Guardado na cachola

Saudades do tempo de outrora
Cores, aromas, sabores e som
Guardado na cachola
É a chave abrindo a caixinha
Das recordações, trazendo lembranças
De uma era que vivi
Deixando-me preso as minhas origens
Lágrimas de tristeza não irão rolar
Só deixarei jorrar o que de bom aconteceu
Não reclamo dos acontecimentos
Que a vida colocou no decorrer
Da minha existência
Os bons me trazem conforto para alma
Os ruins proporcionou-me aprendizados
Sendo o combustível da lida diária
Para o crescimento espiritual
Lindo se torna o viver quando se aprende
Que viver é uma dádiva divina
E que não posso fugir da minha história
E o que levarei na memória servirá
Para da coragem para enfrentar
As dificuldades de frente no decorrer da vida
A família, os amigos e o amor são alento
Dos momentos difíceis da vida

Osvaldo Teles

A minha libertinagem

A minha libertinagem foi acendida
Dominando os comandos do cérebro
Ardiloso é o pensamento
Que só pensa em te ter
Respondendo as minhas carências de ti
Te abri a minha porta, para o meu interior
Não transforma sorriso em lágrimas
Rega o coração que te ama
Com gotas de felicidades
Usa a sua doçura para abrandar
A sofreguidão, sopra as brumas
Com a suavidade de tua áurea
Amenizandor do algoz
Os dias vão alimentando o meu ego
Não sei que fiz para andar nas nuvens
É o que teu ser me proporciona
Revela-me os seus segredos do seu amar
Deixa no  meu peito esta alegria
De te ter ao meu lado me amando
Não busco explicações das coisas
Simplesmente aconteceu, o destino
Vai se encarregar  de fazer o seu papel
Centralizando os meus desejos em você
Leva contigo os meus devaneios
Só deixa o que de bom aconteceu
Na serei escravo do meu passado
Só quero viver o presente
O futuro não sei o que pode acontecer
Estar longe das minhas vistas
A expectativa de possuir-te
Desencadeou a chama da paixão
Transbordando sentimentos cristalinos
Fazendo botar para fora as fantasias

Osvaldo Teles

Razão do nosso viver

Reli a carta que me mandaste
Sentindo o cheiro, do seu perfume
E com lágrimas nos olhos
Sentindo as palavras
Que proferiam doces e ternas
Frases de amor eterno
Tu és o grande amor, da minha vida
Vou te levar sempre no coração
Belas mensagens de amanhecer
Ao entardecer ficavas ansiosa
Por minha chegada, o cheiro
Do café espalhado pela casa
A cama com os Lençóis, bem estirados
A garrafa de champanhe no gelo
Cacho de uvas na bandeja
O som das suas passadas
Eu ficava a espera
A janela entreaberta
O vento assovia invadindo
Deixando o clima ameno
Colocava o disco, na vitrola para tocar
Um clima erótico dominava o quarto
Com as suas fantasias na cabeça
Com suas vestes eróticas adentra
O seu aroma invadia a minha alma
Seduzidos os corpos se tocam
Em uma volúpia, busquei os seus lábios
Teus seios tocou o meu peito
Em uma sincronização o movimentos
Ganham ritmo, o prazer é só
Questão dos toques calientes
Neste momento não sei
O que mais importa
O meu querer ou o seu
Com o seu corpo em meus braços
E a sua boca correndo, pelo meu corpo
É a passagem do real para os sonhos
Não sei  em que momento, deixei a porta
Da minha alma aberta
Para que você, assumisse o espaço
Vazio do meu coração, deixando o amor
Assumir todas as ações,
Tornando-se a razão do nosso viver

Osvaldo Teles

Destino

Hoje eu pedi ao destino
Para que ele me desse
Direcionamento para que
Eu possa entender os seus
Desígnios, entendendo o meu viver
E qual é a minha missão na terra
Desviando vou dos obstáculos
Colocado no decorrer da jornada
Os cascalhos da estrada
Machucaram os pés, as dúvidas
Desnorteavam a bússola interior
Desorientado o caminhar
Um flashback passa pela cabeça
De toda experiência adquirida
Durante a  estadia na terra
O amadurecimento foi necessário
Transformando uma criança
Em um adulto ímpio
Sempre escondi os meus medos
De baixo dos lençóis
Os traumas despertavam as frustrações
Destino não desiste de mim
Devolve a minha capacidade
De sonhar, perdida no decorrer da vida
Faz-me encontrar o rumo
Coloca a esperança nos trilhos
Recolocando o amor no vagão
Aumentando a Paixão pela vida

