Densa escuridão

 Aquela densa escuridão sobre mim caia

As tensões permeando  todos os nervos 

Os meus olhos ficam vidrados nessa teia 

Os fantasmas vão se tornando perversos 

Procuro encontrar  aquele ponto de apoio 

Pretendo dar aos meus passos segurança

Despertando no íntimo a minha precaução 

Fazendo dos meus medos o companheiro 

Seguirei o rastro das estrelas luz encontro

O meu caminho prateado serás preparado 

Colocando minhas interrogações no centro 

Aos poucos as vendas são tiradas do rosto

Na busca de uma visão multicolor periférica

Sinto-me liberto de meus medos assustador 

Osvaldo Teles

Desconexo

Os ponteiros parecem que não avançam

Sinto que estou amarrado num paradoxo

Dentro do silêncio minhas ideias dançam

No mundo lá vou me sentindo desconexo 

Quantas vezes  a saudade me fez chorar

Do passado vou tentando me desvencilhar

Nas trilhas da vida só queria lhe encontrar

Nós atalhos nem sabia o que me aguarda

As horas iam passando  em câmera lenta 

Por vezes via a calmaria assumir meu ser

No colo das ilusões  minha alma acalenta

Um coração  empedernido fica amolecido 

Despeço-me de minhas lágrimas copiosas 

O passageiro do tempo fica preso no além 

Osvaldo Teles

Seu límpido amor

Deixai-me alimentar do seu límpido amor

Seus suaves toques será o que me move 

Quero absorver a quentura de seu calor

Serás o combustível  que me locomove

O seu corpo colado faz entrar em êxtase 

Serei tomado por momentos de loucuras 

Essa paixão bateu forte em meu coração

Brilhantes como estrelas ficaram os olhos 

Fazendo de um chorar de plena felicidade

A minha pulsação seguia no mesmo ritmo

O seu olhar me parecia de uma santidade

Conduzindo pelo mundo cheio de fantasia

Penetrando no mais profundo de uma alma 

Em harmonia vão entrando os dois mundos 

Osvaldo Teles

Harmônica canção

Empunhei o meu violão em meu peito

A harmônica canção suave vai fluindo 

A tendência é concentrar em  seu jeito 

Discretamente os lábios estão sorrindo 

A vida vai me dando motivos para viver

De mãos dadas vamos seguindo a vida

Convertendo a desordem em harmonia 

Dando muita gargalhada de felicidades

Em mim o amor passou a fazer morada 

Desenha na face o que passa no interior 

Sua beleza fez  minha alma apaixonada

Baladas romanticas minha voz embalou

O sangue quente  fervilhando nas veias

Fazendo-me perder o controle da lucidez 

Osvaldo Teles

Sem nenhum pudor

Em um impulso os olhos voltam-se para o céu 

Ficam incandescidos com o brilho das estrelas

Diante da beleza exuberante tiro  meu chapéu

Completamente extasiado sigo os raios delas

Trilho observando o raio prateado da luz lunar

Dentro do silêncio da madrugada me encontro

Sentindo o vazio tomar conta do meu coração 

Vejo pelo o olhar da alma a beleza do seu ser

Busquei na cama vazia a presença da amada

Só restava o resquício da sua doce fragrância 

Entre os braços lhe desejava minha namorada 

Os meus desejos  fostes o alimento da paixão 

Queria sentir nos  seus lábios a brasa do amor

Viajando pelo o seu corpo sem nenhum pudor 

Osvaldo Teles da

Relembro

Sozinho relembro  os tempos de outrora

Vem à mente as brincadeiras de criança

Tudo passa fugaz nem via passar a hora

Só queria apenas estar na sua presença 

Sonhava em viver eternamente a infância 

Livre das correntes que me aprisionavam

Literalmente a cabeça viajava nas nuvens 

Deixando meu corpo acorrentado na terra 

Desejos latentes tomam minhas entranhas 

Enxergo através dos olhos o que se passa

