sábado, 31 de dezembro de 2016

Deslumbrante

Deslumbrante é quando apresenta-se
Sem as suas vestes, perfeição, linda
Deixa-me sem palavras para definir
Tamanha boniteza em forma de menina
Presa no casulo como um borboleta
A espera do momento certo para libertar-se
Uma viagem sendo desvirginada
De sua ingenuidade,em bela fêmea se tornou
Comparo-te a Nefertiti a mais bela chegou
Saltitante levanto-me com a sua chegada
Com o coração na boca de tanta emoção
Ardentes beijos aguardei envolvendo-me
Na rede e nas teias dos seus desejos
Fico morto, Perco as minhas forças
Produzindo em mim um estado de latência
Favos emanam dos seus lábios
Sussurra ao pé das minhas orelhas
Da sua língua flui o líquido que embriaga
A sua pele tem a maciez do cetim
Os lábios a cor de carmim
Sussurra ao pé das minhas orelhas
Aquelas palavras que traduz o seu sentir

Osvaldo Teles

quinta-feira, 29 de dezembro de 2016

Foi o destino

Foi o destino que colocou-me
De frente com você, despertou-me
Deixando-me impressionado com tanta
Beleza, perfeição  impressionante
Nasceu ali um grande paixão
Para onde eu for irei contigo dentro de mim
O bom de tudo é que estás comigo
No seu coração, as minhas lembranças
Está a perfeição dos belos momentos
Que compartilhamos, únicos e eternos
Estaremos ligados por toda a nossa vida
Afinal dos meus sonhos passastes fazer parte
Aumentando a  capacidade de  fantasiar
Reproduzindo as sensações já sentidas
Dei rédea ao amor e ele  faz-me viajar
De carona na burrinha da felicidade
Diferentes reações tomaram -me de repente
No encontro suave dos nossos corpos
Não tracei simetria o encaixe foi perfeito
Simetricamente aguardo a conciliação
Entre corpos e almas, abrandando o ser
Da minha limitação humana, pus-me seguir
Não sigo trilha alheia para não perder-me
Vou seguindo as minhas intuições
Já tenho os seus olhos como farol
E o seu coração a minha bússola
Introduzir a sua presença como alento
A suavidade de suas passadas dão o ritmo
Fez-me contemplar sonalidade da sua alma

Osvaldo Teles

Minhas ideias

Quem dera que as minhas ideias
Ganhassem forma de pássaro
E batessem asas em sua direção
Sigo  o sopro dos ventos
Fico solto até chegar a você
Cairia em sua armadilha
No entanto o laço é a teia do amor
Querendo nos envolver por inteiro
Só repousaria no seu ombro
Faço o ninho em seus cabelos negros
Dos seus beijos retiro o néctar, doce manjar
É tão gostoso, aliviando a minha fadiga
Consumindo cada gota do seu mel
Descansar em teu ninho é a pralsivel
Consumando o encontro do amor
Ficou alado os pensamentos
O ninho foi desfeito, levantamos voo
Para lugares longínquos e tranquilo
Minha pombo vai comigo pulando
De galho em galho até chegarmos
No ponto seguro, fugindo dos predadores
Levantar-me-ei atento e ávido por ti

Osvaldo Teles

Limpa a alma

Solta o grito que está preso na garganta
Alivia a tensão do seu coração agredido
Liberta-te das algemas que prendem-te
Limpa a alma de toda impureza
Prepara-te para receber o meu amor
Porém se não der vem de qualquer jeito
Vou deixar os queixumes de lado
E apararei-te em meus braços
Com o tempo tudo vai entrar nos eixos
Deixa a mansidão acalma os ânimos
Separei o homem do santo
O mundano do celestial tirei-te do altar
Sou homem e pecador, joguei-te na cama
Deixei o amor dominar os desejos
Quero-te simplesmente mulher
Estamos na terra, santa só no céu
Vou amaciando o ego, pego no seu queixo
Lentamente aproximei os lábios do teus
Carnudos e suculentos delícias escorrem
Só deixo a língua solta para começar o baile
Sinto o ar quente saindo de sua boca
Fogo corre por todo o meu corpo, queima
Prende-me entre as suas pernas e seus braços
Degusto toda a sua essência que flui do ser
Correndo como seiva em minhas entranhas
Estampando nos olhos brilho de felicidade