Osvaldo Teles

Foi a noite a culpada

Foi a noite a culpada
Ela me prendeu aos seus encantos
Convidando-nos para uma entrega
Nos envolvendo em seus mistérios
Fazendo da escuridão o passaporte
Para o meu coração
Libertando uma alma da solidão
Fervendo o sangue, a pele entra
Em erupção, sou aquele ser
Que vivia sonhando, na tentativa
De transformar a vida em um sonho
Deixando-me enternecido
Com a beleza do seu interior
Fazendo-nos irmos além
Revelando o segredo das paixões
Sinto uma calma tomando conta
De toda a propriedade do meu ser
Alterando a sina da magnificência
Um concerto harmônico
Todos os órgãos trabalham em perfeita
Harmonia, estamos dançando
No mesmo compasso
Como músicas são as palavras soltas
Embriagado com belos madrigais
Fazendo das madrugadas mais amenas
E tornando o encontro dos corpos
Uma união harmonioso

Osvaldo Teles

Porões de Brasilia

Abri todas as passagens
Deixando passar toda
Podridão que corri
Nos porões de Brasília
Onde a hipocrisia
Anda a passos largos
Ratos roendo as riquezas alheias
Abutres em cima da carniça
Uma sociedade que cria regras
E usam a carta magna
Para limpar os fundilhos
Ordem e progresso
Progresso para poucos
E sob emprego para muitos
Abrindo um abismo entre clases
Políticos corruptos deixando
A poluição a própria sorte
Brasil um sonho intenso
Corjas de corruptos
Em nome de minha mãe, esposas e filhos
Deveria ser em nome do meu país
Cada dia que passa os corrais
São perpetuado e cada um
Só pensam no seu  próprio umbigo
Esquecem do bem estar da população

Osvaldo Teles

Despertei do sonho

Despertei, do sonho que sonhei
Novas histórias serão vividas
As dívidas corroem a alma
A verdade não é absoluta
Tive de engolir garganta a baixo
Coisas que não condizente
Com o meu pensamento
Gostaria de abrir o verbo
E botar tudo para fora
Quebrando toda formalidade
Autenticidade guiará continuamente
Todas as minhas atividades
Encontrando na tua cumplicidade
O verdadeiro sentido do verbo amar
Fazendo o anoitecer o tempo
Perfeito para voltar sonhar
As estrelas como testemunhas
Deste lindo afeto, toques cristalizando
O amor, no nosso cantinho do amar
Lugar encantador para dispersar a solidão
E no mesmo movimento toca no céu

Osvaldo Teles

Alça voo

Muitas vezes fico no meu canto
Com a saudade Corroendo o peito
Com as ideias distantes
A inércia toma conta do corpo
E o pensamento ganha asas
As nuvens é o limite
A minha águia interior alça voo
Sem controle sair a voar
Imponente corto o céu
Pegando carona na cauda do vento
Lá do alto pairo perdido
Em um labirinto de questionamentos
Onde as respostas não chegam
Os pontos cardeais somem
Fico desorientado
Sem saber que direção seguir
Captando as suas ondas magnéticas
Vai conduzindo-me as coisas intrínsecas
Ao meu ser, alimentando o sonhar
De lá de cima te avistar
Seguirei as luzes dos teus olhos
As tuas mãos são as setas guiando-me
Pelas constelações de estrelas
Sobrevoando o teu mundo
Vejo uma luz no final do túnel
O ar rarefeito sopra a meu favor
Sem mudar a direção vou pousando
Lentamente no campo da paz interior
Restabelecendo o elo entre
Criatura e o criador
Devolvendo a tranquilidade
A um coração sofredor
Descobrindo que simplesmente te amo
E quero viver eternamente este amor
Simples assim quero voar com você

