sábado, 16 de setembro de 2017

Os brados ecoavam

Os brados ecoavam nas praças! Liberdade
Em saraus a céu aberto os bravos poetas
Declamavam os seus poemas de protestos
Castro Alves em navio negreiro
E espuma flutuante relata as atrocidades
Clamor não encontrava ouvidos
Geme a alma na imundície dos porões
Grilhões foram colocados aos seus pés
Açoitado vertem lágrimas de sangue
Ao pé do pelourinho pede clemência divina
Que não chega aos seus ouvidos
Trabalho forçado  lhe foi imposto
Os tambores na senzala soavam o protesto
Lhes era negado a prática de sua crença
O "sincretismo" religioso lhe aproxima
Da sua saudoso nação e de sua religião
Deus criou a raça humana
Os homens a classificaram por cor
Buscando a supremacia racial
O homem livre foi transformado em escravo
As terras varonil deram-lhes com  morada
A resistência do rei Zumbi dos palmares
Buscando a liberdade vão aos quilombos  
A sua descendência padece nas favelas
Em condições sub humana
Em um novo modelo de escravidão

Osvaldo Teles

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