Osvaldo Teles

segunda-feira, 26 de dezembro de 2016

Está tudo parado

Está tudo parado, os ponteiros não avançam
A tranquilidade  reina em nosso ambiente
Desvelado o meu espírito se encontra
Um desejo inflamado faz-me arder
Ansiosamente a mente te quer loucamente
Vem traz o seu frescor sopra como brisa
Faz pegar fogo em um corpo sem ardência
Fazemos da cama a nossa embarcação
Levantamos âncora, começamos a navegar
Sem pressa para chegarmos vento calmo
Tudo corre ao nosso favor, sensações
Não consigo descrever o que passa-se
Um alvoroço, ultrapassamos os limites
Foi-se embora o meu pudor, fulminante
Os olhares cruzam-se penetrantes
Sobrevive a mares revoltos vence ventanias
Sobrevivente de maremotos,e ondas gigantes
Cambaleei, fiquei exposto a esta paixão
Chegastes chegando as cartas sobre a mesa
Dizendo que era a dona do meu coração
Boas novas trouxestes a uma alma sôfrega
A luz acende-se e a realidade entra em cena

Osvaldo Teles

domingo, 25 de dezembro de 2016

Minha história

Nasci em Governador Mangabeira
No dia 13 de março de 1963
Minha mãe Alzira das Dores Teles
Batizou-me com o nome Osvaldo
Que traz no seu significado força dos deuses
Que tem o poder de mudar a sua história
Vim de uma família paupérrima
Faltava tudo até mesmo o que comer
Porém nunca tirou-me o foco
Fiz muitas coisas para sobreviver
E ajudar a criar os meus irmãos
Sempre trilhei o caminho do bem
Peguei no cabo da enxada para capinar
Trabalhei como ajudante de pedreiro
Vendi jornal, cocada, laranja e amendoim
Em uma visita ao museu de Castro Alves
Apaixonei-me pela poesia
Que passou a ser o meu subterfúgio
Alimentando os meus sonhos
Deus sempre foi maravilhoso para comigo
Anjos bons na minha vida: meus amigos
Busquei nos estudos as soluções
Para os meus problemas
Mesmo com todas as dificuldades, estudei
Em 20 de dezembro de 1986
Consegui concluir o curso de magistério
A minha ida para a capital era inevitável
Tinha que prosseguir com os estudos
Tudo foi muito difícil, dava vontade de desistir
Foi em meio a esta confusão que reencontrei
O grande amor da minha vida: Marisete Lopes
Em 05 de novembro de 1989 nos casamos
A grande bênção de Deus na minha vida,
Em 05 de novembro de 1993 nasce o filho
Alexandre Teles: nosso grande presente
Nunca perdi de vista os meus objetivos
No dia 27 de novembro de 2010
Na Câmara de vereadores de Mangabeira
Lancei o meu livro Asas da imaginação
Em 26 de março de 2015 concluí
O meu curso acadêmico em Serviço Social
É muita alegria para um tabaréu que teve
Como instrumento de trabalho uma enxada
Se tornar um Assistente Social

Osvaldo Teles

sábado, 24 de dezembro de 2016

Cantar para a vida

És a mais intensa das relações que vivi
Nada é tão linda quanto ti vida minha
Já acorda dando gargalhadas para mim
Cada alvorecer apaixono-me pelo seu sorrir
Trazendo consigo iluminação própria
Acendendo o candelabro da minha existência
De mim jorra os mais puros sentimentos
Vou afinar o violino e cantar para a vida
Canções enternecedora deixando-a calma
Calmante ela vai seguindo o seu curso
Naturalmente  cedendo aos seus encantos
Perdido de amores quero estar contigo
Salvastes-me dos caminhos errantes
Guardou-me das tramóias do ardilo destino
Abraçou-me com toda ternura do seu ser
Fez-me desfalecer no seu leito
Como um estandarte carregou-me
Colocando no ponto mais alto do pedestal
Gerou em muitas expectativas
A solidão desapareceu como fumaça
Deixando o seu espaço entregue às traças
A satisfação assumiu o seu posto
Regando a alma tempestade de felicidade
É a vida multifacetada mostrando a sua face
Doando um pouco de si para completar-me

