sexta-feira, 2 de setembro de 2016

Divã para dois

Capto a luz da lua pela janela
É sinal que o dia já foi embora
E o vento da felicidade assobia
No meu telhado vindo em minha direção
O seu fulgor vem ao meu encontro
Trazendo-me lembranças suas
Que gostaria de reavivar dentro de mim
Enquanto a penumbra acolhe a escuridão
Aguardo no meu divã a encantadora
Aos poucos vou desfalecendo em ti
Como ervas aromáticas são os seus cabelos
Vão me dopando fico alucinado
Diante de tanta perfeição e beleza
Que vai me levando ao transitório
Retrocedo a tempos maravilhosos
Mergulho na profundidade da alma
Convertendo-me a religião do sacro amor
Aliança feita no ato de amar
Reafirmando a minha identidade
Com a sua sensibilidade despertada
Capaz de extrair o que há de melhor
Com seus arrulhos vai me levando ao sono
Sabes que já tomastes conta do meu gostar
Proporcionando-me estabilidade emocional
Chagastes toda faceira  abrindo o sorriso
As palavras saem suave e compassadas
 Estremeci de satisfação de estar contigo
Meu primor minha pepita de diamante
Tranquilidade para a minha inquietação
Fica despida diante dos meus olhos
Se mostra como você é de verdade
Sua pele aveludada tocando a minha
Terapia perfeita para curar as chagas
Aberta pela dores do amor

Osvaldo Teles

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