No pensamento de um homem que sonhas

Vivia louco sem pensar no que está por vi 

Sendo eu frutos de meus bons momentos 

Não tinha como pensar na minha contenda

Osvaldo Teles

Olhando as estrelas

Olhando para as estrelas vejo sua imagem

Brilhantes os meus olhos ficaram vidrados

Surge na cabeça como uma linda miragem

Os meus pensamentos vão ficando alados

Vou ficar encantado diante de tanta beleza 

Peço-lhe para ficar brilhando sempre assim 

Serei seduzido com o seu olhar penetrante

Irei ficar  enfeitiçado diante de tanta beleza

Às vezes fico aéreo e com a mente perdida 

Dentro de um silêncio que levará a reflexão 

Busquei na imensidão do mundo a preferida 

As fantasias no decorrer se tornaram aladas

Num mundo de ilusões o cupido me colocará

Duas almas apaixonadas viajam pelo celestial 

Osvaldo Teles

Ouço a música

Na vitrola ouça a música que me faz chorar

Vindo a mente os momentos felizes que vivi

Saudoso do tempo de outrora fico a lembrar

Não há como esquecer tudo de bom que tivi

Levarei para toda  vida as lições aprendidas 

Os sonhos de menino ainda carrego comigo

São  antídotos para aliviar as dores dos dias 

Sofro da síndrome de viver atado ao passado 

Há alguns momentos não me vejo no espelho

A face envelhece mas a alma continua jovem

Mesmo assim ergo para o céu e me aconselho

Pedindo a sua proteção para o meu juízo final

Era sabido que com o tempo eu iria me ajuizar 

Que como adulto sério teria que me comportar 

Osvaldo Teles

Declina a noite

Declina a noite  belíssima e deslumbrante

Bela a cortina celestial está sendo retirada 

Corro para a janela para vê a lua brilhante 

O jogo de cores estão ficando amareladas

A ocitocina se espalha por todo meu corpo

Os perfumes noturnos invadem o ambiente 

Vais deixando-me completamente inebriado 

Impressionante são as lembranças que vem

Uma ligação ao túnel do tempo será aberta

Como em um filme vão passando as cenas

Vou ser levada a fazer uma nova descoberta

Estou sendo consumido pelo fogo da paixão 

Dentro de um misto de fantasia sou colocado 

Tomando por  umas sensações indescritíveis

Osvaldo Teles

Pelos caminhos

Pelos caminhos caio repico e me levanto

Seguro nas mãos de Deus e vou adiante 

Sou completamente envolvido pelo canto

A esperança me faz prosseguir confiante 

Sendo a fé minha companheira cotidiana 

Serei o fruto das sementes que semearei 

Firme darei os passos para a triunfal cena

O louro da vitória era colocado na cabeça 

A batalha foi difícil porém cheguei até aqui

Descobri uma fortaleza que habita em mim 

Nem me preocupava pelo que estava por vi 

A confiança passou a dominar os comandos 

O meu coração puro pulsava dentro no peito 

As passadas ganharam a leveza dos colibris 

Osvaldo Teles

Como eu queria

Sinto uma vontade louca de sua boca beijar 

Saboreando o sabor de um verdadeiro amor 

Fazendo o meu corpo  inteirinho lhe desejar

Provocando em mim o desejo enlouquecedor

Como eu queria  me entregar sem compostura

Sentindo as suas mãos acariciando minha pele 

Ficando sua essência empregada no ambiente

A leveza tomará conta dos nossos movimentos 

No ombro depósito a minha cabeça para relaxar

Encontrando nos seus abraços o meu conforto 

No aconchego aos poucos vamos nos encaixar 

O espasmo contraditório aos poucos sentiremos

Os ponteiros do relógio vão avançando rápido

Quando dou por conta os momentos passaram 

Osvaldo Teles

Despir-me

Tive que despir-me das minhas fantasias

Deixando para trás todas minhas ilusões