Osvaldo Teles

sexta-feira, 23 de dezembro de 2016

Além do horizonte

Lá além do horizonte onde os problemas
Dispersaram-se como bola de sabão
E os ideais encontram-se em perfeição
As realidades condensam-se em fantasias
Utópico é viajar para o mundo das maravilhas
Sem passar pelo labirinto dos sonhos
Os devaneios são enlevos da alma na noite
E os sonhos tocam as estrelas, devanear
Não tem limites, imaginando chegar ao cume
Os pensamentos chegam e corpo fica
Preso a razão, enquanto deveria o amor
Preencher o seu vazio do coração
O inesperado pode acontecer, encontros
Regado com espumante à chegada ao trono
Que estão sentados de mãos dadas
O amor é a felicidade celebrando a união
De seres envolvidos pelo enleio da viajem
A parada obrigatória é o palácio das ilusões
Encontrando os mistérios do sonhador
Não tendo o espaço sideral como limite
Quebrando toda as regras da física
Onde dois corpos não ocupam
O mesmo lugar no espaço, tornando um só
Como não ganhar velocidade com a massa
Em alta voltagem a inércia é quebrada
Os corpos ganham movimentos cadenciados
No ato de amar nos envolvemos totalmente
A lenda materializa-se em um conto real
Heterogênea e coesas duas almas aladas
Prontas para juntas irem em busca de seus
Mais belos sonhos que vão além do arco íris

Osvaldo Teles

O som esvazia-me

Não sei onde irei o som esvazia-me
Ontem foi o dia que passou com eco
Do depois do vazio existencial
As cigarras em sinfonia no tronco
Das árvores é o prelúdio, solidão
No escuro e frio inferno, soluço
Lágrimas molham o meu leito
Viro-me em busca de ti, o vazio ocupa
Nas madrugadas solitárias, agonia
Sintonizando homem e espírito
Vai acomodando-me nos seus seios
Sentindo toda a sua quentura
Fazendo silenciar o choro e as lágrimas
Que fertilizavam a face de melancolia
Teu aconchego fez germinar contentamento
O solitário viver ganhou companheirismo
Alegria, é passar as noites frias contigo
Embala as frustrações de não estar contigo
Concentro-me para sentir a sua presença
Atuando como o ópio, sedando a minha dor
Chegastes com o seu poder terapêutico
Abrindo as cortinas para que a luminosidade
Para ser quebrado o último fio da escuridão

Osvaldo Teles

quarta-feira, 21 de dezembro de 2016

Lascivo laço

A chuva molha as suas vestes
Colando-a ao seu lindo corpo
Deixando-o todo molhado, ficando à mostra
Parecendo uma figura surreal, celestial
A bela criatura transfigurou-se, mulher
Escultura entalhada em curvas perfeita
Pego como se fosse um vaso de cristal
Cristalizando todas as fantasias
Quero colocar o meu amor em prática
O pensamento viaja nas envolturas
Impuros se tornam diante de sua beldade
Caminho em sua direção com a ideia fixa
Transferir toda a minha quentura para ti
Para que sinta um ser terno e carente
Lasciva a boca procura os seus lábios
Abri o sorriso demonstra o que é ser amada
Deixando o líquido adocicado cair da boca
Preenchendo o eu vazio no mundo ilusório
Vou lendo nas entrelinhas o lascivo laço
Que o destino nos armou para nos prender
Tirando o peso dos ombros dando leveza
Ao caminhar deixando a música solta no ar
Em festa duas animas a melodia lhes invade
Enchendo dois corpos de vibrações e harmonia
Despidas e imaculadas agraciando-se
Na simplicidade de duas crianças brincando na chuva

