quinta-feira, 31 de agosto de 2017

Nasci brigando

Nasci brigando com a morte
Desvencilhei-me de sua ciladas
Fiquei atento as suas astúcias
Deixando a margem o seu veneno

Cada rasteira que ela me dava
Eu focava nos meus motivos
Sou um sobrevivente do destino
Sobrevive às suas artimanhas

Porém tenho certeza que um dia
Nos encontraremos em qualquer esquina
Podendo sentir a fragilidade da vida
Que vivemos por um fio

Em cada curva lá tinha uma isca
Pronta para me fisgar, vícios
Usava vários disfarce, luxúria
Consumindo as minhas forças

Já nasci com uma certeza
Que tudo na vida é passageiro
Eternidade só quando a alma
Abandona a matéria

Quando o sepulcro se fecha
Tornamos todos iguais
Nada que foi construído será levado
Só fica a doce lembrança do que fomos

Osvaldo Teles

quarta-feira, 30 de agosto de 2017

Quando despertei

Quando despertei procurei o seu calor
Porém um lado da cama estava vazia
A saudade gritante tomava conta de mim
As baladas românticas me entristecem
As lembranças das noites me perseguem
O sabor do seu batom ainda está na boca
As marcas de suas unhas cravadas no peito
Na borda da taça seus lábios desenhados
Nos seus olhos a expressão de aceitação
Esboçando no rosto a linhas dos enlaces
No peito um coração bate acelerado
Buscado o compasso de sua melodia
Desalinhavando os remendos da vida
Preenchendo as lacunas existentes
Delimitando o sofrer ou ser feliz
Será apenas uma questão de ponto de vista
Na avidez do seu olhar sinto-me consumido
Extático fixo em uma coisa tão bela
Excelência em curvaturas perfeitas
Quando o portal se abriu lá estava a negra
Deusa em forma de mulher a minha espera
Os meios justificam os fins para tê-la
Acordando de novo as ilusões adormecidas

Osvaldo Teles

terça-feira, 29 de agosto de 2017

Uma linda mulher

Uma linda mulher se revelou
Tirando a película que lhe envolvia
A menina angelical se transformou
Mudanças ocorreram na sua áurea
O véu de santa foi retirado da cabeça
A passagem para a câmara foi aberta
Para ser ocupado por duas almas gêmeas
Os segredos mais secretos será revelado
Tenras as mãos vão acariciando os corpos
Libertam as minhas imaginações, lberto
Já não sou prisioneiro de mim, bato asas
Um ser alado cruza o portal  da imaginação
Deparo-me com um jardim florido
Nos canteiros rosas exalam seus aromas
Vigio o vento para sentir o seu perfume
 Sigo as sua correntes para chegar
A rosa dos ventos orienta-me até você
Quisera deixar-me ser levada pelo sopro
Posando em seus braços um ser exaurido
Depois de iludir o destino para está contigo

Osvaldo Teles

domingo, 27 de agosto de 2017

Odes ao Amor

Entoei ao pé da janela da amada
Lindos e melodiosos odes ao amor
Nos mistérios da madrugada revela-se
Trazendo consigo toda mágica no olhar

Seduzido fico diante do seu brilho
A sublimação vem até a mim estonteante
O sereno sobre a minha cabeça
A carne tremia de tanta expectativa

O corpo lhe procurava para ser aquecido
As estrelas se ofusca perante a sua beleza
A lua se esconde dando o lugar ao sol
Radiante ele desponta lá nas alturas

Fixado eu fico na sua bela face
Conectando-me com o seu universo
Alardeando ao mundo o prazer em te ter
Nem que seja no pensamento um instante

Esperei a noite cair para ir ao seu encontro
Despojando os belos momentos contigo
Orvalhadas molhando os cabelos
A umidade sendo aquecida pelo seu calor

Os seus lábios quentes me enlouquecia
Uma taça de vinho para esquentar a derme
Trilhamos o infinito com os corpos unidos
Chegamos ao fim da noite contrito

Mãos entrelaçadas e corpos colados
Ouvindo a melodia dos seus gemidos
Tendo com taça o seu umbigo
Encontrei-me no seu caminho da felicidade

