Graciosidade

A sutileza dos seus passos
O Molejo do seu corpo surge delicado
Vou seguindo-a dando asas ao imaginário
Deixa a porta do quarto aberta
E o meu lado da cama preparado
Prepara-se para receber muito amor
Que eu estou levando o champanhe
Não aguento  a dor da espera
Cada instante parace-me um eternidade
Não vejo a hora de estar contigo
Aparece-me em seus trajes de dormir
Levemente transparente deixando a mostra
Cada pineuzinho do seu lindo corpo
Tens na face a graciosidade que agrada-me
Dos seus lábios saem os sorrisos fascinante
Dos  olhos sai o brilho que hipnotiza-me
Estes atributos faz-te um conjunto perfeito
Harmonizando os desejos mais lindos
Que seja minha amada por inteira
Dispondo de todo um ritual de entrega
Buscar-te-ei nos  sonhos mais belos
Velozes segue os meus passos
Conduz-me aos seus aposentos
Deixando-me bem próximo do paraíso
Largarei o que se passou para trás
Cantarolando vou olhando para frente
Agarrei-me como tauba de salvação
No enlace das minhas fraquezas
Aperta-me em teus braços
Quero sentir o pulsar de tuas veias
Não desvia de mim as suas delícias
Quero deliciar-me do mel de sua boca

Osvaldo Teles

Flores para ti

Flores para ti, minha flor perfumosa
Delicadeza trouxestes consigo
Doces palavras usará para abrandar
A sofreguidão e as amarguras do coração
Que encontrou em ti o sentido do viver
Vejo através das suas vestes a perfeição
Do seu ser desnudo diante dos meus olhos
Aguçando a minha perversão perante a bela
A fera pervertida cria as belas fantasias
Fagulhas entram em combustão,incendeiam
Um misto de prazer e sonhos a nos dominar
Anseio tê-la constantemente envolvendo-me
No seu jogo de sedução, alucinadamente
Suspiro aliviado da tensão expelida
Cheguei ao clímax, fiquei perdido no meio
Das minhas criações, despojei a decência
Libertando o prisioneiro das boas maneiras
Sem constrangimento quis a sua língua
Para apreciar o lascivo mel que emana de ti
Inclina-me aos prazeres fugazes da carne
Dos movimentos embriagadores guardo
Resquícios de sua ação em minha pele
As marcas do batom em meu rosto
E suas unhas cravadas em meu corpo
Na simplicidade denota toda sua grandeza
Olho para ti e vejo o meu elo perdido
No transitivo mundo fantástico das fantasias
Aonde despertamos do sono utópico
Para a verdadeira realidade do amar

Osvaldo Teles

Nosso pedaço de céu

Madrugou o sangue coagulou nas veias
O corpo encolhido pelo frio
A alma clama por sua presença
Rodei o infinito a sua procura, parti
Nas algibeira só o lenço para enxugar o suor
As lágrimas o tempo encarregou de estancar
Foi-se embora a quietude do meu coração
A razão fugiu das minhas  vistas, lucidez
Só tenho quando estou alinhado com ti
Silenciosamente a voz interior clama-te
Se tu sabes  como desejo sua pele macia
Preciso dela para aquecer-me
Não demoras achegue-se logo
Vou de carregar conduzindo-te ao êxtase
Vem para o nosso pedaço de céu na terra
Ó meu amor vamos desfrutar dos movimentos
Sustenta o meu desejar está contigo
Não deixa morrer no corpo todo carinho
Seja benevolente para comigo
Procura-me no seu leito durante a noite
Diz-me que sente falta do meu corpo
Juntinho ao teu e dos gozos que te fiz sentir
E que sente saudades dos meus lábios
Colados aos teus e de minhas mãos
Passeando pelo seu caminho da perdição
Desprendo a sua sensualidade exagerada
A voluptuosidade arreba-te dominando-te
Descontralando os comandos do cérebro
Nos entregamos e o espírito encontra o céu
Submerso em luxuria aleio fico a tudo
Fixado na  sua bela imagem alucinando-me

