quinta-feira, 22 de setembro de 2016

Desligo-me da vida

Desligo-me da vida e apago a luz
O barulho aos poucos vai sumindo
O silêncio adentra o meu ser
As ideais se soltam, alheio a tudo eu fico
A pensar nas possibilidades de uma viagem
Inter corporal, a tração nos atrai ligando-nos
Pelo fio condutor de energia
O cérebro condensa as informações
A chave mestra dando partida
São os seus dedos capacitor de sensações
As pestanas se encontram no sono
Já não quer me deixar acordado
Busco o meu lugar ao seu lado
Afundo-me em seu mar para encontrar
Em ti um ancoradouro seguro
A ventania me joga de um lado para o outro
Deixando-me desorientado dentro
Das trevas um furacão de interrogação
Vem a mim tirando o senso de direção
Sigo o barulho dos seu passos
De longe avisto dois faróis a me guiar
Gosto de ficar só para encontrar você
Revirando as lembranças você estar lá
Toda majestosa
Agredindo a estabilidade emocional
Desestabilizando a minha sensibilidade
Tento me achar neste vendaval de emoções
O espírito abandona o corpo, transcendo
Evoluindo fico imune aos males do coração
A introspecção chega silenciosa, mergulhei
Em um sono profundo, sonhos lindo
Tirando a força dos pesadelos

Osvaldo Teles

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