Osvaldo Teles

sexta-feira, 25 de agosto de 2017

Não vou chorar

Não vou chorar, já deixei cair a última gota
Fostes paixão que procurei, amor encontrei
Lindo misto de amor, e paixão deparei-me
Li nas entrelinhas, do livro da vida
És a perfeição, em forma humana
Traços esculturais, trás em seu corpo
Invade-me ocupando, o teu espaço
Deixando-me preso, aos seus abraços
Aprisionando o amor, em nossos corações
Ele vai agir libertando, um ser da prisão
Revitalizando, um semblante sofrido
Ficando um ser feliz, estampado na cara
Teu ser combate, a frieza da minha alma
Incandescente, torna o meu corpo
Palpitante fica, os nossos corações
É o amor correndo, nas entranhas
Levando prazer, para viver a vida
Bem vindo foram, os seus aconchegos
Fazendo-me, levitar em regozijo
Não olheis, para o eu ser leviano
Porém em te encontrei, o equilíbrio
Um novo ser, ressurgiu das cinza
Já não sou dono, da minha alma
Assumistes,o direcionamento do pensar

Osvaldo Teles

quarta-feira, 23 de agosto de 2017

Fiz questão

Fiz questão de esquecer os momentos
Apagando da memória as lembranças
Tentei de tudo para não ficar preso
Ao passado foquei-me no presente
Para não sofrer o mal do desamor
Já dei risadas quando deveria chorar
Deveras a felicidade fugiu de mim
Levastes consigo o meu sorriso
O doce viver foi ofuscado pela solidão
As mãos viviam entrelaçadas, separam-se
Os pés foram em direção opostas
Os sonhos que sonhamos juntos se desfez
Não guardo mágoa foi bom enquanto durou
A vida é sua faça com ela o que você quiser
Vejo idiotas dizendo que mata por amor
Não vou morrer por um amor que acabou
Darei a volta por cima seguirei minha vida
Não existe morte pior que a morte do sentir
Quando os sentimentos morrem
Para que continuar esta relação
Tudo na vida é passageiro até a dor
Se quiseres estar comigo estarei contigo
Se não quiseres irei seguir o meu caminho
E tu seguirás o teu sem nenhum rancor
Qualquer relação só é saudável
Quando é salutar para os dois
Já fui louco por você,acabou vou fazer o que?

Osvaldo Teles

Vale ressaltar que não reflete a minha realidade , fiz baseado nos últimos noticiários onde maridos e ex maridos tiraram a vida de suas supostas amadas.

terça-feira, 22 de agosto de 2017

Eu faria tudo de novo

Eu faria tudo de novo, para ter você
Em minha cama,no deleite do amor
Daria o melhor, para você não esquecer
Aromatizo nosso cantinho, com seu perfume
Para estas sempre, presente no espaço
Abriria a porta, carregaria no colo
Encheria de dengo,só para ver-te dengosa
Ao despertar, daria-te muitos beijinhos
Diria que sou louco, de amor por ti
Eternizaria cada, segundo vivido contigo
Não contenho, os meus impulsos
Deixo o animal aflorar, dentro de mim
A paixão guia, os meus instintos
Tirando as suas vestes, de puritana
Não tenha pudor, se entregue por inteira
Saboreando o vinho, que sai de minha boca
O aroma campestre, invadem nosso ninho
A nossa dança, sendo embalada
Pela cantoria, dos cardeais do campo
Os corpos entregam-se, sem compostura
Em festa a alma, festeja o encontro carnal

Osvaldo Teles

Vagava perdido

Vagava perdido em busca do sentido
Da minha existência neste mundo
Pairava sobre mim as incertezas
Segui trilha que  levou-me a lugar nenhum
Nas encruzilhadas vinham-me as indecisões
Prosseguir ou desistir  era questão
A massa cinzenta não funcionava
As ideias fervilhavam na cabeça
A inspiração por vezes me faltava
Corria das minhas vista a esperança
A fé sucumbiu no decorrer da estrada
Purifiquei alma com muitas lágrimas
A juventude esvaia-se, sentia na carne
Os traços do tempo nas linhas faciais
No cruzeiro que encontrei a margem
Cair de joelhos voltado para o auto
Levantando cada vez mais forte
Muitas vezes fiz a discagem direta a Deus
Querendo direção para os questionamentos
Requerendo de volta às minhas forças
Para continuar a minha caminhada
Encontrei na sombra de tuas asas energia
Para fortalecer as expectativas da chegada
Quando dei por mim já estava no final
Com as marcas tempo esculpidas no rosto
Em cada etapa vencida um ensinamento
Mostrando-me que valeu a pena prosseguir