Osvaldo Teles

segunda-feira, 19 de dezembro de 2016

Uma dor veemente

Uma dor veemente a castigar-me
Os pingos da angústia escorrendo
O coração copioso deixa derramar
As gotas de triste lamentos escorrem
O lampião que iluminava as noites apagou
Tranco-me no eu escuro, trêmulo de medo
Afundar-me nas certezas e incertezas
Que a tua falta proporciona-me
Sua sombra reflete na parede da memória
Que os olhos acompanham de longe
A maestria de tuas curvas sinuosas
Germinando os sonhos empedernido
E os desejos contidos e reprimidos
Calado no meu canto fico quieto
Aguentando os trancos das noites frias
O amanhecer evapora a neblina
Trazendo-me o teu conforto
Levando consigo toda as tristezas
O sono que era pouco chega farto
Desfaleço aos poucos de cansaço
Quis apenas ser o seu amor
Fazendo dele o apaziguador do sofrer
Mostrando-me a beleza do entardecer
E a magia das noites enluaradas
Introjetando nos corpos o hormônio do amor

Osvaldo Teles

domingo, 18 de dezembro de 2016

Desatinando

Quis um dia te ter em meus braços
Para amar-te com todo fulgor
Ouvindo a veracidade dos seus suspiros
Deixa as pétalas  correr pelo corpo
Causando-te muitos arrepios
Flamejante o sangue queima as veias
Na madrugada busco aquecer-me
O seu calor é o combustível da paixão
Dando partida para ao estado mórbido
Onde as ideias saem sem nexo, deleite
Desatinando os sentidos, alucinado
Um coração e uma alma unidos
No mesmo compasso, atados pelo amor
Entrelaçados pelas linhas da vida
Eis o lírio do meu belo jardim
Tocante é o balé das abelhas nas flores
Deliciando-se com o saboroso néctar
É assim como você repousando, dançando
Sobre o nosso ninho de amor,enlouquecido
Ganhando coordenação os movimentos
Se tivéssemos asas voaríamos no impulso
Fragmentamos o tempo para aproveitarmos
Cada instante que tivéssemos juntos
Fazíamos do inesperado o acontecimento
Desativei a roda do tempo, éramos nós dois
Neste aconchegante templo do prazer
Tornamos simples instrumento  de Eros
Afrodite estava entregue em meus braços
Somos passageiros da arca do puro viver
Levando-nos a sensações inimagináveis

Osvaldo Teles

sábado, 17 de dezembro de 2016

O sol vai dissipando

O sol vai dissipando por trás do monte
Os astros despontam com todo esplendor
A estrela dalva brilha majestosa
A lua injeta adrenalina, correndo nas veias
Esguia, desponta em minha frente a amada
Envolvendo-me nos mistérios da noite
Vindo a tona os desejos mais puros
Liberando do ninho os sonhos mais lindos
Em tuas curvas perco o controle
Pega-me de jeito, traz-me do mundo dos sonhos
Deixando na boca o mel, o líquido embriagante dos amantes
Tenacidade de coração partido
Superei a linha imaginária do horizonte
Para sentir a força de teus abraços
Para mim tracei a linha do tempo
Correndo contra os ponteiros do relógio
Para encontrar em tua boca o sabor da vida
Vi através de teus olhos a energia
Que sai do teu maravilhoso ser
Será que este encontro traz-me paz
Ou a ansiedade dos prazeres da carne
O amor é para ser sentido na sua plenitude
Fazendo-nos flutuar como se estivéssemos Andando nas nuvens, deixando a alma livre
E  os corpos colados para o grande
Impacto com o mundo dos sonhos

Osvaldo Teles

sexta-feira, 16 de dezembro de 2016

Fugi para o deserto

Fugi para o deserto da minha existência 
Quis deixar para trás o que lembrava você 
Cavei uma sepultura para as lembranças 
Enterrei tudo que ligava-me a ti, recordação 
Apaguei da memória o seu cheiro embriagante 
Fiz de tudo para não cruzar contigo
Dei um mergulho na profundeza de mim
Deparei-me com a minha razão 
Chocou-se com os meus sonhos 
Fui traduzindo as desilusões em ilusões 
Afrontei os desígnios, quis a minha trilha
Não preocupei-me com a perfeição 
Aceitei tudo como eram de fato 
Só deixei o amor guiar os meus atos 
Fiz da entrega o contato com o divino 
Amanheceu colorido o meu dia
Cicatrizes foram saturadas 
Satisfações expressa no olhar 
Alma aliviada das tristeza profunda 
Corpo extasiado com  afagos constantes 
O vento esculpe na face traços de alegrias