Osvaldo Teles

Sozinho na estação

Fiquei perdido sozinho na estação
Atravessei as passarelas da solidão
Fui abandonado à própria sorte
O trem passou e deixou-me a esperar
A locomotiva trafega a todo vapor
Sou passageiro errante querendo encontrar
No final dos trilhos depois de trafegar
A minha parada obrigatória meu pouso
Bom mesmo é deparar-me com a amada
No seu peito aliviar a fadiga, entrego-me
No seu ombro colocar a cabeça, desfaleço
Despertando vejo diante de mim um anjo
Suas mãos aplica o bálsamo relaxante
Drenando o mal que está a castigar-me
Finco os pés junto a ti para não sair jamais
Não fui condicionado para  andar só
Vamos entrelaçar nossas mãos
Para que possamos caminharmos unidos
Sem nos preocuparmos com as ciladas
Armadas pelo bendito destino, levantei-me
Embalando os meus melhores sonhos
São aqueles que você está sempre presente
Sonhando com a minha fonte de inspiração
Só em ti vou  repousar tranquilo
Ninando as frustrações que tiraram o brilho
Foi preciso chegar as cinzas para renascer
Sabes que as baterias foram recarregadas
Para alimentar as esperanças de um dia
Tornarmos novamente peregrinos do amor

Osvaldo Teles

Ela é a mais bela

Ela é a mais bela das melodias
Sintonia entre tempo e espaço
Os cânticos saem suavemente de sua boca
Como uma flauta doce, encantando-me
Mais afinado que o piano de Beethoven
A sétima sinfonia perdeu a sua maestria
Diante de sua voz aveludada tocando-me
Os órgãos funciona como uma orquestra
O coração recebe os impulsos harmônico
Do cérebro que recebeu estímulo dos olhos
Os póros capta as vibrações sentindo o tom
Que formam-se na junção das clave do som
Místicos sons deixando-me enfeitiçado
Fazendo-me valsar no mesmo compasso
Absorvendo a sonalidade de sua harpa interior
Quizestes apresentar-se com todo fervor
A banda tocando nossa música tá passando
Não deixei passar a seguir no mesmo ritmo
Ninguém vai encontrar  o passo perfeito
No canto que encanta como o da seria
Fazendo planger um ser antes solitário
Assento-me na platéia para ouvir a canção
Deixando-me embevecido com sua ternura
Vides apaziguar um pouco a minha alma
Venero seus contornos em formato simétrico
Artisticamente delineado pelas mãos do artesão
Flores exuberante desabrochando na primavera

Osvaldo Teles

Já não sou o mesmo

Já não sou o mesmo de ontem
As transformações estão desenhadas
As rugas tomam conta da testa
Tive pressa da chegada, corria
Peguei a mala e enche de ilusões
O sideral exercia um fascínio sobre mim
Fostes guiando-me pelas constelações
Nas galáxias marcamos o nosso encontro
Deixei ir ao além o meu imaginário, viajou
Busquei o teu rosto em cada astro
Não dava limite sempre quis pegar  estrelas
Para fazer um colar para o seu pescoço
E sobre o altar mor admirar a bela divindade
Posta a mim como uma esplendor de mulher
Amar-te-ei por toda a minha existência
Busco o soneto para versar o amor
Tendo o privilégio de estar contigo
Nas linhas da vida vamos tecer o destino
Afagando o ego com as sua declarações
És o meu grande presente do Criador
Fazendo o encontro da carne divinal
A passagem do terreno para o celestial
Nada é tão perfeito quanto a união corporal
É a ignição dando partida para os sonhos
É só liberar as amarras que nos prende
Não sendo mais possível ficarmos
Presos ao plano terreno o céu é o limite