Osvaldo Teles

sábado, 19 de agosto de 2017

Pego-te

Pego-te pelo braço e saio
Dançando um bolero de amor
Colamos rosto com rosto sentindo a vibração
Corpos colados, passos ritmados
O trovador dedilha  na viola a canção
Entrando ouvido adentro
O assobio do vento completa a melodia
Liberando todos os movimentos
As pestanas fecham-se para sentir
A harmonia das almas bailando
Semelhante ao baile das aves lá no céu
Assim é a nossa dança na cama
O espírito deixa o corpo de tanto prazer
Chegamos ao topo da cadeia das ilusões
Perdido fico no mundo fantástico do teu ser
Tuas mãos guiam-me de volta ao real
Quero estar contigo nas passarelas da vida
Sentindo a suavidade da dança dos cisnes
E a leveza e beleza das borboletas
Os girassóis fugazes balançam-se ao vento
Nós vamos seguindo as batidas do coração
O amor dando o compasso aos passos
No contraponto de nossas emoções

Osvaldo Teles

sexta-feira, 18 de agosto de 2017

Jogo de sedução

São coisas inexplicáveis,  que acontecem
Quando os olhos percebem, sua presença
O jogo de sedução começa, olhares fixos
Comunicam-se sem sair uma palavra
As mãos buscam a sua silhueta
Os seus dedos tocam a minha face
Sua boca carnuda toca os meus lábios
Admirável é a sua sensualidade
Andas desfilando como uma boneca
Sensível torna-se o meu coração
Ao sentir todo o carinho que vem de ti
Vou caindo nos teus afetuosos abraços
Agarrando-me com toda força do teu ser
Passo a ser dependente desse amor
Moça bonita só quero ser o teu homem
Trás consigo o encanto das ninfetas
Levando-me às loucuras impulsivas
Compulsivo caminho em sua direção
Quebrando as algemas do pudor
A libertinagem toma conta das ideias
O querer é um só levar-te a loucura
Libertino procuro a tua face sensível
As sensações deixa-me   extasiado
Apertando-me contra os seus peitos
Para sentir a vibração que vem do seu ser
É que a minha alma deseja é  te possuir
Acabando a carência que tenho de te ter

Osvaldo Teles

Uma grande explosão

Um grande explosão, ocorreu lá no céu
Raios de luzes espalhadas, por todo canto
Vidas brotaram na terra, por toda parte
Moldadas pelas mãos, do grande artesão
No sopro Divino, a seiva da vida correndo
Nas veias, no coração o sopro do amor
O poder da escolha, deu a cada um
Para que cada um, escreva a sua história
A terra foi contemplada, com uma beleza
Sem igual,mar,rios florestas,com seus animais
No céu Ele dependurou, milhões de estrelas
O sol e a lua, emoldurado lá no alto
Um presídio o dia, a outra a noite
O sol sendo fonte de vida, a lua encantamento
Para os poetas, e os enamorados apaixonados
Servindo de farol, para guiar os caminheiros
Ao longo das estradas, deixou os sobreiros
Fontes  cristalinas, para matar a sede
Volta e meia, Ele me carregava no colo
Para aliviar a dor, e o cansaço
Tornando uma, comunhão perfeita
Entre o sagrado, e o mundano
Criação sendo, religada ao criador
Quando o espírito, deixa a matéria
Prostrando-me, contemplativo a sua criação
Mostrando quão grande, é minha pequinês
Perante a sua, maravilhosa grandeza
Deixando a prova viva, que um Deus vive