Osvaldo Teles

Preparastes o nincho

Peguei uma rosa no jardim alheio
Fui sentindo o seu perfume
Até chegar a ti
Quando cheguei, já estava
Com as taças nas mãos
Um vinho doce e suave
Degustamos entre beijos e carícias
Preparastes o nosso nincho
As seteiras entre abertas
Uma chuva de prata
Cobria os nossos corpos
Os nossos suspiros
Quebravam o som inexistente
Liberando toda testosterona
Se misturando com o hormônio do amor
Destes instantes de prazer
Fazendo cair gotas de felicidades
Só o que nos importa é o que está
Aqui dentro, estáticos ficam
Dois seres enamorados
No seu corpinho, já com as marcas
Do tempo
Vou dedilhando, tirando a cada dedilhada
O som que tiro, são os seus gemidos
Ao som do seus gemidos saiu rodopiando
Ganhamos a leveza dos albatrozes
Afinados saímos cantando e dançando
Na pista da vida, cada toque em seu corpo
Uma nova emoção, vai sendo demostrado
Em nossas expressões faciais.

Osvaldo Teles

Ver o além

Ver o além do que está aparente
Buscando sua própria  verdade
Visão ampla da sua realidade
Travando uma batalha com seu eu
A indecisão assume o controle
Da situação, trazendo os conflitos
Existentes, questionamentos do porque
Dos propósitos dos acontecimentos
Posto em nossas vidas, onde estão
As respostas, o peito parece
Que vai explodir, vem as decepções
Em forma de lágrimas, purificando a alma
Uma guerra existencial me domina
Uma inquietação toma conta
Deslocando todo equilíbrio do ser
Servindo como ensinamento
Muitas vezes fiquei em uma encruzilhada
Sem saber qual direção a ser seguida
Tento colocar o trem da vida nos trilhos
Mais os solavancos deixam desorientado
Puxo o freio, mas o controle não está
Em minhas mãos, fica solto o leme
Vou assumir a direção do meu vagão
Não vou deixar nada mudar a direção
Seguirei o meu rumo e serei o responsável
Pela as minhas ações, dono das decisões
Muitas pessoas serão passageiros e outras
Me acompanharão por toda a eternidade

Osvaldo Teles

A carta

Salvador 21/04/2016

Venho através deste carta, por estas maus traçadas linhas, para saber dos seus dias e dizer que te amo e não posso viver sem você e não posso mais passar um dia  sem te ter, és o ar que purifica o meu pulmão e as flores que ornamenta o meu jardim, quando será que, terei o prazer de te acolher nos meus braços.
Em uma junção harmoniosa entre dos corpos que se ama e se desejam ardentemente.Gostaria de saber também se é este mesmo sentimento que sente por mim, quero dizer-te que destes outro sentido a minha vida ,muitas vezes fico noite a dentro a procura de respostas, que chegam a me tirar o sono, se pensastes que eu estava querendo uma noite apenas, sempre quis um amor para a vida toda, mas me esqueci que os sentimentos morrem, e no lugar deles vem os defeitos, ficando aparente, os dentes que ficavam no quarador, hoje eles ficam escondidos juntos com eles o sorriso  abafado, nos olhos a tristeza estampa, visualiso o meu entorno e não vislumbro no momento solução para os desafetos.
Por fim gostaria que soubesse que o amor mora em mim e pertence a você e por onde andarmos os nossos laços estarão sempre atados de uma forma fácil de desfazer e se achares que está presa,  ganharás a liberdade  e voaras para aonde quiseres,vai doer bastante, mais o senhor o tempo se encarregará de curar todas as feridas e chegará a hora do recomeço, tudo sera restaurado, teremos o direito de recomeçar.

Assinado Osvaldo Teles

Ideias perdidas

Sequestrastes o meu pensamento
Ideais perdidas, olhar distante
Em busca daquele que fui um dia
Já não é possível, as transformações
Foram muito grandes, aprendi nas pontas
Dos seus dedos, lições para vida toda
Abrindo uma lacuna em mim
Todas as minhas convicções
Foram para o chão
Vão ficar só as lembranças
Daquilo que pensei um dia
Nunca fui uma metamorfose ambulante
As ideias fixas permeavam
A minha existência
Nunca fui de desistir, dos meus sonhos
Sempre quis traçar a minha trilha
Sonaras passadas deixei pelas estradas
Nem sempre cochir as flores que plantei
Das rosas só ficaram os espinhos
Mais fica a lição, serviu para enfeitar
A vida de alguém, temos que abrir mão
De alguns sonhos para que outros
Nasça mais fortes e frondosos
Em seu lugar, não podemos
Ter tudo que almejamos
Sou servo do amor
Minha alma escrava da paixão
Sou semeador de ilusões
Procurando o sentido do viver
E as respostas contidas nesta vida
Querendo preencher o espaço
Da lacuna que ficou vazia