Osvaldo Teles

Palavras elogiosas

Vou pronunciar palavras elogiosas
Aos seus ouvidos, és linda e maravilhosa
Quanta formosura em uma só criatura
Sentirás o ar quente saindo dá minha boca
Correndo pelo teu ser alterando a pulsação
Querendo a minha atenção para si
Não calculei o intensidade das palavras
Só queria preencher um eu vazio
Levando a sua tenacidade ao meu mundo
Colando os pedaços do meu coraçãozinho
Suavizando as assim a dor doida
Assimilei os ensinamentos que ela trouxe
Sussegando as travessias noturnas
Que até então eram gélidas, tenebrosas
A sua pele passou a ser o aquecedor
Cuidando-me com todo desvelo
O ardor que consumia-me refrescantes
Com o frescor que flui de sua entranhas
Sob sua tenta preparastes o nosso repouso
Em ti achei fôlego necessário para continuar
Ocasionado um despertar sem limites
Vistes dando-me amor,contemplei em júbilo
Saudades de uma era boa por vezes faz bem
Nos reportar a momentos felizes que vivemos

Osvaldo Teles

Vi através dos seus olhos

Vi através dos seus olhos o devanear
Da sua alma migrando para o meu ser
Devaneando com ti continuei as noites
O bácaro exalava o seu suave perfume
Atordoado deixastes com o seu andar
Cabelos negros soprados pelo vento
Uma boneca desfilando ao meu encontro
Deus a desenhou com toda maestria
Ganhando vida no meu mundo abstrato
O vácuo é preenchido com os meus sonhos
Já não dá mais para estar longe
Minhas carências reclamam a sua ausência
Tive a intenção de ser um eterno amante
Fazendo-te perder a sua lucidez
Trazendo a ti o êxtase dos seus desejos
Não vou conter-me diante de tanto amor
Serás saciada de tua sede de paixão
Degustara do mais puro amar
No interlace vamos nos despindo do pudor
Vaidades sairá do nosso vocabulário
Só a simplicidade fará parte dos nossos atos
Deixamos o recato de lado,tornamos pervertidos
Deixaremos a carne dominar o espírito
Visualizamos além das aparências
Passamos a enxergar com os olhos do amor
Aí tudo fica maravilindo, muito perfeito
É só abrir os braços para sentir sua pungência
E a sutileza dos seus beijos no meu rosto

Osvaldo Teles

Fixos no horizonte

Mar aberto olhos fixos no horizonte
Na imensidão ficam perdida as idéias
Nuvens carregadas deixando tudo nublado
Quantas vezes procurei-te ao meu redor
Só as garças sobrevoavam sobre mim
A ondas batiam nas areias molhando os pés
Ao longe avistava o farol a guiar-me
Naveguei a todo vapor para estar contigo
Cheguei no ponto que o mar confunde-se
Com o céu, com as estrelas a orientar-me
Enaltecida a paixão nos contagia
Marisia batendo no corpo anestesiando
Por mar revolto, tempestades destruidoras
O coração fica a deriva cadê o porto seguro
Busquei nas áreas periféricas não achei
A abrangência do tubo tornou-se no nada
Tinha tudo para acontecer, tudo foi desfeito
A métrica perfeita de suas curvaturas
Leva-me ao estado de loucura
O sol escaldante faz-me ter visões
A sua bela imagem forma-se em minha mente
Trazendo suavidade ao meu pensamento

