quarta-feira, 7 de setembro de 2016

Fiquei atordoado

Do nada construir o meu nada
Do querer ter tornei-me volúvel
De butiquim em butiquim me afundei
Em um mar de lama
Não me reconhecia parante ao espelho
Incertezas acumulei que me tirou a direção
Até encontrar a escolhida
Com seu olhar cortante adentrou como raio
Fiquei atordoado com tanto amor
Fazendo o vagão entrar nos trilhos
A locomotiva voltou a trilhar em alta
Carregando um novo alento no coração
O que uma acolhida pode fazer com  vida
Reflorindo o deserto existente
Um campo vasto foi posto a minha frente
Já não trilho mais sozinho, tudo ficou lindo
Nada é mais gostoso que embarcarmos
Juntos nesta nova odisséia
Misturando corpos a quentura é o combustível
Para navegarmos tranquilo nas ondas
As suas espumas flutuantes, flutuamos
Aumentando o fluxo sanguíneo nas veias
Transgredindo o consciência
Loucura fazemos, perdemos a coerência
O nada se transformar no tudo
A realidade da lugar ao fantasioso
A divindade amor assume o comando da vida
E a divindade paixão o comando do corpo
E nós encontramos nosso jardim particular
Vidas encontraram a trilha a seguir

Osvaldo Teles

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