Osvaldo Teles

quinta-feira, 17 de agosto de 2017

Quero-te meu amor

Durante o dia eu sonho acordado
Esperando chegar a noite para te ter
Quero-te meu amor a cada segundo
Deixei o quarto a meia luz
Preparei-me para o nosso encontro casual
Abre a porta de tua alma para eu entrar
Deixa a minha essência misturar com a sua
Faz a leitura dos meus sentimentos
Deixa-me calado, desvenda o meu pensar
Perceba nos olhos os meus devaneios
Decola comigo rumo ao sideral
Vamos juntos aliviar o pecado
Compaixão sentirás de um ser pecador
Pós a alma sente o ardil da carne
Desvirtuando o caminho do homem
Sarcástico o ardiloso arma sua armadilha
Só o nobre sentir quebra a maledicência
Somos o encontro do carnal e o sagrado
Carrego comigo o pecado original
Os sonhos chama a realidade para dançar
No início tudo ficou fora do compasso
Até acertarem o passo da dança
E saírem dançando pelo mundo
Em um bailar com a leveza do cisne
Fazendo as fantasias voltarem a mente
No sonhar contigo em um paraíso

Osvaldo Teles

terça-feira, 15 de agosto de 2017

Sou mais um

Sou mais um no meio da multidão
Invisível fiquei diante de tanta gente
Porque eis que passou a sombra
Da gélida  indiferença e da frieza
Sentimento torpido  que me dilacera
Cortante como navalha afiada
Queria encontrar nos braços da amada
O poder terapêutico do afeto e do amor
Para tirar da face as  minhas rugas
Arrancando o rancor do meu peito
Busquei um amigo para dar-me sustentação
Seguir em silêncio ninguém quis me ouvir
Só ouvia o som das minhas passadas
Caminhava cada um para o seu lado
Sem ter uma visão periférica do outro
A hipocrisia da sociedade era fedida
Criava regras de segregação do irmão
Tirando-me o sorriso cicatrizante
Chorei a indiferença sofrida na caminhada
Abrindo o abismo com a hipócrita  sociedade

Osvaldo Teles

segunda-feira, 14 de agosto de 2017

Sozinho me vi

Sozinho me vi em uma cama vazia
Em mim rondava um eu esvaziado
Dançava em minha cabeça a saudade
Nas constelações formam sua imagem
Na cumeeira pingavam as gotas de chuvas
Nas gélidas noites seu corpo se chegava
Em brasa os nossos corpos se transformam
Beijos quentes acendem os desejos latentes
As artimanhas o destino nos lançou
Em rota de colisão com o planeta amor
Posso sentir as sensações que me causou
No acaso eu não acredito foi obra de Deus
Só resta-me aceitar meu o desígnio
Que te amar com toda devoção
Sorriso insinuante a me cativar
Ouço a sua voz como uma canção
A solução é ficarmos diante do altar
Dois seres querendo uma alma se forma
Para a nossa união se concretizar
Felicitando-nos pelo encontro da carne
Prazeroso é adormecer em seus seios
E acordar sentindo o calor dos seus lábios
As suas mãos passeando pela minha pele
Colando vamos seguindo o compasso
Da cadência do batimento cardíaco
Era o momento de me entregar ao amor

Osvaldo Teles

Deixei para trás

Deixei para trás a minha querência
Viajei o mundo querendo encontrar o amor
Quis encontrar o meu amor verdadeiro
Tirando dos olhos os traços de tristeza
Peregrinei de tabernas em tabernas
Aventurei-me em noitadas vans
Mesmo assim a solidão perseguia-me
A culpa de ter despojado a minha pureza
Não levei a tiracolo o meu amor próprio
Às vezes não reconhecia quem eu era
Fui enganado pelas coisas fáceis
Nas esquinas ficou um pouco de mim
Nas praças derramei muitos lamentos
Afundei-me nos meus próprios desejos
Entrei no espaço vazio do meu ser
Servo tornei-me do meu querer
Perdi o sono durante as madrugadas
Parecia-me que a peregrinação foi em vão
Murmurei no silêncio as dores sofridas
Ficaram no meu cofre das lembranças
Guardei as palavras certas para lhe fala
Calado fiquei, perdi a fala diante da bela
Lindas cartas de amor ficaram na gaveta
Juntas com pétalas de rosas a perfumá-las
Tudo foi passageiro até cair na suas graças
Acalentei em seu colo as frustrações
Matando em seus lábios a minha sede
Apaziguei em teus seios o meu cansaço
Trouxe comigo o desejo de estar contigo
Descobristes no olhar a vontade de te ter

