quarta-feira, 21 de dezembro de 2016

Lascivo laço

A chuva molha as suas vestes
Colando-a ao seu lindo corpo
Deixando-o todo molhado, ficando à mostra
Parecendo uma figura surreal, celestial
A bela criatura transfigurou-se, mulher
Escultura entalhada em curvas perfeita
Pego como se fosse um vaso de cristal
Cristalizando todas as fantasias
Quero colocar o meu amor em prática
O pensamento viaja nas envolturas
Impuros se tornam diante de sua beldade
Caminho em sua direção com a ideia fixa
Transferir toda a minha quentura para ti
Para que sinta um ser terno e carente
Lasciva a boca procura os seus lábios
Abri o sorriso demonstra o que é ser amada
Deixando o líquido adocicado cair da boca
Preenchendo o eu vazio no mundo ilusório
Vou lendo nas entrelinhas o lascivo laço
Que o destino nos armou para nos prender
Tirando o peso dos ombros dando leveza
Ao caminhar deixando a música solta no ar
Em festa duas animas a melodia lhes invade
Enchendo dois corpos de vibrações e harmonia
Despidas e imaculadas agraciando-se
Na simplicidade de duas crianças brincando na chuva

Osvaldo Teles

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