domingo, 18 de dezembro de 2016

Desatinando

Quis um dia te ter em meus braços
Para amar-te com todo fulgor
Ouvindo a veracidade dos seus suspiros
Deixa as pétalas  correr pelo corpo
Causando-te muitos arrepios
Flamejante o sangue queima as veias
Na madrugada busco aquecer-me
O seu calor é o combustível da paixão
Dando partida para ao estado mórbido
Onde as ideias saem sem nexo, deleite
Desatinando os sentidos, alucinado
Um coração e uma alma unidos
No mesmo compasso, atados pelo amor
Entrelaçados pelas linhas da vida
Eis o lírio do meu belo jardim
Tocante é o balé das abelhas nas flores
Deliciando-se com o saboroso néctar
É assim como você repousando, dançando
Sobre o nosso ninho de amor,enlouquecido
Ganhando coordenação os movimentos
Se tivéssemos asas voaríamos no impulso
Fragmentamos o tempo para aproveitarmos
Cada instante que tivéssemos juntos
Fazíamos do inesperado o acontecimento
Desativei a roda do tempo, éramos nós dois
Neste aconchegante templo do prazer
Tornamos simples instrumento  de Eros
Afrodite estava entregue em meus braços
Somos passageiros da arca do puro viver
Levando-nos a sensações inimagináveis

Osvaldo Teles

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