domingo, 27 de abril de 2014

Irmã água

Oh! irmã água
Tu que te deixas
Envolver pela grandeza
Do irmão céu estrelado
Pela lua florescente
Na alegria do alvorecer do amor
Tu te deixas
Envolver por minhas
Lagrimas de lamentos
Quantas vezes eu fico
Sentado à beira do cais
Olhando sua beleza sem par
Tu és um planeta
Cheio de mistério
Um planeta que há habitantes
Os homens precisam tanto de você
Porém não sabem avaliar
O valor que tem para suas vidas
Como é belo as embarcações
Navegarem sobre ti
Como é lindo as gaivotas
Sobrevoando sobre te
E contemplam a sua beleza
Os peixes nadam
Maravilhado do que tens
Tu que corres entre
Vales e campinas
Que tens sua nascente
E deságua no mar
Tu és os rios e os mares
Que abrigam vida
E precisamos preserva-las

Osvaldo Teles

sexta-feira, 25 de abril de 2014

O feminismo de Kate Millet

Kate Millet era uma mulher a frente do seu tempo e influenciou muitas gerações com as primeiras ideias feminista, fazendo muitas mulheres quebrar os paradigmas e dando inicio ao Feminismo, que surge e se organiza como movimento estruturado, a partir do fenômeno da modernidade, acompanhando o percurso de sua evolução desde o século XVIII, tomando corpo no século XIX, na Europa e nos Estados Unidos, transformando-se, também, em instrumento de críticas da sociedade moderna. E, apesar da diversidade de sua atuação, tanto nos aspectos teóricos, quanto nos aspectos práticos, o Feminismo vem conservando uma de suas principais características que é a reflexão crítica sobre as contradições da modernidade, principalmente, no que tange a libertação das mulheres e esta onda feminista ultrapassou fronteira e transformou a realidade de muitas mulheres.
O despontar da Corrente Feminista Radical, foi fortemente marcado por uma luta política voltada para o conhecimento, valorização e libertação do corpo feminino. Tanto nos grupos de autoconsciência como em outras áreas de atuação foram adotadas várias ações e posturas, tanto de protestos como de reivindicação e efetivo trabalho, para a conscientização das mulheres em relação ao seu corpo.Atos como a queima pública de soutiãs, a sabotagem de comissões de peritos sobre o aborto, formadas por uma maioria de homens, fizeram com que a voz do feminismo, através das radicais entrasse em todos os lugares e não só criaram espaços próprios de auto-ajuda e de estudo, mas desenvolveram uma saúde ginecológica não patriarcal, motivando as mulheres a conhecerem seu próprio corpo. Também fundaram centros para atender e defender mulheres maltratadas pelo companheiro. O movimento é a expressão concreta das reflexões e produções teóricas das feministas sobre as relações pessoais como relações de poder, também questionando a separação entre o público e o privado, identificada pela expressão o pessoal é político. Para Kate Millet o sistema patriarcal arraigado em toda a sociedade encontra na família seu lugar de reprodução. A família passa a ser o espelho da sociedade e representa uma unidade básica do patriarcado, um de seus pilares fundamentais. É na família que categorias como temperamento, status e os papéis, são, pela primeira vez, adotados e assimilados com todo rigor e reproduzidos para a sociedade como modelos “originais” de comportamento para cada um dos sexos. Como uma corrente de poder, a família formata os seres conforme o modelo patriarcal, que formata a sociedade e assim se reproduz no governo e vice-versa, ligados entre si, formando uma rede ideológica do poder masculino.
Kate Millet teve um papel muito importante na mudança na relação entre homens e mulheres ao levantar a bandeira do feminismo e lutar por direitos iguais.

Analise critica por Osvaldo Teles

domingo, 20 de abril de 2014

Oração a Maria


Levanta-te Maria, cheia de Graça
E afasta de nós os nossos inimigos
Que perante a tua face se esvaneçam todos os espíritos malignos
Que ao ouvir teu nome todo o mal se desfaça
Intervém junto ao Pai pela nossa salvação
Advogada nossa, impede o maligno de agir em nossas vidas
Pede ao teu Filho, Senhora dos Aflitos
Pelos méritos e graças e recebestes diretamente de Deus
Que destrua todos os obstáculos
Postos em nossa frente por Satanás
Consagramos a ti, Rainha dos Céus, a nossa vida e o nosso lar
Para que em tua presença se humilhem, Senhora das Graças
Todos aqueles que desejam o nosso mal
Ama-nos, Maria, e ensina a teus filhos o caminho para o céu
Cobre-nos com teu véu e cuida de nós em nossas últimas horas!