Osvaldo Teles

domingo, 13 de agosto de 2017

Enquanto as horas passam

Enquanto as horas passam
Fico vidrado nos ponteiros
E por vezes os olhos na porta
Ansioso para sentir o seu cheiro
Via os dias morrendo por trás dos morros
A lua majestoso despontava lá no céu
As estrelas eu ficava admirando
Na esperança de ver o seu belo rosto
Os pirilampos davam o jogo de cena
Ouvia os grilos cantarem em sinfonia
Do não escutava o som das suas passadas
Não aguentava a angústia da espera
Dentro de mim tudo estava bagunçado
Coração bate fora do compasso
Não me acalmo até a sua chegada
A tranquilidade fica expressa na face
Comemorativo tudo ao em torno se tornam
Fervoroso o meu corpo lhe recebe
Ao vivo e a cores  cais em meus braços
Um lindo filme começa a ser rodado
As nossas histórias fundem-se na entrega
Toda a espera será recompensada

Osvaldo Teles

sábado, 12 de agosto de 2017

A sua fórmula de amor

Peguei a sua bela imagem
Capturei a sua fórmula de amor
Vi na sua alma o feitiço da alegria
Enfeitiçado fiquei com sua formosura
Gravei no meu subconsciente
Reluzentes ficaram os meus olhos
Transparecendo todo  fulgor
Que queima as minhas entranhas
Arrepios correm pela espinha dorsal
Introduzindo a chama do amor
Fui levado ao estado de latência
Buscando em ti o equilíbrio da pulsação
Formigamento por toda minha pele
Amante tornei-me do doce querer
Em teus beijos encontrei o delicioso
Prazer de tê-la envolvida em meu enlace
Acalmando assim as minhas tensões
Coisa tão gostosa é poder possuí-la
Fazendo do seu corpo extensão do meu
Transformando as almas uma só
Intrinsecamente ligadas pela paixão

Osvaldo Teles

sexta-feira, 11 de agosto de 2017

Sei que não és perfeita

Sei que não és perfeita, és mulher
Divina são as suas curvas delineadas
Santidade deixa quando estiver no céu
Não te quero pudica, não te quero santa
Só quero que faça o seu peito meu nicho
Para guardar o nosso santo amor
Milagroso são os seus carinhos
Passei a noite entretido no seu santuário
Quando o dia amanheceu olhei para o céu
Agradeci a Deus por estar no paraíso
Tendo uma mulher maravilhosa ao meu lado
Como Adão foi conduzido ao pecado
O fruto do amor fez-me saborear
Se foi pecaminoso eu não sei
Só sei que a dama fez-me apaixonar
És a razão de um poeta apaixonado
O que em seus versos te venera
Quando chegar a noite causando
Delírio na minha imaginação
Sei que não és santa mas é por você
Que o meu coração é devota  amor

Osvaldo Teles

Quis levantar vôo

Quis levantar vôo rumo ao infinito...
Abri a envergadura pronto para bater
As minhas asas, foram cortadas
Ventos violentos a soprar contra mim
Sacolejando as minhas estruturas
Plainei pegando carona nas suas asas
Os olhos se fecham, a mente viaja
Viajando pela via láctea querendo
Encontrar-te para bater asas comigo,
Juntos e em direção ao elo perdido
Rastejei até descobrir a capacidade
De transcendência da minha mente
Intempestiva, cortei a linha limitada
Sem dar limites aos meus vôos
Chegaremos ao espaço sideral...
Sendo o amor bússola indicando a direção
Fazendo o motor propulsor! O coração
Bater no ritmo das nossas emoções
Esquecendo o ser homem e voltar
A ser menino para reviver as fantasias

Osvaldo Teles

terça-feira, 8 de agosto de 2017

Planetário dos sonhos

Pensei que ao decorrer do tempo
Perderia a minha capacidade de sonhar
Que os sonhos morreriam dentro de mim
Eles envelheceriam junto comigo
Tudo ao em torno perderia os sentidos
O meu mundo das fantasias se partiu
Alinhando com o paralelo com a ilusão
Tentei resgatar as minhas premissas
Já estava longe das minhas visão
O que tinha planejado ficou para trás
Os motivos perderam as forças
Desolado fiquei, os sonhos adormeceram
Ficaram guardado no subcontinente
O subterfúgio dos pensamentos perdidos
Tirando a veracidade dos sonhos e fantasias
O conteúdo  ficou a deriva em busca
Do que foi esquecido no tempo
A minha viagem levará as minhas energias
Busquei resgatar a lógica esquecida
A lucidez já tinha fugido das meus atos
O soneto que falava do verbo amar
Não foi conjugado de forma incorreta
O particípio do verbo sonhar, sonhei só
Fui sozinho para o planetário dos sonhos
E lá encontrei a minha porção mágica
Religando o homem com o menino