Osvaldo Teles

Um ser sonhador

Muita emoção para
Um ser sonhador
É como estivesse sendo
Acalentando as frustrações
Ressuscitando um corpo maribundo
Expulsando a melancolia, do coração
Não sou menino, mais quero colo
Para não sair de mim o desejo
De  possuir o seu ardente beijo
Queimando a minha pele
Os toques deixam o corpo  dormente
A dormência deixa o corpo flutuar
Despejo tudo que há de ruim
Trouxestes brilho, para os meus olhos
Sabes o que é felicidade
É o que sinto neste momento
Quando sua nudez ė revelada a mim
Em curvaturas perfeitas
E traços harmoniosos
A tua presença anima as minhas forças
Viestes abrilhantar uma vida
Dando brilho a um rosto tristonho
E tranquilidade a um coração
Vou apagando lentamente
Extraordinariamente realizado
A pureza do amor irradia beleza do ser
Servindo como embelezador da alma
Não me importo, com a beleza do céu
Nem com as das estrelas, a lua fica
Pequena, diante da sua grandeza

Osvaldo Teles

És a dona

És a dona do meu pensar
Cheio de ti, deslizo pela vida
Desligado do planeta terra
No planeta sonho aterrizo
O castelo das fantasias foi erguido
O portal dos pesadelos foi fechado
Abrindo a possibilidade de momentos
Felizes contigo, minha fada rainha
Vou valorizando cada segundo
Que passo com você
O nosso círculo é curto
Já nascemos com, o nosso prazo definido
Por isto não vou perder, tempo com brigas
Entre minhas carências, és o pedaço
Que me completa, confundo-te
Com  uma deusa do prazer
A cama é a porta trimendisional
Transportando para  outro plano
Em que plano vamos nos encontrar
De fato, a tendência é no terreno
Fazendo buscar o celestial
Coeso estarão os nossos afetos
Bailando no palco das ilusões

Osvaldo Teles

Toque afetuoso

Suspirastes com os meus beijos
Trêmula ficastes, com o meu
Toque afetuoso
Sinto a matéria esvanecer
Em teu ser amoroso
Enternecido fico eu apaixonado
Ébrio me deixam as notas musicais
A sua casa chamada coração
Palpita de tanta adrenalina
Pura fica a carcaça
A alma alçou voo, vai longe
A procura de emoções
Já não pertenço ao meu mundo
Fui abduzido para o seu
Sei que o impossível, tornou-se
Acessível, vindo lentamente
Ao meu encontro, o teu ser.
Abrindo-me os teus braços
Estradas pecorri, mares naveguei
Quantas vezes os olhos
Ganharam o céu, querendo
Este abraço confortador
Dizendo que todo o meu,
Ser está a querer-te
O instinto foi desencadeado
Já não penso, só quero viver
Cada instante com tada intensidade
Não vou deixar para amanhã
O que posso aproveitar agora

Osvaldo Teles

Viagem transcendental

Fecho os olhos em uma viagem
Transcendental encontro
A sua imagem, como cuitelinho
Pairo no seu espaço, em baile frenético
Suavemente pouso sobre ti,és o meu
Encanto natural,um sonho real
No seu chamego faz, gemer uma alma
Arrepios correm pela espinha dorsal
O cérebro já não domina os estímulos
Só em imaginar o seu sentir, confiante
Fico na capacidade do meu amar
Um mix de sensações nos domina
Dominando todas ações dos corpos
Aumentando os batimentos cardíacos
Um arrebatamento intenso me conduz
A um momento de amor profundo
Na profundidade de tuas palavras
Contagiando-me, com tanta benevolência
De uma criatura querendo ser amada