Encarando de frente à realidade dos dias 

O sistema quiserá me colocar os grilhões 

Os sonhos foram sequestrados por vezes

Tentei desviar das  armadilhas do tinhoso 

Na caminhada os pedregulhos machucam

Nem olhei para trás para  não desanimar 

Armadas foram posta no meio do caminho 

Não podia vacilar para não ser apreendido 

Diversas vezes pensei que estava sozinho 

Apanhei as pauladas fizeram as cicatrizes

Levanto-me mesmo com as pernas bambas 

Pois Deus está segurando as minhas mãos 

Osvaldo Teles

Encontrei em seus lábios

Encontrei em seus lábios o adocicado do mel

A sua saliva servia como um analgésico forte  

Tirando da minha boca o sabor amargo do fel

O penetrante olhar é como uma faca de corte 

Estupefato deixara-me diante de tanta beleza 

Materializou na minha frente a deusa do amor

Pude absorver o sopro quente de uma paixão

Quem dera nesse instante sentir seus beijos 

O corpo ficou  tremendo de tantas sensações 

Nos seus lábios  encontrarei a bebida perfeita  

A alma fora tomada por indiscutíveis emoções 

Cada parte do meu ser já não pertencer a mim

Levando-me há momento de sonhos profundos 

Fazendo do meu viver em uma eterna fantasia

Osvaldo Teles

Vivo correndo

E quando a tristeza toma conta d’alma

Dos olhos escorrem copiosas lágrimas

Regresso à infância na busca da calma 

O que me faz chorar são meus traumas 

Sentindo uma grande vontade de chorar 

Vivo correndo dos meus medos da vida

Encontrei o amor para suturar as feridas

O meu corpo exaurido  vai lhe procurar 

Em seus braços tenros vou me consolar

Sentia que os meus dias eram perdidos 

Os meus olhos de felicidade vão brilhar 

Quem um dia não se sentiu desanimado

Querendo uma rede para fadiga expulsar

Quis cultivar em meu coração esperança 

Osvaldo Teles

Ouço a sua voz

O vento levará o seu doce nome

Mas tatuada ficará  sua imagem

A saudade por  dentro me come

A visão fica perdida na paragem

O sopro no ouvido ouça sua voz

Como se fosse a  nossa melodia

Trazendo de volta as lembranças

Os bons momentos vem a mente

Faz-me sentir  mais pertinho de ti

Lembrando-me das juras de amor

Que fizeste loucamente para mim 

Adentrou no meu ser suavemente

Alimentou  na cabeça as fantasias

Ficou gravada em minha memória

Osvaldo Teles

Banco da praça

 Sentado no banco da praça fico ausente 

As horas vão se  passando demoradas 

Suas luzes estão se apagam lentamente 

Fazendo recordar das noites enluaradas 

Fugazmente a mente chega nas estrelas

Deixarei o  terreno por alguns momentos 

Regressarei saudoso aos tempos áureos 

A dor da saudade está apertando o peito 

Das brincadeiras não tem como esquecer 

A felicidade estava estampada no sorriso 

Elas faziam esquecer as dores do crescer

O céu era o meu manto azul anil sagrado

Tudo ganhava a beleza do olhar do amor 

Ia vivendo sem pensar no dia de amanhã 

Osvaldo Teles

Fadiga

Só enxergo a minha  frente o caminho

Os atalhos não levará a nenhum lugar 

Como o pássaro irei encontrar o ninho

Deixei  para trás a leveza do caminhar

O cansaço quis por vezes me derrubar

O ponto de chegada estás muito longe

Tento acelerar minhas longas passadas

Mas as pernas não atende os estímulos

A fadiga toma conta de meus músculos

Clamo ao meu Deus a sua valiosa ajuda

Para que ao final possa ver o crepúsculo

Não tenho como mudar de vez a direção

Orientação vou pedindo em minha prece

Sigo  com o coração cheio de esperança

Osvaldo Teles

Vi os sonhos morrendo

"O poeta é um fingidor"

