O cão abandonado guarda a lembrança:
A alma que se foi para nunca mais.
Dentro daquela casa até o tempo parou!
Mas lá fora tudo corre como sempre:
Em um fluxo frenético de desesperança e dor
eternas.
O cão fixa a dona com os olhos.
Vê somente um vago vulto de um passado belo
Que sussurra amor ao nascer do dia
Convidando-o a levantar-se da cama.
A alma que vaga perdida no presente
Busca novamente encontrar-te
Para ver em seus olhos o carinho
Amor que só um coração que adora
É capaz de guardar no vazio
Do espaço entre dois telefones.
Alexandre Teles
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