terça-feira, 27 de setembro de 2016

Quantas vezes

Quantas vezes tive que me recolher
A minha insignificância, calado fiquei 
Quantos gritos ficam presos na garganta
Muitas lágrimas deixei rolar torrenciais 
Gritante a paciência rompe a barreira 
Da ignorância, uma cortina é colocada 
Tirando a visão periférica da consciência 
Levando consigo a bendita coerência 
Fixo o olhar na distância a percorrer 
Os pés latejam a cabeça dói 
A saliva engrossa por causa da sede
Pelejo com as adversidades da estrada 
A inconsistência das ideias faz-me fraquejar 
Fazendo-me refletir no que está por vir
Aflito fico com as incertezas 
Enganei-me com muitas pessoas 
Deixando-me para trás e outras ultrapassei
E muitas outras me surpreenderam
Caminharam lado a lado comigo 
Corri em disparada pela estrada 
Querendo diminuir a distância da chegada 
Tento tirar do lombo o peso que castigava
Tentei encontrar são Simão para pedi sua ajuda 
Mas Deus disse vai carrega a tua cruz 
Dei-te o peso e  a medida certa 
Para te ajudar atravessar a vereda e o abismo 
Não se preocupe com a distância a ser percorrida 
Pois a sua chegada será triunfante 
Sendo eu o dono da minha história 
Feita de vitórias e derrotas, porém minha 
As convicções foram mudadas no decorrer 
De cada lição que a vida me deixou 


Osvaldo Teles

Nenhum comentário:

Postar um comentário