Osvaldo Teles

Pé na estrada

Botei o pé na estrada

Saudades ficaram

Não vou brincar com o destino

Os amores que levei no peito

Alguns guardo nas lembranças

Outros foram esquecidos

As ideias foram miscigenada

Com a fadiga da viagem

Nas sombras que encontrei

Aproveitei para repousar

E juntar os cacos de um ser

Que muitas vezes ficou em frangalhos

Os sonhos serão modificados na viagem

Chegarei o mesmo, nada vai mudar

O foco, deixei para trás tudo

Que me fez mal, e vai acalentando

E alimentando o espírito tuto

Que me fez bem

Não deixando morrer as fantasias

E fantasiando vou levando os dias

Para não perder de vista os objetivos

Traçados durante o início da partida

Sonhos serão modificados na viagem

Osvaldo Teles

Bons ventos

Como uma tempestade chagastes
Mexendo com as estruturas
Ventania de inverno, tormenta
Viestes como um ciclone
Abalando e deixando um rastro
De destruição pelo caminho
Ventos, ventania sopra para longe
Esta solidão, ameniza  a inquietação
Desta alma, que só quer paz e amor
Eternizado no teu bem querer
Tirando toda aspereza de um ser
Introjetando  porção homeopática
A paciência como fórmula para vencer
Formatando toda essência do espírito
Trazendo a calma e paz da brisa
Que as tuas carícias me transmite
Raios e trovões saem deste encontro
Tranquilizando as atribulações do coração
A impetuosidade foi controlada
Soprando os bons ventos trouxe-me você

Osvaldo Teles

Corações bons

Nunca fui adepto da teoria do caos
Nunca achei que o mundo
Estivesse perdido, existem muitos
Corações bons, semeando coisas boas
Os homens ainda não perderam
A sensibilidade de se enternecer
Com os cantos dos pássaros
E não perderam a capacidade de amar
Quando ver o sorriso sincero
De uma criança, a beleza do mar
No resplandecer do sol, a cada manhã
No esplendor da estrela d’Alva
Anunciando o anoitecer, mostrando
Como é belo os seus luzeiros
Não perco as esperanças
Que viver, nunca vai perder o encanto
E por aí vou semeando poesia
Falando do amor como o remédio
Para curar os males do mundo
Porque liberta o ódio do homem
O quanto é lindo um casal apaixonado
Fazendo o romance das flores
Embelezando as vidas
Dos seres envolvidos
E a certeza que temos um Deus
Nós guiando por caminhos tortuosos

Osvaldo Teles

É vida que segue

É vida que segue

Como as águas correntes

Que não regressão

Ao seu ponto de origem

Dores que passam

Deixando as suas marcas

As benéficas, as vezes maltrata

E nos tornamos infelizes

Eu adoro a minha imperfeição

É o que me torna diferente

No desencontro as frustrações

No encontro o peito explode

De tanta alegria

E no contra ponto nos encontramos

E nas diferenças e nos opostos

A felicidade completa

O mais importante é o que se viveu

Quanto mais vivemos, percebemos

O quanto viver é maravilhoso

É isto que dá motivação a vida

São as possibilidades

Tudo não passa de mera

Coincidência que  a vida

Coloca em nossas frente

A felicidade é como a chegada

Ao final da estrada

E encontrar uma fonte de águas

Cristalinas para matar a sede

Osvaldo Teles

Sacrossanto

Anseio carear a sua face
Vendo a claridade de sua áurea
Sentido contrário ao mundano
Referencio a sua santidade
Coloquei-te em uma redoma
Querendo proteger o divino
Com laços de fitas amarrastes
O nossos destinos, desatinando
A sana consciência, libertinagem
Cara a cara com pecado, desobediência
As regras do coração, saracoteio
Sobre a sorte, enganando os fatos
Quebrando os limites do querer
Frente a frente ficamos, colocamos
Os pés na mesma direção
A inércia foi quebrada e juntos
Vamos em busca do homem santo
Vale a penas a procura
Achando o  motivo para viver
Vivendo intensamente o sacrossanto
Libertando o nó que lhe prende
Nas juras feita no sagrado quarto
A morada eterna do amor

