantástico
O inesperado aconteceu, pura magia
A tristeza que me acometia
Fez-se diluir em dose homeopática
A sua presença em minha vida se tornou
Os campos floridos passou a ser nosso leito
Os seus cabelos são flores campestres
Embelezador natural dos meus dias
O seu suor tem aroma da lavanda
Aromatizador do meu corpo
Purificador dos meus pensamentos
Minha voz sai cheio de galanteios
Macia e dengosa dizendo meu amor
Transpôs montes para estar contigo
Graciosa me recebe na minha chegada
Apaguei da memória todo o meu passado
Nada mais me importava a não ser você
Passastes a ser mais bela: mulher
Te escolhi para ser a minha esposa
Tirei o véu para ver a sua estonteante face
Fiquei estupefato diante da sua serenidade
Fêmea em traços de boneca
Desejei-te a primeira vista, corpo escultural
Amei-te por toda a minha existência
Primazia no seu jeito de se doar
Adentrando em cada um de nós
Qualificando-nos para um novo viver
Não me preocupei com o amanhã
Deixei este amar guia o meu coração
Deus lá de cima fica nos abençoando
A distância a percorrer já não tão longa
A cruz já não pesa tanto como antes
Como é bom buscar nos desafios com você

Osvaldo Teles

segunda-feira, 12 de setembro de 2016

Menina linda

Olha minha menina linda
Cada dia que passa fico louco por ti
Quero te tirar na contra dança
E sair bailando com você
Nos salões o harmonioso compasso
Sendo autor da nossa coreografia
Vem meu bem necessito do seu calor
Para prosseguir a bela dança
Dando brilho as minhas emoções
Na calada da madrugada é por ti
Que o meu ser clama
Sabes que a nossa conjuração
Foi feita em nome do amor
Que nasceu nos rodopios da vida
O som invade a alma a dentro
Dando movimento aos passos
Levando o corpo a levitação
O segredo do verdadeiro
Amar nos é revelado
Encontramos o contra ponto
Do explendoroso bem viver
Compensando a ideia fixa de um desejo
Equilibrando o descompasso existente
Que corrói o magnífico querer
Corpos plangente se encontrando
A canção do amor entra em cena
As claves do som em plena consonância
Um concerto harmônico aos ouvidos
No intervalo de um tom e um acorde
Vejo no espelho da sua alma
O meu semblante maravilhado

Osvaldo Teles

domingo, 11 de setembro de 2016

A sombra do destino

Vou seguindo a sombra do destino
Não é covardia é pura astúcia
Quando ele cansar eu descanso
De sua perseguição
Encarei de frente, não tive medo
Tudo que foi posto a mim
Não corri das responsabilidades
Já me fiz de morto para ser visitado
Na espreita para dar o bote certo
Sou amante da simplicidade
A grandeza me tornou pequeno
Muito se acha esperto
Eu sempre serei um aprendiz
Curvei-me diante das adversidades
Não é resignação é para me preparar
Para receber as graças divina
No seu tempo correto
As ondas me lavam até eu ter forças
Para dar as minhas braçadas
Para chegar em terra firme
Agradecendo ao superior
A dose extra de otimismo
Tirando de mim o comodismo
Parei diante dos obstáculos
Analisei todas as possibilidades
Os prós e os contras para ver
Se valeria  a pena transpô-los
Busquei refúgio com o onipotente
Para que me protegesse de todo mal
Todas as arapucas que foram armadas
Para mim o Senhor desarmou
As dores que me adentrou
Foram sanadas pelo remédio amor
Na hora da queda tive suas mãos me segurando

Osvaldo Teles

sexta-feira, 9 de setembro de 2016

Lua de mel

O dia é recebido pela desordem da noite
Roupas espalhadas pelo chão
Tudo foi muito intenso, lindo
Para não ficar por uma noite a penas
Na noite passada Olimpo veio até nós
O encontro de Afrodite e Eros
Banho de espumante para embriagar
Os deuses irão brindar ao lindo amar
Não uma festa pagã é a consagração
Do nosso matrimônio no leito nupcial
A minha deusa veio toda de branco
Representado a divina pureza
Chegastes donzela te fiz mulher
O candelabro apaguei o último fio de luz
Na penumbra tirei as suas vestes
A luz do luar enfeitando a nossa lua de mel
Fui me encantando com cada linha
Do seu lindo corpo e a sua benevolência
Me aceitando por completo
Revigorando toda energia que emana
De dois seres esvanecido e agraciado
Com tanto amor que corre pelos fios
De nossa belíssima existência

