terça-feira, 14 de fevereiro de 2017

Jaz no peito um coração

Agonizando jaz no peito um coração
Invadiste-me  sem cerimônias
Beijando a minha face chegastes a boca
Calando a minha agonia, soluços ficaram
Gemido só pela ansiedade dos prazeres
Suavizando a estadia da minha vida
Resolvi seguir as  suas passadas
Não preocupei com a distância
Os pedregulhos tentaram atrapalhar
Quantas vezes busquei nas estrelas
A luz que refletiam dos seus olhos
Fechando os meus olhos para ver
O que estava guardado lá no fundo
As imagens arquivadas na minha cabeça
Abrindo-me um canal que liga ao amor
Não tem como tocar-te sem ti querer
Sentindo o seu sangue fervendo
Assopra vento norte, vento sul
Vamos bater asas rumo a ilha das fantasias
As plumas nos protegerão dos ventos frios
Não sei para onde nos levará a tempestade
Abraça-me que passaremos coesos por ela
Sem  turbulências, continuaremos unidos
Repousaremos tranquilos e coladinhos
Não havendo necessidades de  procuras
Encontrei o real motivo para gargalhadas
As risadas saíam fáceis saíam do nada
Eram tantas emoções que não cabiam em mim
Era a deusa do amor usando  seus poderes
Extraviando a saga de um ser angelical
Tirando-me da boca o gosto amargo do fel
Como  favo de mel manam dos lábios
Da minha amada suave ao meu paladar
Extraindo o sabor desagradável da boca
Fostes capaz de curar as chagas
Aplicando a dose perfeita de chamego

Osvaldo Teles

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