Osvaldo Teles

Fragmentos

Busco fragmentos soltos no espaço

Para reconstituir um coração dilacerado

Afundo-me no meu paraíso utópico

Camuflados ficam os devaneios de criança

Deixando aparente os sonhos do adulto

Nunca busquei a perfeição

Atrelei o ter com o ser

Nas dificuldades sempre quis aprender

Tirando lições para uma vida inteira

Dando disposição na longa distância

A percorrer, tornando a cruz mais leve

Muitos tentaram me acompanhar

Só os verdadeiros amigos chegaram

Muitas mãos foram estendidas

Poucas me deram segurança

A minha essência vai continuar comigo

Da minha alma transborda toda veracidade

Que há no meu interior

Sentimentos e emoções

Sempre quis ser eu mesmo

Os traumas ficaram no divã da vida

As enfermidades o tempo, o senhor

De todas as coisas, se encarregou de curar

Osvaldo Teles

O som das águas

O som das águas batendo na área
Os barcos dançam ao som da melodia
As ondas quebrando nas pedras
Fazendo as espumas voarem
Com elas vai o imaginário
O cérebro capta a bela imagem
Margeando a beleza do céu
Confundindo-se com o horizonte
Onde o incio e o fim se encontram
A menina dos olhos de Deus
Ele ornou com brumas e estrelas
E águas cristalinas e refrescantes
Uma água de coco para refrescar a alma
A brisa tocando no rosto
Abrandando a temperatura do corpo
Toda turbulência de uma vida
Tranquilizado em frações de minutos
Trazendo de volta o sonho e a fé
De longe avisto uma linha, ligando-me
Ao ser supremo e as suas maravilhas
A-mar me fizestes, admirar
Todo encanto do seu canto

Osvaldo Teles

Jaz

Aqui no peito jaz um coração maribundo
Pedindo a extrema unção
Lá fora jorra chuva de felicidade
Transbordando turbilhões de emoções
Removendo sequelas do sofrimento
Na face que foi esculpido traços tristes
As gelhas tomavam conta do rosto
O rejuvenescedor facial foi aplicado
Retirando as linhas do envelhecimento
Que precocemente dominava uma alma
Os afagos abrandavam o  ego
Transparecendo  o brilho no olhar
Deixando fluir toda calma e erotismo
Com a sua sensibilidade aflorada
Vai buscar a sua amada
Dando outra conotação ao viver
Um ser tristonho, esbanjando alegria
O iluminado ressurgiu das cinzas
A sua luz resplandecia na sua áurea
No amanhecer saboreava um doce viver
Tudo mudou o coração agora é seu

Osvaldo Teles

Visceral desejo

Os corpos nus jagados
Ardem as almas pecadoras
Fazendo queimar como brasa
Mentes condicionadas a amar
Abrandando o ímpeto da carne
Esta mistura de mundano e celestial
Deixa as idéias confusas
O anjo deixa-se suplantar
A porção humana lhe envolve
Visceral desejo nos consome
Silenciando o badalar dos sinos
As trombetas dos anjos emudecem
Diante de um ato puro e angelical
Um rio de água viva lava a alma
Inunda o nosso ser de prazer
Sincronizando e harmonizando os desejos
Perfeita comunhão entre dois
Corpos que se amam e se desejam
Interligando o sacro e o profano
É o mais nobre dos sentimento
Fazendo a sua parte

Osvaldo Teles

Pensamento distante

Por onde andas meu bem
Porque a demora, não aguento esperar
A ansiedade está a me matar
A maldita da saudade, me deixa mal
Deixando-me desolado
Com a sua ausência
Pensamento distante
Perdido na linha do horizonte
Os olhos não saem da estrada
Não vejo a hora da tua chegada
O som das suas passadas
Denuncia a sua entrada
Carente me entrego por inteiro
O seu beijo emudece a minha voz
Busco palavras para te receber
Conduzindo-me com os teus toques
A música já toma conta do ambiente
Como uma dançarina te pego
Suavemente desliza pelos
Meus braços
Com toda a sua maciez
Como pena flutua, com volúpia
Sai dançando um coração
A doçura de sua voz, me leva a loucura
Irresistível as tuas mãos me dominam
Este sentimento chamado de paixão
Deixa o corpo em estado de latência
Com aquele abraço apertado adormeço