Vi os sonhos  morrendo a cada momento

Via as ilusões se desfazendo aos poucos

Vou tentando  enganar o meu sentimento 

Meus pensamentos ficaram muitos loucos

Dissipando dos dias a desejada felicidade

As lágrimas foram escorrendo torrenciais

Doía a indiferença que minha alma sentia

Fugindo loucamente dos meus fantasmas

Quantas vezes só  queria seu terno afago

Para acalentar dentro do peito  as aflições

Retirando dos meus olhos o traço sôfrego

A saudade ia me  corroendo por completo

Sentir as suas respostas iguais a um soco 

Deixando  dentro de mim as suas marcas

Osvaldo Teles

Lacuna vazia

As horas lentamente vão se passando

Causando em mim  grande apreensão

O brilho das estrelas está se apagando

Os olhos ficaram perdidos na amplidão

Levando para distante os pensamentos

Deixando no coração uma lacuna vazia

As dores estão invadindo a minha alma

Fico apertado no espaço que não caibo

No espaço e no tempo não me encontro

As pauladas me faz seguir desorientado

O destino vai conduzido ao desencontro

Deixarei ser conduzido pelo o meu amor

Quis andar e sentir a leveza dos passos

Tudo que ficou para trás são lembranças

Osvaldo Teles

Ando só

Ando só não tenho ideia onde vou

Estou perdido no meio do caminho

A fadiga muitas vezes me castigou

Contínuo  mesmo estando sozinho

A poeira da estrada pintou o rosto

O suor molhava todo o meu corpo 

Perdendo a minha visão periférica 

Tive que continuar as duras penas

Quando adentro no túnel do tempo

Verei  as transformações ocorridas

Encaro com cautela o contratempo

Regresso ao passado e me lembro

O que fica para trás será lembrança

Recordar faz regressar ao passado

Osvaldo Teles

O amor que sonhei

Boa noite traz consigo a minha lembrança

Desperta na memória a mais linda  paixão 

Fazendo-me descansar da árdua andança

Trazendo a tranquilidade para um coração

Quebrando a solidão que me fizerá chorar

Coloco-me em silêncio à mente vai ao céu

Dançai um corpo sobre o brilho dos astros

Dando rodopio no compasso das emoções

O amor que sonhei  sei que vou encontrar

Ansioso não tiro os olhos das construções

Vivo na esperança  de algum dia lhe amar

Na claridade da manhã sentir o seu corpo

Como queria em seus braços me entregar

Tendo momentos felizes para me recordar

Osvaldo Teles

Tive um sonho

As pálpebras se fecham! Tive um sonho

Transportando-me a um mundo distante

Ficar admirando a sua beleza me ponho

Enlouqueço com tuas linhas estonteante

As suas fragrâncias me deixas inebriado

A seiva do amor está  correndo na veias

Na face vai esculpindo seus belos traços

Duas almas ganharam sentido para viver

Os corpos se entregaram calorosamente 

Colocando-se em um estado de ebulição

O fogo da paixão possuíra ardentemente

Vou entregando-me ao calor do momento

Somos envolvidos pelas lindas  fantasias

Na junção dos corpos o prazer acontecerá

Nos proporcionam momentos fantasiosos

Osvaldo Teles

Misto de ilusões

Da janela vejo borboletas sobrevoando

Acabaram de se libertarem dos casulos

No meio das  fantasias vou sair voando

Ao em torno tua beleza me dar consolo

Serei levado ao mundo cheio de ilusões

Preenchendo o coração de pura paixão

Quantas vezes me enlouqueço de amor

Fazendo caminhar por caminho colorido

Os vagalumes serão guias na escuridão

Serei envolvido nesse  misto de loucura

Meus olhos ficam perdidos na amplidão

As estrelas deixam  as noites iluminadas

Ficando sobre o solo um rastro prateado

Conduzindo os pensamentos ao celestial

Osvaldo Teles

A porta se fechou

A porta se fechou deixarei tudo lá fora

Aqui dentro só a amada me importará

As tensões da minha alma me devora

Dentre seus abraços o amor controlará 

Os impulsos nervosos da minha mente

No silêncio a imaginação dará voo livre

Passo a coexistir num mundo de ilusões

O celestial passou a preencher meu ser

Com os olhos fechados irei me conectar

A alma precisa aliviar os seus pecados

Colocarei-me prostrado perante ao altar

Fiquei completamente em pleno silêncio

Lágrimas torrenciais molharam meu rosto

Encontrava-me desnudo diante de Deus

Osvaldo Teles

Cronologia

A cada dia meu  tempo vai se encurtando

Tenho que aproveitar todos os momentos

Com minhas incertezas estou convivendo

Irei tentar conviver com o envelhecimento 

As gélidas vão sendo esculpidas no rosto

As minhas pernas perdem sua velocidade

Meus raciocínios perderam a sua precisão

Lentos estão se tornando os pensamentos

Aos poucos perco contato com a realidade

Sinto que já não  serei o mesmo de ontem

Os lapsos de memória vem com facilidade

A área da ampulheta já está quase no final

Envelheci correndo contra o giro do tempo

A cronologia não  estar mais ao meu favor

Osvaldo Teles

Devaneios

São muitos devaneios que me alucina

Os seus olhares me causam fascínios

Sou levado numa contemplação divina

A minha solidão  vai entrar em declínio

Sensação de paz  preenche o meu ser

Suavemente seus dedos tocam a pele

Causando arrepios  em todos os pêlos

Colocando-me em um estado paralelo