Osvaldo Teles

domingo, 6 de agosto de 2017

Estava perdido

Estava perdido nas estradas da vida
Um dia te encontrei mudando a sina
De uma alma peregrina que pelambulava
Atrás de uma alma companheira
Que pudesse compartilhar as lamúrias
Achei-te nos momentos difíceis da jornada
Resgatando a esperança que havia perdido
A sua luz clareou a minha escuridão
Caminhava errante buscando o rumo
Para as minhas passadas errantes
Acalmando a balbúrdia do meu interior
Trouxestes tranquilidade a um ser ansioso
Definindo a direção certa para meu olhar
Não via hora de chegar ao pouso certo
Para poder aproveitar a bela companhia
Apaziguar o furor em um banho refrescante
Adornando o leito com um belo enfeite
Exalando de seu corpo o cheiro das rosas
Como abelhas busco beber o seu líquido
Da sua boca escorre a lascívia bebida
Estou de novo perdido em seu mundo
Encontrando guarida em seus abraços
Ali eu estava contrito com o amor
Transcendendo nas asas da paixão

Osvaldo Teles

sábado, 5 de agosto de 2017

Sedutora

Lembrei-me do primeiro beijo, apaixonado
Daqueles de tirar o fôlego,seu jeito sedutora
Vindo a tona o sabor, dos seus lábios
Brilhantes os olhos, ficaram de emoção
Que desejei entrar, no seu íntimo
Data Vênia! Me aconchegando em seu colo
Parecia que o coração, ia sair pela boca
Eufórico o meu ser, ficou de alegria
O corpo perdeu, o seu comando
Era muita adrenalina, correndo nas veias
Sentido o intenso calor, que saia dos corpos
Comutação entre dois seres, que se querem
O toque em sua pele, ia um pouco de mim
Ficando em mim tudo,que fez-me bem
Mergulhado em um, mar de alegria
A alma, cantarolando de felicidade
Devolvendo-me, o sentido do viver
Trazendo a vida, para a minha existência
Aos meus olhos devolveu, o encantamento
Tudo que era efêmero, ganhou cadência
Encheste de amor o meu coração
Delirante despertei, em seu peito
Sentindo ainda o gosto, dos seus beijos

Osvaldo Teles

sexta-feira, 4 de agosto de 2017

Roda do Tempo

Nesta roda do tempo, eu nem existia
Já fui embrião, já fui feto sair do ventre
Límpido como a alvura, das nuvens
Com a pureza dos anjos, foi concedido
Dizem que o pecado, original acompanha-me
Na fase criança teve,  minhas interrogações
Na adolescência, as dúvidas me perseguiam
Pulei as barreiras,colocadas no caminho
Suplantei as dificuldades, mais improváveis
Cresci com as incertezas, do amanhã
A batalha pela sobrevivência, me consumia
Na correria cotidiana, nem observei a beleza
De cada período, do envelhecimento
Muitas coisas, foram-me impostas
Não pude escolher, teve que engolir
Homem a roda, do tempo me moldou
Algumas vezes, tive colar os pedaços
Hoje estou apto, à fazer as minhas escolhas
Só não me peça, para ser o que não sou
Simplesmente moldado, assim simples
Sou a soma, e a subtração do que vivi
A escola deu-me, conhecimento
A vida me concedeu, discernimento
Assim pude fazer, as minhas escolhas