Osvaldo Teles

Acabou o conto de fadas

Agonizando jaz no peito um coração

Invadiste-me  sem cerimônias

Beijando a minha face chegastes a boca

Calando a minha agonia, soluços ficaram

Gemido só pela ansiedade dos prazeres

Suavizando a estadia da minha vida

Resolvi seguir as  suas passadas 

Não preocupei com a distância

Os pedregulhos tentaram atrapalhar

Quantas vezes busquei nas estrelas

A luz que refletiam dos seus olhos

Fechando os meus olhos para ver

O que estava guardado lá no fundo

As imagens arquivadas na minha cabeça

Abrindo-me um canal que liga ao amor

Não tem como tocar-te sem ti querer

Sentindo o seu sangue fervendo

Assopra vento norte, vento sul

Vamos bater asas rumo a ilha das fantasias

As plumas nos protegerão dos ventos frios

Não sei para onde nos levará a tempestade

Abraça-me que passaremos coesos por ela

Sem  turbulências, continuaremos unidos

Repousaremos tranquilos e coladinhos

Não havendo necessidades de  procuras

Encontrei o real motivo para gargalhadas

As risadas saíam fáceis saíam do nada

Eram tantas emoções que não cabiam em mim

Era a deusa do amor usando  seus poderes

Extraviando a saga de um ser angelical

Tirando-me da boca o gosto amargo do fel

Como  favo de mel manam dos lábios

Da minha amada suave ao meu paladar

Extraindo o sabor desagradável da boca

Fostes capaz de curar as chagas 

Aplicando a dose perfeita de chamego

Osvaldo Teles

Jaz no peito um coração

Agonizando jaz no peito um coração
Invadiste-me  sem cerimônias
Beijando a minha face chegastes a boca
Calando a minha agonia, soluços ficaram
Gemido só pela ansiedade dos prazeres
Suavizando a estadia da minha vida
Resolvi seguir as  suas passadas
Não preocupei com a distância
Os pedregulhos tentaram atrapalhar
Quantas vezes busquei nas estrelas
A luz que refletiam dos seus olhos
Fechando os meus olhos para ver
O que estava guardado lá no fundo
As imagens arquivadas na minha cabeça
Abrindo-me um canal que liga ao amor
Não tem como tocar-te sem ti querer
Sentindo o seu sangue fervendo
Assopra vento norte, vento sul
Vamos bater asas rumo a ilha das fantasias
As plumas nos protegerão dos ventos frios
Não sei para onde nos levará a tempestade
Abraça-me que passaremos coesos por ela
Sem  turbulências, continuaremos unidos
Repousaremos tranquilos e coladinhos
Não havendo necessidades de  procuras
Encontrei o real motivo para gargalhadas
As risadas saíam fáceis saíam do nada
Eram tantas emoções que não cabiam em mim
Era a deusa do amor usando  seus poderes
Extraviando a saga de um ser angelical
Tirando-me da boca o gosto amargo do fel
Como  favo de mel manam dos lábios
Da minha amada suave ao meu paladar
Extraindo o sabor desagradável da boca
Fostes capaz de curar as chagas
Aplicando a dose perfeita de chamego

Osvaldo Teles

Já estou com saudades

Já estou com  saudadesdes de ti meu bem
Dos minutos que passei contigo
Ontem a noite não foi o bastante para a satisfação
Passaram deixando escondido suas marcas
Das ondas que morreram na praia
O verão que douro a sua pele
O inverno nos buscamos querendo calor
Do vento que refrescou o nosso corpo
Não sabes a falta que sinto de outrora
Da canção que embalava as nossas noites
Que enternecia as almas dos amantes
Introduziu-me no mundo misterioso
O nosso canto ainda está preparado
Do jeito que deixastes,só um pouco sombrio
E cheio de poeira e teia de aranha
Segue solitário prisioneiro do passado
Por vezes quis retroceder o tempo
Ouvir o som badalar dos sinos
Anunciando uma nova era, uma nova etapa
Continuou preso pelos fios das lembranças
Eterna companheira que persegue-me
Tento desapegar,tudo que vivi foi muito lindo
Ficando muito vivo na minha memória
A soma do que sou são os reflexos de ti
A distância só fez nos unir cada vez mais
Lá vão as minhas ideias vestidas de solidão
Solicitando o presente de sua presença