Não quis que tenha de mim compaixão

Busquei-me-ei em teus abraços ternos

O calor do corpo acenderá uma paixão

Deixo a força do amor inundar o âmago

No mundo paralelo os corpos se tocam

O orgasmo é só questão de movimento

Osvaldo Teles

Sentir as dores

Sentir as dores  penetrarem no coração

As lágrimas copiosas escorriam na face

Buscarei  em todos os cantos a solução

Aos poucos felicidade minha alma terce

Tentei a qualquer custo tê-la nos braços

Colocando um sorriso aberto nos lábios

Vou fazendo dele meu amuleto da sorte

O nobre sentimento despertará no peito

Os dias acham motivos para ser vividos

Dando levezas para as novas passadas

Esquecendo aqueles que foram sofridos

A minha alma já não chorava de tristeza

A alergia passou a preencher meus dias

O coração estará  batendo no compasso

Osvaldo Teles

Meu corpo suplica

Busco seus lábios para matar os desejos

Não tinha visto tanta beleza numa mulher

Sou envolvido em seus inebriantes beijos

O adocicado mel em sua boca quis colher

Meu corpo suplica pelo seu  tenro carinho  

Não tem como conter as minhas emoções

As tensões deixam a mente enlouquecida

O amor passou a correr nas minhas veias

Tive romper com todos os meus conceitos

Sensações indescritíveis me levou a sentir

O coração passou a bater ritmado no peito

Por algum instante me via diante da deusa

Ela assumia o controle dos meus impulsos

Suas carícias levava-me a outra dimensão

Osvaldo Teles

A solidão invade

O silêncio toma  conta do meu espaço

Sentirei a mente dar rodopio no sideral

Tristonho vou me sentindo um palhaço

Serei  tomado por um vazio existencial

Solitário! As dores vão doendo no peito

Percebo  que não sou o homem de aço

Vou seguindo perdido nas madrugadas

A solidão invade o vazio de um coração

No ar sentia a suavidade de seu aroma

Conduzindo-me a loucura por completo

Por sua presença o meu espírito clama

Dói como uma punhalada a indiferença

Os lábios sedentos procuravam os teus

Para anestesiar as dores do meu corpo

Osvaldo Teles

Perfeição divina

Quantas formosuras tens em seu ser

Chegando a beirar  a perfeição divina

Fazendo aumentar assim meu querer

Trás na sua alma a pureza de menina

Penetrante serás o seu olhar angelical

No peito um novo  sentimento nasceu

Sou conduzido a um universo paralelo

Tudo ao meu em torno  fica mais lindo

Os sorrisos saiam cheios de encantos

Por alguns instantes me sentir perdido

Foram tirados de mim os desencantos

Daei leveza para as minhas passadas

Devolvendo-me  o brilho da felicidade

No feitiço foi completamente envolvido

Osvaldo Teles

Engolir o choro

Tive que engolir o chora para não mostrar

O que se passava dentro do meu coração

Até que escondeis o olhar vai demonstrar

Não sei mais como esconder essa paixão

Agora o que me resta  é buscar seu afago

Para acalentar esta  minha tristonha alma

Guardei na memória  às suas lembranças

Para relembrar nos momentos de tristezas

Vasculhando  as reminiscências estarás lá

Para reacender  nossos momentos felizes

Minhas lágrimas copiosas iria deixar acolá 

Tinhas a certeza que a qualquer momento

Que as frustrações  ficaram adormecidas

E no rosto estamparia traços de felicidade

Osvaldo Teles

Olho o mar

Olho o mar vejo no horizonte sua imagem

A imaginação está criando suas fantasias

Até me parecia que estou vendo miragem

Só assim iam se passando os meus dias

Foram muitos enigmas tive que desvendar

O mistério do amor me toma por completo

Em um mundo de  ilusões passarei a viver

A sua fisionomia estava gravada na mente

Pude vislumbrar o lindo rosto da felicidade

O eu homem deu sorriso como um menino

Fora colocada a prova a minha tenacidade

Todas as minhas feridas  serão suturadas

Igual uma musa na minha vida ela chegou

Fazendo do meu  viver uma eterna poesia

Osvaldo Teles

Por um instante

Muitas  noites tive que passar em claro 

As minhas ideias entram em parafusos

O meu estudo alfa se tornou muito raro

Deixando meus pensamentos confusos

Entre a noite e o dia o corpo jaz no leito

Ouvi os suspiros agudos da minha alma

A mente vai se  deixando ser dominada

Por um instante as lembranças me guiam

As recordações  dominavam o momento

Quando sentia  seu perfume impregnado

Quis no sonho expulsar  meu sofrimento

Parecia o espectro  largando o meu corpo

Viajando desencarnado ao encontro do eu

Ficando inerte um criatura nessa confusão

Osvaldo Teles

Pureza do coração

Adormeço ouvindo o canto dos pássaros

A calmaria tomará conta do meu espírito

A neblina matinal preencherá os espaços

Busquei a tranquilidade para ficar contrito

Livremente a alma sai voando pelo sideral

O homem sai à procura  do espiritualismo

Para se aproximar de sua perfeição divina

Tem como santuário  a pureza do coração

As suas palavras iram curar todas feridas

Criaturas e Criador vão se religando na fé

Todas as suas lacunas serão preenchidas

Vai pondo as minhas passadas nos trilhos

Sobre a sua doutrinação o ser comungará

Em comunhão corpo e alma se encontram

Osvaldo Teles