Osvaldo Teles

Feitiço do amar

Vais aos poucos tirando
As vestes da minha alma
Deixando-a transparente
Perante ti
Tirastes a venda dos meus olhos
Fazendo-te conhecer o meu sentir
Abrindo o recipiente interior
Derramando todo o feitiço do amar
Transbordando o prelúdio da satisfação
Jorrando todos os sentimentos e emoções
A fórmula do bem viver foi elaborada
Dotando um ser de antidoto
Contra a solidão e o sofrimento
Operando milagres no cotidiano
A transparência me mostra como sou
A ingenuidade transpõe o limite
Do amadurecimento
A brisa acaricia a pele,os pelos se arrepiam
Os poros se dilatam, delatando
A necessidade que tenho de ti
Pelo caminho vou entoando a canção
Que fala de encontro
Alimentando o coração de esperança
Que este querer não tenha fim

Osvaldo Teles

Ressuscitando sonhos

O silêncio maltrata
É cortante como navalha
O peito parece que vai explodir
O melhor é aprender
Com os próprios erros
Não tenho pressa dos acontecimentos
É por isto que vou levando a vida
Bem devagarinho
A pressa não deixou-me degustar
Os sabores colocados em minha vida
Apreciar a beleza das flores
Não deixando me embriagar
Com o seu perfume
No corre corre não percebi
O tempo passar e com ele
A possibilidade de ser feliz
O medo de me aventurar
Fez-me perder o melhor da vida
Olhei para trás e vi a sombra
Do que eu queria ser
Voltei o olhar para frente
Vislumbrei as possibilidades
De resgatar o menino
Que um dia deixei para traz
Ressuscitei os sonhos
Que estavam enterrados
Renascendo um novo homem

Osvaldo Teles

Amor visível

Tento arrancar no mais profundo
Do ser, toda força
Tirando da profundidade do ser
Toda energia vital, necessária
Para alimentar o espírito
Quebrando paradigma de dominação
Quero você livre, para sentir
O sopro do vento do amor
Tocando a sua face
Esculpindo nos seus lábios
Aquele sorriso maravilhoso
Venha triste para os meus braços
E sairás cantando canções
O amor invisível ficou transparente
Se revelando na espontaneidade
Da querência de tua alma
Gostaria de usar o dom  poetico
Para descrever em poesia
As maravilhas que proporcionou-me
Fostes o cicatrizante de todas as feridas

Osvaldo Teles

Deixa livre

Suave contato deixa livre
Vais ao céu o meu pensamento
Quando o meu ser roça o teu
A temperatura aumenta, sangue ferve
Um gemido acaba com o silêncio
O grito contido ecoa no espaço
A massa inerte ganha movimentos
As mãos entrelaçadas ditam o ritmo
Doando asas a uma alma, para voar
Vai a procura de outra para amar
Dando motivação, denotando a vida
Tudo que foi pensado não tem sentido
A realidade é uma só, duas criaturas
Compartilhando os mesmos motivos
A individualidade sendo substituída
Pela cumplicidade e a união
A casualidade nos aproximou
O sentimento nobre nos tornou amantes
Ardiloso foi o destino
Desatinando um coração apaixonado
Fazendo da entrega uma ato de amor

Osvaldo Teles

Falar de amor

Dei carta de alforria ao meu coração
Não sou escravo do amor
Gostaria de escrever
Este poeminha para falar do amor
Falando das benesses
Que faz para o corpo
Canalizando paz para alma
Tirando a solidão de cena
Aquele ser que caminhava só
Encontrou uma companheira
Para trilharem juntos
Fechando os olhos
Para as coisas  do mundo
Silenciando para não proferir
Palavras que podem machucar
A sua dor corta-me como navalha
As sua lágrimas irrigam a minha
A minha falta de alegria
Na vivência aprendi que amar
É aceitar o outro do jeito que ele é

Osvaldo Teles

As dores sentidas

As dores sentidas do decorrer da vida
Os empecilhos atrapalharam
A caminhada, o que vivi
Ou deixei  de viver
Ficou para traz
Madrugada traiçoeira
Até o sono  levastes
Roubastes os prazeres da noite
O silêncio sequestrou
O meu pensamento
Metaforicamente falando
Levastes o riso bobo
Deixastes a tristeza no lugar
E o coração partido
O poeta fez a viagem
Buscando as realizações
Dos seus projetos de vida
Sentindo na pele as frustrações
Hoje busquei inspiração
Para falar de amor
Falar de recomeço e de reencontro
E de reconciliação com a vida