Osvaldo Teles

Quantos rabiscos

Quantos rabiscos já foram feitos
Nos cadernos de anotações
Quantas linhas tentei escrever
Querendo encontrar às frases perfeitas
Para descrever o que sinto por você
Tantas outras páginas foram para lixeira
Faltam as palavras para falar do meu sonho
Acuado ficou o imaginário não criava
Tudo que escrevia  não era condizente
Com a grandeza de tão belo sentimento
És a fonte das minhas inspirações
Já tirei a venda tudo está muito claro
Eu abri novamente o caderno
As ideias começam ganhar forma
Lindas declarações fluem livremente
Abundantemente as frases saíam
As notas musicais encaixam-se
Criando as mais belas melodias
Busquei-a na imensidão do meu silêncio
Extaguinando uma solidão copiosa
Chamei-a a minha presença, chegastes
Fascinante, fiquei muito contente, emotivo
Eu dormia o meu anjo da guarda velava-me
Despertando, os  sonhos dispersam
És que a voz do meu coração fala mais auto
Buscando o alento em teu leito de amor
Descarregando toda tensão do meu coração

Osvaldo Teles

Fidelidade

Sempre coloquei a fidelidade
Como base do meu casamento
Nunca me preocupei com as pessoas
A única preocupação é com que eu sentia
E com a nova vida que estava nascendo
Amei com a intensidade do coração
Escolhe trilhar pelo caminho do respeito
Tendo a consciência que era a base
Para viver uma relação de compricidade
Sou fiel a promessa que fiz diante de Deus
De amar e respeitar por toda a minha existência
Não quero chorar a perda de minha querida
Fiz-lhe juras de amor eterno convicto
De ter encontrado a minha alma gêmea  
Tendo à certeza que a família é a base
Para uma sociedade equilibrada
Jamais quebraria elo entre homem e Deus
Acima de tudo um amor fervoroso
Pulsa no peito correndo nas minhas veias
Tornando-nos uma só carne pelo ato carnal
A carnalidade nos conduziu ao celestial
Por que jogar  por terra com uma aventura
Das quais perderias a confiança em mim
Nenhuma delas faria sentir o que és capaz
Provocar sensações inexplicável no ser
Encontrei em ti o meu ponto de equilíbrio
Um querer que não quero me desfazer
Caminharmos juntos pelas estradas da vida.

Osvaldo Teles

Fiz de tudo para tê-la

Fiz de tudo para tê-la comigo
Passei por cima do meu amor próprio
Usei todas as armas para conquistar-te
A qualquer custo lutei para possuir-te
Criei um mundo de ilusões
Tudo era mais linda quando você passava
A paixão consumia-me por dentro
O bom que tudo aconteceu naturalmente
Quando dei por mim já estava ao meu lado
A cabeça deu um giro de 360 graus
O descompassado coração acalmou-se
Voltando a bater no compasso harmônico
De conquistou a mulher cortejada
Entrastes no meu jardim deslumbrante
Os botões das flores desabrocharam-se
Livremente foi revelando-se para ti
Deixando-me transparente diante de ti
Mergulhar-te no meu mar de angustia
Esquecessestes o que acompanhava-te
Barrufo do orvalho a nos refrescava
Anestesia natural para as minhas dores
Enfeitei o meu mundo para receber-te
Toda garbosa como uma garça
Andando sobre as águas com toda leveza
Assim passeava por todo o meu interior
Demarcando o seu território
Tirando-me do sério levando-me ao inreal
Dando abrigo a um ser outrossim
Valeu a penas a luta, foi árdua
Porém estou com a minha amada comigo

Osvaldo Teles

Vi nascer o amor

Vi nascer o amor tomando forma
Ganhando corpo robusto e envolvente
Tem pele negra e alma límpida
Apagando as tristezas da gente
O amor desabrochou dando cor aos dias
Vindo a tona todos os sonhos esquecidos
O cérebro manda onda positivas ao coração
Fiquei de frente com a dita felicidade
Os olhos quase saem da caixa
Diante de tanto esplendoroso rosto
Quando despertei já estava enfeitiçado
Levantei com a levaza das gaivotas
E com a imponência das albatrozes
Passou confiança faz-me perder o medo
O nosso desposório  foi inevitável
A promessa recíproca de casamento
E o partilhamento de momentos bons e ruins
Deixando a compreensão tomar conta dos atos
Apareceu para mim o divisor do tempo
No temporal de emoções que caiu sobre nós
Encontramos o sentido da nossa existência
Nos completamos no pleno exercício do amor