Osvaldo Teles

Quando os teus olhos

Quando os teus olhos se viram para mim
O feitiço da paixão lhes acompanha
Rasgando a carapaça que me protege
Tocantes eles vão me envolvendo
Os meus aos poucos vão se fechando
Para sentir o intenso sentimento que brota
E ramifica por todo o meu ser
Pulsante, alegria em sua face
Pacientemente agurdei o seu aconchego
Levantei a cabeça para captar sua essência
Corremos um para o outro impetuoso
Corpos plangentes se tocaram
O bailer só está começando
A canção amorosa está tocando
A sua cabeça no meu peito
Senti as palpitações do um coração
O meu pescoço envolvido pelos teus braços
Não tinha como não sentir a sua respiração
Tremia em meus braços querendo me ter
Não presunção são os  lhe denunciando
São as teias do amor nos unindo
Vinde cheia de graça mostrando-me
A grandeza de um viver compartilhado
E a beleza de dividir as coisas boas da vida

Osvaldo Teles

quinta-feira, 8 de setembro de 2016

Quando pequeno sonhava

Quando pequeno sonhava
Em crescer para tocar as estrelas
E a lua fazer a minha luz
Deitava-me sobre a calçada da praça
Encantado com a beleza do céu estrelado
A lua emoldurada diante dos meus olhos
Ébrio eu ficava com toda a sua magia
Como uma gaivota batia asas
Para mares distante e pouso seguro
Já mais imaginei que o amor fosse capaz
De fazer isto, viajei até elas sem tirar
Os pés do chão, parti rumo ao cosmo
Não tinha a carta o ermo queria me engolir
O relendo me congelava os músculos
Buscava como agasalho a mulher amada
O seu cintilar me tirava do escuridão
Porém já estava tudo traçado
A sua atração era o magneto que desejava
Gerando a força oposta que nos atraí
Dando estabilidade ao  sonhar constante
Perdido entre milhões de estrelas
Vi a minha incandescente riscar o céu
Anseio te retirar do abismo que fizestes
Na sua queda e celebrar em gozo
O explendor dos traços seus traços belos
O sol fez-me despertar do sono profundo
E você real se fez presente diante de mim

Osvaldo Teles

quarta-feira, 7 de setembro de 2016

O portão da alma

Estava pensando nas guerras que travei
Para abrir o portão da sua alma
Despertando em ti os desejos mais secreto
Não tenha vergonha minha querida
Deixa evoluir este desejo que está por vi
Delirante fica o meu ser com o seus beijos
Estremecida fica a carne com o seu calor
Te amar não é de mais é lapidar um ser bruto
Dando sensibilidade a sua alma
Magnitude aos seus jestos
Agarrando-me a tua cintura em decolar
Pegamos a correntes dos ventos
E seguimos as rosas dos ventos
O meu faro segue o seu aroma embriagante
Elevando-me a condição de amante puro
Evoluído não agindo por instinto animal
Que teus abraços afetuosos amansou
As lágrimas já não molhavam a face
As palpitações já não são dolorosas
O coração já bate no mesmo compasso
Compassando as nossas emoções
Sabes querida vou te amar por toda vida
Aproveitando cada momento deste amor

Osvaldo Teles

Fiquei atordoado

Do nada construir o meu nada
Do querer ter tornei-me volúvel
De butiquim em butiquim me afundei
Em um mar de lama
Não me reconhecia parante ao espelho
Incertezas acumulei que me tirou a direção
Até encontrar a escolhida
Com seu olhar cortante adentrou como raio
Fiquei atordoado com tanto amor
Fazendo o vagão entrar nos trilhos
A locomotiva voltou a trilhar em alta
Carregando um novo alento no coração
O que uma acolhida pode fazer com  vida
Reflorindo o deserto existente
Um campo vasto foi posto a minha frente
Já não trilho mais sozinho, tudo ficou lindo
Nada é mais gostoso que embarcarmos
Juntos nesta nova odisséia
Misturando corpos a quentura é o combustível
Para navegarmos tranquilo nas ondas
As suas espumas flutuantes, flutuamos
Aumentando o fluxo sanguíneo nas veias
Transgredindo o consciência
Loucura fazemos, perdemos a coerência
O nada se transformar no tudo
A realidade da lugar ao fantasioso
A divindade amor assume o comando da vida
E a divindade paixão o comando do corpo
E nós encontramos nosso jardim particular
Vidas encontraram a trilha a seguir

Osvaldo Teles

segunda-feira, 5 de setembro de 2016

Toda faceira

Viestes toda faceira, olhar sedutor
Meu anjo de luz milagres operantes
Uma cirurgia espiritual fizestes
Em minha alma
Suas mãos macias e delicadas
Correndo de um lado para outro sobre mim
Anestésico milagroso para sanar a dor
Contraímos o antivírus dos males do amor
Pus-me procurar a fórmula para cura
Encontrei na ternura do seu olhar
E na beleza do seu sorriso conduziram-me
A lucidez e vitalidade da mente saudável
Nos amamos com todo fulgor dos corpos
O santo remédio para sarar as chagas
Abertas pelos traumas do desamor
Uma força estranha a nos libertar
Suturando asas do ser alado
Fixando a sua bela composição
Amor, carinho e dedicação
Receita perfeita para aliviar a tensão
Arrancando do peito a bendita tristeza