Alexandre Teles

Do profundo da alma



Do profundo da minha alma
A amargura flui como água da fonte
A solidão me toma de assalto
E a culpa esmaga meu espírito
Sou pecador, Senhor!
Sou pecador…
Pequei contra ti por toda a minha vida
E agora me apresento à tua frente
Para ser julgado pela miríade de pecados
Que carrego como fardo
MARIA, Rogo a ti minha mãe!
Grito a Deus: misericórdia!
Mas será que ele me ouve, Maria?
Do alto de sua bondade e justiça
Não posso sequer abrir os olhos à sua frente
Não trago meus méritos, ó Virgem
Mas os tantos deméritos que acumulei
Vem em meu socorro Rainha dos Santos
Não sei como livrar-me de tamanho peso
Apresenta-me Jesus e pede ao primogênito:
Apieda-te, meu filho, deste teu irmão miserável!
Em ti confio Virgem Santíssima,
Em ti coloco a certeza de ver a Deus.
Posto que fora perdoado por tua intercessão
Te amo minha mãe e de ti dependo como recém-nascido
Que em tudo necessita da mãe.
Guarda-me piedosa
Para que não caia nas armadilhas de Satanás
E permaneça fiel, para sempre,
Às promessas de Cristo.

Alexandre Teles


Vinde Fátima








Alexandre Teles



Quem és tu, mulher
Cujos olhos avançam sobre nós
Como avança a luz do Sol
Ou um batalhão em ataque ao inimigo
Quem és tu, formosura
Cujo amor penetra a alma
Sem nenhuma resistência encontrar
Forjando nos corações do homens
A mais pura devoção
Tu és, ó Mãe, descanso de toda a Igreja
És Senhora de de todos os Santos
A quem foi dado, pela graça de Deus
Povoar com seus filhos o espaço dos caídos
Nós vos suplicamos, Maria Santíssima
Que não nos abandoneis neste mundo
Apelamos Senhora à tua misericórdia
De mãezinha que nunca abandona os seus filhos
Vem Maria, encher os nossos espíritos
Ensinar-nos a orar com piedade
E a enxergar o teu filho com os olhos da fé
Cumpre tuas promessas, ó Mãe!
Vinde, Fátima, não tardeis!

Alexandre Teles

Romeiros

Os romeiros seguem rumo a lapa
Aos pés do bom Jesus
Como rouxinol louva o Senhor
Pedindo clemencia de seus pecados

Deus clemente devolve á fé
Ela é o alimento que lhes ajuda
A vencer as diversidades
Com as graças alcançadas

Devolve o cajado para ele
Sustentar-se  do cansaço
Da longa caminhada
Levando esperança como amuleto

O objetivo é rezar pelo desdém
Não é idolatria é crença meu pai
Persistência é o que eles tem
A fé ajuda a temperar o riso

Emotivo esboça lagrimas
Digno de pena e compaixão
A poeira pinta-lhes o rosto
Envelhecida pelo tempo

Ditoso regressa ao seu campo
Convicto da missão cumprida
O devoto está alimentado
Por mais uma temporada

Deus olha do céu a sua criação
Perdoando os seus pecados
Admirando sua força de vencer
As dificuldades vivida


Osvaldo Teles


quarta-feira, 16 de abril de 2014

A lembrança

O cão abandonado guarda a lembrança:
A alma que se foi para nunca mais.
Dentro daquela casa até o tempo parou!
Mas lá fora tudo corre como sempre:
Em um fluxo frenético de desesperança e dor eternas.
O cão fixa a dona com os olhos.
Vê somente um vago vulto de um passado belo
Que sussurra amor ao nascer do dia
Convidando-o a levantar-se da cama.
A alma que vaga perdida no presente
Busca novamente encontrar-te
Para ver em seus olhos o carinho
Amor que só um coração que adora
É capaz de guardar no vazio
Do espaço entre dois telefones.


Alexandre Teles

Divina melancolia

Quando flui por mim 
A divina melancolia de viver
Rasga-me o peito a vontade 
De sofrer em teu lugar
Os sinos que ecoam o som de tua ausência
Afastam o sacro silêncio que sempre guardara em meu peito
Tu fostes minha alma e meu refúgio
Tu fostes o meu amor e minha graça
Meu suspiro e minha vida
Hoje teu silêncio me domina a existência
Gritando alto à saudade que me mate
Me rasgue o peito
Estraçalhe a alma
A entrega engendrou a solidão
Porque!?
Porque tanta dor se abate em meu peito?
Já não sei viver sem ti
Já não sei ser
Já não sei
Não sou
Mas a ti prometi a eternidade
E serei eterno - mesmo findo 
Em minha promessa:
Tu serás o meu amor
O único que minha alma anseia.


Alexandre Teles