Osvaldo Teles

Amor para vida toda

Já não tens as mesmas curvas de outrora
As rugas  riscam a face todas as mudanças
Que aconteceram contigo aconteceram comigo
Aceitamos as transformações dos corpos
Estamos na melhor idade com  mesmo amor
Fizemos muitas loucuras juntos
Os hormônios viviam a flor da pele
A paixão avassaladora que nos consumiam
Deu lugar a um amar consciente e seguro
Porém a sua beleza continua genuína
Somos o espelho um para o outro
Deixando refletir tudo que éramos antes
Fala mais compassada, mãos mais suaves
A lentidão toma conta dos movimentos
Mas mesmo assim continua a mais bela
Pois passamos todo o processo coeso
Vivemos um amor muito intensos
Aprendemos com o tempo convivermos
Com as limitações da terceira idade
Estaremos sempre ligados pelo elo do amor
Agradecido ao Criador  por tão belo viver
Por ter dado-me um amor para vida toda
Dançaria uma outra valsa com a minha linda
Viveria tudo de novo, uma outra vida
Se tivesse que casar-me de novo
Seria outra vez a minha escolheria
Até parece que nos amamos em outras vidas

Osvaldo Teles

RESISTÊNCIA

Já não tenho a desenvoltura da juventude
Acompanha-me  traços do envelhecimento
Sigo caminhos tortuosos e não traçados
Não quis saber onde eles iam levar-me
Seguir o destino munido de fé e esperança
Não  atropelei  as etapas, condicionei-me
As fases, em cada estação um novo estágio
Preparatório e aprendizagem, saudades ficaram
Exala sua essência das flores do campo
Os tropeços fizeram-me calar  na estrada
Hoje andei com vontade de conversar
Mas só estava eu e os meus pensamentos
Com a sua voz ecoando dentro de mim
Uma só palavra “RESISTÊNCIA” não faltava
Não tirei o foco do que foi planejado
Mesmo exaurido continuei firme no propósito
De te encontrar no ponto de chegada
Só quero o  conforto dos teus braços
E tuas mãos acariciando a minha cabeça
Para refazer-me e tirar o pó da viagem
Refrescar-me na sua fonte refrescante
Sem explicações as forças ressurgem
Mais forte que antes recomeçarei
Sendo recompensado por todo esforço
Desprendido para encontrar cada sonho
Que foram esquecidos na jornada
Fui vasculhando cada pedaço de chão
Para não ficar nenhum escondido
E no abraço amigo tocarmos juntos a vida

Osvaldo Teles

Linhas sensuais

Vou deslizando pela tela o pincel
Passeando sobre ela, cores vão surgindo
As linhas sensuais do seu corpo surgem
Quis te desenhar com toda perfeição
Mas foi no seu conjunto de imperfeições
Que tornou-se única em uma beleza pura
Não precisa de retoques, nasceu perfeita
Adorno suave sobre o corpo esguio
O véu dava o tom de sua pureza
As mãos escorregava pelos contornos
Deixando a mostra as suas curvas sinuosas
Pele de pêssego face de romã
Seios macios e  saborosos como uvas
Pasmando-me com um belo sorriso no rosto
Entrando meteoricamente coração a dentro Pintando o seu auto retrato tracei-te linda
Traços mais finos e precisos dos de Monalisa
Pintei as facetas de todas as duas
Em uma só mulher, era tudo que eu queria
Passei para o quadro toda essência de mim
Instrumento que me motiva a continuar criar
Uma mente puritana, ávida por sua obra
Engendrar o amor que me fez feliz