Osvaldo Teles

domingo, 4 de setembro de 2016

Deitei-me

Deitei-me na mesma cama
Que fez parte da nossa entrega
Cúmplice das noites de amor
Vadiamos livre das amarras
Liberdade, liberdade era o nosso lema
O seu bailar é mais suave
Que o dançar do beija flor
A sua silhueta presa aos meus contornos
Se dê não tenha medo do que tem por vir
Sentirás o afeto que um ser tem para te dar
Não se faça de rogada queira me ter
Alimentei os meus desejos em teus seios
Escorrendo o vinho doce do libido
Acabei com a minha sede em tua boca
Embalei os meus sonhos em teu colo
Coloquei as esperanças em suas mãos
Felicidade encontrei em seu sorriso
Esplêndido é quando colas os seus lábios
Aos meus ouvidos o ar quente correndo
Pelo meu centro, efervecendo meu sangue
Chegamos a ponto alto da efervescência
Vamos juntos galgando os degraus felizes
Estaremos ali repleto de expectativas
Na mesma cama pronto para reaver
O que foi perdido deixado de lado
O mais importante é que ainda existe amor
Sua cadência mais harmoniosa
Do que a sinfonia dos pássaros
Cartografei o mapa do seu interior
Querendo achar o ponto sensível do seu âmago
E poder tocá-lo com toda sensibilidade
Canalizando todo ímpeto do amor

Osvaldo Teles

sexta-feira, 2 de setembro de 2016

Divã para dois

Capto a luz da lua pela janela
É sinal que o dia já foi embora
E o vento da felicidade assobia
No meu telhado vindo em minha direção
O seu fulgor vem ao meu encontro
Trazendo-me lembranças suas
Que gostaria de reavivar dentro de mim
Enquanto a penumbra acolhe a escuridão
Aguardo no meu divã a encantadora
Aos poucos vou desfalecendo em ti
Como ervas aromáticas são os seus cabelos
Vão me dopando fico alucinado
Diante de tanta perfeição e beleza
Que vai me levando ao transitório
Retrocedo a tempos maravilhosos
Mergulho na profundidade da alma
Convertendo-me a religião do sacro amor
Aliança feita no ato de amar
Reafirmando a minha identidade
Com a sua sensibilidade despertada
Capaz de extrair o que há de melhor
Com seus arrulhos vai me levando ao sono
Sabes que já tomastes conta do meu gostar
Proporcionando-me estabilidade emocional
Chagastes toda faceira  abrindo o sorriso
As palavras saem suave e compassadas
 Estremeci de satisfação de estar contigo
Meu primor minha pepita de diamante
Tranquilidade para a minha inquietação
Fica despida diante dos meus olhos
Se mostra como você é de verdade
Sua pele aveludada tocando a minha
Terapia perfeita para curar as chagas
Aberta pela dores do amor

Osvaldo Teles

quinta-feira, 1 de setembro de 2016

Prelúdio

 Ouça aquela canção que embalava
Aquele magnífico romance, despertei
Sentindo a magnitude deste sentir
Olhando o álbum de fotografias viajei
Ao encontro do sonho penoso
Um despertar para uma dura realidade
O livro que contava a nossa história
Não chegou a ser escrito
Na composição não colocamos melodia
Ficou esquecida na gaveta
Produzimos momentos maravilhosos
Que já mais serám esquecidos
Deixamos toda a essência fluir
O fluxo da paixão a nos oferecer
Instantes indescritíveis de sensações
Engoli a seco as decepções
Transpassei os limites do bom senso
Só para está contigo mais um vez
Ouvindo a minha consciência
Questionei-me se valéria apenas
A catedral estar aberta para conversarmos
O pecado da luxúria em que vivíamos
Amor e sexo eram os nossos pecados
O líquido do amor nos levava a embriaguez
Perdendo o controle dos movimentos
Não nos conduzia a lugar nenhum
Ficávamos polarizados com realização
Com a ilusão de uma felicidade plena
Plenamente só vivemos os minutos
Convertido em um amar duradouro
Que não pude prever a sua frieza
O sentimento poderia morrer para ambos
Quebrando a ponte que liga os corações
E cada seguirá o seu rumo sem mágoa alguma
O término não deixaria sequela
E segueriamos como nada tivesse acontecido
O prelúdio para se sentir completo
Ou um fim muito dolorido
Anúncio de um viver sem sentido

Osvaldo Teles