Osvaldo Teles

quarta-feira, 14 de dezembro de 2016

O corpo dança no ritmo

Inócuo o silêncio fica ao meu lado
Vai compassando a calmaria do momento
Junto a mim um lindo ser vai tocando-me
Tocante são as suas mãos afagando-me
O corpo dança ao ritmo de sua língua
Correndo pela minha sensível pele
Fazendo a sensatez ir para o beleléu
Fico louco perco a bendita razão
Sou levado a sensações indescritíveis
Parece que a alma se libertar do corpo
E foi transportada para fora de mim
Traz-me de volta ao meu mundo sensível
Amor segue os seus sentimentos
Vamos viver a intensidade do instante
Não se preocupe com nada se entregue
Daremos início simplesmente as delícias
De um viver a dois pode nos proporcionar
Faremos do nosso encontro carnal, divinal
Éramos dois vagando só até nos encontrarmos
Construímos juntos a nossa fantasia
Transitório era tudo que nos rodeava
Até  encontrar-me em teus braços
A essência do amor passou a correr nas veias
Calando a inquietação do meu interior
Redirecionando a minha  saga, minha vida
Pego-te pelas tuas mãos e vamos bailando
Chuva de sensações vai inundando a alma

Osvaldo Teles

Rosa menina

A semente que foi semeada germinou
Uma planta frondosa cresceu
O rebento brota imponente, majestoso
O botão desabrocha, virou uma bela flor
O vento batendo em suas folhas
Rapidamente nos envolvem com o frescor
Radiante despertou a rosa menina
Fertilizei-a com todo amor do meu ser
A menina tornou-se  uma linda mulher
Aos seus pés venero a bela que tornou-se
Para que eu quero sanidade, louco eu fico
Quando estou na sua presença
Balançando-se suave ao vento
Como se fosse um jogo de sedução
Em uma doação e simplicidade pura
Aconchegante envolvo-te em meus braços
Capto toda força que emana do sol
A chuva de prata da lua dá brilho aos olhos
Enfeites trouxestes para mim, como adorno
Eis que o amor materializou perante a mim
Ouvi a tua voz afinada em forma de canção
Hipnotizante ela  penetra em meu interior
Faísca de luz brilhante sai pela íris
Colorindo os canteiros da minha vida
Vejo florir em formosura a flor menina

Osvaldo Teles

domingo, 11 de dezembro de 2016

Sonhos abortados

As lágrimas que um dia derramei
A tristeza corrói-me as entranhas
Sonhos abortados antes de ser sonhado
Quis embalar o sonho em teu colo
Conectando-me  com a tua fantasia
Colocando você de vez na minha vida
Apaguei em um sono profundo, desacordo
Convicto que o sonho não acabou
Sepultei as dores do passado, foi doido
Deixei fluir toda a melancolia do coração
Nunca aceitei a negativa  como definitiva
Foi ao encontro das respostas na essência
Ninei as frustrações, dei sonífero
Para que elas adormecessem profundamente
Fui esperançoso de que ela esquecesse-me
Encontrei no decorrer da vida motivação
Por onde eu andei alimentei a esperança
De deixar os sonhos despertado imponente
Dentro do meu subconsciente livre e solto
Buscando o seu ponto de convergência
Deixando-me mais próximo do realismo
Sendo eu o propulsor da minha realidade