Osvaldo Teles

Como uma pluma flutua

Como uma pluma flutua em meus braços
Dando piruetas no ar, rodopios no salão
Dando-me o prazer da contra dança
Sensibilidade esvaindo de seu bailar
Bailando comigo ao som de lindas cavatinas
Entrando em sincronia com os seus passos
Guia-me pelos salões do meu imaginário
Onde és prenda a ser escolhida, a rainha
Como uma bailarina fica nas portas dos pés
Como estivesse pronta para alcançar voo
Bom mesmo é sentir seu corpo junto ao meu
Sensualidade brotando de suas entranhas
No meu rosto fica estampado o equilíbrio
As suas pernas ligeiras dão o contraponto
Harmonizando os desejos expressos no olhar
Ficam mais parecidos com dois diamantes
Com tanto brilho ofuscando os das estrelas
Eles registram as mudanças no semblante
No dengo carrego-te com toda suavidade
Flutua-as como uma gaivota solta no ar
Como as borboletas sobrevoando sua flor
O baile sincronizado das andorinhas
No final da tarde o pôr do sol a enfeitar
Aplausos ao baile do amor infinito
Fazendo-me andar nas nuvens

Osvaldo Teles

Voltas eu dei

Voltas eu dei e acabei de volta a você
Tentei desvencilhar-me dos seus olhos
Ainda estavam em meus lábios
Vestígios dos seus deliciosos beijos
A carne manifesta a falta que sente
Dos seus exitantes toques, perfeitos
Ocilando assim o meu senso de humor
Por mais que eu corra, tentando te esquecer
O seu cheiro de rosas acompanha-me
Ledo engano fiz de tudo para não te levar
Ali estavas perseguindo-me dentro de mim
Ferido a minha fonte de forças estagnou
Prossigo calado tentando dizer adeus
A tudo que compartilhamos na  vida
Castro continuou com o corpo e alma
Preso ao passado fascinante que vivemos
Momentos maravilhosos que eternizaram-se
O amor tem as suas facetas, transgride
As leis naturais, contra mim e o amor
Vou seguindo a minha lenda apaixonante
De uma alma que se entregou a sua amada
Sem se preocupou nas consequências
Simplesmente amo incondicionalmente

Osvaldo Teles

Quebrando a penumbra

No pomar as árvores gemem
No pé da cama o cachorro ladra
As primeiras luzes solar invadem
Pelo buraco da parede de pau a pique
Quebrando a penumbra  do quarto
Corpos sem roupas sobre os lençóis
Tendo como pano de fundo o amanhecer
Com os seus primeiros raios como fogo
A magia toma conta de todo o dia
As Garrinchas assobiam no cumieira
No campo as flores campestres é colírio
Cores infinitas a misturarem-se
Entre elas um corpo enroscado nas ramas
Confundindo com a bela paisagem
Eis o enfeite que preparei com as  mãos
A fada toma forma desperta junto a mim
Não precisa usar a varinha de condão
O feitiço de uma noite de verão já está feito
Não quebra o encanto a porção foi bem feita
Deixa as  palavras fluírem como canto
Controla o pulsar que faz queimar o peito
Havia uma pendência a ser preenchida
Os aromas vastos preenche o vaco vazio
Com pompas e estatos de princesa chegastes
Pus-me admirar quão grande esplendor
Consigo trouxe a sua luz própria
Sorte a minha por ter encontrado a bela mulher