Osvaldo Teles

quinta-feira, 3 de agosto de 2017

Cantei ao pé de sua janela

Cantei ao pé,de sua janela
Declamei, belos versos
Na esperança, dela despontar
Bela e preciosa, com sua camisola
Com os seus contornos desenhados
Chamei-a, de minha princesa
Minha vida, queria que fosse
Atrelada a sua, cantaríamos juntos o amor
A sua magia contaminando, com seu feitiço
Quero sentir todo, encantamento de te amar
Ceifando a tristeza,  que me dominava
Correremos noite adentro, escutando o som
Dos nossos suspiros, ofegantes
Corpos molhados da garoa, da madrugada
O sol vai resplandecendo, lá no céu
Alquimia, a essência vai fluindo do mato
Com os pingos de orvalhos, lindo cenário
O canto melodioso, dos passarinhos
Levava-me ao estado, de contemplação
Um ser angelical,  despertava ao meu lado
Usando toda a sua, magia noturna
A fórmula do amor, já tinha efeito em mim
Tornando-nos companheiros, inseparáveis
Levou-me ao contentamento, dos corpos
Paralisado ficaram, os meus pensamentos
Só via a minha amada a minha frente
Cantarolei frases,de amor solta
Para tocar a sua sensível alma,amei-a

Osvaldo Teles

Basta

Basta! Cansei de dar murro em ponta de faca
De desembainhar, a espada por nada
Era só eu contra o mundo, armei-me
Via em cada indivíduo, um inimigo
As lutas diárias, me  fortalecia
Achava-me um super herói, imbatível
Guerrilhei muitas vezes, comigo mesmo
Via-me vencido,diante do meu carrasco
Peço clemência,aos meus algozes
Agonizante os sonhos, iam morrendo
Sofri penosamente, os golpes da vida
O fio da navalha, cortava-me a carne
Doeu no profundo, da minha alma
Dilacerante às decepções, leve-me a lona
Durante as batalhas, coloquei a armadura
Via-me sozinho, na trincheira indefeso
Sendo bombardeado, de todos os lados
Já não aguentava tanta dor,  indiferente
Como cobra rastejei para sobreviver
Botei um escudo de proteção, ao meu redor
Levantei a bandeira, branca quero paz
Chega de guerra interior, o que causa dor
Extrapolei os limites, da resistência
Perdi a minha resiliência, me rende
Agora eu sei que,muitas vezes
É melhor se entregar do que lutar
Contra as minhas guerra interior
Mais vai ser assim uma eu venci
As outras sérvio-me de aprendizado
Vencido totalmente eu sei que não fui
Sair amadurecido a cada queda que tive

Osvaldo Teles

Os versos de amor

Os versos de amor que escreve
Com o decorrer do tempo perdeu
Os sentidos pois o amor que estava
Condito acabou se esvaziando
No silêncio do espaço vazio
A alma lacrimeja a sua solidão
Quando a saudade aperta
E a alma vai sentindo a dor
O que resta-me é chorar desilusões
Emoldurei a sua imagem meu ser
Sei que dói as minhas lembranças
Recordações trago do cheiro do perfume
Que exalava de suas vestes
Dos seus lábios quentes correndo no corpo
Que carrego na memória o que vivemos
Busquei as rimas contidas nas entrelinhas
A vida é assim, os problemas aparecem
Quando falta-me a danada da razão
Só Deus para dar-me a direção
Deixando para trás os contratempos
Restando o passado a felicidade futura
Já és a concebida do meu querer
Dona dos meus pensamentos
Amo com toda intensidade da alma
Desejo-te a cada instante da existência
Quero você para viver comigo
Os sonhos mais lindos

Osvaldo Teles

terça-feira, 1 de agosto de 2017

Corri feito louco

Corri feito louco,atrás da felicidade
Ambicionei, acumular fortuna
Por vezes cansei, da procura
A sorte bateu à minha porta, deixei-a passar
A ambição, tinha deixado-me chego
Tinha perdido a noção, do certo e errado
Não percebia, a lógica em nada
Esperneei, gritei porém não adiantou
O meu ser ficou, vazio pelo o ter
O amor verdadeiro, foi substituído
Pelas as aventuras, momentâneas
Perdi tempo lutando, por coisa vans
Bate,e muitas vezes apanhei
Sair machucado, algumas vezes
Ficando alguns, arranhões na alma
A velocidade, dos acontecimentos
Tudo passava fugazes,a minha frente
Não me deixou  apreciar a beleza
A cegueira espiritual, impedia-me perceber
Os planos de Deus, para a minha vida
Fui criança sonhadora, hoje adulto incrédulo
Frenético quis aproveitar, tudo que me vinha
A vingança do temporizador, é implacável
Deixando no corpo, as suas marcas
A regressão só na mente,volto a ser criança
O corpo não atende,os estímulos do cérebro

Osvaldo Teles