Quantas vezes tive que me recolher
A minha insignificância, calado fiquei
Quantos gritos ficam presos na garganta
Muitas lágrimas deixei rolar torrenciais
Gritante a paciência rompe a barreira
Da ignorância, uma cortina é colocada
Tirando a visão periférica da consciência
Levando consigo a bendita coerência
Fixo o olhar na distância a percorrer
Os pés latejam a cabeça dói
A saliva engrossa por causa da sede
Pelejo com as adversidades da estrada
A inconsistência das ideias faz-me fraquejar
Fazendo-me refletir no que está por vir
Aflito fico com as incertezas
Enganei-me com muitas pessoas
Deixando-me para trás e outras ultrapassei
E muitas outras me surpreenderam
Caminharam lado a lado comigo
Corri em disparada pela estrada
Querendo diminuir a distância da chegada
Tento tirar do lombo o peso que castigava
Tentei encontrar são Simão para pedi sua ajuda
Mas Deus disse vai carrega a tua cruz
Dei-te o peso e a medida certa
Para te ajudar atravessar a vereda e o abismo
Não se preocupe com a distância a ser percorrida
Pois a sua chegada será triunfante
Sendo eu o dono da minha história
Feita de vitórias e derrotas, porém minha
As convicções foram mudadas no decorrer
De cada lição que a vida me deixou
Osvaldo Teles
Nenhum comentário:
Postar um comentário