Osvaldo Teles

Tocando o seu íntimo

Quero te possuir cada dia mais apaixonado
Apreciando o que emana do seu interior
Tocando o seu íntimo faço-te parte de mim
Na procura encontrei o seu lindo corpo
Tiro dos seus beijos o mel que destilastes
Tão doce quanto o doce viver  contigo
Conexo vibram na mesma sintonia
Querendo que o nexo das coisas aconteçam
Enlevaste-me ao estado de oniróide
Trocando em trocadilhos corpo e alma
Ficam fora de si, perdem  a coordenação
Deleito a  seiva  que escorre de ti
Saboreou toda a  excitação que nos toma
Arrebatando-nos, os poros transpiram
Corpos umidificados pelo suor
Peles grudadas como magnético
Em força contrária atraindo-se
Não sou nada que se diga belo
Porém a bela enfeita a minha vida
Suas unhas coçando a minha costa
Os fios do cabelo roçando no meu rosto
Faz com que ocorra um fervor pelas veias
Aflorando a sensualidade, propício a luxúria
Eu gosto de passar despercebido
O que é impossível quando estou contigo
Não fui o culpado de  grande veneração
Só sei que os nossos hormônios
Fizeram a composição do nosso lindo ser

Osvaldo Teles

Amei-te consciente

Amei-te consciente,entreguei-me espontâneo
A paixão tirou-me os sentidos, ficando cego
Esvaziou o meu coração, só ficou a imagem
Das cenas de nossa história de amor
Não vou apagar da minha memória
Guardei cada detalhe do primeiro beijo
Quero ela comigo, nada acontece por acaso
A propósito fomos unidos pelo divino
És a essência da minha poesia,musa minha
Vides aos meus braços querendo acalmar
A sua ansiedade, achastes guarida
Em um coração cheio de amorosidade
Bom mesmo é perceber reciprocidade
Em cada palavra proferida de aceitação
A que mais comove-me: eu também te amo
O meu ego vai às alturas não caibo em mim
A ideia de construir o  castelo concretizou-se
A cinderela já tinha encontrado para ocupar
O seu aposento, o pobre mortal era rei
Passamos a reinar juntos neste reinado
Onde tínhamos o amor como nosso aliado
Uma muralha de proteção formou entre nós
Ficamos imune às doenças do coração .

Osvaldo Teles

Timidamente

Era um ser tristonho, nada tinha graça
Ia de baile em baile em busca da pretendida
A vida antes sorria timidamente
Depois de ti passou a dar gargalhadas
O amor platônico fez-se real
Estancando a fonte de lágrimas
Lançando-me o seu feromônio
Demarcando o seu novo habitat
Fizestes uma operação plástica
Na minha face só com os seus toques
Deixando a seiva correr suavemente
Apagando a tristeza do olhar
Introduzistes o poder terapêutico
Das tuas carícias sobre mim
Plantando a vontade de vencer
Motivando a lutar para tê-la no colo
Ninando as minhas frustrações
Adiciona gotas vitamínicas nos teus beijos
O tônico que fortalece os meus músculos
Já não sou o mesmo de outrora
Fizera renascer uma nova criatura

Osvaldo Teles

Panteão

Panteão, o templo dos deuses abriu-se
Para servir de cenário para o casamento
Perfeito de duas almas encantada pelo amor
A sala dos mistérios e fantasias foi fechada
Toda a orgia será permitida, eros e afrodite
Deleitando-se no prazeres fugazes
Doce é o seu paladar assemelha ao vinho
Perdição para as minhas perspicácias
As forças estão alinhadas positivamente
Anel de Saturno fazem o jogo de luzes
Um novo ciclo vai começando
Inspiração celestial flui silenciosamente
Nos tornamos os melhores  companheiros
Somos a adequação de tudo que vivemos
Em comum temos a sintonia de sentimentos
Comungamos as mesmas necessidades afetiva
Cultuamos, fomos santificado pelo amor
Estou pronto para a decolagem rumo a ti
Vou em sentido contrário para  fugir
Do feitiço que você traz no seu olhar
Tudo é muito forte, parece beirar a loucura
Chega tirar o fôlego, nos falta o ar
O templo de Afrodite e Eros uniram-se
Transformados na morada encantada
O deus Baco abri a porta de sua adega
Festivos brindaremos, sexo e a ebriedade
Tomaram conta da benigna noite
Muita efervescência aquece o quarto
As paredes recebi tintas multicores
Dando a impressão que acordamos no paraíso.

Osvaldo Teles