quinta-feira, 1 de setembro de 2016

Prelúdio

 Ouça aquela canção que embalava
Aquele magnífico romance, despertei
Sentindo a magnitude deste sentir
Olhando o álbum de fotografias viajei
Ao encontro do sonho penoso
Um despertar para uma dura realidade
O livro que contava a nossa história
Não chegou a ser escrito
Na composição não colocamos melodia
Ficou esquecida na gaveta
Produzimos momentos maravilhosos
Que já mais serám esquecidos
Deixamos toda a essência fluir
O fluxo da paixão a nos oferecer
Instantes indescritíveis de sensações
Engoli a seco as decepções
Transpassei os limites do bom senso
Só para está contigo mais um vez
Ouvindo a minha consciência
Questionei-me se valéria apenas
A catedral estar aberta para conversarmos
O pecado da luxúria em que vivíamos
Amor e sexo eram os nossos pecados
O líquido do amor nos levava a embriaguez
Perdendo o controle dos movimentos
Não nos conduzia a lugar nenhum
Ficávamos polarizados com realização
Com a ilusão de uma felicidade plena
Plenamente só vivemos os minutos
Convertido em um amar duradouro
Que não pude prever a sua frieza
O sentimento poderia morrer para ambos
Quebrando a ponte que liga os corações
E cada seguirá o seu rumo sem mágoa alguma
O término não deixaria sequela
E segueriamos como nada tivesse acontecido
O prelúdio para se sentir completo
Ou um fim muito dolorido
Anúncio de um viver sem sentido

Osvaldo Teles

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