terça-feira, 13 de setembro de 2016

Aguçam o imaginário

Quando eu era pequeno em Mangabeira
As aventuras suplantavam as dificuldades
Em que vivia, faltava tudo
Só não faltava sonho para impulsionar os planos
Muito bom as brincadeiras de criança
Aguçam o imaginário, quando o dia raiva
Fazendo-me ir além mar
Saltitante ficava todo o meu ser
Quando ouvia os cantos dos galos
E o belo amanhecer entrava em cena
A passarada alvoroçada no quintal
Faziam a festa com seus belos cantos
Nunca quis uma vida mais ou menos
Sempre quis viver a intensidade
Que ela quisera me proporcionar
Rolava-me pelas gramíneas
Sentindo o cheiro do mato molhado
Pelas gotas de orvalhos
Os dias aperreado insistia em não passar
Vida simplória ouvindo as garrinchas
Cantando no telhado
Os sanhaços se alimentando no mamoeiro
O sabiá majestoso entoando o seu canto
Conectando-me com a bela natureza
A pescaria de sobrevivência
No rio Paraguaçu era muito divertida
Não vou citar os nomes dos amigos
De infância, porque posso esquecer
De alguns e eles ficarem ofendidos

Osvaldo Teles

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