Osvaldo Teles

Abolição

Tirados do seio materno
Chora a mãe os seus filhos roubados
Dos porões dos navios negreiros ecoavam
Os gritos de clemência, gemidos de dor
Lombos dilacerados pelos chicotes
Grilhões apertando-lhes os pés
No pelourinho as correntes lhes castigavam
O sangue escorria pelo corpo
Olhavam para o céu em busca do  divino
Para que ele tivesse compaixão do sofrimento
Muitos cadáveres foram jogados ao mar
Terra nostra nunca foi, expressa crueldade
O clamor dos Malês ecoara aos quatro ventos
Ideais de libertação rompem os corações
O rei Zumbi o levante contra as escravidão
Os quilombos refúgio para o negro fugido
Besouro Mangangá,João Cândido Felisberto
Líderes da luta a favor dos desiguais
Abolição, abolição, abolição, abolição
Brados que soaram em praça pública
Na voz dos poetas abolicionistas
Liberdade, liberdade ao canto nagô
Os tambores da África ecoam em solo brasileiro
Entoando a resistência de um povo
E impondo trabalhos forçados, açoites
Lei Áurea em 13 de maio de 1888
Só mudou o mecanismo de dominação
CLT 1 de maio de 1943
O capitalismo sempre dita as regras

Osvaldo Teles

sexta-feira, 9 de dezembro de 2016

Tudo que eu preciso

Tudo que eu preciso é estar contigo
Confiança faz-me dar passadas largas
Quando vejo o reflexo da minha face
Percebo as gelhas denunciando a idade
Devagar  vou pelas estradas da vida
Já não tenho pressa pela chegada
Quantos sonhos foram engendrados
Para fugir da minha realidade
Resistência tirei da essência do ser
Quantas primaveras já foram vendidas
Os verões deixaram muitas saudades
Os embalos de sábado à noite
Corpos suados sendo levados
Pelas lindas baladas românticas
Não quero relembrar o passado
O que passou não fica adormecido
Ele é elo de ligação entre o presente e futuro
Ligando-me a simplicidade de um viver
Das escaladas na serra de São José
As pedaladas ao cipual para tomar banho
Na fonte da bica e brincar com as meninas
As caminhadas ao amanhecer a Muritiba
No retorno a passada pelo velambui
As águas eram tão gelada que parecia
Que estávamos congelados, tremia de frio
Para a juventude isto era só aventura

Osvaldo Teles

Quebrei as grades

Quebrei as grades que prendiam-me
A águia peregrina ganhou a liberdade
Tentaram podar as minhas asas
O meu instinto águia suplantou no impulso
Levantei vôo livre de amarras viajei
Buscando o reino perdido das ilusões
Parei estupefato na ilha encantada
Até chegar  tinha pegado muitas ventanias
O sonar do amor orientou-me
Colecionei muitas aventuras e desventuras
Fizeram refletir, trouxeram-me aprendizado
Na transparência das águas reflete a imagem
Na imensidão do espaço não tinha obstáculos
Dava vôos rasantes sem medo das armadilhas
A mente ditava a velocidade da viagem
Era só bater as asas à favor do corrente
Livrei-me de todas as arapucas
Porém fui preso pelos  laços do amor
Ganhei a verdadeira liberdade
Nos braços da mulher amada
Levou-me a todos lugares sem sair do lugar
Fazendo encontrar o planeta do amor
Onde ficamos à promessa do amor sem fim
Deixamos de ser peregrinos da existência
Rumamos em direção ao centro do eu
Amarrados pelas linhas imaginária da vida

Osvaldo Teles

quinta-feira, 8 de dezembro de 2016

Olhei para o céu

Olhei para o céu querendo ver a estrela maior
Fixei os olhos para ver se à encontrava
Radiante estava ela lá a brilhar
Procurei no jardim a mais bela flor
O seu aroma fluía de suas pétalas
Foi a mina para encontrar o maior diamante
A pedra preciosa adornava os meus dias
Mergulhei na profundeza dos oceanos
Na caça da bela pérola negra
Montei no alazão sair em cavalgada
A estrada que fez-me peregrino
E deixou-me perdido nas suas encruzilhadas
Continua lá iludindo os aventureiros
Esbaforido, latejantes os pés gritam
Nas suas bifurcação, para que lado seguir
Paro fatigado, exaurido pela procura
Da composição para a cura da solidão
Fiz loucura e tudo isto estava aqui comigo
Vem aplica a dose perfeita do teu anticorpo
Contamina-me com o seu vírus de ternura
Reformulando a magia esquecida do amar
Espantando toda tristeza do meu coração
Abrindo a porta secreta do meu interior
Indo em busca dos segredos escondidos
Vou deliciando-me com as novas descobertas
Pude ir ao planeta fantástico das fantasias
Imediato tornei-me cavaleiro interestelar
Viajante de mundos distantes, ilusório