Osvaldo Teles

O candeeiro apaga

O candeeiro apaga
O seu último fio de luz
Tateio na escuridão
Querendo o seu chamego
Chamei a deusa vénus
O ingrediente do amor
Deito-me ao seu lado
As ideias ficam perdidas
Perdido na noite
A tensão me tira o sono - que corre de mim
O grito preso na garganta,
Não posso soltá-lo
Uma miragem surge
Em minha frente
O seu aroma impregnado
Nas minhas narinas
Pela frestas nas telhas
As estrelas se mostram
Mostrando a sua luminosidade
Na vidraça a lua emoldurada
Seria um cenário perfeito

Osvaldo Teles

Uma janela

Uma janela foi aberta
Para o céu
Quando fitei os teus olhos
Não estou mais aqui
Já bati as asas, estou bem distante
O ser paira sobre o seu mundo
Muda o rumo de teu vôo
Não iremos dispersar nossos objetivos
Vamos alçar voo na mesma direção
Tudo em nosso redor se tornará lúdico
Sentiremos o prazer
De fazermos a viagem juntos
Tocando o infinito do seu âmago
A passagem para outra dimensão
Espantando a danada da solidão
O seu sorriso é a chave
Para deleitar-me  em seu corpo
Bebendo o elixir contra a dor
Bota velocidade nas tuas passadas
Traz todo amor que contém em ti
Faz do teu peito a minha morada
Te prometo que ficará adornado
Com a minha chegada
Iremos fazer de cada dia
Um novo acontecimento
Os melhores das nossas vidas

Osvaldo Teles

Apenas te desejo

Apenas te desejo
Não sei qual o laço me espera
Não conheço a tua face
Nem a fragrância do seu perfume
As vezes sinto
Como estivesse ao meu lado
Uma sensação de bem estar
Toma conta do meu ser
São coisas inexplicável
Que acontece na vida
Fico a me perguntar porque
Você apareceu no meu caminho
Não pensei em nada aconteceu
Estou em uma encruzilhada
Sem saber que rumo tomar

Osvaldo Teles

Sua nudez

É noite de lua cheia
O lobo ruge dentro de mim
Os meus pensamentos
Pecaminosos corroem-me
Olho através das suas vestes
E vejo a sua nudez
Despindo a minha castidade
Entrelaçando as almas
Feroz o lobo te ataca
Presa nas suas garras
Indefesa se entrega
Fugaz a fêmea assume
O controle da situação
Entre toques e afagos
A matéria entra no clima
A dança das línguas
Da a temperatura ao instante
As palavras se perderam ao vento
São pronunciadas compassadamente
Servindo de estimulante
Para os músculos
Melodia aos ouvidos
Dando o tom e o ritmo
Nesta harmonia os corpos se completa

Osvaldo Teles

A viagem ao centro do eu

Vou em busca
Da sombra daquele
Que fui um dia
A viagem ao centro do eu
É inevitável
Na procura de mim mesmo
Os conflitos de minhas querências
E a ansiedade pelas conquistas
Fizeram de mim um obstinado
Perdido em lamúrias
Não sei em que instante
Perdi o contato com meu ser criança
Vejo na face os traços do tempo
Corroendo as minhas energias
Na transparência da vidraça
Não consigo ver a minha imagem
Só o vulto do que fui um dia
Sonhos esquecido em algum
Lugar do subconsciente
Alguns vividos  outros adormecidos
A inconstância do mundo real
Faz da realidade um pesadelo
Reacendendo o sonhar de menino

Osvaldo Teles

Desejei um dia

Desejei um dia, meu encanto
Encontrei a fada encantada
Com a sua varinha de condão
Vai desviando a minha sina
Tornando o imaculado, impuro
Juntando os elos
Do sagrado e profano
Dando a dimensão das consequências
Da permanecia de ti em mim
Querendo sentir tudo
Que for permissivo
Ecoa na minha mente
As suas palavras sussurradas
Em uma noite de amor e cumplicidade
Ainda sinto na carne os efeitos
Dos teus carinhos na minha alma

Osvaldo Teles