Osvaldo Teles

sábado, 3 de dezembro de 2016

A chuva escorria

A chuva escorria pela vidraça
Tudo escuro aqui dentro
Na rua à neblina deixava tudo cinzento
O vento procurava uma fresta para entrar
A minha sorte é que estás comigo
Para proteger-me do frio congelante
A tua pele é o meu  agasalho
A tua quentura torna-me indolente
Quando as dermes se encontram
Arrepios causa-me quando a sua língua corre
Por toda às partes do meu corpo
Um fogo consome o cerne quebrando o gelo
Foram noites tumultuadas teu peito roncava
Como trovões, seus olhos faiscavam
Iguais aos intensos relâmpagos, anjo meu
Atravessamos juntinhos muitas tempestades
Os trovões nos deixavam estremecidos
Forçando-nos a ir ao encontro da harmônia
Os corpos confundiam-se um com o outro
Os ponteiros já não avançam com a mesma velocidade, ganharam cadência
Delicadamente a atmosfera leva-me
O tom cinzento, a chuva já não incomoda
O arco-íris risca o céu depois das chuvas
Onde o fazes descansar no meu peito
Dissipou todo o nevoeiro ao nascer do sol

Osvaldo Teles

sexta-feira, 2 de dezembro de 2016

A primeira vez que ti vi

Impactante foi a primeira vez que te vi
As pernas tremiam, coração palpitava
Dava para ver o brilho no olhar
Perdi a coordenação motora a voz não saía
Foi muito intenso levou-me ao matrimônio
Desfilamos sobre um tapete vermelho
Em direção ao altar, para amarrar o destino
A princesa Li em seu vestido branco
Com fios prateado e botões dourados
Parecia uma santa com sua coroa de flores
Boquiaberta fiquei diante de sua formosura
O fantasioso se tornou real diante de mim
A minha fada rainha sendo-me entregue
Trazendo consigo a dose perfeita do amor
A promessa que fiz no altar
Amar-te por toda a minha vida
És mais doce que o fruto da videira
Sua saliva é mais saborosa que o vinho fino
Apanhei-te nos meus braços como uma jóia
Levei-te ao nosso aposento com  ternura
Pôs-me ao deleite, já eras minha mesmo
Perante as leis divinas e as dos homens
Mostra-me a sua duas face a santa e a safada
Encontrei o eixo da vida
Porções de felicidades inundou o meu ser
Passei a viver no éden constantemente

Osvaldo Teles

quinta-feira, 1 de dezembro de 2016

Silenciosamente

Silenciosamente fiquei consternado
O vazio deixa fragmentado o meu peito
Lembro-me das dores sofridas
E foram muitas lágrimas derramadas
Por gentileza deixe-me curtir minha fossa
O meu pensamento está voando
Levantei um vôo solitário na certeza
De encontrar a minha alma gêmea
Só, o meu mundo desmoronou
Fechei os olhos e visualizei quão bela
Por mais que eu fuja de ti, mais próxima estás
Pois a levo dentro do meu coração
A sua imagem fosforesce na mente
Para aonde eu for você está presente
O ar que respiro vem impregnado
Com o seu delicioso cheiro
Vem com seu amor, preenche-me o vácuo
Cubra a tristeza com o manto sagrado
Da plena satisfação de estar contigo
Trazendo a um criatura a concórdia
Guardarei-te nas minhas lembranças
Daquela que trouxe sossego a minha alma
E tranquilidade para o meu  coração
Resgatando do fundo do poço a felicidade
Fazendo-me navegar em um mar de emoções
Devolvendo a magia a um ser tristonho
Quebrando o silêncio existente
Com as suas juras de amor eterno

Osvaldo Teles